Aléssia

Capítulo XXV

POR ÐIANA ŘOCCO

Revisão: Carolina Bivard, Isie Lobo
Cartografia: N. Lobo
Mapa de Âmina

>>> XXV <<<

— O que, diabos, acha que está fazendo vestida de soldado, Aléssia?

— É uma longa história.

— Imagino. Mas não estou com pressa.

Olhei em volta. Estávamos em um cômodo muito simples mobiliado apenas com uma pequena cama, uma penteadeira e uma mesinha para refeições. Havia duas cadeiras próximas à mesa. Meu corpo moído por dias de estrada sentia falta de algum conforto.

— Posso? — perguntei, apontando a cadeira. Amaryllis me fez uma larga e cínica mesura. Não me importei, de certa forma eu merecia aquele tratamento estúpido. Agradeci e sentei, feliz por ter um encosto para as costas doloridas.

A filha de Mestre Renan hesitou por instantes, então decidiu encher uma moringa com água fresca e colocou a meu lado junto com dois copos. Desde que deixamos o lago eu apenas umedecia a boca e a sede me fez não ter muita cerimônia. Enchi um copo e bebi com gosto, depois o enchi novamente e deixei a meu lado, para tomar durante nossa conversa. Amaryllis me observava calada.

— E então? Que tal me contar o que aconteceu?

Não era tão simples quanto Amaryllis pensava. Eu nem sabia por onde começar minha narrativa. Quando foi, ao certo, que comecei a perceber as coisas à minha volta? Minha vida desfilou sob meus olhos qual uma pantomima de nômades. O sentimento de que eu era uma idiota só fazia crescer. Revi minha preocupação extrema com Amaryllis, meu sofrimento quando ela e Douglas começaram a namorar, meu encontro com Matilde… e ao lado de tudo isso imaginava os povoados destruídos, o povo morto de fome.

— Não sei ao certo quando as coisas começaram a mudar, Amaryllis. Ainda lembro da discussão que tivemos no bosque e do quanto doeu ouvir suas palavras. Quando nos encontramos naquele dia, eu já estava bastante confusa. Havia presenciado, sem querer, uma conversa de seu pai com um soldado da guarda pessoal de Rei Aran. Suspeitei, na ocasião, que Mestre Renan fosse um traidor.

Amaryllis mexeu-se na cadeira, mas não disse nada. Continuei como se não percebesse seu desconforto:

— Sempre o admirei, confiava nele como em meu pai, e de repente não sabia mais se podia confiar. Isso doeu muito. Mas, apesar da dor, decidi denunciá-lo. Entenda que minha intenção era proteger meu pai, não prejudicar o seu. Mas quis o destino que meu pai viajasse de forma inesperada. Foi esse, aliás, o assunto de nossa conversa no bosque. Eu realmente não sabia — como ainda não sei — o motivo dessas viagens de meu pai. Mas ele saiu do Castelo antes que eu tivesse tempo de lhe contar o que ouvi. E, durante sua viagem, tive um sonho muito estranho: eu contava a ele sobre a conversa e, sem nenhum inquérito ou qualquer formalidade de justiça, Rei Aran executava Mestre Renan e você. No sonho eu me horrorizava ao vê-los mortos no cadafalso e logo depois descobria que eram inocentes. A dor de ter causado a morte de duas pessoas que tanto amo me dilacerou. Acordei em pânico e decidi colher maiores informações antes de tomar qualquer atitude. Assim, ao invés de denunciar seu pai, decidi observá-lo.

Tomei mais um gole de água. Amaryllis me olhava com o mesmo ar rancoroso de nossas últimas conversas. Olhei-a com firmeza, sem esconder a vergonha que meu relato me causava. Mas era chegado, enfim, o momento de falar francamente.

— Enquanto essas dúvidas me corroíam, comecei a participar ativamente do Conselho Real. Como você sabe, faço parte do Conselho desde os meus dezesseis anos. Mas meu pai só permitia minha presença em questões vulgares. Quando assuntos que ele designava de “segurança nacional” eram discutidos, exigia que eu me retirasse. Apenas há poucos meses comecei a acompanhar as questões do reino, de fato.

— Você está falando sério, Alê? Sempre achei que você acompanhasse seu pai nas questões administrativas…

— Estou falando muito sério, Má. Todas as questões cruciais sobre Âmina me foram sistematicamente escondidas. E seu pai percebeu quando comecei a desconfiar. Em uma de minhas últimas conversas com Mestre Aran, ele me disse exatamente essas palavras “finalmente você saiu da redoma de vidro em que lhe colocaram”.

Lembrei do abraço e do carinho de Mestre Renan naquele dia. A garganta seca me impediu de continuar. Bebi toda a água do copo e o completei com mais. Pela primeira vez, Amaryllis me olhava com certa compaixão.

— Meu pai sempre me disse que você não sabia de nada, mas nunca acreditei nele.

— Não lhe culpo, Amaryllis. Quem acreditaria que a Princesa de Âmina não fazia a menor ideia do que acontece no reino?

Pensei em Diana e sua Princesa invisível. Seria uma piada conveniente, mas precisava atualizar Amaryllis de todos os fatos antes de chegar em Diana.

— Seu pai fez esse comentário quando percebeu que eu estava numa profunda crise. As primeiras reuniões confidenciais que assisti tratavam de um suposto exército rebelde se infiltrando nos povoados. A maneira como tudo me foi narrado, pelo Rei em pessoa e pelos conselheiros, me fez crer que tal exército era uma ameaça factível à qual devíamos reagir energicamente. Ainda assim, chamou minha atenção a maneira como meu pai distribuía castigos sem nenhum tipo de julgamento ou mesmo sem uma análise mais racional da questão.

Minhas palavras provocaram um longo suspiro em Amaryllis.

— Não vou contar detalhadamente tudo o que aconteceu depois. O que importa é que cheguei transtornada àquele meu maldito aniversário. Não reconhecia naquele Rei severo o pai carinhoso com o qual estava habituada. Eu tinha uma imagem idealizada de meu pai, um Rei bondoso que cuidava de seu povo como um pai cuida de seus filhos. Aos poucos essa imagem estava caindo por terra e eu simplesmente não sabia como agir. E veio a festa.

Bebi sedentamente a água lastimando que não fosse vinho. Chegara a um ponto crucial de minha narrativa e ter um aditivo para coragem me faria bem.

— Bebi muito além do que devia naquela noite. Não preciso lhe dizer, você sabe disso melhor do que ninguém. O idiota do Duane resolveu me desafiar para um duelo de espadas. Ao invés de aceitar a provocação, resolvi sair da festa e comecei a andar a esmo pelos jardins. Foi quando lhe encontrei.

As lembranças daquela noite voltaram muito nítidas e creio que meu arrependimento tenha ficado estampado em meu rosto. Precisei fazer um esforço para continuar.

— Você estava tão linda! E de repente tão próxima, me batendo por causa do garrafão… passou muita coisa rápida pela minha cabeça… eu… eu desejava aquele beijo há tanto tempo! Mas não podia, de maneira alguma, imaginar que as coisas tomariam o rumo que tomaram.

O silêncio que se seguiu foi tão constrangedor que me impeliu a continuar a narrativa:

— E então me vi cruzando espadas com meu pai. Nunca mais vou esquecer o olhar ensandecido com que tentava me vencer! E o ódio com que falou comigo quando viu você fugir! Não o reconheci. Nunca imaginei que meu pai fosse capaz de algo assim. Ainda mais contra alguém que é praticamente da família, criada dentro do castelo, tão próxima dele quanto eu mesma.

— Seu pai é capaz de atrocidades, Aléssia. Se você não fosse, realmente, uma grande espadachim, talvez estivéssemos agora as duas mortas. Porque mesmo te amando muito, não sei se no calor do ódio ele não seria capaz de feri-la mortalmente.

Eu já havia me feito essa pergunta várias vezes. Ele teria sido capaz de me matar naquele dia?

— As coisas não pararam ali, entretanto. Seu pai e eu conseguimos lhe tirar do Castelo antes que Rei Aran a encontrasse, mas no dia seguinte, em reunião do Conselho, ele lhe declarou Inimiga da Coroa. Ordenou que fosse capturada viva ou morta. Não acreditei quando ouvi aquilo e me manifestei contra. Acho que você consegue imaginar a raiva que ele sentiu ao ser questionado por mim publicamente.

— Imagino o ódio que ele sentiu, sem dúvida, e o que me eta é que ele não tenha lhe prendido.

— Ele me prendeu.

Amaryllis me olhou etada. Continuei.

— Não nas masmorras, mas em meu próprio quarto. Bem, não me prendeu de fato já que, não sei exatamente porque, foi imprudente o bastante para não colocar guardas em minha porta. Mas deu ordens aos criados para que eu não deixasse meus aposentos e os ameaçou de morte, caso permitissem.

— E então você fugiu?

— É um pouco mais complicado do que isso. Na verdade eu o obedeci. Temia sua reação caso o desobedecesse. Contudo, sabia que não poderia ficar inerte, esperando que coisas ainda piores acontecessem. Eu estava numa posição muito incerta, não reconhecia meu pai, não sabia mais em quem poderia confiar, o mundo como eu conhecia estava desmoronando. E para completar minha confusão, fiquei sabendo que meu pai estava se preparando para uma pequena viagem. Ele não me disse nada a respeito, mas minha aia o ouviu dizer a um conselheiro que ia “dar um corretivo” em um vilarejo. Foi então que tomei minha decisão.

Já não havia água na moringa e a garganta seca não me permitia continuar. Pedi a Amaryllis, humildemente, e ela prontamente encheu a jarra. Com a garganta refrescada, entrei na parte final de minha história.

— Eu não podia sair, mas os serviçais podiam entrar. Então chamei Casey e ordenei que cortasse meus cabelos como o dos militares. Laura, minha aia, conseguiu todo o resto: armadura para mim e Amora, armas, equipamentos de viagem, tudo. Com a ajuda dela deixei a Casa Principal no início da madrugada e fiquei no Bosque, aguardando a chegada do exército. Então me infiltrei na formação e, pela segunda vez em minha vida, deixei o Castelo dos Três Círculos.

Precisei de mais alguns goles de água. Amaryllis parecia mais receptiva ao que eu estava dizendo e, talvez para mostrar que se importava, perguntou para qual povoado nos dirigimos.

— Salvação — respondi com um longo suspiro — Eles não tiveram chance alguma.

Nesse ponto não consegui mais conter minhas lágrimas. O desespero que vinha escondendo de mim mesma encontrou finalmente brechas para sair.

— O dia ainda não tinha amanhecido quando chegamos lá. As pessoas dormiam! O exército já chegou colocando fogo nas casas e matando quem tentasse fugir. Entrei em estado de choque, fiquei parada no campo de batalha sem saber o que fazer. Então, um oficial se aproximou e me ameaçou de morte caso não começasse a matar civis. Esporeei Amora e fugi, fiquei escondida no campo, no escuro absoluto, sem saber o que fazer. À minha frente o povoado queimava e os gritos de terror se espalhavam por todos os lados. Aos poucos o fogo aumentava e os gritos diminuíam. Quando o silêncio venceu, achei que o exército já havia partido. Pensei em voltar ao vilarejo e ver se alguém sobrevivera.

— Então encontrou a menina…

— Não. Foi pior que isso. Não cheguei sequer a sair do lugar em que estava. Fui surpreendida pelo tropel rápido de cavalos e então, para meu pavor, a voz de meu pai soou bem a meu lado. Ainda que viva mil anos, nunca serei capaz de esquecer o que ele dizia: “Coloca essa potranca na minha tenda.”

Não fui capaz de continuar, interrompida por uma avalanche de soluços. O toque sutil e amigável de Amaryllis, há tantos anos perdido, voltou à minha pele. Segurando meu braço com força minha amiga de infância tentava me transmitir seu apoio. Controlei minhas lágrimas para continuar:

— Forcei os olhos no escuro e consegui visualizar o exército alinhado, passando calmamente, nenhuma tocha acesa, nada que chamasse a atenção, saindo na calada da noite do mesmo jeito que chegou. Cavalgando ao lado de meu pai, um oficial carregava em sua sela, atirada como um saco de mercadoria qualquer, a garota que meu pai pretendia… usar… em proveito próprio… durante aquela noite. Não pensei mais no povoado, não sei se houve algum sobrevivente, embora duvide muito. Me infiltrei novamente nas fileiras do exército, mas dessa vez junto dos oficiais, e fui ganhando espaço, tentando chegar o mais perto possível do Rei. Cavalguei por um longo tempo praticamente ao lado de meu pai, sem que ele percebesse. Não sei como consegui controlar meus soluços enquanto o ouvia se vangloriar pela destruição, divertir-se com o sofrimento alheio. Ele estava feliz como nunca o havia visto! Eufórico com as matanças, narrando quase aos berros as cenas que mais lhe davam prazer: pessoas fugindo em chamas, mulheres e crianças decapitadas lentamente, em brincadeiras entre os soldados…

Um jato de vômito me interrompeu. A lembrança daquela noite voltou das profundezas do fígado.

– Oh, querida… pare! Eu já entendi… você conseguiu salvá-la, não é?

Acenei positivamente e deixei o choro vencer. Amaryllis me abraçou, acolhendo ternamente minhas lágrimas. Éramos amigas de infância novamente.

— Matei dois soldados pra conseguir tirá-la de lá… — minha voz quase não saiu, de tanto que me doíam aquelas mortes. Amaryllis horrorizou-se e me abraçou com compaixão.

Minha amiga limpou o chão, minhas roupas, minha boca. Mas o gosto azedo persistiu e, mesmo agora, tantos anos depois, me pergunto se algum dia irá me abandonar.

— Fiquei sem saída, sem opção. Não sabia o que fazer. Estava abandonada em um reino que não conheço, e tinha uma jovem dependendo de mim. Então lembrei de você, do quanto falava de Forte Velho, e tive um palpite de que, talvez, tivesse fugido para cá. Você era minha única esperança, Má. Sabia que, se conseguisse chegar aqui, você não se recusaria a receber Diana, mesmo que não quisesse mais me ver. Não lhe culpo por me odiar…

— Não odeio você, Alê! Pelos céus, me perdoe se lhe dei essa impressão!

Amaryllis me abraçou com ternura e não consegui controlar as lágrimas que me restavam. Durante os minutos seguintes ficamos irmanadas naquele abraço choroso, e foi assim que Douglas nos encontrou. Olhou-nos com profundo desagrado e Amaryllis foi até ele. Conversaram em voz baixa por alguns minutos, enquanto eu me controlava. Quando ele saiu, sem me dirigir a palavra, a fisionomia de Amaryllis estava bastante preocupada.

— Algum problema?

— Soldados.

— Soldados?

— Sim, vários deles, vindo para cá. Um informante de meu pai chegou avisando. Rei Aran está mandando tropas por todo o reino, vasculhando cada canto em busca de sua filha, Aléssia, sequestrada pelos rebeldes.

— O quê? Que loucura é essa? Não fui sequestrada!

— Não sei se seu pai realmente acredita que você tenha sido sequestrada ou se está simplesmente usando seu desaparecimento para dizimar o povo… mas que diferença isso faz, não é? O resultado final é o mesmo.

— Preciso voltar.

— Está louca? Como vai justificar seu desaparecimento?

— Eu estava aborrecida com ele, me irritei, saí de casa.

— Acha que ele vai engolir algo assim, Alê?

— Não sei se ele vai engolir, mas vai parar de me procurar, não vai?

— Não necessariamente. Se pra ele for vantajoso continuar te procurando, quem o fará parar? A notícia de que você foi encontrada só pode ser comunicada por ele mesmo. Não sabemos o que aconteceu depois que você partiu. Ele pode, simplesmente, encarcerá-la… ou até mesmo matá-la… e continuar atacando os povoados sob o pretexto de estar lhe procurando.

Seu raciocínio era correto, embora me doesse admitir. Mas ainda assim me parecia mais lógico arriscar do que ficar sentada ali, esperando.

— Se ele me matar, ao menos morri por uma boa causa.

— Belas palavras, Aléssia, mas nem um pouco práticas. Precisamos de você viva, Alê. Você é nossa única esperança.

— Esperança? Eu?

— Sim, esperança. Com você do nosso lado, finalmente teremos chance de destronar Rei Aran e dar a esse povo um governo justo!

— Você está sugerindo…

— Não estou sugerindo nada. Estou pedindo a você que se junte a nós, Alê.

Estava em uma encruzilhada. Meu melhor plano àquela altura era voltar para a Floresta. Ou tentar sair de Âmina. Mas para onde alguém, sem nenhum conhecimento da realidade, poderia ir em segurança? A ideia de ficar em Forte Velho não tinha me ocorrido, muito mais por medo da reação de Amaryllis do que por qualquer outra coisa. Agora, com nossa amizade de volta, ficar era uma alternativa válida. Entretanto, o que Amaryllis sugeria era que eu lutasse contra meu pai. Era esse o preço da “hospedagem”.

— Estou chocada com tudo o que vi. Não reconheço meu pai nesse Rei perverso que estou descobrindo. Mas ainda assim…

– … ainda assim é seu pai… e sei o quanto você o ama — Amaryllis completou com um suspiro de dor.

Pensar no que meu pai era pra mim e em tudo o que eu descobria agora me deu mais vontade de chorar. Era como se eu pensasse em uma pessoa morta. O pai que eu tive a vida inteira estava perdido para sempre, eu sabia disso. Mas não é fácil colocar as emoções no mesmo patamar que o raciocínio.

— Não posso lutar contra meu pai, Má.

— Eu entendo, Alê. Na verdade, não queria estar na sua pele.

Encontrar compreensão em Amaryllis acalentou meu espírito. A vontade de ficar ao lado dela só aumentava. E isso era, provavelmente, um motivo a mais para partir enquanto ainda era tempo.

— Se estivesse em meu lugar, Má, o que você faria?

Ela me olhou surpresa.

— Você tem muito mais experiência de vida do que eu. — falei sinceramente — Estou sem chão. Não sei o que fazer. Minha vontade é sumir mas… como e pra onde?

— Como disse, não gostaria de estar na sua pele. Mas já que perguntou… se eu fosse você, tiraria Rei Aran do poder e governaria esse povo com justiça e sabedoria.

Suspirei consternada. Amaryllis, sendo quem era, não me daria outra resposta. Ainda assim eu esperara por algo diferente. Um passe de mágica, talvez.

— Obrigada pelo conselho, mas ainda prefiro a hipótese de sumir.

Com um abraço agradecido me despedi. Estava chegando à porta quando a voz de Amaryllis soou forte atrás de mim:

— Você é nossa única esperança, Aléssia, a única pessoa que pode derrotar seu pai.

— Não. Eu sou a única pessoa que não pode lutar contra ele. Cuide de Diana, por favor.

— Ela sabe quem você é?

— Não. Pensa que foi salva por um soldado inexperiente. Aliás, ela tem uma teoria bastante interessante sobre a Princesa Aléssia. Pergunte-lhe, acho que você dará boas risadas.

Saí para o pátio, que agora estava quase vazio. Amora estava sob os cuidados de Douglas, mas Diana não estava mais ali. Tão logo me aproximei, o namorado de Amaryllis estendeu a faca que estava sob sua custódia. Peguei-a de volta, olhando-o nos olhos.

— Onde está a garota?

— Em segurança, não se preocupe.

Acenei um agradecimento e montei minha égua. O sol estava a pino quando deixei o povoado. Desviei da estrada e trotei o mais rápido que pude rumo à Floresta Escura.



Notas:



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