A Organização

Capítulo 11 – Janelas do entardecer

Renee fazia uma pátina na porta. Havia colocado um avental e se mantinha aparentemente concentrada na sua tarefa, “trabalhando a arte” da fachada do seu atelier, quando divisou através de sua visão periférica a sua “presa”. Dissimulou estar distraída, mas sabia que a outra olharia para ela com interesse, pois novamente se encontravam e, com toda a certeza, viria falar com ela.

— Vejo que está animada!

Renee simulou susto, dando um grito abafado e colocando a mão na boca.

— Ai, Cristo meu!

A doutora não conseguiu disfarçar o riso, pois achou a reação engraçada, mas gostou de ter pego a “artista” desprevenida. Não sabia o que a mulher tinha para chamar tanto a sua atenção, mas gostou de estar, pela primeira vez em sua vida, relaxada diante de alguém. Tinha destrinchado a vida de “Mila Ortiz de ponta-cabeça e nada encontrara que indicasse que ela era perigosa. Salvo multas de transito, ser detida na juventude com maconha na época de faculdade e uma briga em uma boate por causa de uma mulher. Nada demais. Gostou de saber que a artista era homossexual. Descobriu também que ela tinha se relacionado com muitas mulheres, mas só morou com uma. Estava separada há cerca de três anos e havia se tornado mais discreta nas relações, depois da separação. Isso tudo havia levantado nessa semana que a artista estava fora.

— Desculpa! – Helen ainda ria. – Você está muito distraída. E se fosse alguém com más intenções?

A artista demonstrava que estava se acalmando com a mão no peito, mas devolvia o sorriso.

— Quer dizer que suas intenções para comigo são boas? Imagina se fossem más, já estaria morta a essa altura! É a segunda vez, desde que nos conhecemos, que me dá um susto desses.

— Deixe de ser dramática. Você que estava concentrada demais no seu trabalho e não viu que eu chegava. E se fosse um ladrão?

— Ia roubar tintas e pinceis ou ficaria muito furioso por eu ter só isso. Aí, eu “dançava”!

— Se eu estivesse por perto, não deixaria.

A artista sorriu maliciosamente, estreitando os olhos e olhando diretamente para a mulher à sua frente. O jogo de sedução entre as duas começara, mas a satisfação de Renee, era de que Helen, não sabia quem era ela e mesmo assim, se interessou. Era como se não importasse com que face ela se apresentasse para Helen, mesmo assim, ela se sentiria atraída pela agente.

— É? Fico feliz com isso, mas não gostaria que algo acontecesse a você também. O que você poderia fazer numa situação dessas? Não daria para bater nele com uma bolsa, pois nem isso você carrega.

Helen pensou na ingenuidade que ainda havia nas pessoas. Ela era uma agente treinada e teria que se fazer passar por mulher indefesa. Sorriu a esse pensamento e se gratificou pela primeira vez por ele.

— Bem… Poderia dar um empurrão no cara e pegaria sua mão para corrermos juntas.

Falou rindo.

— Boa tática.

— Sabe que estou morando quase em frente ao seu atelier?

— Aquela casa ali que você roubou de mim? Pelo menos, foi onde você, e o corretor sem vergonha estavam naquele dia.

Sorria cinicamente enquanto falava e apontava uma casa pouco mais à frente.

— Eu não roubei nada. Não tenho culpa se o meu charme fez o cara dispensar você.

A artista gargalhou. Chamou o empreiteiro para pegar suas coisas do lado de fora. Retirou seu avental e colocou junto ao material.

— Luiz! Poderia pegar isto para mim e guardar aí dentro?

Virou-se para a doutora e lançou o convite com intenção de tira-la dali e impedi-la de entrar em casa. Torcia para dar certo.

— Meg, você gostaria de tomar uma cerveja comigo?

Renee dissimulou timidez ao convidá-la, na tentativa de comover a agente. Esfregava as mãos em um pano para limpa-las e deixava que seus olhos corressem pelo chão, sem encara-la.

— É que… Bem, você expressou interesse na vista de minha casa e… Bom, você gostaria de conhecer? Posso fazer umas coisinhas para comermos também.

Helen olhou a mulher à sua frente. Achou uma gracinha toda envergonhada. Sua libido começou a dar sinais.

“O que poderia acontecer demais? No final das contas, acho que meu interesse em Renee, devia ser só carência e desespero, no anseio de me libertar de tudo que me cercava.”

Pensou que, estranhamente, a sensação de bem estar e segurança que sentia quando estava ao lado da agente, era a mesma que sentia diante desta figura.

“É, acho que essa história toda mexeu um pouco comigo. Agora não importa mais. Renee não está mais aqui e essa menina se parece demais com ela, só que com um jeito mais doce”.

— Ok. Podemos ir, eu adoraria.

Decidiu-se por dar uma chance a si mesma e tentar relaxar um pouco da loucura que passou no último mês em sua vida. Retornaram conversando através da rua de “pés de moleque” do centro histórico, atravessaram a ponte e caminharam em direção a casa da “artista”. Chegaram e Renee conduziu a barista para dentro.

— Quer conhecer a casa primeiro ou tomar uma cerveja?

— Uma cerveja. – pausou a fala, olhando através da varanda. — Imaginava que sua vista fosse bonita assim.

Renee sorriu e se retirou para pegar a cerveja na cozinha e quando voltou, admirou a silhueta da agente que estava de pé, de costas para ela, olhando a paisagem através do vão da varanda. Seu coração acelerou ligeiramente. Renee tinha que forçar a calma e concentração para não perder o foco, mas a imagem estava linda. Os contornos do corpo de Helen na penumbra, seu rosto menos tenso e o olhar perdido, deixavam-na com um semblante suave.

Renee se aproximou por trás, deixando que a outra percebesse sua aproximação. Estendeu a garrafa de cerveja, oferecendo-a e postou-se em silêncio a seu lado, dando uma golada na bebida gelada.

— Você não tem ninguém? Por que veio para cá sozinha?

Desta vez Helen perguntava com genuíno interesse pessoal, Renee nem precisava acionar seu dom empático, pois percebia pelo tom que a outra usara. A agente da Organização a olhou profundamente e depois se voltou a olhar novamente para fora.

— Na verdade, estava com a vida um pouco vazia. Quis dar um novo sentido e aqui estou.

Encolheu ligeiramente os ombros e logo a seguir relaxou, sorrindo. Era verdade o que falava, pois ajudar Helen nessa empreitada, fazia com que sua vida tomasse novo alento. Olhou-a novamente. Helen virou seu rosto em direção a “artista”, devolvendo o sorriso.

— É, parece que aconteceu o contrário comigo. Eu estava com a vida cheia demais.

Permaneciam lado a lado com as garrafas na mão se olhando e ficaram algum tempo em um silêncio confortador. Era como se divagassem sobre suas próprias vidas.

— Agora é a hora que posso te beijar?

Renee perguntou sorrindo cínica, fazendo a outra gargalhar. A tensão sexual entre as duas já se instaurara e ambas tinham consciência que, desde o convite da “artista”, este seria o desenlace.

— Sim. Agora é a hora que podemos nos beijar.

Helen falava e sentia uma emoção grande em expectativa. Ficou confusa, pois seu coração acelerou. Sentiu o mesmo com Renee, depois de longos anos que seus sentimentos estiveram estagnados e agora sentia com esta mulher.

Renee retirou a garrafa da mão de Helen, pousando a sua própria e a dela, em uma mesinha de canto. Antes que Renee se voltasse completamente para a ela, Helen segurou seu rosto com uma das mãos e colou seu corpo, trazendo-a para o beijo. Um beijo inicialmente retraído, mas que no enlaçar das línguas foi ganhando força e desejo.

As mãos da agente da Organização cruzaram nas costas de sua “presa”, acariciando delicadamente. A respiração de ambas subia num crescente(,) e seus corpos começaram a encaixar de forma a movimentar no ritmo de seus desejos. Renee moveu uma de suas mãos para a nuca de sua amante e a outra para seus quadris, na tentativa de trazê-la mais para si. Descolou seus lábios, descendo-os em beijos fortes pelo pescoço e ombros, arrancando um forte gemido de Helen.

A ex-agente da Távola se perdia, entre a confusão de pensamentos, e na névoa do desejo crescente que sentia. Não quis se questionar mais, pois a vontade de se dar e de ter a “artista”, aumentava a cada sucção dos seus lábios em seu corpo. Achava estranha a sensação que tinha. Parecia um déjà vu. Parecia que aqueles toques eram seus conhecidos. Ficou mais confusa, porém o desejo aumentava sobejamente.

Começou a puxar a camiseta de sua amante. A agente da Organização não se intimidou, deixando que a retirasse. Empurrou-a para uma cadeira próxima, sentou-se, encaixando-a em seu colo. Pararam por segundos para se olharem e começaram a rir.

— Que beijo! — Exclamou Renee.

— É. Que beijo! — Repetiu Helen, empolgada.

Renee olhou-a nos olhos e viu tanto desejo que sua libido começou a gritar novamente e, desta vez, ela quem puxava para cima a bata da outra, retirando-a. Passeou seu olhar pelo dorso de Helen com admiração e volúpia enquanto essa, acariciava sua cabeça com os dedos que trançavam em seus cabelos. Helen também via o desejo estampado no rosto e olhar da artista, levando-a arrebatar novamente seus lábios.

“Está tão gostoso beijar esta mulher! O gosto de sua boca e seus lábios são tão parecidos com os de…”

Helen cerrou fortes seus olhos tentando dissipar os pensamentos que a remetiam para semanas atrás quando conhecera a agente da Organização. Deixou-se levar enquanto a beijava. Renee novamente desceu com seus beijos através do pescoço e depois desceu mais seu rosto para alcançar o vão entre os seios de Helen.

“Como eu precisava ter você novamente! Não acredito que estou com você de novo”!

Renee também divagava. Passou suas mãos pelas costas de Helen alcançando o fecho do sutiã, abrindo-o e deixando os seios à mostra. Mal retirou a peça e levou seus lábios a auréola rósea de sua amante. Helen jogou a cabeça para trás arqueando o corpo, no frenesi que aqueles lábios incitavam. Renee não segurou mais a vontade que tinha de senti-la por dentro. Colocou sua mão através do elástico da calça de algodão e desceu tateando até sentir a umidade do sexo quente da outra.

— ISSSS! Delícia!

Renee sussurrou com a voz embargada.

Com seus lábios colados ao ouvido da “artista”, Helen incitou-a falando rouca.

— Tá gostoso? Então entra!

Todo o controle restante de Renee caiu. Deslizou dois dedos sentindo as paredes se contraírem e um líquido viscoso envolver seus dígitos. Helen gemeu de prazer e se acomodou no colo da artista para facilitar os movimentos dentro de si. Ela não parava de pensar que Mila era tão perceptiva e envolvente quanto Renee, mas não deixou que esses pensamentos arrefecessem a sua excitação.

— Mexe bem gostoso, Mila. Entra mais, vai! Eu quero gozar gostoso para você…

Renee sentiu um ligeiro incômodo, por Helen ter pedido para “Mila” de forma tão emotiva, que a fizesse gozar. Segurou seus cabelos pela nuca, fazendo-a olhar em seus olhos, enquanto moveu a outra mão, mais rápido e forte dentro dela. Podia estar arriscando, mas queria que Helen, quando gozasse, visse em seus olhos a imagem de Renee e não de Mila.

A atitude da “artista” em segurá-la, elevou a excitação de Helen, fazendo-a chegar ao clímax no mesmo instante. Gritou em seu gozo, sendo tomada pelos cabelos e olhando diretamente para os olhos da amante. Seu corpo convulsionava forte e quando aquietou, deixou seu corpo apoiar sobre os ombros da outra.

Apesar de ter tido um forte orgasmo, outra estranha sensação a acometeu. O olhar da “artista” tinha algo diferente que não sabia interpretar. Sentiu “Mila” acariciando suas costas num afago reconfortante.

— Mmm… Estou sem forças.

Renee sorriu e apertou mais o abraço, aspirando o perfume de Helen em seu pescoço. Podia sentir as emoções de Helen. Sentia na outra, emoções de segurança e estranhamento pelos sentimentos de confiança e alento. Nesse momento, não fazia a menor força para interromper o fluxo de seu dom empático. Era uma sensação boa demais para ser interrompida. Normalmente bloqueava-o para não ser desleal com suas amantes, pois estas, não imaginavam que poderiam ser tão transparentes em seus sentidos para com Renee.  Ainda abraçada sussurrou em seu ouvido.

— Quero sentir seu gosto em minha boca. Vem. Vou te mostrar meu quarto.

Um movimento afirmativo com a cabeça, deu a Renee a certeza que sua noite seria maravilhosa.

………………

No dia seguinte, quase na hora do almoço, Renee levou um café reforçado em uma bandeja para acordar Helen. Haviam dormido quase quatro horas da manhã e Renee estava extasiada. Muitas mulheres passaram em sua vida de forma fugaz. O sexo era intenso, mas nunca teve a plenitude dos sentimentos que permearam a noite de amor que tivera com Helen. A ansiedade de resolver este problema com a agência inglesa, começou a martelar sua cabeça. Queria retornar para a Organização com a mulher que preenchia sua alma.

Antes de fazer o café para levar para o quarto, conversou brevemente com Anne e esta havia lhe garantido que a casa de Helen estava limpa. No dia anterior, “o Empreiteiro” havia espantado os invasores batendo à porta da “presa”. Depois eles entraram furtivamente na casa e a vasculharam. Parecia que não havia dado tempo de qualquer ação por parte dos perseguidores, pois a casa estava intacta. “O Empreiteiro” continuava vigiando a casa com seus agentes.

Renee empurrou a porta para entrar com a bandeja e viu que Helen estava no banho. Caminhou até uma mesinha perto de uma poltrona, pousou a bandeja e se virou, pois percebeu que Helen retornava ao quarto.

— Aquela escova de dentes embalada em cima da bancada era para mim? Pois se não era, agora é tarde. Já utilizei. Ah! Usei também a toalha dobrada que estava sobre a bancada.

Renee sorriu pela forma relaxada que Helen se encontrava. Desde que a conhecera, estava sempre atenta e apreensiva. Pela primeira vez, vi-a sem máscaras e gostou da sua forma leve de agir.

— Eram para você. Deixei antes de sair.

Helen se aproximou da mesinha em que a bandeja de café estava e pegou um pedaço de melão, colocando-o na boca. Voltou novamente seu olhar risonho para “Mila”.

— Deste jeito, vou começar a pensar em casamento.

Renee gargalhou.

— Você é o tipo de mulher que pensa em casar?

— E você? É do tipo que não pensa nisso?

Renee balançou a cabeça em negação.

— Para falar a verdade, não penso nisso. Sigo o meu caminho. Se acontecer, que assim seja. Não tem dramas, quanto a querer casar ou não.

— Hum… entendo. Bom, tenho que ir para casa e ver como as coisas estão, pois quero abrir minha cafeteria em breve também. Mas…

Helen deu uma pequena parada na fala, para fazer um suspense que não convencia, pois seu rosto estava aberto e um sorriso denotava certo ar de troça.

— Mas?

Perguntou Renee sorridente, incentivando-a.

— Mas eu gostaria que conhecesse minha casa também. Quer jantar comigo hoje?

“É perfeito! Ela está confiando em mim e agora posso protegê-la de perto, além de poder estar com ela”.

— Combinado. Tenho alguns trabalhos a fazer aqui em casa, mas à noite estarei lá. Que horas?

— Às oito está bom para você?

— Está ótimo. Estarei lá às oito.

Depois que Helen tomou o café e se vestiu, Renee a acompanhou até a porta. Antes de sair, Helen voltou seu rosto para Renee e selou seus lábios com um beijo, sorriu e caminhou em direção à rua. Renee fechou o portão e retornou a casa, na intenção de falar com Anne que estava no “bunker”. Não conseguia deixar de sorrir. Quando desceu para a adega, que havia sido transformada para abrigar a outra agente e servir de sala de apoio, foi logo sacaneada pela amiga.

— Vocês poderiam fazer menos barulho.

— Você não deixou nenhuma câmera no meu quarto, deixou?

— Claro que deixei. É o procedimento de segurança.

— Agora entendi. Deve ter se masturbado a noite inteira e mesmo assim não conseguiu apagar o fogo. Você é uma “voyeur”, sabia?

— Eu não olhei nada, sua depravada! Quando vi que iam para o quarto, desliguei o sistema.

— Ah! Então desligou só quando fomos para o quarto?

— E por acaso, vocês deram tempo na sala?! Quando vi a coisa já “tava” rolando. Quase puxei o fio da fonte para apagar a “porra” da imagem!

As duas se olharam, rindo pelas brincadeiras. Renee sabia que a amiga não poderia desligar as vigias por conta dos procedimentos, mas ela certamente tirara o áudio e fora descansar.

— E então?

— O Empreiteiro disse que o pessoal encontrou o QG da “Távola”. Acredita que a agência inglesa, nomeou de “Tavola” esse braço escuso da agência? Tudo que eles querem fazer sem autorização eles jogam para essa área.

— Acredito nisso e em muito mais. Quero saber por que eles jogaram a Helen nessa missão e o que sabem de nós. É a Ruth que está levantando estas informações?

— As informações da agência sim. A Ruth disse que precisa de um tempo maior para entrar em todo sistema. Parece que eles implantaram um sistema de bloqueio, que se auto ajusta quando tentam invadir. Eles têm tanta confiança neste sistema que não o monitoram regularmente.

— Ótimo para Ruth, mas ela tem que se apressar, estamos estagnados e, sinceramente, essa passividade deles em relação a Helen não me cheira bem. Eles já tiveram muita chance de matá-la e não o fizeram. Peça para o empreiteiro mandar qualquer informação que conseguirem do QG da “Távola” instalado aqui, por menor que seja.

— Vou entrar em contato com ele. Mas e aí? Algo na nossa “presa” que devemos ficar atentos?

Apesar de Renee saber que Anne estava fazendo a sua função, esta forma de falar a incomodou. Aprumou-se para não transparecer seu desagrado, pois sabia que a amiga só estava agindo de acordo com as regras.

— Não sei ainda. Na verdade, em certa hora, percebi um profundo sentimento de apreensão, mas depois dissipou. Pode ter sido só por estar vivendo algo novo.

— Hum… Ou pode se questionar o que anda fazendo, por estar se expondo ao mesmo tempo em que foge. Fala a verdade, Re, você transou com ela lá na Organização, acha que ela sacou alguma coisa?

— Não sei. Houve alguns momentos de sua ansiedade crescer. De qualquer forma, deixei correr frouxo ontem. Vou ser mais objetiva hoje à noite. Não posso questionar muito, pois ela vai ficar na defensiva, mas só o fato de estar perto para ajudar a proteger, está de bom tamanho. Na verdade, a nossa missão se tornou a agência inglesa e não ela.

— Sim, mas ela tem que ficar esperta senão…

Anne passou o dedo indicador horizontalmente ao pescoço simulando degola!

— Ela vai ficar, e se não ficar, eu fico.

— Ok. Tem mais uma notícia quente. Sabe quem está vindo me auxiliar aqui no bunker? Aliás deve estar quase chegando.

— Sabia que você não ficaria sozinha.

Provocou, Renee e riu cinicamente.

— Você também não ficou sozinha na China e depois, eu tenho que dormir decentemente Bom, não vou fazer suspense. Quem vem é Loren!

Anne soltou a bomba para sacanear de vez com a amiga. Sabia que ela ficaria nervosa e pasma.



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