Acordei em uma sala cujas paredes brancas faziam doer meus olhos. A cama era estranhamento dura, mas confortável. Não tinha janelas. Um armário branco moderno da altura do joelho servia de apoio para um livro que estava aberto esperando algum interessado ler. Era o único item do quarto.
Levanto-me com certa dificuldade. Parecia que fora atropelado por um caminhão tamanha rigidez dos meus músculos.
Onde estão os outros passageiros? Onde estou? Porque estou num quarto fechado?
Senti um ímpeto de ir até a porta para situar onde estava. O livro aberto me chamou mais atenção.
Onde estão minhas roupas? Tinham trocado minhas vestes por uma túnica branca de linho.
Andei até o livro e percebi que tinha um bilhete em cima dele.
Bom dia, espero que esteja se sentindo melhor. Gentileza comparecer ao hall compartilhado que fica no final do corredor à direita, após abrir a porta. Este livro é um livro de instruções sobre A Ilha. Sugiro que o leia todos os dias e anote dúvidas para tirar com os monitores da acomodação onde se encontra.
Fiquei sem palavras. A Ilha? Que ilha? Fomos resgatados, isso eu sei. Mas pelo que entendi, quando nos acharam, fomos sedados.
Estranho.
Muito estranho.
Que ilha? Quem leu o bilhete?