Argentum

Capítulo 75

Maia estava saindo do quarto quando viu Alicia terminar de subir as escadas. A veterinária usava uma calça jeans preta, as mesmas botas e jaqueta do dia anterior e uma camisa de botões e que parecia xadrez, mas era tinha apenas linhas verticais em sequência, branca, dois tons de vermelho e preto cruzadas por poucas e espaçadas linhas horizontais pretas. Por baixo ela parecia estar usando uma blusa preta. Maia trajava um jeans azul, suas botas de cano alto, um casaco de lã com gola alta e mangas compridas por baixo de uma fina jaqueta jeans.

Elas caminharam até se encontrarem na metade do corredor, as mãos da mais velha foram para a cintura da menor com elas se aproximando mais. Maia ergueu o rosto com um sorriso para beijar os lábios da veterinária antes delas se afastarem um pouco. Alicia ofereceu o braço para que Maia se apoiasse e elas seguiram juntas em direção às escadas.

– Já havia descido? – a mais nova perguntou enquanto caminhavam.

– Fui só ver como estava nosso café e falar com Eduardo – a veterinária respondeu com um sorriso discreto.

– Porque acho que você está tramando algo? – Maia perguntou com um tom desconfiado, mas sorrindo.

– Talvez porque eu realmente esteja – admitiu Alicia logo antes delas terminarem de descer os degraus – Apenas confie em mim, preparei algumas coisas para nosso dia – falou ela com um sorriso largo conduzindo Maia para a sala de jantar onde a mesa do café já estava posta.

Tudo estava posto sobre a mesa e elas apenas se sentaram para começar a comer. A refeição foi feita entre sorrisos e pequenos carinhos que pareciam discretos para ambas, mas que eram muito claros para qualquer um que olhasse. As duas acabaram não demorando muito para comer e logo se levantaram. Alicia disse que tinham que ir para o pavilhão de baias e Maia começou a suspeitar do que a veterinária estava planejando fazer.

– Vamos voltar as minhas aulas? – perguntou Maia quando as duas estavam atravessando o longo corredor do pavilhão a passos lentos.

– Também – sorriu Alicia e elas chegaram ao final do corredor saindo do pavilhão para encontrarem Eduardo terminando de selar Angel já dentro do redondel – Vamos começar com isso e depois um pequeno passeio na hora do almoço – contou a veterinária abrindo o portão do redondel e entrando junto de Maia.

– Bom dia, senhorita Maia – falou Eduardo notando as duas e se afastando de Angel.

– Bom dia, Eduardo – Maia respondeu ao rapaz ainda sorrindo por conta dos planos de Alicia.

– Obrigada pela ajuda Eduardo – disse a veterinária enquanto levava Maia para mais perto do animal – Pode deixar que eu cuido de tudo agora. Sei que você tinha coisas a fazer.

– Se precisarem de algo eu vou estar no pavilhão – ele disse sorridente enquanto se afastava de Angel – Vou trazer Lua e Argentum dos piquetes depois do almoço. Provavelmente deixarei os dois aqui mesmo – ele avisou passando por elas.

– Obrigada Eduardo – Alicia agradeceu enquanto o rapaz saia do redondel e então se virou para Maia que observava as expressões dela – O que foi? – a veterinária perguntou em voz baixa ao notar os olhos verdes fixos em si.

– Nada, apenas admirando – ela respondeu se aproximando mais e erguendo o rosto para colocar seus lábios o mais perto possível dos da maior.

Alicia sorriu antes de inclinar levemente a cabeça para cobrir a pequena distância restante e as duas fecharam os olhos ao mesmo tempo enquanto seus lábios se acariciavam num toque gentil e delicado. Ao se afastarem Alicia trouxe Maia para mais perto de Angel e elas começaram todo o mesmo ritual de se aproximarem da égua para que Maia se sentisse mais confortável quando fosse subir. Alguns minutos depois Alicia incentivou Maia a subir sozinha. O banco da última vez foi posicionado ao lado de Angel e Alicia segurou as rédeas ao mesmo tempo em que dava apoio para a menor se equilibrar sobre o banco.

– Se lembra da última vez que fez isso? – perguntou a veterinária com um sorriso e viu a mais nova concordar – Então apenas repita. Vou estar aqui para te segurar se preciso.

Maia só concordou com a cabeça outra vez e se preparou posicionando as mãos sobre a cela. Depois de duas tentativas falhas ela conseguiu subir e Alicia sorriu entregando as rédeas nas mãos dela e afastando o banco. Ela deixou Angel solta e a égua deu alguns passos, mas Alicia voltou e segurou a guia de Angel. Primeiro ela repassou todos os comandos para Maia. Depois deixou a dona do Rancho tentar faze-los enquanto segurava a guia. Vários minutos se passaram e Alicia decidiu que Maia deveria tentar um passo lento sozinha e colocou a guia sobre o pescoço de Angel deixando Maia a controlar a égua sozinha.

A mais nova começou a se sentir mais confortável com alguns minutos, mas não teve confiança de acelerar o passo de Angel. Quase uma hora depois de terem começado Alicia se aproximou pedindo para Maia levar Angel até a cerca do redondel e descer para descansar um pouco as pernas. O banco de antes estava posicionado fora do redondel e Alicia fez a mais nova se sentar ali. Depois a veterinária voltou para conduzir a égua para fora do redondel também.

– Eu vou até a cozinha e volto logo, ok? – avisou Alicia após Maia se sentar – Enquanto isso você descansa um pouco.

– Até a cozinha? – perguntou a menor confusa encarando a veterinária com um olhar duvidoso e vendo um discreto sorriso preencher os cantos dos lábios dela.

– Não se preocupe, só vou buscar algo que pedi para Antonieta deixar preparado – disse a maior sorrindo – Enquanto isso você me espera aqui, certo?

– Para onde mais eu iria, hein? – questionou a menor rolando os olhos, mas com um sorriso divertido.

Alicia riu baixo e se inclinou deixando um beijo na testa da dona do Rancho antes de sair de perto dela apressando-se pelo corredor. Os olhos verdes acompanharam o movimento da outra e, quando ela subiu nas sobras do corredor, Maia voltou a olhar para o redondel vendo Angel presa do lado de fora, próximo a porta, perto de um bebedouro. Muitos minutos depois e Maia já estava se preparando para se levantar e ir atrás de Alicia quando viu a sombra da veterinária surgir pelo corredor das baias. Ela trazia uma cesta nas mãos e se aproximava a passos longos e rápidos.

– Desculpe a demora – ela disse com um suspiro um tanto cansado, provavelmente por ter andado muito rápido ou corrido um pouco para voltar.

– Aconteceu algo? – questionou Maia preocupada vendo a expressão séria e um tanto preocupada.

– Posso até dizer que aconteceu, mas vamos falar disso em outro lugar, não quero que nos atrasemos – disse Alicia soltando um longo suspiro e estendendo a mão para que Maia se levantasse do banco.

– Para onde estamos indo? – a dona do Rancho perguntou depois de se levantar e notar que a mais velha deixou-a se apoiando na cerca do redondel e pegou sua muleta legando-a para dentro do pavilhão antes de voltar ainda com a cesta nas mãos e oferecer o braço para Maia se apoiar.

– Você vai ver logo – afirmou Alicia conduzindo-a para próximo de Angel e pedindo que ela se apoiasse na égua e deixando a cesta no chão para ir buscar o banco – Primeiro tem que subir em Angel de novo.

Maia até teve vontade de questionar alicia até que ela lhe contasse o que estava acontecendo, para onde iam e o porque da veterinária continuar com uma expressão pensativa, mas decidiu apenas seguir os planos e obedecer por enquanto. Perguntaria depois. Assim que ela conseguiu voltar para a cela Alicia lhe pediu para segurar a cesta a sua frente. Maia viu ela afastar o banco e voltar para perto do animal, a veterinária colocou a mão por baixo da cesta para segurar as rédeas e apoiar sua mão sobre o pescoço de Angel sua outra mão se posicionou na parte de trás da cela e antes que Maia notasse a veterinária já havia posicionado o pé esquerdo no estribo e subido sobre a égua as suas costas.

– Invejo a sua facilidade em montar um cavalo – falou Maia ainda admirada e ouviu o riso divertido da mais velha.

– Me passe a cesta, vou prender ela na parte de trás da cela – disse a veterinária e sentiu Maia soltar a cesta puxando-a da frente da menor.

Maia sentiu a movimentação da veterinária a suas costas e tentou olhar por sobre o ombro, mas como seus pés não estavam apoiados no estribo ela não se sentiu segura em se movimentar muito. Alicia conseguiu prender a cesta com algumas cordinhas que tinha colocado no bolso e ajeitou tudo para que não perdessem o conteúdo do interior. Depois se virou para frente agarrando as rédeas que estavam apoiadas na cabeça da cela. Os braços maiores rodearam a cintura da menor e Maia ficou um tanto sem jeito de onde apoiar as mãos para se segurar.

– Segure as celas comigo – pediu a veterinária notando a confusão da menor – Coloque suas mãos sobre as minhas e apenas siga os movimentos que eu fizer. Primeiro vamos fazer Angel andar, consegue fazer isso sem estar apoiada nos estribos?

– Eu acho que não – reconheceu a menor receosa em tentar e Alicia pediu que ela tentasse mesmo assim afirmando que ela poderia se considerar muito mais segura pois ela a manteria sobre a cela caso ela se desequilibrasse; quando conseguiu e Angel começou a dar pequenos passos Maia riu baixinho – É muito estranho não estar com os pés nos estribos – afirmou ela logo em seguida.

– Eu sei – Alicia sorriu –Mas não se preocupe que eu vou segurar você. Apenas mantenha seu corpo relaxado e as pernas bem próximas do corpo de Angel. O resto pode deixar comigo.

Por alguns minutos elas percorreram as redondezas do pavilhão de baias indo em direção a uma porteira que estava aberta. Alicia fez Angel passar por ela e as três saíram num pasto amplo de um piquete maior onde, ao longe, elas puderam ver alguns cavalos mais ao longe. Alicia passou Angel do passo ao trote causando um pequeno susto em Maia com o pequeno aumento da velocidade. Alicia riu, mas confortou a menor beijando o ombro da mesma e segurando as rédeas com uma única mão para abraçar a cintura da menor com o braço esquerdo.

Maia acompanhou o movimento colocando sua mão esquerda sobre a da veterinária e manteve a direita segurando o pulso de Alicia. Estavam muito próximas uma da outra, as costas de Maia se pressionavam contra o corpo de Alicia. A dona do Rancho sentiu seu corpo começar a relaxar com o calor de Alicia esquentando suas costas e com algum tempo ela não se sentiu mais desconfortável com o trote.

– O que aconteceu enquanto você foi até a cozinha? – ela questionou fechando os olhos verdes e se aconchegando ao corpo da veterinária.

Alicia fez uma longa pausa. Tão longa que Maia abriu os olhos e olhou para trás tentando ver a expressão dela. Naquele momento elas chegavam perto de outra porteira que a veterinária teria de abrir. Pediu para Maia segurar as rédeas com as duas mãos e se segurou na cela para se inclinar para baixo e abrir a trava da porteira. A mais nova ficou tensa, mas veterinária sorriu garantindo que ela tinha prática naquilo e que não iria cair. Depois de passarem pela porteira, fechando-a também, elas saíram no que parecia um corredor para passagem de veículos.

Angel voltou ao trote a beirada da estradinha e Alicia voltou a segurar as rédeas com uma mão e a cintura da namorada com a outra. Maia estava quase desistindo de ter resposta quando a voz da maior soou em tom baixo perto de seu ouvido.

– Foi uma conversa – disse ela baixinho soltando um suspiro curto, mas profundo – Quando cheguei na cozinha Antonieta estava sentada me esperando sozinha. Ela me fez algumas perguntas a respeito da nossa proximidade. Eu não senti nenhuma inquisição pesada dela sobre, era mais preocupação principalmente com você – contou a veterinária com um tom pensativo – Ela me falou que não entendia muito bem como funcionavam as coisas entre os jovens. Nessa hora eu pensei que talvez Carlos não houvesse dito nada para ninguém e, aparentemente era o caso. Eu perguntei ao que ela estava se referindo. Queria ter alguma certeza do rumo em que aquela conversa estava tomando antes de dizer alguma coisa. Ela me encarou, mas antes que ela conseguisse dizer algo Carlos entrou na cozinha e parou nos encarando meio confuso. Antonieta parece que não se importou com a presença dele e voltou a me olhar – falou e fez uma pausa.

– O que ela disse? – Maia questionou antes que a pausa de Alicia se tornasse muito longa.

– Ela me encarou tão seriamente que eu até me assustei – contou Alicia soltando um longo suspiro como que se recordando da cena – Depois perguntou o que eu estava pretendendo me aproximando tanto de você. Porque, segundo ela, a nossa aproximação estava sendo um tanto estranha para se dizer que era apenas uma amizade – Maia arregalou os olhos, mas ficou curiosa com qual teria sido a resposta da veterinária – Carlos chamou-a num tom sério, preocupado e repreensivo, mas ela só o olhou e ele se calou, mas veio para o meu lado esperando minha resposta.

– E você disse que? – Maia incentivou antes que Alicia fizesse qualquer pausa, estava curiosa demais para esperar um segundo que fosse.

– Falei que no começo nos aproximamos porque sentimos uma ligação muito forte entre nós – falou a veterinária, os olhos castanhos perdidos ao longe na estrada – Então disse que com o tempo foi impossível que não me aproximasse mais de você. Porque vi a pessoa incrível que você é. Ela me interrompeu dizendo que eu tinha razão nisso. Que ela já tinha por você um carinho imenso por tudo o que você fez pelo Rancho e pelas pessoas que trabalham aqui. Me falou que só a sua presença já parecia ter trazido uma nova vida a esse lugar, um novo ânimo. E que não queria que eu fizesse algo impensado que pudesse causar algum mal a você. Carlos tentou falar algo de novo, acho que em minha defesa, mas eu o impedi. Então fui a mais sincera possível com Antonieta – a veterinária parou a frase e Maia sentiu o aperto em sua cintura se tornar mais forte e firme e o rosto da maior se apoiar em seu pescoço antes que ela continuasse – Disse que não sabia se ela seria capaz de entender ou aceitar, pedi que antes de tudo tivesse respeito por nós duas. Então contei que eu, mais do que qualquer outro, já estava encantada e completamente apaixonada pela pessoa maravilhosa e incrível que você era. E falei que com o tempo em que pude conviver contigo foi impossível não me apaixonar pelo teu jeito de ser e dever o mundo. Disse a ela que essa minha paixão por ti cresceu além de apenas uma admiração e que eu passei a realmente te amar, além da amizade.

– Como Antonieta reagiu? – Maia perguntou soltando o pulso direito de Alicia e levando a mão até o rosto da mais velha que estava sobre seu ombro direito.

– Pareceu bem surpresa com o que eu disse, mas depois de alguns segundos foi como se eu visse algum reconhecimento nos olhos dela. Como se ela já tivesse cogitado aquela possibilidade antes mesmo de vir falar comigo. Eu disse também que a poucos dias havia me declarado e te pedido em namoro. Falei que aceitou meu pedido e disse que não iriamos esconder nosso relacionamento de ninguém. Pedi que aceitassem isso sem alardes porque não iriamos tolerar falta de respeito de ninguém porque, apesar de tudo, era um assunto muito particular nosso. Disse que exatamente por isso não temos pretensão nenhuma de fazer algum anúncio sobre nosso namoro. Carlos ficou realmente impressionado de novo com a firmeza com que disse isso, igual ficou quando te ouviu falar – comentou a maior com um sorriso divertido e virando o rosto para deixar um beijo atrás da orelha da mais nova.

– O que mais aconteceu? – Maia quis saber, apesar de já estar sorrindo ao ouvir como Alicia havia se posicionado sobre elas, mesmo sabendo o apego que a veterinária tinha com Antonieta.

– Dona Antonieta conseguiu deixar eu e o filho de queixos caídos – falou Alicia rindo baixinho – Ela se aproximou de mim, apontou o dedo para meu peito e falou bem séria: É bom que não esteja brincando com a menina Maia, ela pode não ter mais uma mãe, mas se for preciso farei o papel, então é bom que você tenha absoluta certeza do que sente – a veterinária disse num tom mais sério como se imitando Antonieta e depois soltou outro riso – Eu posso até rir agora, mas na hora arregalei os olhos meio assustada. Tudo o que consegui dizer foi que tinha certeza absoluta dos meus sentimentos e que faria qualquer coisa por ti, absolutamente qualquer coisa, para te ver sorrir e te deixar feliz. Antonieta continuou séria, mas balançou a cabeça em concordância e me deu as costas, mas antes de me mandar levar a cesta disse que não compreendia um relacionamento como o nosso, mas que se eu te amava e você retribuía ela não falaria nada, principalmente depois de ver como tu tens estado mais alegre e sorridente desde que tem passado mais tempo comigo. Confesso que me senti tentada a pedir permissão dela para continuar nosso namoro – brincou Alicia no final do relato.

– Aposto que Carlos ficou um tanto embasbacado com a reação da mãe – falou Maia rindo e teve a afirmação de sua hipótese quando a veterinária gargalhou, a menor então girou um pouco o tronco encarando Alicia por sobre o ombro direito – Fico muito feliz que você tenha se posicionado tão firme quanto ao nosso relacionamento – ela falou em tom sério que fez o riso da maior cessar.

A veterinária encarou os olhos verdes com carinho e devoção antes de sorrir e diminuir o trote de Angel para um passo mais lento. Ela então aproximou os lábios da menor capturando o inferior entre os seus num beijo calmo e lento.

– Eu não pretendo deixar que nada nem ninguém coloque dúvidas ou incertezas no nosso namoro. Te amo e não sairei do teu lado por nada – sussurrou a veterinária antes de beijar de novo os lábios da mais nova de uma forma tão lenta quanto a primeira, mas muito mais longa e demorada.

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Antes de tudo, desculpem a demora!!!
Esse cap vai para a leitora Letícia: Feliz Aniversário atrasado moça. Muitas felicidades, espero que teu sábado tenha sido incrível =]

Agora uma pequena explicação. Eu não pude terminar esse capítulo ontem porque tive uma séria crise de dor de dente >< Táva ruim até para pensar ontem, então me perdoem por ter deixado pra última hora e não ter terminado o capítulo a tempo.
Pensem no tamanho dele como recompensa ok? kkkk Pra valer a pena a espera =P

Beijinhos e até o próximo (Fim de semana tbm gente, mas se for atrasar tento avisar no Twitter e no grupo do Whats pra quem está lá).

;]

PS: Me perdoem qualquer erro, eu terminei esse capítulo a alguns minutos e, bem, pelo tamanho dele vocês já devem imaginar que eu não atualizaria hoje se fosse parar para corrigir =P



Notas:



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