– Vou te contar….- ela falou e a minha cabeça estava rodando- Primeiro, me desculpa ter feito sem te falar? – ela pegou na minha mão que estava em cima da mesa.

– Como foi?

– A Dani me ligou há umas semanas atrás, disse que alguma coisa aconteceu e ela não colocou em mim todos os óvulos coletados daquela vez.

– Como?

– Não sei amor. Ela também não sabe, pediu milhões de desculpas mas o fato é que sobraram três óvulos….- eu abaixei a cabeça, olhei pra foto mais uma vez e depois levei a mão ao rosto, cobrindo meus olhos. Eu não estava acreditando! Parecia que eu estava fora da realidade. Tentava segurar a emoção pra entender tudo.

– E você fez? – a olhei ao perguntar e ela apenas balançou a cabeça.

– Mas eu não queria. – a olhei sem entender bem- Não queria porque eu estava morrendo de medo de não dar certo, de sofrer de novo, de ver você sofrer….de te perder…. Mas ela me convenceu. – a olhava prestando atenção em tudo e percebi um sorriso- Deu certo….

– Desde quando você sabe disso?

– Hoje! Agora a pouco, eu acabei de descobrir. – fiquei olhando pra ela, até veio a minha cabeça ficar chateada, mas era tão pequeno perto de tudo isso né? Peguei a foto na mão e então voltei a olhá-la.

Eu só queria simplificar e entender tudo.

– Então você está grávida? – perguntei a olhando e não conseguia segurar mais a emoção, sentia meus olhos úmidos.

Ela só balançou a cabeça, foi então que consegui sorrir, pela primeira vez e num rompante me levantei, vi ela fazendo o mesmo e nos abraçamos.

Abracei ela forte enterrando a cabeça no seu pescoço, ela fez o mesmo e eu não consegui segurar mais, chorei. Parecia um sonho, depois de tudo! Eu não parava de beijar seu rosto e pescoço.

– Desculpa não ter te contado….- ela sussurrou e a olhei, colei nossas testas e então balancei a cabeça, estava de olhos fechados. Levei a mão ao seu rosto e a beijei.

– Você está grávida….? – sussurrei e abrimos os olhos, nos olhando. Era só isso que me importava!

– To. E dessa vez, vai dar certo.

– Vai! – abri um sorriso em meio à lágrimas- Você tem noção do quanto eu te amo? – ela fez que sim mas não, ela não fazia noção! Meu peito parecia que ía explodir de felicidade e depois de tudo eu achava que nunca mais eu veria ela rindo daquela forma…. Graças a Deus, eu estava errada! Ela me beijou de novo- Eu te amo, te amo, te amo…- eu repetia enquanto tocava na barriga dela com as duas mãos, me ajoelhei beijando a barriga dela diversas vezes.

– Achei que você ía ficar chateada de eu não ter te contado…- ela falou e fez carinho no meu cabelo, só aí a olhei e levantei.

– Não, eu entendi.

– Jura? – fiz que sim com a cabeça e com um sorriso maior que aquela sala. Juro que não estava chateada.

– Eu to tão feliz que nós vamos ter um filho, Dul! Não tem espaço pra brigar por bobeira. – ela sorriu parecendo verdadeiramente aliviada- Você está bem né? Tá tudo bem? – me toquei de perguntar só agora.

– Tá tudo ótimo. – sorri a olhando e mais uma vez peguei aquela foto.

– Eu não consigo parar de olhar. – era verdade. Ela me olhou sorrindo e eu sorri de volta com lágrimas nos olhos.

– Nem eu. É o nosso filho. – ela me abraçou de lado e ficamos as duas bobas olhando pra aquele pedaço de papel.

Perdi a noção de quanto tempo ficamos ali…

– Tem um jantar mesmo ou era só pra fazer a surpresa? – a olhei e sorri.

– Não, tem sim, eu pedi. Deixa eu esquentar. – me deu um selinho e foi lá- Já venho.

Sentei na mesa esperando, eu, o vinho e meu filho, o mundo parecia que tinha ganho um novo sentindo de uma hora pra outra. Vi ela entrando na sala com a travessa com a comida e eu só tive mais certeza ainda que eu era a pessoa mais sortuda do mundo.

Ela sorriu e se sentou sem fazer ideia do que eu estava pensando…..rs.

– Por isso que você não bebeu né? – me toquei só agora, ela sorriu em resposta- Mas um golinho só, pode amor.

– Eu sei. Vamos comer então pra não esfriar?

– Vamos.

Lá pelas tantas eu fiz a pergunta que eu queria….

– Alguém mais sabe? – ela me olhou e parou alguns segundos.

– Sim. – a olhei- Não foi porque eu escolhi mas quando a Dani me ligou eu estava com a Fê e a Dani pediu pra eu não ir sozinha e você não estava em casa, desculpa amor! Eu sei que você não gosta muito, mas….- interrompi ela.

– Não tem problema.

– Não?? – ela me olhou surpresa e balancei a cabeça- Sério?! Achei que você ía ficar brava…- balancei a cabeça fazendo carinho na mão dela. Não vou ser hipocrita dizer que não deu uma pontadinha de inveja mas passou, eu sabia que aquilo tudo era maior que tudo, então não, não estava brava- Na verdade, ela que me convenceu. – me surpreendi e a olhei- Eu estava morrendo de medo, amor, mas ela me deu muita força!

– Graças a Deus então que ela te convenceu! – ela sorriu e eu falei do fundo do coração!

– É sério que você não está brava?

– Seríssimo! Mas agora não precisa mais esconder nada, eu faço questão de ir em todas as consultas com você.

– Eu sei. – ela sorriu e dava pra ver a felicidade nos seus olhos- Mas é só ela, ninguém mais sabe.

– E vamos contar?

– Não sei, você quer contar?

– Acho melhor a gente esperar um pouco né? O que você acha?

– Também acho. Não quero ver ninguém decepcionado de novo.

– Ei, não vai acontecer de novo! Vai dar tudo certo meu amor. – toquei na mão dela ao falar porque eu tinha fé que dessa vez Deus não faria isso com a gente, ela fez que sim com a cabeça- Confia.

– Eu confio, só fico com medo.

– Não precisa, vai dar tudo certo tá…- peguei na mão dela beijando, ela me olhou e suspirou. Me levantei a abraçando e sentando ao seu lado- Não vou deixar nada de ruim acontecer com vocês tá? – toquei na barriga dela ao falar.

– Eu te amo.

– Também te amo! – nos beijamos e terminamos de jantar.

Eu estava deitada na cama a esperando sair do banheiro e ainda parecia tudo meio louco e surreal, eu tinha colocado o porta-retrato do lado da cama, em uma das cômodas. Ela saiu do banheiro e quando desviou o olhar e viu, abriu maior sorriso, sorri de volta e ela veio pra cama.

– Amor, tem uma outra foto, melhor, sem nada escrito…

– Não. Eu quero essa. – apontei.

– Escrito “oi mamãe”?

– Exatamente. – ela sorriu de volta.

– Eu não sabia como te contar….- ela sorriu e abaixou a cabeça- estava muito nervosa! – achei fofo e sorri- Da outra vez você ficou sabendo junto comigo e eu pensava que se a gente tivesse um segundo filho, eu queria fazer uma surpresa, mas quando aconteceu eu fiquei nervosa, eu só queria te contar, sei lá. A Fê até perguntou se eu sabia como ía te falar, eu não sabia….- ela sorriu meio envergonhada.

– Eu achei lindo! – puxei o rosto dela pra me olhar- Foi a coisa mais linda do mundo que você fez! – ela sorriu, acho que eu estava com o mesmo sorriso bobo que ela.

Ela me beijou e eu a abracei e puxei ela mais pra cima que deitou sobre mim, o beijo era calmo, eu fazia carinho nas costas dela, nos cabelos, na nuca. Senti ela descendo os beijos pro meu pescoço enquanto se ajeitava sobre mim, colocou uma das pernas entre as minhas, senti ela apertando a minha nuca e meus cabelos daquela região e respirei mais forte.

– Dul….- ela me olhou e voltou a me beijar. Dessa vez não tinha nada de fofo no beijo.

Ela me puxou com força pelo pescoço nos virando na cama e ficamos uma de frente pra outra, a puxei pela cintura e aquilo estava me deixando arrepiada já. Quando eu senti a mão dela na minha perna e subindo a minha camisola, eu resolvi parar.

– Amor, para. – me soltei dela.

– Por que? – ela me olhou meio perdida e bastante ofegante.

– Porque eu…- parei pra respirar- porque depois você para e eu….- ela me interrompeu.

– Eu não vou parar. – ela me puxou me beijando, eu acabei ficando meio sobre ela mas lembrei e coloquei a mão na cama.

– Tem certeza? As últimas vezes você parou. – ela sorriu e eu a olhei.

– Parei porque não podia. – a olhei sem entender e ela continuava sorrindo.

– Ah, você já tinha feito? – ela apenas confirmou com a cabeça.

– Eu não podia e você me tentando! – nós duas sorrimos.

– Agora eu entendi.

– Que bom, então agora que você entendeu, pode continuar o que estava fazendo?

– O que você quer que eu faça? – perguntei mordendo o queixo dela.

– O que você quiser…..- olhei e vi ela de olhos fechados e mordendo o lábio- Quero sentir você dentro de mim…

Desci os beijos pelo corpo dela por cima da camisola mesmo até chegar na altura da coxa e da perna, desci os beijos até a altura do joelho e depois subi por uma perna enquanto a outra eu subia a mão a arrepiando, cheguei na altura da camisola e fui a subindo fazendo a mesma coisa, ver a Dulce se remexendo e gemendo de olhos fechados era maravilhoso. Passei a língua pela virilha dela continuei subindo a camisola, passei a língua e arranhei de leve sua barriga, senti a mão dela apertando meus cabelos e ela levantou a cabeça pra me olhar.

– Levanta. – pedi e puxei a camisola dela.

Ela deitou novamente e eu voltei a beijá-la, beijei cada canto e fui descendo pelo corpo dela, os gemidos foram aumentando até a o momento que ela implorou.

– Me chupa, Annie. – essa mulher me enlouquecia!

Fiz o que ela pediu. Ouvir ela gemendo sem pudor algum sempre me excitou e agora mais ainda, ela forçava a minha cabeça contra seu sexo e eu alternava indo até o fundo e passando apenas a língua de leve, ela arfava cada vez que eu me distanciava um pouco e apertava os meus cabelos. Eu poderia ficar ali a noite toda….

Mas ela me puxou pela nuca me beijando, senti a mão dela nas minhas costas me arranhando, ela puxou a minha camisola e eu me afastei só pra tirar, voltamos a nos beijar mas eu desci uma das mãos até o sexo dela e a penetrei com um dedo só, apesar dela estar me enlouquecendo eu mantive a calma e coloquei um só e devagar. Ela gemeu longamente e jogou a cabeça pra trás, mordendo o lábio e fechando os olhos. Quando olhei pra baixo, ela rebolava no meu dedo e aquilo era tão maravilhoso….

– Põe mais um….- ela falou quase sussurrado, em meio a alguns gemidos, a olhei em dúvida mas ela repetiu- Anda Anahi. Não vai me machucar. – fiz o que ela pediu mas com cuidado- Issoooo….ahhh…

Eu tive que me controlar porque estava gostoso demais aquilo e a minha vontade era acelerar mas eu me contive. Ela gozou logo nos meus dedos e eu desci meu rosto até lá e chupei seu sexo, olhei pra cima e ela tinha um sorriso satisfeito no rosto e eu amava isso, me sentia com isso. Rs.

Subi seu corpo distribuindo beijos e invés de parar próximo ao rosto dela, parei entre os seios distribuindo varios beijos ali já que na pressa dela, não me deixou aproveitá-los, por isso agora eu os beijava. Ela estava de olhos fechados mas logo os abriu e me olhou, dei um sorriso sem deixar de fazer o que fazia e ela mordeu o lábio, abocanhei ele todo na minha boca e a ouvi suspirar fechando novamente os olhos.

– Quer que eu pare? – perguntei enquanto deixava a ponta da minha língua tocar neles.

– Não. – ela falou prendendo os lábios- Pode continuar….- ela voltou a fechar os olhos e jogar a cabeça pra trás.

Eu amava ficar ali, só beijando eles, eu teria continuado se ela não tivesse me puxado pela nuca pra cima.

– Quero você. – ela sussurrou e me virou na cama.

Tive nem tempo de nada, não que eu fosse contestar mas antes de eu pensar, ela já estava com a boca no meu peito, e aquilo era maravilhoso! Tinha mais de duas semanas que eu estava esperando por isso, ela descia a boca pelo meu corpo, me provocando e arrepiando, eu até tentava manter os olhos abertos pra ver o que ela fazia mas estava difícil, apoiei a mão na cabeça dela a guiando.

– Vai logo Dul….- eu estava louca já!

Ela tirou a minha calcinha com a minha ajuda e sem demorar muito levou a boca ao meu sexo. Não me contive e soltei um gemido alto, eu estava molhada demais!

– Vai amor! Issooooo!!!

Segurei na cabeça dela pra ela não se afastar nenhum milímetro, eu me sentia cada vez mais molhada.

– Amor, põe o dedo também….- ela me olhou- Vai Dul….por favor….- pedi já fechando os olhos, imaginando o que viria.

Ela colocou dois dedos de uma vez sem deixar de me chupar. Aiii aquilo era maravilhoso demais! Eu rebolava fortemente na boca dela e não demorei muito pra gozar.

Uau! Minhas pernas caíram mole na cama e ela veio me beijar. Eu só tive forças pra retribuir o beijo e logo apagamos daquele jeito mesmo.

No dia seguinte eu tive que sair porque estava terminando a campanha mas ainda bem que não foi demorado, cheguei depois do almoço e ela estava em casa, isso era tão bom, queria ficar ali com ela planejando as coisas pra sempre!

– Nós não vamos mesmo contar pra ninguém?

– Você quer contar pra alguém?

– Não, não sei. – a olhei- Eu só….- balancei a cabeça desistindo.

– Você quer contar pra alguém né?

– Não. Sei lá…- eu sorri- Acho que eu só queria dividir essa felicidade, é isso, mas eu entendo. – deitei a cabeça no colo dela.

– Também te entendo amor, mas eu só não queria criar expectativas nas pessoas, sabe?

– Mas nem a minha irmã? – a olhei levantando do colo dela. Ela sorriu.

– Mas ela não vai falar com a sua mãe?

– Não. Se eu pedir, não.

– Tá bom, então fala. – ela sorriu.

– A gente pode marcar um jantar aqui em casa, pode ser?

– Claro. – sorri e estava me levantando quando lembrei de algo.

– Amor, a Fuzz não comentou nada com a Sophie não?

– Acho difícil, pelo que ela me falou elas não se veem nem se falam desde o seu aniversário.

– Sério? – olhei surpresa pra ela que me confirmou com a cabeça- Mas tudo por causa daquela confusão ainda? Do Gab?

– Acho que sim amor….

– Nossa….não imaginava. – ela apenas me sorriu. Eu fui na cozinha pegar uma água e voltei rindo daquela história ainda.

– Que foi?

– Nada. – sentei ao lado dela- Só acho engraçado essa história delas ainda.

– Por que?

– Não vejo a Sophie com mulher. – a olhei- Não sei, é estranho rs. Você não acha? – ela deu de ombros.

– Não sei, eu já vi, acho normal…

– Pode ser….- dei de ombros- Mas não acho que seja a praia dela, se é que me entende…- sorri e a olhei.

– Não foi o que ela me falou.

– Como assim?

– Ela me falou que era muito bom, que era diferente de todos os outros.

– Ela falou isso? – a olhei em choque e a Dulce só balançou a cabeça- Por que comigo ela não conversa essas coisas??

– Você já perguntou?

– Milhões de vezes! Mas ela sempre desconversa.

– Então deixa amor, quando ela tiver pronta, ela fala….

– É né. – não entendia isso.

– Não fica chateada….

– Não to, só não entendo o porque ela não pode conversar comigo sobre isso.

– Talvez ela esteja confusa amor, a Fê também não fala muito sobre isso não, tenho que ficar insistindo.

– Hum. Mas como você sabe que elas não estão se falando então?

– A Fê falou depois de eu insistir muito rs. Ela está meio estranha….

– Por causa disso? – ela me olhou uns segundos antes de falar.

– Não fala pra Sophie tá? – fiz que sim com a cabeça- Mas eu acho que ela está gostando da Sophie. – arregalei os olhos e a Dulce riu- Pois é, mas ela não assume, mas ela está diferente.

– Choquei agora!

– Não é pra falar Anahi!

– Não vou falar, mas to chocada hahaha. – olhei pra ela- Não era ela que cada hora estava com uma?!

– Você também. – a olhei e ela só ergueu a sobrancelha.

Aprendi há uns anos que eu não devia entrar nesse assunto porque sempre sobrava pra mim hahaha. Então, me calei.

– Vou mandar mensagem pra minha irmã amanhã. – ela só balançou a cabeça e depois sorriu.

No dia seguinte a gente estava jantando e eu resolvi comentar da Sophie, pois tinha falado com ela hoje de manhã.

– Amor, hoje eu falei com a Sophie. – ela me olhou- Não falei nada mas foi estranho, mentir pra ela…- a Dulce me olhou e riu.

– Daqui a pouco todo mundo sabe.

– Não é todo mundo, é a Sophie e minha irmã.

– Tá bom amor. – ela sorriu- Chama ela. – sorri feliz- Você já falou com a sua irmã?

– Já.

– Vem ela e o Jorge? – fiz que sim com a cabeça- Tá. Vou encomendar as coisas.

– Quer ajuda?

– Provavelmente, mas amanhã eu vejo isso, hoje to cansada. – a olhei e ela estava com uma carinha de cansada mesmo.

– Quer deitar? – ela fez que sim, já tínhamos acabado de jantar- Vamos então.



Notas:



O que achou deste história?

2 Respostas para CAPÍTULO 31: Oi mamãe.

Deixe uma resposta

© 2015- 2019 Copyright Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem a expressa autorização do autor.