Boa noite galerinha…..bom, como perceberam minha programação saiu pela culatra, isso porque o post que fiz ontem não foi liberado! Fiquei bem chateada pois tinha prometido à vocês….. E não sei se vão liberar os dois amanhã ou só um e o outro que dia será, já não sei….
Mas enfim, segue o post pra vocês… Beijos!
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Passei a noite tentando falar com a Maria e sendo ignorada, meus pais não estavam entendendo nada desde a hora que eu cheguei lá fora e disse que estava indo mas acho que perceberam e não perguntaram nada. Fui direto pra casa e fiquei até umas 3 da manhã tentando ligar pra Maria, ela tinha desligado o celular! Enfim dormi.
Eu já estava acordada mas sem a mínima vontade de levantar, bateram na minha porta e falei pra entrar, devia ser minha mãe.
– Filha, ainda está dormindo? – já era mais de meio-dia.
– Não, acordei.
– O que houve? Tá tudo bem?
– Tá. Só cansada mesmo, mãe.
– Hum. E não quer comer nada? Você ainda não comeu….
– Não. Depois eu como.
– Tem certeza? Você comeu algo quando chegou?
– Não, mãe. Mas depois eu como.
– Ok. – ela ficou me olhando….- Vai ficar deitada ainda?
– Daqui a pouco eu levanto.
– Ok..- ela estranhou mas não falou mais nada e saiu do quarto.
Mais uma vez olhei no celular e a Maria não tinha nem visualizado minhas mensagens. Que droga!
Ainda enrolei um pouco na cama pra depois levantar, tomar um banho e fui almoçar com meus pais antes que minha mãe viesse de novo perguntar o que estava havendo. Eles ficaram perguntando do show e falando amenidades, enfim, após o almoço resolvi ficar ali com eles um pouco e mandei outra mensagem pra Maria que foi ignorada com sucesso! Resolvi mexer no meu celular, entrei no Twitter pra ver mil coisas referentes à saída da Dulce com o Poncho e mais um povo lá…..legal hein!! Fode o meu namoro e depois sai como se nada tivesse acontecido! Inferno!
Eu bufei, respirando forte e os dois me olharam.
– Que foi filha? – pai.
– Nada. Vou sair! – me levantei ao falar.
– Vai pra onde? – minha mãe perguntou mas eu já estava na escada, não respondi, troquei de roupa rápido e desci- Filha, onde você vai?
– Sair mãe! – peguei a chave do carro e saí, eu só queria sair dali, qualquer lugar que fosse!
Acabei dirigindo sem rumo e quando percebi estava fora da cidade, parei numa praia lá e resolvi dar uma volta, eu estava disfarçada, acho que ninguém ía sacar. Passei o resto da tarde lá, bebendo e sem ninguém pra me encher e perguntar como eu estava, e eu claramente estava péssima!
Voltei pra casa de noite já. Ouvi barulho na cozinha e fui até lá.
– Oi filha.
– Oi. – era minha mãe.
Deixei a bolsa em cima da bancada e sentei, eram aquelas cadeiras altas tipo de bar.
– Tô fazendo um sanduíche pro seu pai. Quer?
– Não, obrigada. – suspirei apoiando os dois cotovelos na bancada.
– O que foi minha filha?
– Nada mãe. Tá tudo bem. – dei aquele sorriso falso e desviei o olhar pra ela não sacar mas não adiantou, ela se aproximou de mim.
– Minha filha, eu te conheço há quase 30 anos. O que está acontecendo? – respirei fundo. Não adiantava mentir pra ela mesmo- Você e a Maria brigaram? – suspirei mais uma vez antes de responder.
– Ela não está falando comigo.
– Por que?? – ela apareceu espantada.
– Porque eu fiz umas besteiras aí mãe, ela tem até razão, mas eu não queria e….sei lá, saiu do meu controle!
– O que você fez, filha? – abaixei a cabeça entre um suspiro e esfreguei a mão no rosto.
– Você vai ficar brava comigo também!
– Filha….- ela me abraçou e apoiei minha cabeça no seu peito- não sei o que foi, se você errou provavelmente eu não concorde mas todo mundo erra meu amor. Me diz, o que houve?
– Eu traí a Maria…- sussurrei.
– O que?? – ela se soltou do abraço e me olhou espantada.
– Tá, eu sei. – escondi o rosto nas mãos de novo- Eu fui uma filha da puta! Mas as coisas saíram do meu controle, não era pra ser assim!!
– Calma. – ela pegou na minha mão- Me conta direito isso filha.
– É isso. Eu traí ela. – assumi de cabeça baixa.
– A Dulce tem algo a ver com isso? – a olhei espantada quando ela falou o nome dela.
– Como você sabe??? – ela sorriu.
– Porque eu sou sua mãe e te conheço. Eu imaginava que algo assim pudesse acontecer, principalmente pela forma que vocês terminaram….. Fora que eu já percebi a forma como ela te olha e você também está diferente com a Maria, minha filha….. Até comentei isso com a sua irmã….- a olhei e balancei a cabeça.
– Eu não queria! Eu tentei me afastar e evitar mas não sei, era mais forte que eu!
– E a Maria sabe disso?
– Não. Ela tem ciúmes da Dulce e não gosta, não sei até onde vai a desconfiança dela mas não acho que ela saiba de traição senão já teria terminado comigo antes.
– E por que vocês brigaram então?
– Porque ontem no show, ela e a Dulce brigaram porque a Dulce disse que me ama e que ficaria comigo se eu quisesse….- minha mãe fez uma cara de espanto e depois sorriu.
– Uau. Ela disse isso?! – fiz que sim com a cabeça- Até que enfim né!
– Como assim?
– Finalmente ela tomou coragem pra assumir, mesmo que alguns anos depois….
– É….- abaixei a cabeça ao falar.
– Mas e você? Como está com isso?
– Perdida! Eu não sei o que fazer!
– O que você quer, filha? – tocou mais uma vez na minha mão, numa calma….!!
– Não sei mãe! – mais uma vez afundei o rosto entre as mãos.
– Você tem que resolver minha filha e depois conversar com a Maria, não é certo isso que está fazendo com ela.
– Eu sei. – abaixei a cabeça envergonhada.
– Você ainda ama ela? – a olhei.
Essa era a pergunta mais frequente na minha cabeça, ultimamente.
– Acho que sim, sei lá mãe…. Eu achava que sim, eu tinha certeza mas….- ela me cortou.
– Não tem mais? – balancei a cabeça- Por causa da Dulce? – fiz que sim com a cabeça e ela sorriu.
– Do que você está rindo?!
– Eu acho que vocês precisavam disso minha filha, zerar tudo. A forma como terminaram não foi boa e ficou tudo inacabado aí dentro….- não falei nada, apenas respirei fundo- Mas você tem que saber se isso que sente é suficiente pra terminar com a Maria ou mesmo assumir qualquer coisa com ela. É?
– O que eu sinto por ela é suficiente pra fazer muita coisa mãe, o problema é que não confio na Dulce! – abaixei a cabeça de novo e ela me abraçou- O que eu faço mãe?
– Isso só você pode saber meu amor….
– Saudade da época que eu podia dormir e você e o papai resolviam tudo por mim….- ela sorriu.
– Se eu pudesse eu juro que ainda faria, meu amor…- eu sorri e fiquei ali no colo da minha mãe- Mas eu acho que independente da sua decisão você tem que pensar bem Annie, não é certo magoar nenhuma das duas por uma indecisão sua.
– Eu sei, eu sei…..
– Aproveita e põe a cabeça no lugar antes de falar com a Maria. Mas fala com ela! Você deve isso à ela.
– Eu sei, vou falar. – ela sorriu- Obrigada mãe.
– De nada, minha filha. – ela me deu um beijo no rosto- Descansa essa noite e amanhã você resolve o que fazer.
– Vou fazer isso….- sorri pra ela descendo do banco- Obrigada e boa noite mãe. – dei um beijo nela e subi.
Essa noite eu tomei um remédio pra dormir, precisava dormir e apagar. Acordei tarde no dia seguinte e a Mari passou lá me chamando pra ir na chácara que o Jorge tinha, acabei indo, precisava disso, silêncio pra pensar…..
Foi ótimo passar o dia lá com eles e meus sobrinhos, eles sempre me distraíam de tudo…. Conversei com ela também e resolvi que eu precisava de um tempo pra por a cabeça no lugar e resolver o que eu queria da minha vida.
Quando cheguei em casa, tomei um banho e antes de dormir mandei uma mensagem pra Maria.
“A gente precisa conversar, não dá pra ficarmos assim…. Quando vc puder e quiser, me liga.
Bjs. Se cuida.”
Desliguei o celular em seguida porque eu sabia que ela não responderia mesmo.
Consegui dormir logo, pois o dia tinha me cansado.
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Ela demorou um pouco pra abrir e quando abriu estava com uma cara de sono, short curto e uma camisa xadrez solta com os dois botões aberto, dava pra quase ver tudo. Ela me olhou e se apoiou na porta.
– Oi. – falei.
– Oi. – ela não deu nenhum sorriso- O que você está fazendo aqui?
– Quero conversar com você. – ela deu um sorriso irônico e eu insisti- Por favor.
– Entra Anahi. – ela abriu mais a porta me dando passagem, bem friamente.
Entrei e ela me passou e sentou no sofá, cruzou os braços e as pernas e não me olhou. Sentei em frente à ela na mesinha de centro e após uns minutos de silêncio tomei coragem e depois de suspirar de cabeça baixa a olhei.
– Acho que eu te devo um pedido de desculpas né? – ela me olhou meio surpresa e eu sustentei o olhar- Desculpa?
– Pelo que? Por ter me batido ou por ter sumido e sido uma babaca?
– Eu errei, eu não devia ter te batido sob condição nenhuma mas você também não tinha o direito de se meter no meu namoro como fez e falar aquelas coisas. – eu estava tentando manter a calma. Ela deu um sorriso irônico.
– Você tem um sério problema com pedidos de desculpa né, Anahi?! Você me bateu!! – ela começou a se alterar- E a culpa é minha??
– Não disse isso. Só disse que você também não tinha que falar nada do que falou, muito menos como falou. Eu que tinha que falar com ela sobre isso…
– Ah claro, a culpa é minha! Ela vem pra cima de mim falando um monte de merda, você trai ela e a culpa é minha??
– Não Dulce. Nós três erramos….
Mais uma vez ela deu um sorriso irônico.
– Claro, mas a culpa de tudo é minha porque ela é a perfeita!! – ela começou a gritar e se levantou, eu respirei fundo pra me acalmar- Já que ela é tão perfeita, por que não vai lá atrás dela?? – ela saiu bufando pra cozinha, ouvi a bateção de porta e logo ela voltou com um copo de água na mão.
– Será que agora a gente pode conversar direito? – eu continuava sentada no mesmo lugar e calma, não tanto quanto parecia por fora mas estava tentando…..
Ela sentou de novo no sofá na minha frente e com os dois pés em cima do sofá.
– Mas direito, sem brigas….- ela bufou mais uma vez deixando o copo ao lado.
– Fala Anahi. – ela levou uma mão a testa esfregando, sinal que estava irritadinha ainda.
– Eu não vim aqui pra falar da Maria mas….- ela me cortou.
– Que bom!
– Jesus! Da pra me deixar falar?? – me estressei. Meu Deus! Ela suspirou e olhou pro lado- Eu não vim aqui pra falar dela mas eu só tô falando que eu vou conversar com ela também…..sobre tudo que aconteceu, ela não devia ter falado com você daquele jeito.
– Vai conversar? – ela me olhou ao perguntar e concordei com a cabeça.
– Não consegui falar com ela ainda. Ela não está me atendendo…
– Por causa do que eu falei?
– Provavelmente….- abaixei a cabeça ao falar e logo a olhei.
– Mas eu não falei nada demais, não falei da gente.
– É. Mas ela não responde minhas mensagens…
– Hum.
– Enfim. – suspirei- Eu vou terminar com ela…
– Vai?? – ela me olhou meio em choque.
– Aham.
– Por que?
– Porque eu não acho certo continuar, não está dando certo e provavelmente eu voltaria a trair ela se nós continuássemos a nos ver….- ela me olhava nos olhos mas eu não soube decifrar a expressão dela.
– E o que isso quer dizer?
– Que eu preciso de um tempo….
– Tempo?! Tempo pra que?
– Pra entender o que está acontecendo, pra me entender e descobrir o que eu quero.
– Você não sabe o que quer?
– Eu preciso de um tempo Dul…- suspirei e ela continuava a me olhar.
– E você vai falar isso pra ela? Que precisa de um tempo?
– Sim, vou. Apesar de você não acreditar muito, eu não gosto de fazer isso com ela, ela não merecia! A última pessoa que eu queria magoar era ela que me ajudou muito, quando a conheci eu estava muitooo na merda!
– Tá bom Anahi, já sei. – ela revirou os olhos olhando pro outro lado.
Ficamos um pouco em silêncio até ela me olhar e falar.
– E como a gente fica? – a olhei um tempo antes de responder.
– Não sei, eu não posso te responder isso agora, eu preciso desse tempo pra pensar, por a cabeça no lugar. Não quero continuar como estávamos….você não pode ser minha amante pra sempre. E eu duvido que seja isso que você quer!
– Óbvio que não! Eu não quero ser sua amante! Eu quero você! – ela se ajoelhou na minha frente- Eu quero namorar com você Anahi. – acabei sorrindo sem perceber, muito pela surpresa do que ela falou. Acho que não consegui nem disfarçar a surpresa- Que foi?
– Nada. – eu sorri balançando a cabeça- Só não estava esperando isso, assim….
– Isso o que? Já te falei mil vezes o que eu quero com você. – sorri.
– É, mas nunca com essas palavras exatas: quero namorar você….
– É porque você não acredita em mim, mas eu já disse sim! Eu quero namorar….- ela parou e balançou a cabeça- eu quero casar com você. – me falou olhando nos olhos- A gente namora antes mas eu quero casar com você! – fiquei a olhando meio boba, sorri e ela me olhou em dúvida.
– Isso foi o que eu quis ouvir por muito tempo…- toquei no rosto dela fazendo carinho.
– Annie…- ela se levantou do chão sentando ao meu lado na mesinha- não é tarde demais! – ela levou a mão ao meu rosto fazendo carinho e fechei os olhos sentindo ela aproximar nossos rostos- É só você dizer que sim…- a olhei e suspirei.
– Eu não posso Dul….
– Claro que pode. É só….- a interrompi.
– Não estou dizendo que é um não definitivo, mas agora não dá. Eu preciso ficar esse tempo sozinha pra pensar….
– Pensar o que Anahi?
– Se é isso que eu quero pra mim…..se eu realmente vou conseguir confiar em você de novo e se eu realmente não amo mais a Maria….
– Você não sabe? – ela se afastou um pouco ao perguntar.
– A única coisa que eu sei é que depois que eu te reencontrei a maioria das minhas certezas caíram mas eu preciso ter certeza absoluta disso, entende?
– Ok. Me responde uma coisa. Você ama ela? – respirei fundo antes de responder.
– Não sei.
– E por mim, você sente o que? – sorri antes de a responder.
– É pra isso que eu preciso desse tempo, descobrir isso.
– Então o problema sou eu, não é ela?
– O problema é que desde que te vi novamente eu fiquei balançada e eu preciso saber o que é isso antes de ficar com ela ou com você, ou com quem quer que seja. É isso…..- suspirei e me levantei. Não queria ter falado aquilo mas como sempre ela consegue tudo de mim!
Me virei de costas e quando a olhei ela estava sorrindo.
– Do que você está rindo?
– Do que você falou….- ela se aproximou de mim- Antes eu só ouvia que você ama ela, agora eu já ouvi você me balançou….
– Como se você não soubesse….- desviei o olhar ao falar porque ela estava perto demais já.
– Ouvir da sua boca é diferente….- ela me abraçou pela cintura e eu finalmente a olhei, ela estava sorrindo.
E como um ímã nossos rostos se aproximaram e eu só me toquei disso quando estava quase a beijando, recuei um pouco o rosto porque beijar ela só tornaria tudo mais difícil e complicado mas ela segurou meu rosto pelo queixo.
– Deixa eu te beijar….- sussurrou contra os meus lábios e eu já não conseguia mais pensar direito. Ela me beijou.
Foi um beijo calmo, ela fazia carinho no meu rosto, senti a mão dela indo pro meu pescoço enquanto aprofundávamos o beijo, o toque da língua dela na minha, como sempre, era maravilhoso! Ela foi desacelerando o beijo aos poucos e a mão ainda estava no meu rosto enquanto eu a abraçava pela cintura.
– Você vai ser minha de novo ainda…. eu tenho certeza…- ela sussurrou contra meus lábios e eu não consegui nem abrir os olhos, nossas testas estavam coladas e senti o toque dos dedos dela nos meus lábios. Foi aí que abri os olhos e a vi sorrindo.
– Viu por que eu preciso me afastar de você? – ela negou com a cabeça sorrindo- Você me confunde e me beijando assim eu não consigo pensar em nada.
– Então não pensa meu amor. Fica…- ela falava tudo me olhando nos olhos e ainda estávamos na mesma posição e eu já não sabia nem mais o que responder à ela.
Meu celular tocou e me afastei sobre protestos dela, quando olhei no visor não acreditei no golpe do destino.
– Que foi? – ela perguntou porque deve ter visto a minha cara, balancei a cabeça e já ía guardá-lo no bolso mesmo ainda tocando- É ela? – fiz que sim com a cabeça e suspirei- Não vai atender?
– Na sua frente não.
– Por que??
– Porque eu não sou babaca à esse ponto Dulce!
– Desculpa. Não quis dizer isso, só achei que você tinha que atender, sei lá….
– Depois eu retorno. – ela fez que sim com a cabeça sem me olhar, voltamos a ficar em silêncio e o clima pesou.
Respirei fundo antes de falar.
– Acho melhor eu ir embora….
– Pra ligar pra ela? – me olhou.
– Não Dulce. Porque o que eu tinha pra te falar eu já falei, não adianta eu ficar aqui, pra que?
– Se for isso mesmo….- ela tinha sentado no sofá e estava de cabeça baixa de novo.
– Dulce. – fui até ela e me sentei ao seu lado- Você acha que eu vim até aqui pra mentir pra você?!
– Não é isso. – ela me olhou- Só que sei lá, vai que você fala com ela e ela te convence a voltar com ela e….- a interrompi.
– Dulce eu não vim aqui te prometer nada, eu vim aqui te falar o que está acontecendo mas se seu problema é esse, pode ficar tranquila que não tem nada que ela possa me dizer que vá mudar minha vontade.
– Não? – ela parecia supresa ao falar e me olhar.
– Não. É muito mais fácil você me convencer a não sair daqui do que ela me fazer voltar com ela….- mais uma vez eu falava demais…. Ela abriu um sorriso lindoooo….tanto que quase me fez ficar lá de vez!- Mas voc~e não vai fazer né? – a olhava, ela já estava ao meu lado- Faz o que eu tô pedindo, por favor?
– Que é…..
– Tempo, Dul. – ela revirou os olhos- Se você tem tanta certeza que vamos voltar por que não me deixa ter esse tempo, então?
– Porque eu tenho medo Anahi! Tenho medo que se ficarmos sem nos ver vcê esqueça de mim ou tudo isso passe….- acabei sorrindo sem perceber e ela me olhou meio brava.
– Te esquecer Dul? Impossível. Bom, pelo menos até hoje não foi possível….- mais uma vez o sorriso.
– Fica vai….- ela aproximou o rosto do meu pescoço e começou a beijá-lo, no maior golpe baixo! Me arrepiei mas eu não podia ceder.
– Para por favor…. É sério. – consegui a empurrar e me levantei- Não vai ser assim que algo vai mudar, o problema aqui passa bem longe de sexo. – ela deu um sorriso safado pra mim mas logo o desfez.
– Ok Anahi. Mas que saco! Vai fazer o que você acha que tem que fazer…..
– Não queria brigar com você….
– Não estamos brigando. – ela se levantou do sofá e chegou um pouco mais perto- Só acho esse negócio de tempo ridículo e não adianta nada! – dei de ombros.
– Se não adiantar ficamos na mesma, mas eu preciso tentar….
– Ok. – ela desviou o olhar e eu suspirei, já vi que seria com brigas.
– Eu prefiro ir antes que a gente brigue…- fui pegar minha bolsa no sofá.
– Vai. Deve estar doida pra ir ligar pra outra lá! – revirei os olhos.
– Vou fingir que nem ouvi! Você pode me levar na porta? – pedi e ela com toda a má vontade do mundo foi até a porta e a abriu pra mim- Assim? – perguntei a olhando.
– Você não queria tempo? – me olhou ao falar- Vai lá então. – apontou pra fora e achei aquilo o cúmulo, mas saí sem nada dizer mas antes de chegar no elevador voltei, engoli o orgulho porque eu sabia que ela podia estar magoada com aquela conversa.
– Você lembra quando eu errei com você e me pediu calma quando voltamos? Antes de voltarmos até? – ela fez que sim com a cabeça- Por que você não pode fazer o mesmo comigo?
– Porque não estamos voltando, nem perto disso!
– Você não sabe….- ela me olhou surpresa- Nem eu sei Dul, só preciso ficar sozinha pra entender o que eu tô sentindo, se eu ficar te vendo eu não vou conseguir…. Por favor?
– Ok Anahi. – ela abaixou a cabeça.
– Não fica assim….- me aproximei a abraçando e dei um beijo na cabeça dela- se cuida por favor, tá? – me afastei rápido porque eu estava com medo de fraquejar.
Quando eu estava quase no elevador, ela falou:
– Posso te ligar? – quando a olhei pra responder vi que ela estava chorando e aquilo partiu meu coração mas eu precisava!
– Não. Deixa que eu ligo quando eu souber o que te falar. – ela não falou nada e a porta do elevador se fechou.
Me encostei e repousei a cabeça, respirei fundo e senti algumas lágrimas enchendo meus olhos, eu precisava ser forte porque eu precisava daquilo antes de cair de cabeça nos braços dela. Respirei fundo mais uma vez antes de sair do elevador, coloquei meus óculos escuros pra ninguém ver meu rosto e fui pra casa.
