A Anahi cismou que queria ver o show do mamute, a tal banda que já tocou com ela nos shows, o Jorge iria tocar hoje também, a Mari estava insistindo muito também, confesso que não estava muito na pilha de ir mas acabei aceitando de tanta insistência, Anahi sabe ser convincente quando quer…. O show seria numa casa de festas, tipo uma boate, dessa vez a Giovanna ficou só com a Lupita mesmo.

Chegamos lá por volta de umas dez, o show ainda não tinha começado, estava rolando umas musicas com o dj da casa, estávamos sentadas na mesa conversando, além da Mari tinha uma outra amiga dela e dois casais de amigos dos dois. Num determinado momento, me levantei pra ir ao banheiro e a Anahi me acompanhou, mas ela ficou do lado de fora enquanto eu entrei em um dos reservados, não estava muito cheio ali dentro por algum milagre hahah. Comecei a ouvir a voz dela como se conversasse com alguém mas não estava prestando muita atenção, até que eu ouvi essa frase:

– Como ela está? A Dani disse que ela está linda né? Deve estar enorme agora, quando a vi era um bebê ainda.

– Com quem ela está falando??

Dei descarga e saí do reservado, quando eu olhei, não acreditei no que eu vi!! A idiota da Maria ficou parada como se tivesse visto fantasma, a Anahi me olhou meio desesperada.

– Dul, eu….- ela começou a falar mas a minha cabeça não estava processando. Eu senti meus olhos marejarem, mas eu não ía chorar ali na frente daquela idiota!

– Eu só estava….- a outra começou a falar, aí não aguentei.

– Cala a boca! Não fala comigo!! – gritei me virando pra ela que se emudeceu, acho que ela não esperava. Olhei pra Anahi antes de sair daquele banheiro, meus olhos molhados embaçavam a minha vista e eu ouvia a voz dela atrás de mim.

– Dulce, espera! Para!

Eu não dei assunto e fui até a mesa onde estávamos pra pegar minha bolsa.

– Dulce para, me ouve! – ela conseguiu ficar na minha frente porque eu tive que parar pra pegar a bolsa, tentei sair mas ela parou na minha frente.

– Sai da minha frente! – falei pela primeira vez.

– Não vou sair, vamos conversar! – eu já sentia todos os olhares da mesa sobre nós.

Não dei assunto e consegui a empurrar pra sair mas ela me puxou pelo braço.

– Não me toca!!

– Para Dulce! – me virei pra sair- Onde você vai?

– Embora!

Saí mas ela veio atrás de mim.

– Dulce para com isso! Me ouve. Deixa eu te explicar!

– Vai conversar com ela! Me deixa em paz Anahi!

– Não vou te deixar! Para com isso meu Deus! Deixa eu falar??

– Não!! Não quero falar com você nem te ver!! Tchau!

– Dulce, você não pode e….- deixei ela falando sozinha e saí pela porta. Estava na rua fazendo sinal pro táxi, as lágrimas escorriam pelo meu rosto. Que ódio!!

Ela me alcançou e me puxou.

– Para de ser criança! Deixa eu te explicar? Não é o que voce está pensando. – eu ri na cara dela. Odeio essa frase…- Não é, amor. Para, por favor. – ela tentou me tocar mas eu esquivei- Dulce, por favor….- a ouvi suspirar e vi um táxi vindo, fiz sinal- Para. – ela puxou meu braço- Você não vai!

– Eu vou! – me virei pra rua de novo.

– Você não pode me deixar aqui! Para com isso!

– Fica com a Maria!

– Que criancice meu Deus! Ela está aí com a Dani.

– Ah você já tinha visto elas então??

– Óbvio que não! A Mari que falou.

– Bom saber! Mais uma mentira?

– Você está entendendo tudo errado.

– Foda-se! – gritei na cara dela e me virei. O táxi parou e eu abri a porta.

– Você não vai. – ela tentou me puxar mas eu puxei de volta- Dulce. – ela respirou fundo irritada, dane-se- Me espera pegar minha bolsa pelo menos e falar com a Mari, está tudo lá.

– Não. Tchau! – entrei no táxi e ainda a ouvi batendo na porta, mandei o motorista arrancar e ele fez o que pedi. Ainda a vi gritando na calçada.

Eu não estava acreditando que a Anahi tinha feito aquilo comigo!! Ela estava falando ou melhor, vendo aquela garota?? Só pode né, por que como ela conhecia a minha filha??? Que ódio!!!! As lágrimas inundavam meu rosto. Meu celular tocou e era ela, desliguei a ligação e o celular.

Cheguei em casa e minha cabeça doía de tanta raiva, fui direto pro meu quarto, ainda bem que a Giovanna dormia, era de madrugada praticamente, bati a porta do quarto com raiva, ainda bem que ela não acordou, até esqueci disso. Estava com tanta raiva que eu tranquei a porta, não queria ver a Anahi hoje e nem tão cedo!! Eu não conseguia acreditar que ela estava me enganando dessa forma! Não fazia sentido, há um mês atrás a gente estava comemorando mais um mês de casadas naquela noite incrível no barco, não fazia sentido, não é possível!!

Fui desperta do meu desespero com batidas na porta.

– Dulce, abre essa porta!! – ela batia- Dulce, to falando sério!! Abreee!

– Vai embora!

– Não vou. É o meu quarto! Abre agora!!

– Não vou abrir!! – gritei de volta e ela batia forte na porta- Você vai acordar a Giovanna! Para!

Não deu dois minutos e ouvi o choro pela câmera. Droga!

– Satisfeita?? – perguntei passando por ela- Acordou ela!

– Eu?! A culpa é sua com essa palhaçada!

Fui até o quarto da minha filha e ela estava chorando.

– Meu amor, que foi? Volta a dormir…- fazia carinho nela sem pegar pra ver se ela acalmava, só que ela estava chorando forte. Deve ter se assustado….

Sem opção, tive que pegá-la. Anahi entrou no quarto na hora. Me virei de costas porque não estava afim de papo, tentava sussurrar pra Giovanna se acalmar, mas se eu estava uma pilha, como ía acalmá-la né?

– Você assustou ela.

– Eu?? – me virei puta- Você chega aqui gritando e esmurrando a porta e eu que assustei ela??

A Giovanna não parava de chorar também.

– Continua assustando. Me da ela. – ela veio pra pegar ela do meu colo mas segurei e não deixei- Dulce, me da ela.

– Não! Solta a minha filha. – ela me olhou com raiva mas não falou nada- Você que está assustando ela! – me virei de costas mas ela deu a volta.

– Vou falar só mais uma vez, me da ela que você está deixando ela com medo! – ela me olhou de um jeito que eu nunca tinha visto ela me olhar- Agora. – ela esticou os braços pra pegar e a Giovanna se jogou nos braços dela.

Saí do quarto e voltei pro meu, deitei na cama e soquei varias vezes o travesseiro, toda vez que eu lembrava daquela idiota falando da minha filha, meu ódio subia de novo! Ouvi a Giovanna parando de chorar pela babá eletrônica e isso acabou me acalmando um pouco também. Só as lágrimas caíam do meu rosto agora.

Após alguns minutos ouvi os passos dela se aproximando, me xinguei porque esqueci de fechar a porta mas eu já estava mais calma, resolvi fingir que estava dormindo, já que eu estava de costas pra ela e pra porta. Mas não adiantou, ela sentou na cama e falou:

– Ela estava tremendo….mas dormiu.

– Talvez se você não tivesse chegado porrando a porta e a assustando….

– E se você não tivesse trancado a porta! Você pretendia o que? Me por pra fora do meu quarto?!

– Não é seu, é nosso!! – me virei na cama na direção dela ao falar.

– Exatamente, nosso! Meu e seu! Não tinha o direito de trancar! – ela respirou fundo tentando se acalmar, eu acho- Por que você fez isso?!

– Porque eu não queria te ver ou falar com você. Aliás, ainda não quero! – voltei a me virar e ficar de costas pra ela.

– Mas eu quero falar com você. – senti ela se inclinando na cama, deitando- Você pode me ouvir?

– Não!

Ela bufou.

– Para de ser criança! Vamos conversar.

– Melhor criança que mentirosa!

– Você pode me ouvir??

– Pra que? – a olhei com raiva- Pra você mentir mais?? De novo né, aliás!

– Que de novo, Dulce?!

– Ah já esqueceu quando você fingiu que esqueceu que ela te ligou pedindo pra você não casar comigo??

– Aquilo foi outra coisa, totalmente diferente de agora!

– Mentiu as duas vezes, pra mim da no mesmo! – me virei de costas novamente.

– Se você me ouvisse, iria ver que não tem nada a ver.

Respirei fundo mas não falei nada e nem me virei. Senti ela aproximando mais o corpo do meu, estava com o rosto próximo ao meu ouvido.

– E eu não encontrei ela, foi um esbarrão, coincidência sei lá…- não segurei a risada irônica mas não me virei- É verdade, pergunta pra Dani se quiser.

– Quero saber como ela conhece a minha filha! Só isso! – me virei perguntando.

– Porque nesse dia que nos encontramos por coincidência a Giovanna estava comigo.

– Que dia foi esse?? – ela abaixou a cabeça suspirando.

– No batizado.

– Batizado? Essa mulher veio na minha casa???

– Não. Quer dizer mais ou menos…

– Não to acreditando Anahi!!

– Mas a culpa não é minha. Você lembra que eu fui lá fora uma hora e na volta encontrei com a Dani saindo, estávamos nos despendido e a Giovanna no meu colo, a Maria chegou de carro na hora pra pegar a Dani e viu a Giovanna, foi só isso. Durou nem cinco minutos. – fiquei a olhando sem acreditar naquilo! Que ódio! Mas não disse mais nada, me virei de costas- Dulce…

– Me deixa em paz, Anahi!

– Não. Para. – ela tocou nas minhas costas mas me esquivei- Não era pra você saber assim, desculpa.

– Eu não ía saber de jeito nenhum né? – a olhei- Porque o batizado tem meses!! E você não me contou, se eu não descubro, nunca saberia. – ela abaixou a cabeça e suspirou.

– Desculpa. Eu achei que não teria importância e que você ficaria chateada, por isso não contei.

– Pelo menos isso você acertou, mas chateação não é bem a palavra! – ela suspirou me olhando.

– Me desculpa? Eu só não queria isso, eu achei tão insignificante que não quis falar.

– Insignificante?? – ah ela estava de sacanagem com a minha cara né??- Insignificante você encontrar essa garota, Anahi???

– Pra mim é. Nem lembro da Maria, amor. E foi só um encontro por coincidência mesmo.

– Engraçado que outro dia estava aí falando que não podia nem trabalhar com a Isabella, mas a Maria é insignificante….- minha vontade era socar a Anahi, sério! Que raiva!

– Pra mim é. – a olhei puta.

– A Isabella também, mas você fica dando piti! Queria ver se eu encontro ela e não te falo se você não se importaria!

– Ía ficar puta, com certeza, assim como você está. Não to tirando a sua razão Dul, só to pedindo pra você entender o porquê eu fiz isso….- fiquei a olhando, não queria pensar, queria gritar e socar qualquer coisa que tivesse na minha frente.

– Não entendo. Você mentiu pra mim. – me virei novamente de costas.

– Não foi mentira, eu só não contei. – eu ri. Ela estava de sacanagem né??

– Mentiu!

– Você não pode tentar me entender?? – não falei nada e nem me virei, ouvi ela bufando irritada, foda-se!- Não é possível que depois de anos você ainda tenha ciúmes da Maria? Não tem nexo, Dulce!

– Se eu tenho ciúmes ou não, é problema meu! – me virei puta- Mas nada disso muda o fato da sua mentira!

– Dulce, pelo amor de Deus….- eu estava com tanta raiva…nem a cara de desespero que ela estava fazendo me afetava!

– Me deixa Anahi. Quero dormir. – tentei me virar mas ela me segurou pela cintura- Me solta. – falei porque ela tinha grudado o rosto no meu pescoço- Sai. Eu to falando sério. Anahi. – insisti porque ela não se mexia e eu respirava fundo pra me acalmar e não perder a razão- Sai Anahi, eu to falando sério, não quero te machucar. – ela me olhou- Sai, por favor. – ela levantou o rosto e eu me virei.

– Você está exagerando Dulce. Não tem porque isso tudo. Eu errei, ok. Mas não foi por mal, eu só queria evitar brigas com algo tão insignificante.

– Vai ver que você acha nosso casamento insignificante também, já que não se importa de mentir pra mim.

– Nunca mais fala essa merda, ouviu!! – ela gritou mas eu nem me virei, fiquei quieta e a senti se levantando. Deve ter ído trocar de roupa porque ela ainda estava com a roupa da festa.

Alguns minutos depois quando ouvi ela fechando a porta do armário, imaginei que ela se deitaria, continuei da mesma forma pra fingir que dormia. Senti o peso no colchão e ela se aproximando de mim, ela virou na minha direção e como eu imaginei que ela fosse me abraçar, me afastei.

– Desse jeito você cair da cama.

– Não precisaria se você me deixasse em paz!

– Já deixei Dulce. Boa noite. – senti ela se virando pro outro lado da cama mas não me mexi.

Ficou um silêncio mas eu não conseguia dormir, eu odiava o fato de não conseguir ficar longe dela, de só conseguir dormir abraçada com ela e sentindo a batida do seu coração. Que raiva!! Voltei a sentir algumas lágrimas descendo do meu rosto, tentava manter o silêncio porque não queria que ela ouvisse e acordasse, mas num determinado momento eu funguei sem nem me dar conta, não percebi, só me toquei quando senti o calor do corpo dela junto ao meu.

– Me desculpa amor. Eu não queria….- não falei nada, voltei a fungar e ela abraçada à mim. Que ódio que eu sentia falta disso…- Vem cá, por favor. – ela tentou me puxar mas fiz força e fiquei no mesmo lugar, mas ela não me soltou, continuava abraçada à mim- Não faz isso. Me perdoa?

– Eu to com dor de cabeça, me deixa dormir.

– Então para, olha pra mim. – ela pediu mas óbvio que não olhei, mas ela ficou fazendo carinho no meu rosto e o puxou, tentei recuar mas ela estava grudada à mim, e porra, era ela…- Meu amor, para de chorar, não faz isso, por favor. Eu te amo, você não sabe disso? Eu só quis evitar problemas, me perdoa por favor? – ela fazia carinho no meu rosto o secando. Não consegui falar nada- Eu não to encontrando ela, foi só essa vez que aconteceu, eu nunca faria isso com você. – só abaixei o rosto, não respondi nada- Me perdoa?

– Vamos dormir. – me virei novamente e a ouvi suspirar mas não falou mais nada, me abraçou e eu deixei. Mas foi uma noite de bosta! Dormi nada.

No dia seguinte eu acordei irritada ainda mas depois de ontem da gente ter assustado a Giovanna, eu resolvi me controlar. Levantei da cama e a Anahi continuava dormindo, minha filha estava lá na sala com a Lupita e depois de falar com ela, peguei meu celular e sentei no sofá, tinha uma mensagem da Fê, putz, a praia! Esqueci do combinado.

“Estamos terminando de tomar café e estamos indo. Bjs”

Droga! Nem desmarcar mais dava! Tinha esquecido que tínhamos marcado com elas de levar a Giovanna na praia. Não tinha jeito, então fui tomar um café rápido e ainda bem que nesse meio, a Anahi acordou e eu não tive que acordá-la.

Nos trocamos e encontramos elas lá na praia, a gente mal tinha se falado, na verdade eu estava evitando ficar ao lado dela, não dava. A Giovanna pelo menos estava se divertindo, na piscina que levamos pra ela, mesmo chateada ver ela feliz assim fazia tudo valer a pena, mesmo sendo cansativo porque ela não parava um minuto e agora estava cismando com o mar, eu estava enrolando ela porque não queria ir lá, a Anahi disse que levava mas eu falei que não, que depois eu levava, ela me olhou atravessado mas não levou. Então resolvi ir lá pra ela parar de pedir e porque fiquei com peninha, eu tinha um pouco de medo também, normalmente a Anahi que entrava com ela…

Peguei ela no colo e quando estava saindo, ouço a Anahi:

– Quer ajuda?

– Não. – respondi secamente e me virei.

– Pega o chapéu então pra não….- a cortei.

– Já peguei. – ela ficou quieta e as meninas só olhando. Óbvio que elas perceberam.

Fui na direção da água com ela pra ela molhar só os pés e deixei ela brincando ali na beira, me sentei enquanto ela se divertia, mesmo sem quase onda alguma eu estava de olho. Logo depois vejo a Fê sentando ao meu lado, ela tinha uma long neck na mão, olhei pra ela que sorriu antes de sentar.

– Posso? – apontou antes de sentar.

– Se veio defender a Anahi, nem precisa.

– Não vim. – ela sentou e assim que a Giovanna a viu veio chamar ela.

– Didiii. – ela começou a apontar pra areia e falar um monte de coisas que a gente não entendeu.

– É meu amor? Você está brincando? – ela falou fingindo que tinha entendido, a Giovanna balançou a cabeça e voltou a sentar e brincar com a areia.

Ela me olhou.

– O que houve?

– Como se você não soubesse. – respondi enquanto me distraía com os montinhos de areia que fazia na minha mão- Aposto como ela já contou. – olhei de relance e vi ela e a Sophie conversando.

– Falou que vocês encontraram a Maria e brigaram.

– Contou também que mentiu? – a Fê inclinou a cabeça e depois fez que sim- O que? Vai defender também?!

– Não. Mas eu entendo ela, talvez fizesse a mesma coisa com a Sophie. – a olhei brava- Dul, pensa…. Foi só casual o encontro.

– Tá bom Fernanda! Não quero falar mais disso.

– Dul….

– Não quero, ok? – a olhei- Não quero saber disso e muito menos papo com ela.

– Ah e vão ficar assim? – dei de ombros- Dulce, vocês não podem ficar assim pra sempre né?

– Pra sempre não, mas por enquanto sim. – ela revirou os olhos e a Giovanna veio.

– Mamá, lá. – ela apontou pro mar.

– Não, lá não pode.

– “Queo”

– É perigoso filha, não pode. – ela continuou apontando pra lá mas eu ignorei aí ela foi na Fê.

– Não pode princesa. – ela começou a chorar, a Fê me olhou e eu revirei os olhos- Eu entro com ela. Pode? – falou baixo no meu ouvido, só a olhei. Eu só confiava na Anahi pra entrar com ela, aí como se ela tivesse ouvido, me aparece ali atrás.

– Mamãe. – ela jogou os bracinhos pra Anahi fazendo drama como se a gente tivesse a maltratando hhaha. Quem sabe daqui uns anos a televisa contrata né? Kkkkkk aff.

– Que foi amor? – Anahi pegou ela no colo.

– Ela quer entrar na água. – a Fê falou.

– Quer mergulhar com a mamãe? – ela perguntou a olhando e eu olhei pra elas.

– “Qué”

– Vamos lá então, da a chupeta pra mamá segurar. – ela esticou pra mim e eu peguei. Elas então entraram.

– Não vai pro fundo! – gritei e ela só virou o rosto e fez que sim com a cabeça.

Ficamos as duas ali olhando elas na água, Giovanna se divertia batendo as mãozinhas na água, ela amava. Anahi mergulhou ela uma vez e eu achava tão fofo, fiquei babando ali.

– Por que você não vai lá? – a Fê sussurrou pra mim, só a olhei. Mas não fui, ainda estava puta. Ela revirou os olhos.

Logo elas saíram, o sol começava a esquentar já, ía dar dez da manhã. Ela saiu da água toda feliz, saltitante, a Anahi tinha parado na minha frente e que porra de mulher gostosa cara! As gotas de água caíam perfeitamente pelo corpo dela, ainda bem que eu estava de óculos escuros e ela não me viu babando. Você estava com raiva dela Dulce, lembra?! Aff!

Enfim, subimos as três pra onde a Sophie estava e resolvi dar algo pra Giovanna comer, já estava na hora do lanche dela, depois ela ficou na canga brincando e eu percebi que ela estava com sono, então deitei na canga com ela enquanto as meninas íam pra água. Ela logo fechou os olhinhos e vi a Anahi se aproximando.

– Posso? – ela perguntou se ajoelhando na canga atrás da Giovanna. Dei de ombros e ela se ajoelhou ali atrás- Para de me tratar assim, por favor?

– Vai acordar ela Anahi. Depois. – ela apenas suspirou.

– Posso deitar aqui com vocês? – mais uma vez dei de ombros e ela deitou atrás da nossa filha. Ficamos em silêncio e a Giovanna dormiu mesmo.

Mais tarde saímos da praia e fomos almoçar, era perto então só paramos no carro pra guardar as mil e quinhentas coisas que tínhamos levado, a maioria da Giovanna, impressionante como meio metro de gente carregava mais coisa que nós quatro juntas! Enfim, fomos pro restaurante caminhando, eram duas ruas à frente, ela no colo da Anahi já acordada.

Chegamos lá e fizemos os pedidos, a Giovanna viu umas crianças brincando e quis ir lá, nem sabia mas lá tinha tipo um parquinho, mas eu estava cansada, não queira ir, tentei enrolar ela mas não deu certo. A Fê resolveu que ía levar ela lá.

– Fê, ela não para. Você não vai aguentar.

– Claro que vou.

– Eu vou com ela. – Sophie se levantou também.

– Mas e a comida? – perguntei.

– Quando chegar vocês chamam a gente. – sem mais alternativa deixei elas irem.

– Qualquer coisa você chama tá? Eu vou lá.

– Tá bom. – ela respondeu saindo com a Giovanna no colo.

Ficou só eu e a Anahi na mesa, até agora não sei se isso foi de propósito ou não, mas ok. Fiquei na minha, bebendo a minha coca-cola pra disfarçar o silêncio.

– Agora você pode me ouvir?

– Já ouvi Anahi. – ela suspirou.

– Dulce, por favor. – continuei ignorando e bebendo a minha coca- Você não vai mais falar comigo?! – a olhei sem vontade.

– Falar o que Anahi? – ela ficou me olhando uns segundos antes de responder e eu me perdi no rosto dela, ela estava com o rayban dourado no rosto o que tapava um pouco seu rosto mas dava pra ver que ela tinha se queimado e estava meio vermelhinha. Se concentra Dulce! Você está com raiva, lembra??

– Me desculpa! Pelo amor de Deus! – ela apoiou os braços na mesa e se inclinou um pouco pra frente. Virei o rosto apoiando a mão no queixo- Ou então briga comigo. Me xinga, sei lá, mas olha pra mim, fala comigo!

– Eu te prometi uma vez que nunca mais ía encostar novamente o dedo em você ou te xingar! – a olhei ao falar- Você lembra? – ela balançou a cabeça dizendo que sim- Pois é, então eu não vou te xingar, eu vou cumprir minha promessa. Você que não é tão boa em cumprir as suas né? – falei e ela abaixou a cabeça, vi ela dando soquinhos na própria testa.

– Você não pode tentar entender meu lado? – me olhou novamente ao falar e eu só desviei- Você está com ciúmes dela, é isso? – não olhei nem respondi- Se for isso, não tem nexo meu amor. Eu não quero nada com ela nem com ninguém. Olha pra mim. – olhei. Eu estava louca de ciúmes daquela imbecil! Não só por ela mas pela Giovanna também- Me desculpa? – ela tocou no meu rosto, permaneci a olhando e ela levantou o óculos. Puta merda! Aquele olhar dela me desmontava inteira- No dia que eu pensar em te enganar ou mentir pra você pra te sacanear, eu prefiro morrer Dulce. Eu nunca faria nada, nada pra te magoar meu amor, me desculpa do fundo do coração? – ela tinha pego na minha mão e eu já tinha amolecido. Droga! Fiquei imóvel e ela entrelaçou nossos dedos.

– Com licença. – ouvimos vozes e era o garçom, a comida chegou.

Ouvi ela respirando fundo e dando passagem pra eles colocarem as comidas.

– Tem que chamar as meninas.

– Eu vou. – ela falou e se levantou.

Nós comemos, até a Giovanna comeu um pouco com a gente, na hora de ir embora voltaríamos a pé também, ela estava no colo da Sophie e vi como estava cheia de sono, ela não tinha dormido direito na praia e do jeito que brincou, deve estar morta.

– Não deixa ela dormir, Soph.

– Por que? – Fê perguntou.

– Porque senão ela acorda quando chegar em casa e não dorme mais. – expliquei.

– Tadinha….- Fê.

– Tadinha nada, depois vai querer dormir e passa a noite acordada hahah. Ela só vai dormir quando chegar em casa. – elas riram mas era sério, eu iria no carro distraindo ela atrás, enquanto a Anahi dirigia, senão depois a gente que sofria a noite.

Chegamos lá umas três da tarde e ela já estava caindo de sono hahaha, mas fomos dar banho nela, quer dizer a Anahi entrou com ela. Fiquei ali perto da porta esperando acabar pra eu pegar ela, tentando focar em qq coisa como na pintura do banheiro e não no corpo nu da minha esposa, a vaca se virou de costas, aposto que foi de sacanagem, mas me mantive forte e logo ela acabou.

– Eu já saio pra você tomar. – ela falou.

– Você nem tomou banho ainda Anahi, pode tomar.

– Vou terminar rápido. Troca ela que eu fico com ela enquanto você toma.

– Ok. – não ía discutir mas óbvio que não ía dar tempo, eu não queria deitar com ela toda suja de praia mas ía ser o jeito porque ela ía apagar em segundos.

Por incrível que pareça, assim que acabei de por a fralda, passar pomada e pentear o cabelo dela, a Anahi saiu do banheiro enrolada na toalha.

– Já?!

– Eu falei. Vai lá, eu fico com ela.

– Ok.

Tomei meu banho tranquila porque eu imaginava que as duas íam apagar ali, então não tinha problema e não deu outra, quando saí estavam as duas deitadas na cama dormindo. Fui trocar de roupa, pendurei a toalha e estava saindo do quarto quando ouvi a Anahi me chamar.

– Vem cá.

– Achei que você estava dormindo….- falei baixo me aproximando.

– Deita aqui. – ela pediu apontado pro lugar atrás dela na cama.

– Não, vai acordar ela e….- ela me interrompeu. Na verdade eu não queria era deitar ao lado dela porque eu já estava toda amolecida.

– Não vai, deita, por favor? – ela me olhou e me rendi. Deitei mas dei um espacinho, o máximo possível devido às circunstâncias, mas ela se virou de barriga pra cima mas sem se virar completamente porque ela estava segurando a Giovanna- Vamos ficar bem, por favor? – ela tocou no meu rosto- Não aguento mais você me ignorando, Dul….- respirei fundo e abaixei a cabeça, estava perdendo as forças- Você não acredita em mim? Que foi só por acaso?

– Acredito. – abaixei a cabeça ao falar, na verdade eu acreditava, depois que parei pra pensar.

– Então….me perdoa vai? – ela continuava tocando no meu rosto.

– Ok. – me rendi em meio a um suspiro e ela sorriu.

– Posso por ela lá no berço pra gente conversar? – fiz que sim com a cabeça e ela foi lá.

Me deitei me virando de barriga pra cima nesse meio tempo, respirei fundo tentando controlar o resquício de raiva que ainda tinha, na verdade era a droga dos ciúmes. Como eu odeio essa garota! Ela logo voltou e deitou ao meu lado, ela estava só de blusa e calcinha, só pra complicar o meu lado né? Não falei nada e ela me puxou pela cintura pra ficar de frente pra ela.

– Eu amo você. – ela tocou no meu rosto ao falar, fazendo carinho. Fechei os olhos e suspirei.

– Eu também.

– Me desculpa? – a olhei, ela ainda fazia carinho no meu rosto e tinha colado nossas testas.

– Se você encontrar ela de novo, eu quero saber!

– Não vou encontrar. – eu ía falar mas ela foi mais rápida- Mas se encontrar eu te conto, ok? – apenas balancei a cabeça.

– Ela pegou na minha filha?

– Óbvio que não meu amor! Eu não deixaria, eu sei que você não iria querer. A Giovanna ficou no meu colo o tempo todo, eu juro pra você.

– Espero que tenha sido a primeira e última vez que ela chegou perto da minha filha! E de você! – ela riu- To falando sério, Anahi!

– Eu sei. – ela continuava rindo- Posso fazer uma pergunta? – ela mordia o lábio como se tivesse com “medo” de perguntar.

– Fala.

– Você estava com ciúmes de mim ou da Giovanna?

– Das duas! – respondi sem nem pestanejar.

– Pelo menos agora eu encontrei alguém pra você dividir esse ciúmes de mim né? – ela riu e a olhei séria. Não estava achando graça dessa merda. Ela mordeu o lábio de novo tentando conter o riso- Não precisa ter ciúmes de mim. – ela grudou o corpo ao meu tocando nossos lábios- E nem da Gih, você vai ser sempre nossa razão de viver, não sabe disso?

– Espero que sim. – abracei ela- Se ela ficar aquelas adolescentes chatas que tem vergonha da mãe, eu mato ela! – Anahi riu.

– Ela não vai ficar, mas se ficar eu to aqui pra dar uns esporros nela, tá bom? – fiz que sim com a cabeça. Ela veio me beijar mas eu impedi me lembrando de algo.

– Se aquela garota se aproximar da minha filha de novo, eu não respondo por mim, entendeu? – Anahi riu- Eu to falando sério, Anahi!

– Tá bom, ela não vai. Agora esquece isso?

– Ok.

Ela me beijou e eu finquei a unha na cintura dela, eu estava com raiva ainda! Ela deu uma gemidinha de leve e me puxou pela nuca com força, “empurrou” minha perna pra que ela conseguisse por a dela entre as minhas e subiu em cima de mim. O beijo eram puxões de lábios, cabelos e fincadas na pele, eu estava sem ar já. Agarrei a bunda dela com as duas mãos possessivamente, era minha! Subi por dentro da blusa arranhando as costas dela, ouvi ela gemer mais uma vez.

– Ainda bem que a praia foi hoje senão eu ía ficar toda marcada.

– Dane-se!

Virei na cama ficando por cima agora. Subi a blusa dela até a altura dos seios e suguei e mordi eles, ela gemia e puxava meus cabelos, fui descendo pela barriga dela e mordendo também, ela se arrepiava e se contorcia na cama, passei direto da calcinha e fui até o joelho fazendo a mesma coisa. Voltei e a beijei, pelo beijo vi que não era só eu que estava com urgência, ela me puxou com força e tirou a minha blusa.

– Eu quero chupar eles! – ela me virou atacando meus seios, deixei e senti a mão dela entrando pelo meu short e afastando a minha calcinha, ela me tocou e eu gemi alto.

– Para. – pedi depois de um tempo.

– Por que? – ela me olhou sem entender.

Porque eu queria comer ela!

Não falei nada, só sentei e puxei a blusa dela pra cima, depois a empurrei pra trás, subi em cima dela sugando seu pescoço.

– Ai caralho! – eu tinha enfiado os dentes- Para de me morder. – ela me puxou pelo cabelo me fazendo a olhar.

– Isso é pra você não esquecer quem é a sua mulher.

– Eu não esqueço.

– Então é pros outros saberem que vc tem mulher!

– Os outros quem? – não respondi porque não ía mais falar daquela songa monga.

– Fica quietinha Anahi. – desci minha mão pra calcinha dela- Só abre as pernas pra mim.

Joguei a calcinha pro lado e meti dois dedos de uma vez, ela estava super molhada! Com a boca eu continuava beijando e sugando a sua pele, olhei pra cima e vi varias marcas vermelhas, ela não reclamava, se contorcia gemendo. Desci a outra mão pelo corpo dela o apertando com vontade, depois subi da mesma forma.

– Vontade de….- parei de falar apertando a mão no queixo dela.

– De? – apenas balancei a cabeça e a beijei com raiva.

– Faz o que você está com vontade. – balancei a cabeça- Pq não?

– Porque eu to com raiva e não quero te machucar. – não dei tempo dela falar, a penetrei mais uma vez e ela gemeu- Se eu souber que você encontrou ela de novo, eu….- ela me interrompeu.

– Eu não vou encontrar ela, agora para de falar disso. Pelo amor de Deus!

– Vou parar até porque ela é só uma songa monga que não sabia fazer nada direito né? – a olhava e ela riu- Né Anahi? – ela só gemia com as minhas estocadas- Ela fazia isso contigo?

– Não. – ela sussurrou em meio aos gemidos.

– Não ouvi.

– Não. – ela falou um pouco mais alto e após cada pergunta eu metia mais fundo nela.

– Não ouvi.

– Não Dulce! Não fazia! Só você faz! – ela gritou- Caralho! Para com isso, me come logo!

– Vou te comer na hora que eu quiser! – falei aproximando nossos rostos. Mas eu ía, eu estava tão desesperada quanto ela.

Aumentei o ritmo e quando vi que ela estava quase gozando, parei.

– Dulceeee! Porraaa! – não falei nada, puxei a calcinha dela com toda força pra baixo e a chupei. Ela gozou gritando na minha boca.

Ela chegou a rodar os olhinhos quando gozou, olhei pra cima e o peito dela estava batendo muito rápido, a respiração alta. Subi pelo corpo dela.

– Você me mordeu. – ela falou e então abriu os olhos.

– Desculpa, estava com raiva. Precisava aliviar de alguma forma.

– Por que não falou antes então? Passou quase dois dias sem me olhar na cara, se soubesse tinha transado com você antes. – revirei os olhos e deitei ao lado dela.

– Você está bem? – perguntei um pouco preocupada porque ela ainda respirava forte. Ela balançou a cabeça ainda de olhos fechados e puxando o ar com força.

– Devo estar toda arranhada e com marcas no pescoço, mas to bem. – fiquei apenas a olhando e ela se virou pra mim- E você? Está mais calminha? – só balancei a cabeça fazendo um sim- Ótimo. Mas da próxima vez não faça uma DR comigo enquanto seus dedos estiverem lá dentro porque é uma puta sacanagem.

– Você mereceu! – ela riu e se virou sobre mim me beijando.

– Minha vez agora?

– Por favor. – pedi já de olhos fechados.

Ela deu atenção a cada centímetro do meu corpo com muito mais calma que eu, ficou bastante tempo dando atenção aos meus seios, ultimamente ela fazia bastante isso, acho que pra descontar o tempo que ficamos sem poder porque a Giovanna mamava direto, agora era uma vez ao dia, no máximo. Eu sentia falta….

Ela tirou meu short, minha calcinha e descia pela minha barriga deixando um rastro de saliva e pelos arrepiados, senti ela beijando a minha virilha mas antes de deixar ela fazer o que ambas queriam, a puxei pelo braço o que a fez deitar-se sobre mim.

– Que foi? – perguntou- me sem entender bem. Não falei nada, a olhei no fundo dos olhos e a beijei.

Era um beijo calmo agora, eu só queria sentir que ela estava ali, ela deve ter sacado a mudança e retribuiu o beijo da mesma forma, acho que uma das razões de eu ser apaixonada por ela até hoje era o beijo, era demais! Paramos aos poucos e ela abriu os olhos e ficamos nos olhando sem nada falar, a princípio. Percebi os olhos dela brilhando….

– Nada, nem ninguém no mundo chegam perto do que eu sinto com você. – ela falou me olhando nos olhos, eu sorri e levei a mão ao rosto dela fazendo carinho- Quando eu falo que você é o amor da minha vida, é verdade, você é. Nada que eu faça ou pense faz sentido sem você, Dul.

– Eu sei. Eu também sinto isso, por isso que eu fiquei louca de raiva quando descobri que você não me contou.

– Mas eu só….- a interrompi.

– Eu sei, mas eu me senti enganada. Eu não suporto aquela garota. – ela riu.

– Amor, a Maria não significa nada pra mim, apenas uma ex namorada, só isso. Assim como qualquer outra.

– Você podia ter nascido só pra mim né? – eu falei puxando o rosto dela pra colar ao meu.

– Eu nasci. – ela sorriu, aquele sorriso que me fez me apaixonar por ela há mais de dez anos atrás.

Depois dessa, não falei mais nada. Ela me beijou novamente e eu gozei na boca dela….

Tudo voltava ao normal….



Notas:



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5 Respostas para CAPÍTULO 2: Voltando ao normal.

    • Jamais irei abandonar vocês, com esse conto eu saio até da minha realidade … tenho comentado pouco por questões de tempo mesmo, mas já estou de volta.

      Que bom que sentiu a minha falta.

  1. Oi, Escritora!
    Que ótimo a nova temporada de Anahi e Dulce. Minha esposa também achou. rsrs Fica toda segunda, quarta e sexta clicando para atualizar no cel. rsrs

    bjus

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