A Giovanna estava terrível esse último mês, cheia de vontades e fazendo manha, a mania dela agora era só dormir na tal casa que a Fê e a Sophie deram, sério, estava me enlouquecendo porque estava frio, apesar de ser coberto…. Todo dia que a Anahi saía pra trabalhar agora ela chorava….e começou a estranhar, só ficava com conhecido agora. Eu estava meio estressada! Com isso, eu estava indo bem pouco no hospital visitar a Gabi, mas a Anahi ía, eu mesma pedia pra ela não deixar de ir e explicar pra Gabi que eu não tinha a abandonado nem nada do tipo.

A Mari ía viajar com as crianças e o Jorge pra Disney e nos chamou, eu sempre pensei em levar ela maiorzinha, mas a Anahi me convenceu, por que não né? Afinal, era bom que lá ela se diverte e a gente muda o foco. Então, fomos.

Um comentário à parte, levamos ela pra tomar o tal café da manhã com as princesas no castelo, ela se vestiu com aqueles vestidos e sério, parecia uma boneca! Eu fiquei babando! Babei muito, imagina a minha filha loirinha de olhos azuis naquele vestido da Cinderela! Ela sentada na mesinha com as outras crianças, parecia até adulta…. Eu não sabia se filmava, tirava foto ou secava as minhas lágrimas, a criança me chamando e eu que nem idiota ao lado da Anahi hahahah.

Quando levamos ela pra conhecer a minnie e o mickey confesso que fiquei meio tensa dela dar ataque igual ela fez com o papai noel mas como estávamos conversando com ela sobre há um tempo, e desde que ela chegou, ela via minnie e mickey por todos os lados, estávamos na esperança que ela não ficasse com medo, ela foi no colo da Anahi e no começo ela estava meio receosa mas no final, até abraçou eles, eles fizeram tudo com tanto tato e cuidado, acostumados com crianças né…. Estava sendo muito bom porque estávamos conseguindo nos divertir com ela e à noite dava pra dar uma saída, ela já não dependia mais tanto de peito….

Numa dessas noites, Giovanna já dormia há um bom tempo, Lupita nossa anja tomando conta dela, graças a Deus! Eu e a Anahi tínhamos aberto um vinho, na verdade eu mal bebia uma taça, eu até poderia beber um pouco principalmente porque estava de noite e ela só mamaria amanhã, ainda mais que peito tá sendo uma vez ao dia no máximo, mas eu to evitando, quero conversar direitinho com a Dani antes de poder realmente beber, coisa que eu estou sentindo realmente falta, já tem muitooo tempo que não posso beber realmente, até então tem sido uma taça ou um copo aqui e ali…. Mas enfim, a gente tinha aberto esse vinho e estávamos deitadas numa espécie de futon que tinha no quarto abaixo do teto que era de vidro, como estava muito frio não dava pra ficar lá fora, a gente estava deitada ali onde tínhamos total visão do céu, que estava bem bonito aquela noite. O quarto tinha uma lareira artificial que estava ligada também, pegamos um cobertor e estávamos ali deitadas e apenas namorando…. Era tão bom!

A Anahi se virou de lado colocando uma das pernas sobre a minha, nossas mãos estavam entrelaçadas ao lado da minha cabeça, braço dela sob o meu ombro me abraçando.

– Você sabe que me faz muito feliz né? – ela sussurrou então a olhei com um sorriso no rosto, tinha como não sorrir?- Mas muito feliz mesmo?

– Faço? – perguntei do mesmo jeito querendo ouvir mais….

– Faz. – ela tocou no meu rosto com a outra mão fazendo carinho- De um jeito que nem sabia que eu poderia ser um dia….- eu sorri- Eu sou a pessoa mais feliz do mundo com você e o nosso furacãozinho….

– Ela está terrível né? – ri ao me lembrar.

– Tá, como uma criança de um ano e três meses né? – nós duas rimos.

– Mas é tão bonitinho ela falando tudo, toda animada, ainda bem que viemos!

– Sim. Coisa mais linda do mundo! Tinha que ser minha filha. – ela sorriu e se virou sobre mim, deixando uma das pernas entre as minhas, eu dei uma gemidinha de leve. Ela me olhou com aquela cara convencida, eu sorri apoiando a minha mão na cintura dela- Tá gemendo por que amor?

– Não to gemendo. – eu falei e sorri, os beijos dela estavam no meu pescoço.

– Não? – senti a língua dela passando na extensão do meu pescoço e eu contive um gemido apertando a cintura dela.

Cara, a Anahi estava com aquelas calcinhas meio short meio cueca só que parava antes do fim da bunda e meio fio dental. Da pra não gemer com essa mulher em cima de mim?!

Ela, de sacanagem, deu uma roçada no meu sexo e, mesmo eu estando com uma calça daquelas moles de pijama, senti. Agora não contive o gemido, mas mais uma vez, finquei a unha na cintura dela.

– Vai continuar roçando assim em mim?

– Você quer que eu pare? – ela sussurrou no meu ouvido com a voz rouca e eu senti meu corpo arrepiar completamente, que mulher é essa, meu Deus!

– Nã….o.

Minha mão desceu automaticamente pra bunda dela e apertei com vontade com as duas mãos.

– Não ía parar mesmo. – ela sussurrou e a impressão que tive foi que a boca dela estava quase dentro do meu ouvido. Ela deixava a língua me alucinar tocando na minha orelha.

Subi a mão pra nuca dela e emaranhei minha mão nos cabelos dela, senti os beijos molhados no meu pescoço e a minha outra mão desceu pra calcinha dela, passava o dedo levemente no vão entre as nadegas dela, e agora não era só mais eu quem gemia. Fiquei fazendo isso enquanto meu pescoço era comido…. Ela rebolava….

Levei a mão que estava na nuca dela pra dentro do casaco do mickey que ela usava, compramos pra mim, pra ela e pra Gih iguais. Arranhei as costas dela e deixei a minha mão “cair” na direção dos seios dela, toquei na lateral e a ouvi prender um gemido e arfar, ela colou nossas testas o que fez ela erguer um pouco o corpo o que me deu acesso livre aos seios dela, levei as duas mãos à eles, os massageando. Ela mordia o lábio inferior enquanto eu puxava e massageava os bicos dela que estava completamente arrepiada, assim como eu. Sentia minha calcinha molhada…

Subi o casaco dela até eu conseguir colocar os seios dela na minha boca, ela apoiou as mãos ao lado do meu corpo, no chão, enquanto eu chupava ouvia ela gemendo e sentia ela roçando o sexo no meu. Com as mãos livres, as levei pra bunda dela novamente, deixei meu dedo escorregar novamente e ela gemeu mais alto ainda. Não aguentei por muito tempo mais aquela provocação, queria mais!

Forcei meu corpo sobre o dela me virando sobre ela, deixei minhas duas mãos nos seios dela a provocando enquanto levava meus beijos pra barriga e além, fui descendo….ela gemia tão gostoso e se contorcia com as mãos apertando meus cabelos, desci os beijos até a coxa dela e via a pele dela toda arrepiada, era gostosa demais essa minha mulher! Subi novamente e tirei aquele casaco a deixando só de calcinha, ela me olhou e pediu:

– Tira sua roupa. – sorri em resposta e me levantei pra poder fazer o que ela pediu. Eu estava sem sutiã mas quando fiquei de calcinha, voltava a deitar mas ela falou antes: Tudo, Dul. – a olhei e o olhar dela queimava, aquele azul alucinante que ficava mais escuro quando ela estava excitada.

Tirei a calcinha e joguei do lado e ao invés de voltar a deitar sobre ela, a surpreendi e sentei no seu rosto. Antes de eu sentar completamente percebi um sorrisinho sacana no rosto dela e um gemido assim que meu sexo tocou na boca dela, eu gemi junto, obviamente. As mãos dela tocaram na minha coxa de forma possessiva, agarrando mesmo e subiu até a minha cintura guiando meus movimentos. Eu rebolava a olhando nos olhos, eu via ela sorrir safadamente só com o olhar, devolvi o sorriso antes de fechar os olhos e grudar minha mão no cabelo dela. Eu sentia a baba dela misturada com o meu sexo molhado sem conseguir diferenciar o que era o que, o rosto dela estava todo melado e aquilo me excitava mais ainda. Ela levou as mãos aos meus seios e começou a apertar e puxar o bico.

– Eu vou gozar, cacete! Aiii Anahi….

Como resposta ela me puxou pela cintura me mantendo mais próxima à ela, inclinei levemente meu corpo e senti a língua dela fundo dentro de mim. Senti também o dedo dela na minha boca, chupei como ela quis e logo senti o dedo dela indo pra minha bundinha e penetrando ali atrás…. Nossa! Gozei gostoso na boca dela sendo penetrada por trás ao mesmo tempo, ela continuou chupando mesmo após eu gozar. Que delicia de língua que eu tinha totalmente a minha disposição!

Minha perna fraca, sem ar complemente mas eu não conseguia sair dali, ela não parava, estava gostoso…. Quando eu consegui respirar novamente, desgrudei dos lábios dela e a vi me olhando, dei um sorriso pra ela e me levantei, mas só pra me virar de lado e voltei a sentar da mesma forma só que um pouco mais pra baixo, ela não falou nada mas senti a mão dela na minha cintura, me inclinei pra baixo até minhas mãos irem pra calcinha dela que eu deslizei, ela me ajudou erguendo um pouco o quadril e ouvi ela gemendo de leve. Não esperei nada, colei minha boca no sexo dela porque eu sabia que ela estava molhada o suficiente pra gozar logo na minha boca.

Tão logo ela sentiu, relaxou mais as pernas as afastando mais e eu passava a língua por toda a extensão do sexo dela, ouvir ela gemendo daquela forma deixava tudo mais excitante ainda, a Anahi gemendo era sensacional! Senti as mãos dela me agarrando pela cintura. Conforme eu sentia ela se molhando mais, arrepiando mais, gemendo mais, mais eu sentia as mãos dela na minha cintura me apertando, sentia que ela estava próxima a gozar e eu confesso que eu gemia também…. Que tesão!

– Vem cá….- ela sussurrou e me puxou pela cintura. Quando senti, a boca dela chupava minha bundinha me alucinando!

As duas gemiam loucamente! Eu não ía gozar assim mas estava gostoso pra caralho! Ela gozou fincando as unhas na minha bunda e eu desconfio que saiu até sangue de tão forte que foi, senti arder e honestamente, eu não estava nem aí! Assim como ela, ainda fiquei mais um tempo ali me aproveitando dela.

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No dia seguinte, a gente tinha parado numa das lanchonetes do parque porque as crianças estavam com fome, eu estava dando a comidinha da Giovanna que eu tinha feito no hotel, melhor dizendo, a Lupita fez rs quando a Anahi me mostra uma foto que havia recebido no celular, era uma foto da Gabi, ela sorria deitada na cama, visivelmente com a carinha abatida, tadinha!

– Quem mandou? – perguntei.

– O Manuel, Velasco, quer dizer. – a olhei. Ele tinha virado Manuel agora?! Eu sei que ela estava tendo muito mais contato com ele ultimamente porque eu não tenho ido tanto lá por causa da Giovanna.

– Por que ele só manda mensagem pra você agora? – falei porque já tinha percebido isso e durante a viagem isso tinha se exacerbado, eu estava começando a achar aquilo fora de propósito…..

– Não sei amor, vai ver que te mandou também, você não viu. – desviei o olhar- Ou vai ver que a minha conversa estava acima da sua e ele mandou pra primeira que viu.

– Por que será que estava acima né? – a olhei ao falar, Anahi não falou nada e o assunto morreu até porque a Mari, Jorge e as crianças estavam ali, não ía discutir essas coisas, na verdade eu não sei nem se tínhamos o que discutir, eu não sabia muito o que pensar sobre esse assunto…

Enfim, não toquei mais nesse assunto até o fim da viagem.

Quando a gente voltou, fomos visitar a Gabi no dia seguinte. Assim que entramos no quarto, eu estava na frente e assim que me aproximei, vi que ela estava chorando, fui tomada por um desespero. Só estava ela e a Yolanda lá.

– O que foi?? – perguntei meio desesperada me aproximando da cama. Ela estava com uma expressão super abatida.

– Calma minha filha…- Yolanda falava próxima a cama, fazia carinho na cabecinha dela que estava com a cabeça pendendo pra um dos lados- Vai melhorar…

– O que foi? – tornei a insistir olhando pra Yolanda.

– Ela acabou de sair da sessão de quimioterapia. – ela falou e voltou a olhar pra Gabi, paralisei um pouco, meio sem reação. Ouvi a Anahi suspirando mas não a olhei.

– Gabi, calma está, vai passar….- vi a minha mulher se sentando na cama ao seu lado e a abraçando ao falar, ela olhou pra Annie mas dava pra ver como estava fraquinha.

– Você quer vomitar mais, Gabi? – Yolanda falou e nos olhamos (eu e a Annie). Ela balançou a cabeça indicando que sim e a Yolanda trouxe aquela espécie de bacia que eles davam nos hospitais.

Ela vomitou e eu só olhei pra minha mulher que continuava ali ao lado dela, fazendo carinho nas costas dela e me veio uma frase que ela me disse há anos atrás: “eu odeio ver as pessoas vomitando, me da ânsia, não consigo ficar no mesmo lugar.” Ela me disse isso após sair do quarto ao ver uma amiga dela vomitando. Porém, toda vez que eu passava mal, ela estava lá, dizia que eu era a única pessoa que ela conseguia porque sabia que eu estava precisando da ajuda dela, dizia que comigo era diferente e agora, eu vejo isso…. Eu não sei se ela se tocou, ou se percebeu meu olhar, pois ela não tirava os olhos da Gabi e definitivamente, ela não tinha cara de nojo.

Quando a Gabi melhorou um pouco, a Yolanda trouxe um pano molhado pra limpar a boca dela e deu uma balinha, ela estava tão fraca que ir ao banheiro pra escovar os dentes era trabalhoso. Acho que foi a primeira vez que aquilo realmente me atingiu, foi como um choque de realidade: ela está doente, ela tem câncer, ela tem leucemia e pode sim, não se curar! Foi doloroso realizar aquilo.

Ficamos muitas horas lá, a tarde quase toda e o Velasco só chegou no fim do dia, a Yolanda que ficou o dia todo lá, a senhora estava arrasada, dava pra ver o sofrimento em seus olhos. Aquela dinâmica começava a me incomodar! Como o cara tem a filha naquele estado e não está lá?! Ah, não pode por que está trabalhando? Sei lá, mas se é filho meu, o trabalho que se danasse, mas enfim, não tenho o direito de me meter, então nada disse.

Ao nos despedirmos deles, o Velasco pediu pra conversarmos lá fora, assim que saímos ele falou:

– Gostaria de conversar com vocês.

– Pode falar. – eu disse.

– Vocês podem passar amanhã no meu escritório? Não é assunto pra ser tratado aqui num corredor de hospital.

– Mas por que? Aconteceu algo? – perguntei variando o olhar dele pra Anahi que também o olhava esperando a sua resposta, provavelmente.

– Só preciso conversar com vocês sobre uma coisa, é muito importante.

– É sobre a Gabi? – Anahi perguntou.

– Envolve ela sim.

– Aconteceu mais alguma coisa? Ela piorou?? – perguntei meio desesperada.

– Não, não é isso. Mas é muito importante, vocês podem me encontrar amanhã? – nos olhou.

– Ok, vamos sim. – respondi.

– Claro.

– Obrigado. Espero vocês lá então. – ele disse e então se despediu, mas pensa que voltou pro quarto? Não. Sei lá pra onde ele foi.

Assim que ele saiu, olhei pra Anahi que retribuiu o olhar.

– Vamos? – ela falou se aproximando de mim e me dando a mão.

– Vamos. – suspirei antes de nos afastarmos dali.

O caminho até em casa foi silencioso, eu tinha ficado abalada e ela, pelo visto também…. Graças a Deus temos a Giovanna, chegamos em casa e ela mudou completamente o ambiente e o astral! Impressionante como criança é especial nisso né? Ela nem sabe, mas aliviou completamente minha noite. Confesso que fiquei até mais um tempo com ela no meu colo após a fazer dormir, queria ficar ali naquela paz e só sentindo o cheirinho dela, era tão bom….ela dormia tão tranquila….o rostinho tão sereno alheio ao mundo lá fora…. Dei um beijo na testa dela e então a pus no berço, voltei pro quarto.

Quando me deitei a Anahi me olhou sorrindo, deitei no colo dela suspirando.

– Tudo bem? – fiz que não com a cabeça- O que você acha que ele quer falar?

– Não sei amor, não faço a mínima ideia.

– To com medo dela ter piorado Annie, você viu como ela estava hoje…- a olhei.

– Vi. – ela abaixou a cabeça de leve.

– Fico pensando se….- ela pôs o dedo sobre meus lábios.

– Ei, não fala isso. Não vai acontecer nada disso ok? Não vai! – ela me abraçou e eu vi como ela estava tão mal quanto eu…. Respirei fundo ainda nos braços dela.

– Eu acho que aquilo que a Sophie falou, aconteceu né?

– O que? – ela saiu do abraço me olhando.

– A gente se apegou demais….nos envolvemos completamente. – ela sorriu ao me olhar.

– Você acha isso ruim?

– Não, eu acho que não né. Espero, realmente amor!

– Ela vai ficar bem Dul. – ela me olhou ao falar e eu suspirei- Tem que ficar….

Eu tinha deitado minha cabeça no peito dela mas a olhando.

– Você percebeu o que fez hoje?

– O que? – ela me olhou.

– Você ficou o tempo todo lá enquanto ela estava vomitando….- eu dei um sorriso ao falar e ela riu de volta.

– Nem tinha reparado….

– Pra quem não suportava ver….

– Ah mas ela é criança, é diferente né….

– E de criança você não tem nojo? – ela demorou alguns segundos pra responder, me olhava.

– Não sei, sei que dela eu não tive. Eu só não podia sair e deixar ela lá. – fiquei a olhando sorrindo, realmente orgulhosa.

– Não fui só eu que me apeguei né….

– Não, com certeza não. Não sei explicar mas eu sinto algo, uma ligação como se a conhecesse há muito tempo, como se fosse alguém da minha família….- tenho certeza que meus olhos se encheram de lágrimas.

– Eu entendo. – subi voltando a ficar na altura do rosto dela e a beijei- Eu também sinto.

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O escritório dele era enorme! Confesso que fiquei analisando quando entramos, tinha um monte de prêmios e fotos dele por tudo que é lado, estava me sentindo até intimidada com aquele tanto de fotos! Acho que estava começando a pegar ranço…. Pra que tanta foto??

– Gostou Dulce? – o olhei sem entender e ele apontou pra foto que eu olhava, em cima da mesa dele, parecia ser ele e a Gabi. Fui pega rs.

– Ah sim, está linda. É a Gabi né? – andei até ele pegando o porta retrato na mão pra tentar disfarçar né….

– É sim.

Olhei um pouco pra foto, ela ainda tinha cabelos….sorria e ela tinha um sorriso encantador! Aliás, ela era uma menina muito bonita, mas bem diferente dele, a pele mais morena, cabelo liso e os olhos castanhos claros, enquanto ele era loiro de olhos azuis.

Coloquei a foto de volta no lugar e retornei pra sentar no sofá ao lado da Anahi que foi a primeira a falar:

– E então, Velasco? O que quer nos falar? – ele a olhou e eu achei que ele a olhou diferente, mas disfarçou.

– Vou falar. Mas antes, vocês desejam um café ou uma água….

– Eu aceito um café. – disse.

– Não, obrigada. – ela não quis e ele pediu pra secretária nos trazer, e até que foi rápido….já devia estar pronto.

– Você pode falar agora Velasco, estou curiosa, na verdade, estamos. – olhei pra Annie ao falar, tocando em sua perna já que ela estava sentada ao meu lado no sofá.

– Claro. Vamos ao que interessa. – ele se levantou ao falar- Vocês sabem da situação da Gabi né, estive conversando com o médico dela e ele tornou a me falar que a situação dela está complicada, ela não teve nenhuma melhora significativa nessas sessões de quimioterapia.

– Então por que continuam fazendo?

– Porque até então, era a única chance dela.

– E agora não é mais? – Anahi perguntou.

– Existe uma outra opção, um transplante….

– Transplante? – perguntei.

– Sim, de medula óssea.

– E ela tem chance de conseguir?

– Sim, se houvesse alguém compatível….

– Mas ela já está na fila de transplantes? – perguntei.

– Está. Mas até agora não conseguimos nenhum compatível e ela já está há mais de um ano na fila.

– Mas então, o que podemos fazer? – Anahi perguntou olhando dele pra mim e depois tornou a o olhar.

– Vocês podem salvar a minha filha.

– Como? – ela perguntou e a olhei e depois pra ele. Ele abriu um sorriso e eu não entendi.

– Fazendo a filha de vocês fazer o exame pra saber se ela é compatível.

– Nossa filha? Por que?! – Anahi.

– Porque ela é irmã da Gabi.

– Oi?? – falamos ao mesmo tempo.

– Você está louco?? – falei.

– Não, não estou e posso provar. – então ele pegou uma pasta com uns documentos e deu na mão dela. Ela olhou algo rápido e me entregou.

Estava ali, o processo todo, o número da requisição e nossos nomes. Não podia acreditar!! Essa merda era pra ser confidencial!!!!

– Isso está errado. – falei na primeira tentativa de negação. A Giovanna era minha filha, minha!!!!

– Não, não está. – ele veio até nós e pegou nas mãos dele mostrando que ele estava certo- Como podem ver, eu sou o doador.

Eu me senti tonta de novo, minha perna fraquejou e a sorte que tinha algo atrás de mim senão eu tinha caído no chão, em um segundo e sem eu ver a Anahi estava me segurando.

– Você está bem?? – a olhei e então fiz que sim com a cabeça, mas eu não estava! Olhei e vi que ele tinha se afastado um pouco.

– Não quero causar nenhum problema, só quero salvar a minha filha. – ele falou e o olhamos.

– Como você teve acesso à isso tudo?! – Anahi falou.

– Tenho meus métodos. – ele falou e o olhamos incrédulas! Ele deu um sorriso- Tenho como conseguir o que quero.

– Você subornou as pessoas? – perguntei chocada.

– Claro que não, não disse isso. – fiquei o olhando chocada- Mas isso não vem ao caso, o que importa aqui é a Gabi.

– Eu preciso sentar. – falei e fui pro sofá, a Anahi me olhou e depois olhou pra ele.

– Você tem certeza disso?? Eu não to acreditando que….- ele a interrompeu.

– Pois pode acreditar, eu sou o pai da filha de vocês.

– A Giovanna não é sua filha!! – gritei me levantando.

– Calma amor. – a Anahi se virou pra mim me segurando pela cintura. Se aquele cara falar de novo da minha filha, eu vou perder o senso.

– Ela não é sua filha!! – gritei de novo e me sentei. Ele revirou os olhos.

– Não to interessado nela, Dulce, só falei pra mostrar a vocês que podem salvar a Gabi.

– Como? – Anahi.

– Fazendo ela ser testada, é a forma mais fácil dela conseguir uma doação de compatibilidade.

– Por que?

– Porque irmão é o parente mais próximo dela, já que a mãe morreu, eu só posso pedir à vocês.

– E como seria isso? – Anahi perguntou e a olhei, como ela não estava transtornada com isso??

– Não é difícil, mas posso por vocês em contato com o médico dela e ele explica melhor. – ele falou e ficou nos olhando. Eu estava sem acreditar ainda, ela me olhou e eu só balancei a cabeça- Por favor! Eu não pediria se não fosse a única chance dela! Por favor, vocês tem que salvar a minha filha!! – ele ficou nos olhando.

– Calma Velasco, você jogou uma bomba, calma. – a Annie falou e em seguida suspirou se jogando no sofá.

– Fora o fato que foi um filha da puta!! Isso tudo foi armado por acaso?? – perdi a paciência! Me levantei o acusando.

– Não foi armado mas sim, fui atrás de vocês já sabendo. Eu precisava salvar a minha filha!

– Você me chamou pro show e pra conhecer a sua filha já com essa intenção?! – Anahi falou parecendo se tocar daquilo tudo.

– Sim, eu precisava!

– Você é nojento!!! – falei me levantando- Se depender de mim, você nunca mais vai chegar perto da minha filha!!

Saí de lá batendo a porta!! Que cara babaca!

Anahi me alcançou no carro, eu estava descontrolada chorando.

– Amor, calma!

– Vamos embora daqui, por favor! Me tira daqui.

– Vamos, vem.



Notas:



O que achou deste história?

4 Respostas para CAPÍTULO 7: Eu sou o doador.

  1. Que capítulo.intenso…ufa..voce não tem intenção de partir para uma karta temporada?…está incrível o seu conto a cada novo capítulo…bjs

    • Oii.
      Não, eu acho que já escrevi tudo que podia pensar pra elas, afinal são quase 200 capítulos hahaha
      ??

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