A Magia do Amor

A Magia do Amor…é para todos que acreditam e sabem que o amor é uma magia real e a força mais poderosa do mundo! 

Atenção: Romance clichê, com insinuações de sexo, sexo e linguagem imprópria. Algumas referências a seriados e filmes. Ah, não recomendado para menores de 18 anos. E qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Grata, Mohine Yamir

SINOPSE

Agatha conhece uma criança encantadora, o pequeno Daniel, e logo se tornam amigos. Essa amizade a leva direto para um reencontro com Maysa, reascendendo assim, o amor que sempre esteve adormecido em seus corações. Porém, para viver esse amor, é essencial que o passado seja superado e que Maysa compreenda e aceite o segredo que Agatha carrega consigo.

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Prólogo
 

Existe magia, e essa afirmação não é mera divagação, principalmente quando nos tornamos testemunhas de um arco íris colorindo o céu, de flores desabrochando pelos campos e jardins, a canção da natureza que é entoada pelos pássaros e levada aos quatro cantos do mundo através do vento. E as estrelas… ah, tem coisa mais linda que admirar estrelas?

Olavo Bilac tinha razão quando disse: “Amei para entende-las! Pois só quem ama, pode ter ouvido capaz de ouvir e entender estrelas.” E eu vos digo ser verdade, pois apenas quem ama, tem o coração pérvio, capaz de ouvir estrelas e enxergar a magia.

Existe magia, e eu sempre irei acreditar nessa afirmação, ainda que por muitas vezes a vida ou as pessoas tentem me provar o contrário. O Caio Fernando Abreu diz; “que seja doce, que seja doce…”, como um pedido ao universo para que tudo seja como um sopro de suave alegria. Eu digo; “que tenha magia, que jamais nos falte a magia!”, é a minha prece aos deuses da vida, para que nunca nos falte o encanto e a crença.

E se desejam saber, há duas magias raríssimas, que nunca deveriam ser deixadas de lado, são elas; a amizade e o amor. Quem quer que tenha um verdadeiro amigo e qualquer um que ama ou já amou, sabe exatamente o quão forte são estas magias. E quando elas se fundem, tal mistura é a essência mais poderosa que pode existir.

É até possível fugir por um tempo dos efeitos que esse sortilégio causa, mas em verdade, acredito que quando este tipo de encanto está predestinado a acontecer, não importa aonde você se escondeu, o que fez ou deixou de fazer. Muito menos importará o tempo que passou, pois aquilo que te é cabível, de algum jeito, chegará até você ou fará com que você chegue até ele.

E esta ficção trata-se disso; amizade, amor, elos invisíveis, vida e magia. Onde o tempo se torna apenas um coadjuvante.

Agatha e Maysa nasceram e foram criadas na cidade de Cabritos, interior da Bahia. As famílias de ambas eram amigas e nada mais natural que elas também se tornassem amigas. E assim aconteceu, tornaram-se amigas inseparáveis. Daquelas em que uma confiava a própria vida nas mãos da outra, os familiares e amigos mais próximos, afirmavam que nada no mundo seria capaz de abalar ou desfazer aquela amizade. E mesmo quando chegou o momento em que precisariam abandonar seus lares e irem para a capital baiana dar início a vida universitária, elas  optaram por estudar na mesma instituição, ainda que em cursos e campus diferentes.

Foi justamente nesse período longe de casa, entre festas de universidade e descobertas de novos mundos e sabores, que as coisas mudaram.

Dez anos atrás:

Agatha e Maysa estavam no apartamento que dividiam, bebiam em comemoração ao final do semestre e os planos era de viajarem para o interior no dia seguinte. Passariam as festas de final de ano e férias com a família.

Bebida, música e mais bebida. Troca de olhares e sorrisos, e envolvidas pelas batidas da canção: Do me, baby – Prince, beijaram-se. Um beijo mais voluptuoso do que se previa. Os instintos dominavam e aquele beijo valia mais que quaisquer palavras pudessem externar.

Quando Agatha caiu em si, percebeu que retribuía o beijo de forma fervorosa e entregue. E apesar de aquele ser o melhor beijo, entre todos os que já havia experimentado. Mesmo tendo a certa sensação de ter encontrado o lugar onde gostaria de ficar para todo o sempre, aquela a sua frente era Maysa, uma garota e sua melhor amiga. Pensou demais, sentiu aos extremos e amedrontou-se. Aquela situação não se parecia com algo que ela poderia chamar de “normal”, definitivamente, aquele não era o tipo de acontecimento qual ela estava pronta para encarar. Tratou de afastar-se o mais rápido que podia, pois sabia que se continuasse tão próxima, não seria capaz de controlar suas ações. E enquanto tentava assimilar aquele acontecimento e se realocar no planeta, Maysa buscava folego entre as palavras de amor que usava para contar sobre o sentimento que sempre existiu dentro dela e que não tinha mais forças para esconder.

Estava feito e era tarde demais para voltar atrás, embora Maysa não tivesse mesmo pretensões de se desculpar pelo seu ato. Afinal, declarar seus sentimentos não deveria ser considerado um crime, certo? Para o bem ou para o mal, aquele era o momento em que tirava de si o peso de todo um segredo que sempre escondeu em seu coração. Amava Agatha, e sabia que se não falasse acabaria enlouquecendo.

Realmente, declarar um sentimento não deveria ser um crime, mas naquela noite foi julgado como tal. Uma noite regada a bebidas, música e alegrias que ganhou tons de tensão e desespero. Aquela noite não foi fácil, para nenhuma das duas.

Créditos musicais:

Do Me, Baby – Prince (https://youtu.be/eu9qkMPr10I)

Esquecimento – Skank (https://youtu.be/iWlwiRrpiL0)

Ainda é cedo – Legião Urbana (https://youtu.be/XJcGd5PE_QY)