A Organização

Capítulo 13 – Revelações

Quando Helen fez o trajeto da fuga, deparou-se com a grade da passagem. Havia serrado para deixar desimpedida, caso tivesse que utilizá-la. Não achou que precisasse passar por ali tão cedo. Retiraram e viram a grande movimentação na rua. Observaram, mas antes de sair Loren voltou-se para Renee.

— Tente perceber se existem “drones” por perto. Sei que é difícil pela quantidade de gente na rua, mas certamente os impulsos neurais são diferentes. Alguns drones são tão pequenos que podem se esconder em qualquer canto. Eu vou tentar ver se encontro algum dos nossos “amigos” humanos…

— Do que vocês estão falando? Novamente essa conversa de perceber e…

— Helen, depois explicamos, mas agora precisamos de silêncio, por favor.

Tanto Loren, como Renee se concentraram, mas não conseguiram detectar nada.

— Vamos ter que arriscar, Loren. A quantidade de gente é muito grande para conseguirmos distinguir. Que tal a gente apelar para a boa e velha observação da área? Vou na frente e vocês me seguem até o carro. Ele está perto. Quando sairmos, sigam para a esquerda até a virada da esquina.

— Estamos verdadeiros “zumbis” com estas roupas sujas. Vou me espantar se não chamarmos atenção.

— É. Mas a movimentação e correria continuam intensas. Seus amigos são bem idiotas, einh?!

— Por terem explodido a casa? Não, eles não são idiotas, são arrogantes. O fato de ter me envolvido com você tão rápido e eles terem observado isto, possivelmente fez parecer que eu sentia segurança. Como se eu não soubesse que eles viriam em alguma hora…

Enquanto conversavam, olhavam a rua esperando a melhor oportunidade de sair do esgoto.

— Vamos agora.

Ergueram-se para fora do buraco rapidamente, antes que a próxima leva de pessoas virasse na esquina. As três agentes caminharam em passo acelerado e quando dobraram a rua, Renee foi direto para a porta do motorista de um carro preto sport.  Deu um comando de voz para que a porta abrisse. Entrou no carro e comandou novamente em voz alta para que o carro ligasse. Esperou que as duas se acomodassem e partiram, observando pelo retrovisor se havia alguém seguindo. Na saída da cidade, tomaram a estrada para a serra em alta velocidade. Renee observava pelo retrovisor e pela câmera traseira, que não havia ninguém atrás delas e quis se afastar o mais rápido que conseguia.

— Por acaso não seria eu a dirigir?

Loren perguntou contrariada, pois estava espremida no banco ao lado, levando Helen em seu colo.

 — Não, porque quem tinha um plano de fuga era eu e o comando de voz do carro está ligado a mim.

— O que houve com a velha e boa chave?

— Tá no compartimento do painel, mas ia demorar. Não reclama Loren que a gente ficou no lucro.

— Onde vamos?

— Calma, doutora. Não vai demorar muito até chegarmos à próxima parada.

Subiram mais um pouco a serra quando, de repente, Renee pegou uma via auxiliar. A estrada era menor e parecia penetrar em uma vegetação um pouco mais densa. Vinte minutos mais tarde, Renee atravessava um portão de madeira e parava o carro em frente a uma casa simples e antiga.

— Espero que tenha alugado esta casa com outra identidade.

— Você tá brincando comigo, Loren? Por que acha que eu alugaria com a mesma identidade que aluguei a casa da cidade?

Loren ria enquanto entrava na casa.

— Não acho. Foi só para sacanear você.

Renee balançou a cabeça negativamente.

— Instalei um sistema de vigilância também. Dá para monitorar a estrada e em torno da casa. Vou ver roupas para tomarmos banho e nos trocar. No fim do corredor, tem um quarto onde coloquei os equipamentos que trouxe.

— Tem “spray descontaminante”? “Tô” me sentindo um nojo!

— Tenho, Helen. Sinto termos que dividir isto também, pois só trouxe para cá dois frascos. Mas vou deixar no banheiro sabonete asséptico.

— Bom, melhor do que nada.

— Vou tentar contato com alguém do núcleo, pois não sabemos o que aconteceu com Anne e o Empreiteiro.

Loren falava preocupada. A noite havia começado de uma forma bem complicada e elas não tinham conhecimento do que a “Távola” sabia a respeito de Helen e a relação com a “Organização” e muito menos do que pretendiam.

— Sim, é melhor. Não podemos arriscar entrar em contato direto com Anne e o Empreiteiro. A “Távola” já deve ter invadido a outra casa. Helen, veja se essa roupa cabe em você e tome seu banho. Vou limpar o carro e escondê-lo.

Renee entregou uma muda de roupa para Helen e outra para Loren. Agradecia aos céus o fato de não serem tão diferentes em tamanho entre si. Era menos uma preocupação.

— Escondê-lo? Guardou outro carro aqui?

— Minha querida amante, acha que eu planejaria uma fuga pela metade?

Renee falava irônica para provocar a outra agente.

— Amante?! – Helen devolveu o tom cínico. — Minha querida “enganada”, eu acho que você interpretou mal a minha investida em você, afinal, mal soube distinguir o que eu fazia em sua casa ontem… Aliás, nem sabia que eu lhe vigiava também.

— Pois saiba que a minha primeira reação, quando retornei a Paraty, foi perceber que você estava me vigiando, por isso me aproximei mais para tomar pé da situação. De qualquer forma, consegui leva-la para casa ontem e… não acho que a noite tenha sido ruim para você.

— Ruim não é a palavra, mas posso afirmar que, do meu modo de ver, era simplesmente necessária.

Helen falou com desdém. Loren revirou os olhos diante de pequena disputa de egos entre as duas e bufou.

— Deus, diga-me que esta missão vai acabar logo! Não vou aguentar muito tempo essa criancice! Se demorar muito, sou capaz de matar as duas!

A agente mais velha falava para si enquanto se dirigia ao quarto, onde estavam os equipamentos de segurança e comunicação. Renee estreitou os olhos em direção a doutora enquanto essa, saía da sala tomando rumo ao banheiro.

— Deixa estar, espertinha. Ainda terei oportunidade de mostrar o que é “necessário” nessa nossa brincadeirinha…

Renee saiu da casa para guardar o carro.

…………….

Haviam se banhado e cada uma se incumbiu de uma tarefa para que pudessem se acomodar.

Doutora Helen cortava legumes, quando escutou um farfalhar de tecido vindo do lado de fora da porta da cozinha. Girou o corpo e atirou a faca na direção da porta sem hesitar.

— Merda, Helen! Você podia ter me matado!

Renee havia conseguido se esquivar da faca, que foi arremessada em sua direção, assim que transpassou o vão da porta. Segurou o cabo da faca e retirou-a do portal, onde havia se fixado.

— E por que entrou em silêncio pela porta de trás, sabendo que estamos em alerta?

— Porque não costumo andar por aí fazendo alarde. Sempre ando em silêncio.

Renee suspirou, tentando pensar numa forma de colocar alguma razoabilidade na situação.

— “Olha”, tenho certeza que você ainda não confia em nós, mas o raciocínio é simples.  A gente tem que sair daqui e fugir deles. Depois que isto acontecer, você pode fazer o que quiser, pode até se matar, falou?!

Helen se aproximou de Renee e retirou a faca de sua mão, sem floreios.

— Eu não penso em me matar, mas não descarto a possibilidade de matar alguém.

Girou sobre o calcanhar dando as costas para a agente, voltando a cortar os legumes tranquilamente. Renee continuou parada na porta olhando para a doutora. Apesar de estar irritada com a ação da outra, não conseguia refrear a atração que continuava galopando através de seu corpo. Cerrou os olhos e balançou a cabeça negativamente com um sorriso nos lábios.

Nunca tinha se sentido assim por ninguém e apesar de saber que era totalmente antiético, sentia uma vontade enorme de entrar em contato empático com a outra mulher. Queria saber verdadeiramente os sentimentos da outra em relação a si. No instante em que começava a liberar a conexão, um pensamento a fez brecar.

“Eu não gostaria que fizessem isto comigo… Não é justo com ela. Droga, é tão fácil bloquear com outras pessoas, por que tenho essa dificuldade com ela?”

Lembrou da noite anterior onde no momento do gozo, não conseguiu bloquear seu dom. Tinha sido fantástico! Foi como se seu corpo tivesse somado seu desejo ao de Helen, culminando em uma explosão de sentimentos. Porém foi um descuido. Depois se sentiu mal por não ter conseguido inibir.

Nesse momento, Renee começou a avançar lentamente em direção a agente, apreciando seus contornos. Helen permanecia de costas, mas percebia a aproximação da outra.

— Pode parar aí!

Renee não se deteve e a abraçou por trás, escondendo seu rosto na curva do pescoço e aspirando o perfume da mulher à sua frente. Sentiu a respiração da doutora entrecortar e sorriu aninhada em seu regaço. Depositou beijos miúdos subindo até a orelha pequena e bem formada. Um suspiro brotou do peito de Helen, quando sentiu a suave língua passear por seu ouvido.

— Pelo visto, esse jantar só sai de madrugada…

As duas amantes se assustaram e, num impulso, Renee conseguiu conter a mão de Helen, que já movia para arremessar a faca na direção de Loren.

— Helen, você tem que parar de lançar facas cada vez que escuta algo. O que você tem com facas, einh?

A agente da Organização falava baixo, ainda colada a outra. A doutora olhou-a por sobre seu ombro com cara de enfado.

— E vocês tem que parar de chegar sorrateiramente me assustando… e eu gosto de facas. É uma arma interessante.

— Tá. Mas deixe que eu faça a comida amanhã. – Disse Loren elevando uma de suas sobrancelhas. – Renee, já falei com o núcleo, Anne está bem. Conseguiu fugir em uma lancha em direção ao Rio de Janeiro, mas já trocou de transporte e de sentido. O Empreiteiro ainda não entrou em contato. Quando as pombinhas terminarem, gostaria de mostrar uma coisa que Ruth me enviou.

Loren deu meia-volta e caminhou pelo corredor deixando a cozinha.

— Você pode me soltar?

A ex-agente da Távola perguntou enquanto sentia a outra se colar mais a ela tracionando seu corpo. Falava dando um tom de indiferença na voz. Renee segurou seu rosto virando-o para que pudesse beijar rapidamente seus lábios antes de soltá-la, mas a doutora virou-se de chofre e fez o contato mais firme intensificando o beijo. Quando se separaram, Helen piscou um olho para Renee e beijou a ponta de seu nariz, se desvencilhando do abraço e saindo em direção à sala. A agente permaneceu olhando a outra sumir através da porta.

— Essa mulher ainda vai me dar uma boa dor de cabeça… Ou melhor, ela está me dando uma boa dor de cabeça.

Falou baixinho para si, mas deixou que um sorriso se fizesse presente em seus lábios.

…………………

— E então? O que queria nos mostrar?

Loren pegou o dispositivo portátil que devia ter o tamanho de um maço de cigarros.

— Ruth enviou um aplicativo para conseguirmos interagir com nosso satélite e detectar “drones” ou mesmo pessoas com comportamento suspeito. Vai nos facilitar para sair daqui.

— Qual a autonomia deste “mobile”?

— Vinte e quatro horas, mas ele carrega com facilidade no carro.

— E não tem projeção holográfica? Fica mais fácil de visualizarmos.

— Tem, mas quando tem “drones” envolvidos dificilmente usamos. – Respondeu Renee. — Os feixes de hologramas emitem sinais fáceis de serem detectados e analisados por estas criaturinhas. Garota, o que você fez para que eles se incomodem tanto com você? Desperdiçar grana com “drones” para perseguir uma pessoa nos dias de hoje… Não é para qualquer um.

Helen inspirou forte e exalou na mesma intensidade. Estava cansada, não fisicamente.

— Faço-me esta pergunta desde hoje cedo e talvez até, há pelo menos cinco anos. Não sei por que me congelaram. Quando me deram a incumbência na universidade, falaram que era uma missão muito importante e que, ao longo do tempo, eu entenderia. O entendimento que tive depois, foi que eu estava sendo castigada por algo que nem mesmo eu sabia.

— Foi quando planejou suas rotas de fuga? – Perguntou Loren.

— Não, isso eu já fazia… Na verdade sempre fiz desde que entrei para agência e não me perguntem por quê.

Renee e Loren se entreolharam, chamando a atenção de Helen.

— Por sinal, vocês disseram que me dariam acesso irrestrito de meus arquivos na agência. Por que não nos divertimos um pouco vendo a minha “sublime” escalada meteórica na “Távola”?

— Agora não podemos arriscar entrar no sistema deles, Helen. Antes, não sabíamos o quanto eles estavam próximos, mas pedirei para a Irina ou a Ruth enviar quando possível. Elas conseguiram baixar o arquivo lá na Organização.

— É, Loren, mas do jeito que as coisas estão configurando…

— Eu sei, Renee. Provavelmente aquele arquivo não continha tudo a respeito da Helen. Tem alguma coisa a mais nesta história.

— Ei, eu estou aqui! O que tinha nestes arquivos?

— Acreditaria em nós? — Retrucou Loren.

— Eu tenho escolha?

Loren olhou complacente e Renee sentava no sofá ao lado dela.

— Senta aí, Helen, ou eu deveria chama-la de Kira?

Helen estreitou os olhos, mas não se pronunciou. Renee baixou a cabeça, pois sabia que seria difícil a aceitação. Deixou por conta de Loren o relato.

— Helen, seu nome não é Lana como a fizeram crer. Helen foi um nome adotado na “Távola”, mas, em certo momento, você se viu confusa, não foi? Quando acordou em uma cama de hospital e lhe chamavam de Lana, estranhou, pois não lembrava de nada. Disseram-lhe que havia ocorrido um atentado terrorista e você e seus pais estavam na estação de metrô, no momento do atentado. Disseram também que seus pais morreram. Bom, posso dizer que seus pais morreram há mais tempo do que isso e que você, não estava em momento nenhum, presente no atentado do metrô de Londres há sete anos.

— Mas…

A confusão se fazia nos olhos da doutora. Loren levantou a mão pedindo para que escutasse.

— Posso afirmar que você é paleontóloga e tem todos os outros cursos, mas uma parte de seu passado foi apagada de sua memória e realmente não sabemos o estrago que este método que utilizaram fez em você. Seus pais morreram em uma ação do governo Britânico para abafar uma pequena insurreição em sua cidade natal. Revolução esta, que era liderada por seus pais, pois o governo tomara medidas restritivas contra a autonomia Irlandesa. Você se tornou ativista, mas não se mostrava publicamente, porém liderava uma verdadeira massa de rebeldes contra o governo. Como sabe, a “Távola” é um braço escuso da agência Britânica. Desenvolveram este método de “abstração da memória” e resolveram empregar em pessoas que julgavam perigosos para o governo. Achavam que poderiam utilizar a inteligência e poder carismático destas pessoas para benefício próprio. Você foi a primeira, por se mostrar um perigo maior mobilizando muita gente, mas justamente com você, o método falhou em alguns aspectos. Você era questionadora, se mostrava rebelde e autônoma nas missões das quais participava e tinha pesadelos. Pesadelos estes que a remetiam a seu passado. Eles denominaram este programa de abstração da memória e alocação das pessoas de “Torre Fulminada”.

Helen pensava nas coisas que Loren falava e apesar de não se julgar idiota, a ponto de acreditar imediatamente no que a mentora da Organização falava, também não descartava a possibilidade de ser verdade o que ouviu, diante dos acontecimentos que acometeram sua vida nos últimos anos. Loren e Renee a olhavam atentamente. Um pequeno sorriso surgiu nos lábios de Renee.

— O que foi? Aconteceu alguma coisa para você achar graça da situação? – Perguntou Helen aborrecida.

— Apenas estou pensando que, se eu escutasse o que acabou de escutar, também não acreditaria tão fácil. Conjecturaria a possibilidade de tais coisas serem ou não verdade.

Renee e Loren sorriram juntas ao interpretar o silêncio da agente.

— Ai, para! Às vezes você me irrita com essas lucubrações.

— Nós, agentes, nos irritamos mutuamente, Helen. – Retrucou Loren. – Cogitamos tudo e qualquer coisa a respeito dos outros, a qualquer momento. É como a história do escorpião. Faz parte da nossa natureza.

A mentora sorriu olhando as duas e se levantou caminhando para fora do quarto, satisfeita que as informações não abalaram tanto a doutora.

— Como é? Não temos o jantar pronto? Temos que comer e dormir para sairmos logo cedo…

Arrematou a mentora antes de sair através da porta. Helen revirou os olhos e se levantou para retomar a sua atividade na cozinha.

— O marido dela é contador por acaso?

— É administrador de empresas, por quê?

— Sinto que ela sacaneou a nós duas com a historinha do escorpião. Imaginei que o marido dela não fosse um agente.

— Sentiu corretamente. Ela nos sacaneou, mas você acostuma. Ela me sacaneia há dezoito anos. – Renee sorriu cínica. — Vou te ajudar na cozinha.

…………

Terminaram de fazer um ensopado rápido e comeram em relativo silêncio. Apesar de Helen não se lembrar de nada que Loren havia falado a respeito de sua vida anterior, pensava nos flashs e de seus pesadelos. Pensava também que, quando acordara no hospital, havia ocorrido exatamente o que Loren tinha relatado.

“Kira… Esse nome me causa uma sensação… uma sensação de conforto tão grande! Lana nunca despertou nada em minhas lembranças, mas esse nome…”

Loren observava discretamente a agente que estava sentada à sua frente à mesa. Tinha certeza que ela começaria revolver o que foi falado, mas ela não poderia vacilar nas decisões daqui para frente. Olhou para Renee e era hora de conversar com a sua agente em particular, mas tinha que achar uma boa distração para a doutora. Não queria que ela desconfiasse que conversavam reservadamente.

— Renee, quero olhar o carro antes de dormirmos. Sei que cuidou dos detalhes para a fuga, mas outro olhar sempre é bom. Às vezes, conseguimos identificar coisas que passam batido. E Helen, enquanto isso, você poderia verificar as armas que separamos para levar? Veja se estão em perfeito funcionamento e se há mais alguma que pode ser acrescentada ou retirada, quem sabe…

As duas agentes confirmaram com a cabeça. Após o jantar, enquanto Loren e Renee saiam para a garagem ao lado da casa, Helen seguia para o quarto de equipamentos.

— O que foi?

Renee falava baixo e calmamente enquanto caminhava em direção ao carro. Era um carro 4×4 pequeno, porém tinha potência, velocidade e era estável.

— Mmm… Nós temos dois quartos na casa. Quero que durma com a doutora no quarto maior e eu fico no de equipamentos. Sonde-a. Veja se, de alguma forma, o que falei, a afetou.

— Loren, não é certo…

— Escuta, Re. Não quero que entre em contato por qualquer coisa. Saiba separar o que sente por ela. Estamos fugindo e se ela vacilar, a gente não sai viva desta e nem chega na Organização. Eu mesma fiz contato telepático durante o jantar e não falaria isso, se não fosse necessário. Use essa relação que travaram para que ela confie em você. Você terá que conduzi-la para nós. Ela estará melhor e nós permaneceremos vivas se confiar na gente.

— Você leu a mente dela? E o que…

— Dúvidas. Muitas dúvidas. É o que eu disse, Re, não estou falando para sondá-la o tempo inteiro, mas faça-o ocasionalmente para poder agir no momento em que ela vacilar.

— Mm. Ok! Vamos ver logo o carro e voltar antes que ela venha atrás de nós.



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