Olá, pessoal, tudo bem? Que tal aproveitar o feriado para uma maratona de série? Trago aqui, a pedido da Carol Bivard, uma crítica de Crônicas de São Francisco, o lançamento da Netflix para homenagear o mês de junho, que representa nossa luta.

Pra começar é importante trazer para vocês alguns dados: 1) A série é baseada em uma série de 9 livros que foram lançados entre 1978 e 2014 pelo escritor Armistead Maupin; 2) Já houve uma primeira versão nos anos 90.

Fiz uma busca geral para ver as colocações a respeito do seriado. O Adorocinema.com, que sempre consulto colocou uma sinopse bem “mixuruca”, fiquei decepcionada! Já a coluna de Filmes e Séries da Uol fez uma senhora crítica, bastante positiva, que as convido a ler posteriormente, caso se interessem.

Enfim, vamos à série que está sendo exibida na Netflix. O nome original é “Tales of the City” (Contos da cidade – em livre tradução), e a versão atual é composta por 10 episódios de aproximadamente 50 minutos de duração, sendo que alguns tem mais e outros menos.

O objetivo é retratar uma comunidade LGBTQ+ que vive no endereço Barbary Lane nº 28, uma pensão capitaneada por Anna Madrigal, que é transexual. Neste universo encontramos personagens diversas entre lésbicas, gays, trans, heteros. O pano de fundo é a cidade de São Francisco, óbvio, suas mudanças com as lutas por direitos civis, e a convivência com a diversidade.

A roteirista é Lauren Morelli, a mesma de Orange is The New Black, com auxílio de outros em determinados capítulos. Estou quase no fim da temporada e acho que ela vem fazendo um bom trabalho.

Creio que a ideia não seja trazer grandes dramas e reviravoltas, mas sim o lado humano e corriqueiro de nossas questões pessoais e até existenciais enquanto membros desta comunidade. Achei alguns capítulos mais densos, com choques de gerações, o que é totalmente factível, a convivência com o HIV/AIDS, e outros com esse senso de liberdade atual, retratado principalmente no bar “Corpo Político”. Aliás, adoraria ter um lugar daquele pra ir! Rrrrsss…

O elenco é muito bom. Ellen Page lidera a lista e está fantástica com aquele boné de aba reta! Eu não uso/usaria, entretanto na composição do look da personagem faz todo sentido. Aliás, palmas para ela que desde Juno, vem fazendo um trabalho fantástico no cinema. Ainda mais depois que saiu do armário, fazendo produções importantes pra nos representar na telona. A atriz que representa Mary Ann também é muito boa, entre outros que já configuraram em séries gays.

Se eu continuar, não terei como fugir dos spoilers, então deixo o trailer da série abaixo e um convite para assistirem no feriadão.

https://www.youtube.com/watch?v=Z89bc_4-rfI

Bom feriado pra todo mundo! O meu já começou já que hoje é aniversário da cidade!

Vai aí uma atualização do post: hoje vi que na Netflix já tem 3 episódios da série antiga, chamada “Mais Crônicas de São Francisco”. Acho que durante as pesquisas iniciais não tinha notado que as atrizes que representam Mary Ann e Anna Madrigal são as mesmas nas duas séries! Comecei a assistir o primeiro capítulo hoje, entretanto como é bem longo (1:30h), acabei não terminando. Espero que sejam tão bons quanto os atuais.