Alpha Dìon — Agência de Proteção

Capítulo 5 – Inteligência Artificial

Helena e Isadora se encontraram com as agentes de TI na base da rochosa que delimitava a enseada, próximo ao elevador da direita.

— O que querem nos mostrar?

— Estão vendo essa porta pequena aqui?

A porta de aço que as agentes apontavam tinha um símbolo de energia, como se fosse destinado ao controle e geradores de energia do local.

— Sim. O que tem ela?

Isadora perguntou, ansiando por uma explicação. 

— Tem uma igual, perto do elevador da esquerda, mas somente ela é uma casa de energia. Esta aqui é um depósito. 

Datrea esclareceu e Margot continuou a expor o que tinham descoberto.

— Ele tinha travas de sistema complexos e estranhamos. Invadimos o sistema de segurança ontem à noite e abrimos. Reconfiguramos as senhas para leitura de nossas íris. Vamos colocar as senhas de íris de vocês para acessarem quando quiserem.

Elas Inseriram informações em um tablet, depois escanearam as íris das chefes com a camera do equipamento.

— Agora, tentem entrar. 

Isadora se colocou na linha de captura da trava de entrada e assim que a luz passou por seu olho, a porta se abriu. Entraram.

Havia um corredor, que não era muito longo. Assim que o atravessaram, descortinou-se um grande galpão esculpido na rocha, cheio de equipamentos e inúmeros corredores com estantes de reposição de materiais. Na parte de trás, havia muitas caixas e carrinhos elétricos de transporte de carga.

Isadora não titubeou. Foi até onde as caixas estavam armazenadas. O que a preocupava não eram as estantes com materiais de manutenção, e sim, o que havia escondido naqueles caixotes. Abriu um deles. 

— Merda!

— São armamentos pesados. Por que iriam querer algo assim na produção de um filme?

— Não sei, Helena, mas que não são para proteção de atrizes de filme lésbico, isso tenho certeza. 

Helena se virou para as duas agentes de TI. 

— Vocês não falarão sobre isso com ninguém, por enquanto. Quero conversar com Henrique e Cooper primeiro. 

— Não vou deixar minha equipe às cegas, Helena!

— Quer ficar calma, Isa?! Também não deixarei minha equipe às cegas, só não quero especular antes de sondar nossos coordenadores. E como concordamos antes, agora todas as agentes são nossa equipe! Não tem ninguém meu ou seu. Temos que proteger todo mundo.

— Está muito claro para mim, Helena. Eles não nos contaram tudo.

— E é isso que quero descobrir ou, pelo menos, tentar entender o que a Agência está fazendo. Não falarei que descobrimos isso aqui. Não diretamente. Só quero sondar para ver o que eles sabem. 

— Acha que Henrique e Cooper sabem sobre isso?

— Se alguém tem conhecimento de algo, seria o Henrique. Cooper está, hoje, um grau abaixo da hierarquia, Isa.

— Ok. Concordo, mas somente até falarmos com eles, Helena. Se não revelarem nada de concreto, falamos para todas sobre nossa desconfiança.

— É isso que pretendo.

Helena saiu a passos firmes. Ela estava visivelmente contrariada. Lembrou da fala de Jacque quando entraram na sede da Agência dias antes. 

É. Parece que estamos num abatedouro…

O restante do dia transcorreu com a equipe realocando as agentes e refazendo a linha de transmissão da sala de controle. Dividiram-se pelos bangalôs ao longo da enseada e, também, locais de onde poderiam agir prontamente, caso acionadas. Helena e Isadora também mudaram de lugar, embora tivessem ficado em um bangalô próximo do anterior. 

Não comunicaram a Agência sobre a mudança e decidiram não permitir a entrada de agentes externos no complexo.

— E se Cooper e Henrique quiserem vir até aqui?

— Eles, algum dia, participaram presencialmente de suas missões, Isa?

— Tem razão. Não há motivo para eles entrarem aqui. 

Helena meneou a cabeça com ar de desprezo pela situação. Estavam se encaminhando para a nova sala de controle e passaram por duas agentes que cavavam a vala para passar conduítes. Quando se aproximaram da “casa de manutenção”, onde foi escolhido o local da nova sala de controle, viram uma equipe instalando antenas-satélites. Eram de última geração e não chamavam a atenção, pois eram pequenas e estavam escondidas por grades laterais de feixes de sapê, instaladas na borda da laje da construção.

Chegaram à sala e depararam-se com inúmeros monitores e um gabinete de servidores ao lado. Algumas telas estavam desligadas. Margot e Datrea estavam sentadas na bancada, organizando as equipes de tarefas e de instalação. Falavam com as agentes pelos comunicadores e já conseguiam visualizar toda a enseada nos displays instalados à frente delas. Ao ver as chefes entrando, giraram as cadeiras para ficarem de frente para elas.

— Conseguiremos ter tudo pronto até o entardecer.

— Perfeito.

Margot levantou entusiasmada e Datrea esticou os lábios de lado, num sorriso discreto. 

— Tenho uma novidade para mostrar e que nos dará uma autonomia e vantagem incrível!

— Ok…

Foi a única palavra que Isadora pronunciou, esperando a sua agente mostrar o que a excitava tanto. 

— Me acompanhem. – Virou-se para a companheira de empreitada. – Você libera, Datrea.

A outra agente fez um gesto de continência discreto, com um ligeiro sarcasmo. Girou em sua cadeira para realizar comandos no teclado de seu console. Margot foi até uma porta lateral e a abriu. A sala estava praticamente vazia, porém Isadora e Helena perceberam sensores presos no teto e um gabinete contendo inúmeros servidores ligados entre si em um canto. Quando a agente de TI olhou através do vidro, que mostrava a sala ao lado, Datrea entendeu o sinal e ligou o equipamento. 

Inúmeras imagens se formaram em 3D, tomando todo o espaço. Margot deu o tablet que tinha nas mãos para que Isadora segurasse. A partir dali, ela começou a mover as imagens com as mãos, fechando                                                                                                                “janelas” interativas e abrindo outras, aproximava algumas e afastava outras.

— Vocês estão me dizendo que a sala de controle tinha um sistema com IA  e  equipamentos de realidade aumentada?

— Não. Este sistema estava todinho guardado naquelas caixas, lá no depósito. Nós o instalamos e configuramos no sistema de consoles que haviam deixado para usarmos.

— Essa IA pode ser um problema, vocês sabem…

Helena era uma pessoa naturalmente desconfiada. Não acreditava que a Agência tivesse deixado aquele depósito tão fácil de mapear à toa. Ela suspeitava que estavam testando a equipe. 

— Não se preocupe, agente Helena, fui configurada pelas agentes Datrea e Margot; elas também colocaram vocês duas, chefes da equipe, como administradoras de último nível e isto não poderá ser modificado. Possuo travas em meu sistema que não permitem que me volte contra os meus administradores seniores.

O tom da IA não era metálico. Era uma voz feminina suave, com um tom leve e grave. Como diriam os especialistas em características vocais, um mezzo soprano.

— E quais as outras travas de segurança que você tem?

Não posso agir contra qualquer ser humano individualmente ou coletivamente, a não ser em casos extremos de preservação de meus administradores. Não posso… 

— Está bem. Quero saber especificamente se você poderá ser utilizada como armamento. 

— Sim. Entretanto, meu sistema foi criado para ser, em sua base primária, tático. Só poderei controlar armamentos se meus administradores ordenarem para proteção própria. Nunca em extermínio de massa populacional.

— Melhor assim.

— Temos que dar um nome para ela, chefes. É a última etapa para encerrar a configuração de uso.

Isadora fez um gesto com a mão, concedendo a honraria para Helena.

— Eu dei o nome da equipe. Dê o nome para a IA. Você ama coisas gregas.

— Dessa vez, vou dar um nome de deusa diferente.

— Espere.

Margot abriu uma das Janelas em 3D e puxou um teclado virtual em que digitou um código.

— Pode falar o nome agora. – A agente autorizou.

— Seu nome será Annan.

— Obrigada, chefe Helena, gostei muito de meu nome. É uma deusa Céltica, não é?

— É sim, Annan. 

— Travando configurações. 

A IA declarou e todo o sistema entrou em modo suspenso. Levou menos de dois segundos para que retornasse e as imagens 3D voltassem a encher o centro da sala. 

— Annan, você consegue mostrar todo o relevo da ilha?

— Consigo sim, chefe Isadora. 

Uma grande tela se abriu, mostrando a ilha como um todo. Podiam manipular a imagem, que era mostrada em 3D, para verem cada canto da ilha. Podiam, também, ampliá-la para ver um ponto específico. Todavia, não conseguiriam aproximar muito. As imagens eram geradas por satélite, o que era um limitador em áreas cobertas por árvores ou construções. 

— Deus! Essa ilha é maior do que eu imaginava.

— O pior não é isso, Margot. Veja do lado oposto de onde estamos.  Tem outra instalação com campo de pouso. 

Margot abriu a imagem, aproximando da região. Era um complexo militar. 

— Por que ainda estamos aqui? – A pergunta de Datrea que entrava na sala naquele momento, ecoou nas mentes das outras agentes. – Eles não estão contando tudo para nós. 

— É, não estão contando tudo. Mas vou descobrir, tenha certeza.

— Se eles não chegarem com as novas agentes ainda hoje, faremos uma reunião. Não deixarei as meninas às cegas. Elas têm o direito de saber no que estão se metendo.

A declaração de Isadora veio com um olhar de desafio para sua antiga mentora.

— Não discordo de você, Isa… pelo menos, não mais. Essa situação está muito insólita e perigosa.

— Quem começa a achar que Jacque está certa, sou eu. Parece que estamos sendo testadas, ou que nos colocaram numa missão às cegas. 

— Eles realmente nos colocaram numa missão às cegas, Datrea. 

Helena se virou irada e, antes de sair, falou:

— Convoque todo mundo para a noite. Se conheço Henrique, não virá com nosso reforço hoje. Faremos essa reunião.

Ela saiu a passos firmes e Isadora permaneceu.

— Annan, quero que monitore toda a ilha e arredores, num raio de um quilômetro no céu ou mar. Quero que sejamos avisadas de qualquer ser humano que se aproximar da enseada.  

Sem problemas, chefe Isadora. Iniciando monitoramento.

A chefe da equipe se dirigiu às agentes de TI. 

— Temos como bloquear e rastrear qualquer tipo de invasão à nossa comunicação? Quero tudo bloqueado e somente liberado se formos nós a fazer. 

— Posso fazer isso, chefe Isadora. 

Annan respondeu e Isadora coçou a cabeça. Particularmente, achava invasivo o tipo de relação com IAs. Contudo, naquele momento até parecia algo bom.

— Então faça, Annan. As transmissões internas de nossa equipe só poderão ser ouvidas por nossa equipe. Bloqueie qualquer sinal vindo de fora, a não ser que alguma de nós saia do complexo.

Compreendo. Distinguirei os sinais de transmissão. Farei uma banda exclusiva para a equipe Hiena. 

A expressão do rosto de Isadora era enigmática. Margot e Datrea não conseguiram definir se ela gostara ou não da resolução da IA.

— Quando teremos nossa comunicação?

— É só colocar o ponto auricular. Nossas comunicações já estão em funcionamento. Inclusive, Helena já está com o dela.

A chefe de equipe saiu calada, indo a procura da agente sênior. Tocou no ponto auricular.

— Helena. – chamou a chefe sênior. 

O que foi?

Ouviu a resposta seca.

— Onde está? Precisamos conversar.

— Estou indo para o meu bangalô. As meninas já estão executando as tarefas para ficarmos conectadas e preciso pensar. Me encontre lá.

— Ok.

A agente parou para limpar o suor da testa. Estava sol e muito calor, apesar da brisa que corria constantemente pela enseada. Ela olhou entre os bangalôs e os coqueiros que se espalhavam pela propriedade para dar sombra aos aposentos e viu o mar verde-azulado translúcido. Era uma paisagem magnífica. Passou o olhar por todo o resort, até onde seus olhos alcançavam.

Se não estivesse trabalhando, seria um local maravilhoso…

Pensou também que poderiam assumir roupas mais leves se estivessem de ronda e não as roupas camufladas que assumiam comumente em missões ofensivas. Chegou na construção dos bangalôs geminados em que ela e Helena estavam. Bateu à porta da companheira de campanha.

— Entra!

Isadora entrou de pronto.

— Helena, você não pod…

Ela interrompeu a fala e fechou a porta atrás de si rapidamente. Helena estava nua, testando a temperatura da água da banheira, que enchia. Em todos os bangalôs existia uma hidromassagem no canto do quarto.

— O que estava falando, Isa?

A chefe sênior perguntou sem se virar para a parceira de comando.

— É… Bem é que… – Isadora inspirou, ligeiramente. – É que não podemos largar as meninas sem orientação.

— Não estamos largando ninguém sem orientação, Isa. – Ela não se virou para conversar com a outra chefe, continuava a testar a água para regular a temperatura. – Elas estão fazendo o que pedimos ontem. Só quero pensar, pois entramos numa enrascada, você sabe…

Isadora olhou para o lado, tentando não se distrair. Era incontestável que a outra mexia intensamente com seus sentimentos. Apesar de ser praticamente inabalável nessas situações com qualquer outra pessoa, Helena era seu ponto fraco. Havia uma fresta na cortina da porta de vidro, a porta principal do bangalô, onde ela pôde refugiar seu olhar, apreciando a calmaria do mar.

— Nós não nos enfiamos numa enrascada, a nossa própria agência nos enfiou e considero isso uma traição. Por nossos contratos, podemos renunciar e dar o fora daqui.

— Não podemos, não.

Com a afirmativa, Helena chamou a atenção da parceira de chefia para si. Ela já estava na banheira, coberta por espuma. Melhor para Isadora, que conseguiu se concentrar na conversa.

— É claro que podemos, pois…

— Não podemos, Isa! Não seja teimosa. Todas as vezes que renovo contrato, leio com muita atenção, pois não confio que eles sejam sempre iguais. Os dois últimos contratos que assinamos, tem uma cláusula que nos pune com dispensa definitiva se, no meio de uma missão aceita, desistirmos.

— E não tem nenhum parágrafo que fale sobre eles mentirem para aceitarmos as missões?

— Tem, mas não após o aceite. 

— Então, posso ser dispensada. Não vou encarar algo que já começou errado, só porque posso perder o emprego. Talvez esteja na hora de me aposentar! 

A agente respondeu raivosa, passando a mão pelos fios espetados de cabelo, deslizando a mão até o pescoço, onde fez uma ligeira massagem para dissipar a ira e a tensão.

— Você está muito contrariada, Isa. 

— E você não está?

Helena silenciou, fitando Isadora. Seu rosto não transmitia transtorno, e sim, decepção. 

— Foram anos dedicados a esse trabalho. Não quero deixar que novos idiotas, que integram a cúpula da Agência hoje, estraguem tudo. Por que acha que vim para cá, me refugiar, sendo que nossas agentes estão lá fora trabalhando para mais uma missão? – Seu rosto mostrava cansaço, mas não um cansaço físico. – Eu quero sair dessa cilada, Isa, mas acima de tudo, quero sacanear quem meteu a gente nisso e vou descobrir quem foi. Depois penso em me desligar dessa porra!

— Entendo… – Isadora ponderou sobre o que a agente sênior falou. – Tô dentro. Vamos descobrir quem são os cornos e o que tramam. Depois a gente acaba com essa brincadeirinha deles. 

As duas se entreolharam com a fisionomia sorridente, aceitando o destino que as reuniu, outra vez. Selaram um pacto mudo de confiança.

— Tira a roupa e entra aqui. Relaxa um pouco e vamos elaborar nossa estratégia. Não confio em IAs, mas talvez a Annan seja uma vantagem tremenda para nós.

Não houve constrangimento. Isadora tirou a roupa e dobrou sobre a cama. Entrou na hidromassagem no lado oposto, deitando-se de frente a outra chefe. A espuma a engoliu e ela se ajeitou para ficar mais confortável.

— O que está pensando?

— Me fale você primeiro, Isa. Não acredito que não pensou em diversas saídas. Se o que propôr for melhor que o meu, aceito de bom grado.

— Temos poucas pessoas em que confiamos. Quem chegar agora, podemos colocar somente na proteção da enseada e da equipe de filmagem. Não sabemos quem estará de conluio com a Agência.

— Concordo. Continue…

— Eu tenho duas boas mergulhadoras de profundidade. Uma delas é excelente…

— Ok. Tenho uma excelente também. Sabemos que todas nós somos treinadas para essa tarefa, mas essa de que falo é muito boa mesmo.

— Vi dois cais nas extremidades da Ilha, com lanchas atracadas. Podemos colocar duas lanchas, vasculhando o perímetro e ver o que conseguimos fazer de barreiras náuticas. 

— Pensei o mesmo. 

— Está concordando com tudo?

— Fazer o quê? Você não falou nada incorreto. Eles também pensarão que faremos isso. É o básico de proteção.

— Sim. Mas não falei meu plano inteiro, Helena. 

— E qual o seu plano inteiro?

— Bem, isso vamos ver depois que eu estiver bem relaxada. Se ainda quiser escutar…

Isadora não se fez de rogada. Deslizou até seu corpo e cobriu o da chefe sênior.

— Podemos relaxar?

Perguntou, e antes de qualquer resposta avançou sobre o pescoço da outra, beijando vorazmente. Foi impossível para Helena resistir a algo que já almejava e planejara que ocorresse entre elas. Sabia que Isadora tinha percebido sua artimanha, mas não se importava, pois ela desejava estar exatamente ali. A conexão sempre foi arrebatadora entre elas.



Notas:

Olá!

Bem, atrasei o capítulo da semana, mas tentarei acertar a postagem. Entre quinta e sexta-feira pretendo postar mais um.

Bom restinho de domingo para tod@s!

 




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3 Respostas para Capítulo 5 – Inteligência Artificial

  1. Biii,
    que porra de capítulo foda!! Olha a ação chegando… já tamos montando esquelas…
    Tinha que Ter una IA, n?!! Tava com saudades desde Freya!!!
    Olha onde se meteram essas duas e sua equipe…esse outro campo… terá outra equipe?!! Curiosíssimaa!!! Lerei o próximo depois…mas, como siempre, vc fez un capítulo foda e o final radiante!!!
    Beijos e tenha vc e sua esposa um lindo feriado!!!

  2. Entre desejos e articulações, essa dupla se encaixa muito bem por sinal.

    Uma boa semana pra vc e sua família Carol!

    Beijos 😘

    • Oi, Blackrose!
      Desculpa não responder quando poistei, mas é que estava com meu sobrinho e a filhinha dele aqui em casa.
      Sim, elas se encaixam, mas ainda terá muita bagunça pra acontecer na missão. rsrs
      Brigadão, Blackrose!
      Um beijão e excelente domingo pra você!

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