A Magia do Amor

39 – A magia de amar e ser amada

39

A magia de amar e ser amada

Era verão, estação da alegria, das férias e de muitos encontros, fossem estes entre amigos, famílias ou amores. Enfim… era verão.

– Eu sequer preciso de poderes para adivinhar seus pensamentos. __ Alana sentou-se na espreguiçadeira ao lado de Agatha.

– São tantas coisas. __ desabafou.

– Sei… e todas elas se resumem a uma certa loira. __ bebericou da limonada.

– Eu estou morrendo de saudade deles.

– Eu sei, mas ela não disse que ficariam por duas semanas? Logo estarão de volta.

– Sim, mas aquela tal da Hellen vai estar lá, e também teve a discussão.

– Oxe, que discussão?

– Então…

Ao saber que os avós estavam passeando pela Bahia, Daniel pediu para que a mãe o levasse até eles, e Maysa acreditou que aquele período de duas ou três semanas um pouco distante lhe faria bem. Agatha foi quem não gostou muito da ideia quando comunicada sobre a viagem.

– Será rápido, e eu havia dito para a Hellen que pensaria sobre a possibilidade de deixar o Dan ficar uns dias com eles. Mas, não me sinto ainda segura para ficar longe dele, sei que ele sente falta dos avós…

– Ah, então a tal da Hellen também vai estar. __ ao que Maysa sorriu.

– Você não consegue mesmo gostar dela. __ depositou um beijo na testa da outra. – Ela provavelmente estará, mas acho que será até bom, a Hellen sempre consegue acalmar os ânimos entre os pais da Alê e eu. __ era nítido o quanto a morena estava incomodada. – Não faz assim, vou sentir muitas saudades. __ mas, a verdade é que seu incomodo não era pela Hellen, mas pelo pensamento que lhe surgiu.

– É por causa do que aconteceu? Fazem dois meses, mas sei que isso ainda te assombra. Essa é sua forma de se afastar e ter um tempo para pensar no que realmente quer?

Talvez fosse parte dos poderes de Agatha ler pensamentos, ou fosse apenas pelo fato daquilo estar estampado nas feições de Maysa. Embora não houvesse mais riscos de Roberto aparecer para infernizá-las, pelo menos não em matéria, tudo que aconteceu a deixou bastante balançada. Maysa era grata e muito, por Agatha ter conseguido salvar Daniel. Mas, também era um fato que ela ainda acordava várias vezes na noite com a voz daquele homem em sua mente lhe jurando vingança, suas mãos tremiam e seu coração apertava. Não conseguia se sentir segura, e por isso acreditava que passando alguns dias afastada daquela cidade suas emoções se apaziguariam.

– Agatha…

– Não precisa me esconder isso. Basta ser sincera, eu não sou uma coisa frágil que vai quebrar se ouvir algumas verdades, Maysa. __ a morena parecia mesmo chateada.

– Eu só quero colocar meus pensamentos em ordem e acalmar um pouco esse mar agitado que está dentro de mim. __ disse por fim.

– Então você vai embora. Como fez da última vez.

– Que última vez? Agatha, não estou indo embora, só vou levar o Dan para ver os avós e aproveitarei para espairecer um pouco!

– Isso é só uma desculpa, Maysa. Você poderia muito bem convidá-los para vir aqui, mostrar a cidade onde você está morando. Mas, prefere ir até Salvador. Você pretende voltar? __ sim, ela voltaria, mas aquele momento de hesitação fez com que a morena temesse pelo pior, e antes que Maysa tivesse a oportunidade de responder… – Quer saber, vai. Faz a tua viagem, faz o que você quiser.

– Eu não sei o que deu em mim, Alana. __ suspirou.

– Ficou com medo dela ir embora e você nunca mais ter notícias, aí fez como os animais que estão feridos, atacam. Você foi tão boba.

– Quer que eu deite para você bater mais um pouco? __ sorriu sem muita vontade.

– Meu amor, sei que tudo isso é saudade. __ balançou a cabeça em negação querendo entender em como poderia existir duas pessoas tão teimosas. – Thata, dar esse tempo, respeitar esse espaço, é justo para com ela. Pense em todas as emoções que ela tem vivido desde que voltou para cá.

– Eu sei, é só que… foi como se eu os tivesse perdendo. E isso doeu.

– Olha, vamos esquecer disso pelo menos pelas próximas horas. Logo sua loirinha estará de volta e vocês nem lembrarão dessa discussão. Agora, vamos para a cozinha, porque deixa a Olih e a Eva preparar nosso almoço não vai dar muito certo.

– Eu já ouvi barulho de um prato quebrando.

– O Lucas contou que dá última vez que a Olih resolveu cozinhar para eles, foi perda total em três panelas. Eu não sei como ela consegue. __ riram.

O verão havia chegado com toda a sua intensidade, não apenas para as crianças que estavam de férias escolares ou para o sorveteiro feliz com aumento significativo nos lucros, mas também, para os apaixonados. Quente não apenas pela temperatura, mas também pelas companhias, pelas festas, pelos corações que se aqueciam, pelo sol majestoso e com ele a vontade de viver que voltava a pulsar. Se perguntassem para Maysa qual a sua estação do ano favorita, sem sombras de dúvidas, ela responderia que o verão.

E, como sempre, Alana tinha razão… o sol resplandecia no horizonte, se despedindo e ameaçando mergulhar naquelas águas de um azul intenso e brilhante. O carro de cor verde-musgo avançava pela rodovia e em breve alcançaria a pacata cidade de Cabritos, a loira e o filho cantavam animados as músicas que tocavam na estação de rádio local. Estavam voltando da viagem que haviam feito a capital baiana, o plano era passar duas semanas, mas, precisaram alterar isso, ficando menos de uma semana.

A tarde deu lugar para noite, o sol para a lua… Alana, a esposa e os gêmeos, assim como Lucas e Olívia já haviam ido embora e a morena resmungava pela bagunça que acabou ficando em sua cozinha. Era fato, ela nunca se importou com aquilo, mas seu humor naqueles dias não estava dos melhores. Respirou fundo e começou a organizar as coisas…

– Ela poderia pelo menos atender o telefone. Não custava nada… __ fechou a porta do armário com firmeza. – Também, quem mandou ser tão estupida, Agatha! Você deveria ter apoiado ela, sei lá, poderia ter perguntado se podia ir junto. Ou simplesmente ter compreendido, fala sério, olha a quantidade de vezes que a Maysa me entendeu e respeitou mesmo quando não compreendia ou aceitava os porquês.

Terminava de guardar a última panela quando ouviu latidos, mas balançou a cabeça em negação. Estava com tantas saudades que até os latidos do Tapioca estava ouvindo. Foi então que ouviu novamente o latido do cão na porta da cozinha. – Não… isso não é delírio. Oh, deuses! Eles voltaram.

– Agatha?! __ a morena esqueceu-se do mundo e destinou-se para abrir a porta.

– Ahhh, meu amor. Meu pequeno explorador de mundos! __ Daniel pulou nos braços na morena para um abraço forte. – Como eu estava com saudades de você.

– Eu também estava com muita saudade, Agatha.

– Como você está?

– Bem. Você está bem?

– Agora estou. Como foi a viagem? __ ela estava louca para perguntar por Maysa, mas preferiu conter as emoções e dedicar a atenção ao pequeno, depois… Depois que matasse um pouco da saudade que estava dele, iria atrás da loira.

Daniel contava empolgado sobre todas as suas novas descobertas, e até mesmo sobre as brigas entre a mãe e os avós. A verdade é que mesmo com a Hellen por perto, não foi possível evitar alguns embates, principalmente quando souberam do que havia acontecido com Daniel. A primeira ideia da senhora Margarida, era a de que Maysa não tinha mesmo capacidade para cuidar da criança e que por isso, ela deveria permitir que o pequeno fosse morar com eles em São Paulo, obviamente a loira não gostou nem um pouco da ideia e das insinuações.

O pequeno aceitou o lanche que Agatha preparou para ele, estava tão feliz por estar de volta e na presença da morena que esqueceu da hora. E estando ali, permitiu-se o aconchego no colo da morena, juntou o cansaço da viagem e aquele carinho que ganhava nos cabelos, acabou adormecendo.

Em casa, Maysa terminava de colocar a última peça de roupa na máquina para lavar, Tapioca já dormia tranquilamente no quentinho próximo ao fogão. Ela olhava para o relógio, e já sabia das palavras que diria para o filho. Sabia da saudade que ele estava de Agatha, por isso permitiu que ele fosse vê-la assim que colocou os pés dentro de casa, mas isso não significava que poderia ficar até uma hora daquelas lá. Passou as mãos pelo cabelo, deu uma ajeitada na roupa e estava pronta para ir busca-lo. Antes de alcançar a porta, a morena apareceu com o pequeno em seu colo.

– Oi…

– Olá, vim trazê-lo.

– E eu já estava indo lá.

– Imaginei, ele acabou adormecendo. Posso leva-lo até o quarto?

– Hã… você não precisa se incomodar.

– Não é incomodo, eu quero.

– Tudo bem.

A loira respirou fundo e engoliu a seco quando a morena passou por ela, como era difícil fingir-se indiferente. Assim que a viu, quis voar para os seus braços e beija-la. Mas, não podia ser tão fácil assim, não podia ser sempre tão compreensiva. – Se ela quiser, ela quem vai ter que dar o primeiro passo!

– Podemos conversar? __ assustou-se. Será que ela tinha pensado alto demais?

– Claro. Quando você quiser.

– Agora?

– Uhum, pode ser.

– Maysa… __ estava nervosa. Não era muito boa na arte de pedir desculpas, mas, estava tentando. – Eu vou começar com uma citação da Sarah Westphalen, ela diz assim: “Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perderam por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no morno…” __ mordeu o lábio apreensiva, a loira nada lhe disse, apenas a olhava atenta. – Ela ainda termina dizendo que: “Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudada resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota previa à duvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo o fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”

– É uma bela citação…

– Sim. E me fez enxergar o quanto eu não quero quase viver, quase amar, quase ter você. Pedir desculpas pela minha atitude tão… infantil e estupida, parece pouco. Por isso eu quero mesmo é te pedir perdão. Por ter sido grossa, por não ter lhe escutado, por ter deixado essa droga de medo se fazer maior, e acreditar que você estava querendo ir embora para sempre de mim. __ os olhos já ameaçavam marejar. – Normalmente as histórias de amor começam com dois olhares que se cruzam, dois sorrisos que se completam. Duas pessoas que por mero acaso se encontram e se atraem, do nada e de repente, os sentimentos surgem. Conosco não foi bem assim, esse sentimento que já nos existia antes mesmo de ser pronunciado, esse sentimento que existe em mim por você, e que, eu sei… eu demorei para aceitar, demorei para entender, porém, agora mais que nunca sei o quanto quero poder viver tudo isso com você. Eu sei que você está brava comigo, talvez eu não mereça o seu perdão, por minha culpa você já passou pelo inferno e não foi apenas uma vez. Vou compreender se você não me quiser na sua vida, mas por favor… por favor… __ as lagrimas escorriam silenciosas pela face. – Amar às vezes implica em sentir medo, e ao contrário dos que muitos pensam, eu não sou uma mulher tão corajosa ou forte quanto aparento. Quando você falou sobre a viagem, e achei que estivesse apenas buscando um pretexto para ir embora. O medo de perder você outra vez… __ seu semblante declarava a dor que sentia só de pensar naquela possibilidade. E por mais que a loira tivesse em mente a ideia se manter indiferente e deixar a morena um pouco no gelo, não conseguiria ser tão cruel ao ponto de vê-la daquela forma e nada fazer. O abraço foi caloroso e protetor.

– Já que estamos trabalhando com citações, tenho uma para você, minha morena: “não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai magoa-lo de vez em quando e você precisa perdoa-la por isso.” __ sorriu enquanto tentava secar as lagrimas da outra. – Agatha, já tem um tempo que não estou mais brava com você. Para falar a verdade, quis voltar para casa assim que saímos, mas precisava dar para o Dan aqueles dias com os avós, como também necessitava de um tempo longe para colocar minhas emoções no lugar. Se eu ficasse aqui, apenas revivendo o dia em que aquele homem levou o Dan, ou acordando todas as noites com a voz dele nos ameaçando… eu surtaria.

– Eu sei.

– Três dias longe, e eu entrava dentro do carro certa de que o ligaria e voltaria para casa, para você. Mas, então eu sabia que ainda não podia, que alguns dias longe, seria algo bom. Sabia também que você acabaria entendo isso, cedo ou tarde.

– Eu realmente achei que você não voltaria, que não me queria mais, principalmente, por conta do que o Roberto fez.

– Amor, você foi buscar o Dan e o trouxe de volta para mim, arriscou sua vida para salva-lo. Eu jamais vou saber como lhe agradecer por isso, eu jamais poderia culpa-la pela atitude de um ser tão cruel. E sabe do mais, devemos esquecer esse homem de uma vez por todas, mesmo depois de morto ele continua a infernizar nossas vidas, isso só acontece porque permitimos, então, declaro que a partir de agora, nada de Roberto em nossas vidas.

– Quem? Não sei quem é esse que você falou. __ ao que a loira sorriu. – Então você me perdoa mesmo?

– De alma, coração e todas as formas possíveis que existem de perdoar alguém! __ a abraçou ainda mais forte.

– Posso te fazer uma pergunta?

– Sim.

– Com tudo isso que aconteceu, depois dessa terrível sensação que foi achar que havia perdido vocês. Percebi que não há vida para mim se vocês não fizerem parte dela… quero dizer que, ainda que estivesse viva, meus dias não teriam sentido algum. __ a morena escorregou pelo corpo da loira e ajoelhou.

– Ai meu Deus, Agatha!

– Lembra que um dia você me pediu em casamento?

– A-ahammmm.

– Maysa, eu aceito. Eu aceito e quero me casar com você. Quero morar com você, quero acordar ao teu lado e ter nossa cama invadida pelo Dan para nos contar sobre seus sonhos, ou apenas para dormir mais um pouco conosco. Quero me casar com você e ter muitos filhos, e cada um ter seu animal de estimação. Você ainda quer? Você aceita se casar comigo?

– SIM! SIM!!! OH MEU DEUS, CLARO QUE ACEITO. QUERO!!! EU TE AMO, AGATHA. __ ajoelhou-se para que pudesse ficar na mesma altura que a morena e a encheu de beijos. – Hey, você disse filhos? No plural mesmo?

– Daniel já deixou claro tantas vezes que quer um irmão. __ riram e trocaram outro beijo, deixaram os corpos caírem sobre o chão.

– Ele já vale por muito, mas… podemos ter mais UM bebê. __ ao que a morena gargalhou.

Daniel que estava escondido no topo da escada observando toda aquela cena, finalmente poderia juntar-se a elas, os olhinhos brilhavam ao ver a mãe e a Agatha falando sobre casamento, o seu maior sonho estava se tornando real.

– Vocês vão ficar juntas mesmo? Vou poder chamar a Agatha de mãe? __ riram, e Maysa chamou o filho para também cair no chão e ficar naquele abraço.

– Você, sua mãe, eu, Tapioca, Duda e Aquiles… ficaremos juntos para sempre, filho. ___ foi a morena quem respondeu, fazendo os olhos do pequeno arregalarem-se com aquela novidade e o coração dar pulinhos de alegria. Sorriu alto e feliz, o que despertou o cão de seus sonhos e o fez correr para sala e participar daquela farra.

Ainda ficaram por um tempo na sala, Daniel contava empolgado em como poderia ser a vida a partir daquele dia. Insistiu para que Agatha e Maysa lhe contassem uma estória, e só então, foi que elas conseguiram fazer com que o pequeno voltasse a dormir. E depois que a loira levou o filho para o quarto, daquela vez com a certeza de que ele dormiria por toda a madrugada, era a sua vez de matar a saudade e comemorar o noivado. Sim, era isso mesmo, pensou consigo, acabara de ficar noiva!

Desceu as escadas com pressa, alcançou a cozinha e escolheu um vinho qualquer. Passou pela sala, estendeu a mão para a morena que a aceitou, e tornaram a subir as escadas. No terraço, beberam algumas taças do vinho, conversaram e sorriram.

– Estou feliz, Maysa. Sinto como se o meu coração fosse explodir de tão feliz.

– Eu ainda acho que estou sonhando… __ a morena sentou em seu colo.

– Ah, não. Isso é bem real. __ a beijou.

Poderia mentir e dizer que aquele beijo foi suave, mas a verdade é que aquele beijo poderia lhes queimar a alma de tão quente. Foi como um piscar de olhos e as blusas já estavam no chão, o terraço foi abandonado. No quarto, Maysa derretia-se embevecida pela forma com a qual a morena terminava de se despir para ela. Aquela mulher era digna de contemplação, a timidez e o rubor da face mesclando-se com o desejo e a ousadia que brilhavam nos olhos da morena conseguia deixar Maysa em orbita.

O contato com a pele, a pressão que um corpo fazia sobre o outro… aqueles gemidos. Os movimentos vagarosos e os apelos que eram atendidos. Beijo a beijo, toque a toque, e elas perdiam-se no tempo e espaço, pouco se importavam se a madrugada já estava dando lugar para os primeiros raios de sol. Não ligavam se os gemidos ou as juras de amor que trocaram foram ouvidas por alguma das casas vizinhas. Depois de alcançarem o ápice de um prazer dominante, permaneceram ali, uma no colo da outra, conversaram, deram boas risadas, e logo depois, amaram-se novamente. Nenhum momento havia sido tão perfeito quanto aquele. Nenhuma entrega foi tão intima e real, e era essa a certeza que se tinha, a de que toda vez que fizessem amor, teria o leve torpor da primeira vez. Portanto, que importância o tempo tinha?

Se aquele era o fim? Se ali estava a consequência de um beijo dado no passado? Aquela era a conclusão? Não sei…, a verdade é que não são as teorias que se tem em mente que conta, mas o amor que se tem no coração. E, se me for permitido um palpite, diria que quando se trata de histórias de amor, vale recitar Renato Russo:

E nossa história não estará

Pelo avesso assim, sem final feliz.

Teremos coisas bonitas para contar

E até lá, vamos viver.

Temos muito ainda por fazer

Não olhe para trás

Apenas começamos

O mundo começa agora, ahh!

Apenas começamos.

Se aquele era o fim? Não mesmo, elas estavam apenas começando.



Notas:



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