A Organização

Capítulo 12 – O avesso

— Isso é o que?! Isso tudo para me vigiar? Para saber se estou fazendo tudo corretamente?

No mesmo momento, uma voz se pronunciou atrás de Renee, que estava de costas para a porta.

— Não. Mas da próxima vez, me avise com antecedência que não posso retornar à ativa! Por sinal, estou vendo como vocês lidam com as missões. Nem perceber que alguém entrou na casa, vocês perceberam.

Renee levantou desconcertada pela retaliação da mentora e por ter sido pega desprevenida. Anne começou a sorrir pela reação de Renee, mas fechou o cenho. Loren a olhava diretamente, e, a agente e neurologista, percebeu que levaria um “sacode” também.

— E você? Como entrei sem que você visse? É assim que pretendem implantar vigias no QG da “Távola”?

— Loren…

Loren estava irritada com o desleixo das duas. Não teve nenhuma dificuldade para entrar na casa e a missão, não era apenas proteger a “presa”. Havia se tornado muito sério, a partir do momento que descobriram que havia braço de uma agência de espionagem sem limites para as suas atividades, investigando a Organização. Eles haviam chegado muito perto e isso não era trivialidade.

— Minha preocupação não é só com uma amiga e a Organização. É por todo o trabalho que realizamos ao longo dos anos. Poderia ficar na minha sala tranquila e deixar o mundo explodir, mas acho que esse não é o mote da existência de “nossa sociedade”, ou é?

— Desculpe, Loren.

Renee falou, com verdadeiro sentimento de culpa pelo seu egoísmo.

Loren suspirou. Estava cansada pela viagem e percebeu que havia pegado pesado com as duas. Sabia que mereciam essa “chamada”, mas resolveu relaxar o ambiente.

— Tudo bem. Quero tomar um banho e vou descansar um pouco. Mais tarde vocês me passam as informações recentes e montamos uma estratégia para abordagem.

— À noite vou jantar na casa de Helen.

Loren olhou inquisitiva, levando Renee a esclarecer.

— Ontem o “Empreiteiro” viu que haviam entrado na casa dela. Tive que desviá-la da casa para que não fosse pega.

— Entendo. Estive em contato constante com a Ruth e Anne ao longo da viagem, mas temos que estabelecer uma conduta para você, ao entrar na casa de Helen. Eles não vão vacilar. Temos que chegar a eles, antes deles chegarem a nós. Você também não irá de peito aberto. Vou ser sua “back”. – Virou-se para outra agente. – Anne, você tem aí um “micro ponto auricular”? Fica mais difícil de ser descoberto.

— Tenho sim.

— É uma cafeteria o que ela abrirá, certo?

— É sim, Loren. – Renee se prontificou a esclarecer.

— Muito bem. Vou fazer uma relação de coisas que terão que arranjar enquanto eu estiver descansando. Falem com “Empreiteiro” e ele deverá ter contatos que arrumem tudo com facilidade. Se alguma coisa acontecer dentro daquela casa com a Renee, eu quero estar preparada para uma abordagem. Vamos arrumar um disfarce para me respaldar.

…………….

Próximo às oito horas da noite, Renee caminhava pela rua de pedras e levava um buque de flores nas mãos. Chegou à porta e tocou a campainha. Provavelmente estava sendo vigiada pela “Távola” e o buque daria a intenção de puro romance. Sabia que não seria isto o convencimento para eles, mas tudo seria feito de forma gradual.

A porta se abriu e Helen estava em um vestido de tecido leve e solto. Renee a olhou com admiração. Estreitou os olhos insinuantes, elevando uma de suas sobrancelhas de forma provocativa. Helen se olhou displicente, percebendo que conseguira produzir o efeito desejado.

— Então, atingi meu objetivo?

 Perguntou cínica.

— Atingiu perfeitamente!

Renee retrucou enfática.

Helen se afastou, dando passagem à convidada. O espaço interno era agradável, pois havia um pequeno jardim antecedendo a edificação, coberto por um gazebo, em que uma linda trepadeira ornava e amenizava a temperatura. Passaram pela lateral, pois a casa era atrás e a cafeteria na parte da frente da construção. Chegaram a outro pequeno jardim e quando se aproximaram da porta da casa dos fundos, Helen virou-se de chofre segurando o braço da agente da Organização, lançando-a de encontro à parede e prendendo-a entre a parede e seu corpo. Apesar do susto, Renee sorriu quando sentiu uma pistola colada à sua fronte.

Sim. Havia sido pega e lembrara de todas as advertências que escutara de sua mentora e de seus amigos da Organização. Sentira-se tão confortável com Helen e em como a noite anterior acontecera, que deixou suas prevenções de lado. Nem deixou que seu dom aflorasse, pois se sentia desleal para com a outra.

Havia apenas um problema neste pensamento. Ela estava em uma missão e não em um romance de verdade. Helen não sabia quem era ela e ainda por cima, a agente era uma fugitiva. Era lógico que depois do dia anterior, Helen racionalizaria tudo que acontecera… tudo que há dias vinha acontecendo. Coincidências demais, sua casa invadida… Provavelmente vira que alguém estivera em sua casa por seus sentidos treinados.

— Vou ter que fazer pelo modo mais difícil, ou vai cooperar?

— Vou cooperar. Mas deve saber que meus companheiros já sabem em que situação eu estou.

Helen começou a passar a mão no corpo de Renee, revistando-a. Encontrou uma pequena pistola acomodada pela parte de dentro da coxa direita, próxima ao joelho. Renee vestia uma calça larga e curta, estilo pescador, onde não se poderia notar a pistola acomodada.

— Tire-a e ponha no chão.

Renee sorriu e quis se divertir com a situação.

— Não me oporia se você a tirasse. Aliás, poderia ser extremamente prazeroso…

Helen a empurrou com força contra a parede. O impacto causou uma dor intensa no peito de Renee, fazendo-a gemer pela dor.

— Não brinque comigo! Sabe que só está viva porque quero respostas, mas se começar a dificultar, eu posso busca-las sem você. Só me daria um pouco mais de trabalho.

— Ok. Sem mais brincadeiras.

Renee retirou a arma e agachou, colocando-a no chão. Neste momento, percebeu a chance de desarmar sua oponente, mas preferiu não fazê-lo. Não gostaria que alguém saísse ferido e talvez, com uma conversa, poderia convencer Helen que seus algozes eram outros.

Retornou a posição, colocando a mão solta em sua cabeça, em sinal de rendição. Helen pegou a pistola no chão se afastando rápido com a arma em mira.

— Abra a porta e entre devagar… devagar!

Quando entraram na sala, Helen ordenou a sua cativa que pusesse as duas mãos na cabeça. Renee obedeceu e sentiu logo a seguir, que era presa por algemas.

O celular de Helen vibrou em cima da mesinha de canto e Helen o ignorou. Renee sentou-se displicente em uma poltrona.

— Acho melhor atender. Não são seus fornecedores da cafeteria.

— E quem seria? Seus amiguinhos? Você não tem nenhuma “escuta”. Eu verifiquei.

Renee suspirou. Lidar com uma agente já era complexo; e uma agente em fuga, devia ser muito pior. A credulidade não fazia parte da vida de um agente.

“É. Me permiti relaxar e olha onde estou.”

Pensou Renee.

— Helen, eles vão chegar. Atenda, por favor.

Helen assustou-se com a sua prisioneira ter falado o nome, que utilizava para a operação “Desmanche”.

— Quem vocês são?

— Se eu falar você não acreditará, mas…

Renee encolheu os ombros e uma luz de compreensão perpassou pela mente de Helen.

— Vocês são da Organização! Vieram atrás de mim… Só pode ser. Mas como… Como sabiam?

Renee novamente encolheu os ombros. Tentou ficar calma, pois de agora em diante, qualquer coisa poderia passar pela cabeça de Helen.

— Soubemos quem era você, quase no mesmo dia em que te avisei que uma bomba havia explodido na universidade.

— Você me avisou? Não foi você quem me avisou. Quem me avisou foi…

Helen emudeceu momentaneamente, fazendo conjecturas para a informação dada por aquela mulher.

— Renee poderia ter mudado de rosto e alterado a cor dos olhos, mas não a voz.

Renee deu um leve sorriso e elevou a sobrancelha insinuante. A campainha tocou e Helen imediatamente retesou-se.

— Eu avisei. Você poderia ter atendido o celular e não ficaria tão tensa com esta visita em sua porta.

— Pode estar blefando.

— Se lhe quiséssemos mal, deixaríamos que você se arranjasse com seus patrões, ou a mataríamos quando descobrimos.

— E por que me querem bem? Devo acreditar que se mobilizaram porque querem me proteger?

— Eu te quero bem e este foi o início desta nossa missão, mas depois descobrimos coisas sobre você e a “Távola”, que talvez nem mesmo você saiba.

A campainha soou novamente e Renee começava a achar que Helen não se demoveria da ideia que a Organização era a real predadora. Resolveu apelar para o emocional, mesmo sabendo que poderia não colar.

— Helen, me escute. – Renee falou suavemente. — Eu sou Renee e você sentiu isso ontem. Transamos lá na Organização e você sabe que tivemos uma ligação forte. Ontem você não percebeu nada quando fizemos amor? Agora, para e pensa. Se quiséssemos mal, deixaríamos você por conta de sua agência? Você não levou nada de nós. Não levou nenhuma informação e sabemos que uma missão como esta, é uma missão fria, suicida. Só agentes que estão na geladeira são escalados para esse tipo de missão. Descobrimos o motivo de colocarem você na geladeira.

Helen não poderia deixar passar a insistência do toque da campainha. Se esta mulher estivesse falando, mesmo que parcialmente a verdade, sua agência estaria em seu encalço a esta hora. Alguém em sua porta, tocando com tanta insistência, poderia chamar a atenção. Mandou Renee se deitar no chão, tirou as algemas de uma das mãos e atrelou em um suporte de metal chumbado à parede que conectava a estante.

Caminhou até o portão, abriu parcialmente e olhou pela fresta. Viu Loren, a tal mentora da Organização, que conhecera no primeiro dia. Estava vestida com um macacão e tinha um emblema do lado esquerdo do peito. Abriu a porta um pouco mais, com cuidado, deixando a fresta do portão apenas um pouco maior.

— Senhora Margareth Porter. Desculpe-nos a hora, mas o caminhão de entrega enguiçou na estrada e só conseguimos chegar agora.

Olhou uma moto ao lado da mulher, com carrinho atrelado e diversas caixas empilhadas. Resolveu abrir o portão maior para que ela entrasse com a moto. Era uma exposição do lado de fora de sua casa, que Helen não queria no momento.

Loren montou na moto e a conduziu para dentro, mas percebeu que assim que passou pelo portão, Helen fechara-o e apontara uma pistola para ela. A mentora da Organização desmontou e assim que se virou, golpeou a mão de Helen com um chute, desarmando-a. Helen se recuperou quase de imediato partindo para cima da agressora, porém Loren já apontava outra pistola em sua direção.

— Não faça isso, doutora. Não quero lhe machucar. A nossa intenção aqui é outra. Vamos entrar e conversar com calma.

Helen se voltou em direção à casa, acompanhada pela outra agente. Quando entraram na casa, Loren viu Renee encostada na parede, presa por algemas.

— Tire as algemas dela.

Ordenou Loren, fazendo com que Helen libertasse a outra.

— Você tem um laptop?

Renee previu a intenção de Loren e interviu.

— Loren, não! Por favor. Isso pode deixa-la desorientada.

Helen olhou assustada e desconfiada.

— O que poderá me deixar desorientada? – perguntou.

— Ela não sabe em quem confiar, Renee. Depois de ver tudo, ela poderá optar em que lado ela quer ficar. Sem isso, ela é só uma pessoa que poderá ser descartada por qualquer dos dois lados, sem qualquer chance e sem saber o motivo.

Renee balançou a cabeça, pois não concordava com o rumo que tomara a missão. Antes de sair de casa, abriu o portal da agência inglesa e conheceu absolutamente tudo a respeito de Helen, da operação “Desmanche” e da experiência que fizeram com Helen e outras pessoas que haviam sido capturadas. Soube também o motivo de quererem afastar Helen e reorienta-la para esta missão.

A princípio, a agência inglesa não queria perder Helen, pois a agente foi uma das peças principais do projeto “Torre Fulminada”, mas no decorrer do projeto, viram que ela não estabilizara após todas as drogas e experiências que fizeram com a sua mente. Por vezes, ela se deparava com situações que remetiam a vivências, que foram apagadas de sua memória e questionava ao médico o que seriam estes lapsos. Questionava também seus superiores, do porquê tomarem determinadas ações, das quais julgava desnecessárias. Apesar dela se tornar perigosa para a agência inglesa, ela também era o início das experiências e também a única a não responder ao tratamento completamente. Não queriam descarta-la de imediato e assim a enviaram nesta missão que durou alguns anos. Apenas a observavam e mapeavam todos os seus movimentos e quando viram que, aparentemente, ela não apresentava mais os sinais dos flashs de memória, levaram à termo o restante do plano para a “Operação Desmanche” contra a Organização.

— Este “dispositivo de memória” tem um software que permitirá abrir os arquivos de registro no portal da sua agência, sem que seja rastreada. Basta descarrega-lo.

Loren estendeu o pequeno objeto para que Helen pegasse. A agente hesitou, mas sua curiosidade estava chegando ao limite. Estendeu a mão, pegou o “dispositivo” e sentou-se de frente ao seu laptop pousado na mesa. Estava rendida com uma arma apontada para si e diante da situação, seria melhor tomar ciência do que seus antigos patrões haviam escondido dela.

A cabeça da doutora funcionava rapidamente, tentando analisar todos os fatos vividos por ela nos últimos tempos.  Sabia que tinha fugido e a “Távola” não a deixaria viva. Estava sob a mira de uma arma, mas em verdade, ela quem fora a agressora. Se quisessem matá-la, já teriam feito. Apenas não entendia por que. Saber sobre seus arquivos confidenciais, não era um negócio ruim. Conectou o “dispositivo” e enquanto esperava abrir o programa, Renee levantou-se e o desconectou repentinamente, fazendo tanto Helen, quanto Loren a olharem confusas.

— Estão aqui. Temos que sair agora!

Renee se virou para Helen perguntando:

— Você planejou alguma saída para uma possível fuga desta casa?

Helen não questionou, pois sabia que como agente, ela deveria dar atenção a instintos. Não ouvira nada indicando que estavam invadindo a casa, mas não pagaria para ver.

— Venham! Por aqui.

Indicou o corredor que levava à parte dos quartos da casa e entrou em um deles, seguida por Loren e Renee.

Foi até o canto da parede do fundo e puxou uma cômoda revelando uma pequena abertura.

— Isso vai dar no esgoto?!

Perguntou Renee, fazendo cara de nojo apontando o buraco no piso.

— Foi o que pude fazer em um mês e sem apoio. Não faça essa cara, pois ainda temos que torcer para que eles achem que é obvio demais e não estejam vigiando. Afinal, esgoto chega a ser clichê para fugas!

Helen terminava de falar, enquanto descia pela abertura. Loren descia em seguida, falando para Renee se adiantar.

— Vamos logo, Renee. Não consegui fazer contato telepático com ninguém. Tem certeza que estão invadindo?

Renee terminava de descer e fechava a abertura sobre si.

— Também não consegui entrar em sintonia, mas percebi atividade neural.

— Do que vocês duas estão falando?

Sem interromperem o percurso e se arrastando através do pequeno túnel sujo, as duas agentes da Organização continuavam a conversar, ignorando a outra.

— “Drones”! – Exclamou Loren.

— Imagino que sim.

— Vocês estão falando que eles enviaram “drones” para fazer o serviço? Merda! Vamos rápido!

Helen começou a se arrastar mais rápido para tentar sair do buraco e cair na rede de esgoto principal. Renee e Loren a seguiram sem questionar o porquê do desespero da agente. Assim que chegaram na rede de esgoto, escutaram um estrondo e se espremeram contra o piso imundo e mal cheiroso, sendo cobertas pela água suja. Uma onda de calor as atingiu, mas a fétida água que as cobria, não permitiu que as atingissem. Quando a onda de calor se esvaiu, as três mulheres levantaram seus rostos para respirar.  Um cheiro forte e ácido ainda rescendia.

— Droga! E eu pensando que teria um jantar agradável.

Loren e Helen se viraram para olhar Renee. Seus rostos tinham uma expressão incrédula diante da observação da agente.

— O que? Vão me dizer que eu não poderia me divertir, se o jantar tivesse rolado?

Renee falou ironicamente e mantinha um sorriso sarcástico, fazendo as outras bufarem.

— Eu quero ver como vamos sair daqui, engraçadinha. Eles devem estar espalhados por toda a cidade, ou não enviariam esses “bichinhos”. – Falou Helen.

— Depende onde esse esgoto vai nos levar. Eles podem estar por toda a cidade, mas fizeram merda. Esta hora deve haver um tumulto danado por conta dessa explosão. – Respondeu Renee.

— Onde estão parados seus carros de fuga? – Perguntou Loren para Renee. – Você se programou para isso, não é?

Renee começou a ficar irritada, com a falta de confiança que Loren demonstrava para com ela. Porém, não podia se isentar de culpa, diante de tudo que deixou passar, enquanto estava envolvida com a agente inglesa.

— Um deles está em um estacionamento perto do rio, do lado de Caborê e o outro, na saída do centro histórico, numa rua transversal a principal. – Respondeu.

— Este esgoto sai perto da saída do centro histórico em uma rua paralela a principal. Basta decidir se sairemos agora no tumulto, ou esperamos até a madrugada.

— Não acho bom esperarmos, Helen. Com pessoas da cidade em um tumulto por conta da explosão, podemos nos virar, mas na madrugada, só estarão à espreita os “drones” e nossos amiguinhos da “Távola”.

— Concordo com Loren, pois agora temos o tumulto para nos encobrir. — Afirmou Renee.

— Espero que seu carro seja rápido e discreto…

— Rápido ele é, Helen, mas discreto e confortável para três pessoas…

Novamente Helen e Loren se voltaram para trás olhando Renee. Custavam acreditar no que ela estava insinuando.

— Fala logo, Renee. O que você quer dizer com isso? Qual é o carro?

— Um Bugatti. Ah! Qual é?! Eu estava pensando numa fuga só minha, valeu? Ele é o mais rápido que tem, só que é de dois lugares. Pra que eu precisaria de mais assentos?

— Eu vou dirigindo!

Loren decretou, sem dar qualquer chance de ser contestada.

— E eu vou no carona.

Decretou Helen, continuando o percurso em direção à saída.

— Ok. Não tenho problema nenhum em ir no seu colo.

Neste momento, Loren não conseguiu conter o riso diante da expressão incrédula que Helen deixou transparecer em seu rosto.

— Ela vai ter que ir em algum lugar, Helen.

Emendou a agente mais velha, fazendo Renee gargalhar.

— Vamos logo, que isso aqui já está virando piada e não fuga!



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