As Peças do Jogo

Capítulo 7 – O Rosto da Morte e da Vida

As Peças do Jogo

Texto: Carolina Bivard

Revisão: Isie Lobo e Nefer

Ilustração: Táttah Nascimento

  • Modificações foram feitas na ilustração para se adequar ao padrão de tamanho do site, eximindo a ilustradora de qualquer distorção da imagem.

 

Capítulo 7 – O Rosto da Morte e da Vida

Mirou atentamente os olhos de sua amada. Estavam abrumados numa expressão suave e amorosa. A seus olhos, aquela mulher era a mais encantadora e mais sensual que algum dia teve o prazer de ter em seus braços. Era compreensível as reações de seu corpo diante dela. Se isto era algum encantamento, não se importava. A queria, e com ela, tudo que pudesse oferecer para si e, se este ato era um ritual, não seria ela a negar. Enquanto escutava os relatos, apesar de tomar-lhe a atenção, conseguia sentir o corpo caloroso embaixo do seu, e o seu próprio corpo reagia a este ardor. Era inexplicável. Tentador e delicioso.

Tomou-lhe a boca num beijo ardente e libidinoso. Os movimentos se intensificaram e Amarylis, num gesto impetuoso, arrancou-lhe o colete, arrebentando todos os botões numa fúria incontida. Agora sim. A alcaidessa olhava o dorso nu, que não foi possível ver da primeira vez e nem se permitiu no ritual da água. Era o que mais queria. Seus pensamentos desordenaram, mirando os seios firmes, de auréolas pequenas e marrons. Aguou a boca e engoliu a saliva formada, abundantemente pela visão.

— Toma.

Ofereceu Vária, sentindo suas entranhas contraírem diante da ação intempestiva da outra. Regozijou-se pelos seus seios serem sugados com força e a dor não lhe impediu o desejo, que se mostrou pelo líquido quente escorrendo através de seu sexo.

Livraram-se, rapidamente, das roupas intrusas. Queriam mais. Queriam se sentir na plenitude de suas peles em contato. Os corpos se uniram e a sensação de cada parte do corpo era percebida sob os toques. Vária era acostumada a dominar o ato, sempre. Incrivelmente, esta mulher lhe dava a confiança absoluta de que poderia se dar, sem qualquer intimidação. Permitiu-se ser tocada e apreciar cada contato. Dedos passeavam pelo abdômen, eriçando sua pele.

– Você é linda, Vária… É maravilhosa…

O sussurro chegou através da boca rubra e carnuda que abarcou seu lóbulo, sugando suave. O gemido de Vária alcançou o ar e, novamente, se molhava pelo estímulo da língua de Amarylis, que resvalava pelo seu ouvido.

– Você me fez sua. Quero que seja minha.

– Me ame do jeito que tiver vontade. – Respondeu.

“Eu nunca me arrependi de nada e não será agora que acontecerá. ” – Pensou.

Amarylis desceu por seu corpo, em beijos molhados, degustando cada parte daquela que fazia a felicidade de sua alma. Se ateve ao pescoço e seios. Sentia cada toque de seus lábios, estremecerem o corpo da mulher maior. Passou a língua pelos mamilos eriçados, mordeu levemente e, no gemido proferido pela sua cativa-amada, derramou o liquido que lhe molhou as coxas. Tentou se conter, inutilmente, em seu desejo. Queria presentear aquela mulher que gemia com seu amor, mas traía a si mesma, quando lamentava a excitação que sentia ao tatear aquele corpo.

– Ah! Amarylis…

Mais uma lamúria proferida por Vária numa voz rouca e tomada de desejo, quando Amarylis resvalou a língua, regada, pelas dobras molhadas da morena de olhos negros.

– Ahh! Gostoso…

Sugou sedenta e resvalou, novamente, a língua chegando ao bulbo de nervos hirto. Vária agarrou-lhe os cabelos, contraindo o corpo pelo gostoso estímulo, elevando-a em frenesi. Foi assaltada por dedos sequiosos que invadiram seu íntimo, fazendo-a urrar de prazer. A boca quente ainda lhe atormentava, dividindo espaço com os dígitos que se moviam cadenciados. O ritmo aumentou e ela se viu pega de surpresa, numa descarga tão forte, sentida em todo seu corpo, que lhe assustou. Outro som alto ecoou no ambiente. Vária desfaleceu, suada, sobre os lençóis de textura suave. O corpo lasso, sentiu o peso do outro corpo galgar o espaço ao lado e os lábios foram tomados num beijo delicado, onde ela podia sentir o próprio gosto. Abriu devagar os olhos, para vislumbrar o sorriso mais lindo que teve o prazer de apreciar. Percebeu que uma luz as envolvia, novamente.

– Vai ser sempre assim? – Sorriu ao perguntar.

– Assim como?

– Com essa luz nos envolvendo.

Amarylis gargalhou da observação da outra.

– Não sei, Vária. Nunca estive com a minha alma. Bem, pelo menos não estive nesta vida.

Respondeu alegre, sendo pega de surpresa por sua companheira brincalhona, que a derrubou de bruços sobre a cama.

– Então, vamos nos certificar.

Falou Vária, se apoderando do corpo menor, mantendo-o preso entre ela e o colchão macio. Moveu o corpo devagar, encaixando seu sexo sobre os glúteos da alcaidessa. Esta afastou as coxas para sentir melhor sua amante roçar sua pele. Outra vez, os corpos se aqueciam e os gemidos se intensificavam, na dança gostosa que lhe tomavam o ser. Amarylis jogou o quadril para trás, se apoiando nos cotovelos, mostrando de forma silente que Vária poderia lhe tomar do jeito que quisesse. A excitação dela beirava a histeria, desde que tinha amado o corpo daquela mulher de formas musculosas. O desatino tomou Vária por completo, ao contemplar a amante naquela posição. Cingiu o quadril ofertado, aproximando de sua pelve e sem qualquer rebuscamento, alcançou com a mão o sexo pulsante que se descortinava para ela. Seus dedos deslizavam, sem dificuldade, nas dobras molhadas de sua amante.

– Vária… Vária…

As palavras desconexas saíam da boca de Amarylis pelo tanto de desejo que a alcaidessa se encontrava. A guarda-costas resvalou os dígitos para o interior, sentindo o calor latente que abarcava seus dedos. Gemeu alto. As duas gemeram.

Vária não se conteve, pensando no oferecimento de sua amada. Colheu com a outra mão o líquido viscoso que escorria abundante entre as dobras, à sua frente. Penetrou a abertura rugosa delicadamente, enquanto movia com a outra mão dentro cavidade lubrificada. Os corpos se moveram num sincronismo absoluto, na ânsia de alcançarem o êxtase. Amarylis urrou no gozo, rendida, na satisfação de seu prazer. Caiu sobre a cama sem forças. Parecia que seu mundo interior havia alterado. Entrou em uma bruma de devaneios e se viu num mundo sem nada.

“ – Amarylis… Amarylis!

A voz era de um homem mais velho. Ela não o conhecia.

– Quem é você? O que está fazendo aqui? Ou melhor, que lugar é esse?

O homem sorriu. Tinha um semblante sereno.

– Este é o verdadeiro Darvar, Amarylis. Você não me conhece, mas conhece minha história. Meu nome é Abbab Habibed.

Ela assentiu. Estava com seu tetravô no paraíso dos mortos, em Darvar.

– Apenas escute. Não tenho muito tempo com você. O “Princípio” se fez com nosso sangue. Você enfrentará uma dúvida, pois caiu do trono da nossa cidade, através do seu sangue e só através dele poderá vencer!”

– Amarylis… Amarylis!

A alcaidessa acordou, desnorteada pelo devaneio. Apertou os olhos para focar quem lhe chamava.

– Tudo bem… Estou bem.

– Pelos deuses, Amarylis! Me assustou como o inferno!

A alcaidessa sorriu, imaginando o desespero de sua amante com seu desligamento do corpo.

– Qual a cor estava a luz que nos envolvia?

– O quê?!

****

Estavam no meio da manhã, quando chegaram à beira da muralha da “Cidade do Princípio”. Amarylis e Vária, acompanhadas de trinta pessoas que formavam seu pequeno exército, se colocaram diante da muralha do palácio, que era protegido por um exército de centenas de guardas. Vária olhava e, misteriosamente, não sentia qualquer medo ao lado de Amarylis e seus seguidores. Esta batalha não seria ganha com armas comuns, embora as tivessem usando. Tudo era uma questão de força energética e magia. Confiava em sua Dáma, sua amante e mulher. Olhou para o alto da torre e lá estava ele. Trevor se colocara o mais distante possível, admirando seu império e seu exército.

Covarde! – Pensou – Não tem coragem nem de enfrentar um punhado do que ele julga como proscritos!”

 – Ele não descerá, Amarylis.

– Então, vamos subir. Ele tem uma proteção mágica que impede que eu nos transporte para dentro. Minha luta será para derrubar essa barreira. Se eu a derrubar, acabo com seu exército. – Um sinistro sorriso bordou seus lábios. – Lembre-se, Vária. “Eu sou a Senhora da Destruição”.

O som das suas palavras ecoou pelo ar. Um halo negro contornou os orbes de seus olhos e uma luz verde-claro começou a expandir de seu corpo, irradiando e envolvendo cada guerreiro que lhe acompanhava. Enlaçou a mão direita de Vária e ergueu a outra, apontando em direção ao castelo.

Vária não entendeu o que Amarylis fazia, mas sentiu seu corpo aquecer e sua mão, ligada à outra, ficar dormente. Ao mesmo tempo que sentia uma energia esvair-se através de sua mão entrelaçada a da amante, seu corpo recarregava pela luz do sol escaldante, que derramava seus raios sobre a terra seca e vermelha.

Olhou para Trevor e viu seus olhos em fúria. Escutou-o esbravejar para seus guerreiros.

– Ataquem! Destruam estes miseráveis!

A ordem dada por Trevor chegava alto e claro até eles. Parecia trazida pelo vento e pelos deuses. Amarylis gargalhou num som aterrador. Os soldados de Trevor começaram a lançar bolas incendiarias, que eram rechaçadas por uma força invisível. Vária observou sua companheira e o rosto havia se desfigurado. Aquela não era mais sua amante. Era uma forma desfigurada e etérea. O rosto dela se transformara em uma bola de luz e fogo, com olhos de terror. Viu os muros do palácio mudarem de cor. Pareciam em brasa.

– Não! — Gritou Trevor.

Elevou as suas mãos para o alto e começou a conjurar algo incompreensível a todos. A dança da magia começara. Os muros voltaram a ter a cor de rocha.

– Vamos!

Comandou Amarylis, numa voz furiosa, tracionando a mão de Vária.

– E você. – Olhou Vária, profundamente, com seus orbes enegrecidos. – Comungue com “Darvar e extraia as energias de Dorvar! O inferno é aqui e estará conosco agora!” – Ordenou.

A voz era profunda e grave. Vária foi tomada por uma força aterradora, levando a um transe catatônico. Ela era o catalisador. As muralhas retomaram à cor de fogo.

– Você não me vencerá! – Gritou Trevor. – Que a “Fonte Eterna” abrande o fogo de “Dorvar”! – Bradou.

Uma luz azul desceu como uma cascata pelos muros da “Cidade do Princípio”. O corpo de Amarylis balançou e sua energia enfraqueceu, deixando-a prostrada, fazendo com que os ataques dos soldados de Trevor aproximassem mais a eles.

Vária sentiu a energia perpassar-lhe o corpo. Uma onda de fúria provocada pelo medo de perder sua alma. Concentrou toda a sua energia a fim de passa-la pelas mãos unidas. A força de Amarylis se estabilizou, mas tinha consciência de que suas chances haviam reduzido. Trevor evocara a energia da “Fonte Eterna”. A fonte estava com ele e Amarylis tinha apenas a sua força e de sua alma, a força da destruição do seu sangue.

Seu corpo reagiu. Todas as suas células começaram a agitar, sentindo uma aproximação mágica. Voltou-se de prontidão para a força energética, apontando seus dedos.

– Calma aí, irmãzinha! Sou eu!

Madi se aproximou, bruscamente, pegando a mulher pelo braço. Dalad se voltou para ele, encarando-o.

– Você não vai se aproximar da minha Dàma! – Falou com fúria.

– Ela é sua Dáma, mas é minha irmã. Estamos perdendo essa batalha, não vê? – Falou entredentes.

“O “Princípio” se fez com nosso sangue. Você enfrentará uma dúvida, pois caiu do trono da nossa cidade, através do seu sangue e só através dele poderá vencer”!

A voz do tetravô ecoava em Amarylis.

– Deixe-a, Madi.

Amarylis falou suave pela primeira vez, depois que seu corpo havia sido tomado pelas forças de “Dorvar”. Segurava o campo magnético entre os corpos de seus seguidores, a muito custo.

Madi a olhou com dúvida. Ele não confiava em Dalad por sua traição.

– Não temos tempo, Madi! A minha “alma” permitiu a ligação com minha fonte de energia, mas somente o meu sangue permitirá que eu entre na “cidade da fonte”. Deixe-a! – Decretou Amarylis, veemente.

Dalad o olhou imperativa, mas quando o chefe da guarda se virou bruscamente para deixa-la seguir, ela segurou seu braço, chamando sua atenção.

– Eu sei o que fiz, Madi. Sei também o que devo fazer.

Ele a encarou mais brandamente e mirou seus olhos verdes. As íris estavam, ligeiramente, alteradas e um halo azul começava a envolver os orbes. A cor da luz era diferente da época em que ela os traíra. Tentou se afastar e, de novo, foi segurado pela bruxa.

– Não, Madi. Volte. Eu preciso de você para me conectar.

Ele sabia por que, mas a mágoa pela mulher talvez impedisse a ligação. Ela percebeu sua dúvida.

– Pode deixar, Madi. Entendo os seus sentimentos e lhe garanto que conseguirei manejá-los, dentro de mim.

– Não fizemos o ritual da carne.

Ele ainda quis argumentar.

– Mas já somos conectados.

– Por favor, decidam! Eu não vou conseguir aguentar muito tempo!

A impaciência tomava a voz de Amarylis. Madi se posicionou ao lado de Dalad e estendeu-lhe a mão. A bruxa se uniu ao chefe da guarda e caminhou, ficando ao lado da irmã e da futura cunhada. Concentrou-se, e assim como Amarylis fizera, tentava liberar sua forma energética. Diferente da alcaidessa, seu rosto transfigurou para uma forma azul-reluzente e seus olhos se tornaram bolas de luz branca.

Mais uma vez, Trevor, vendo o que ocorria, tentou conjurar a “Fonte Eterna”, para aplacar a energia que sentiu estar derrubando suas barreiras.

– Amarylis, vou abrir uma fenda na barreira que ele está fazendo e você nos transporta para dentro. Nos leve para a sala da fonte. Se estivermos lá, poderemos usá-la como energia.

As forças uniram-se e Trevor correu, através do passadiço, para dentro do palácio. Vária e Madi entraram num transe profundo, enquanto a energia passava através dos corpos deles, alimentando as duas mulheres. A força da morte e a força da vida estavam juntas, outra vez. A mulher em brasas, reforçava o campo que envolvia seus guardas e alimentava a mulher de luz, para a sua empreitada em abrir a fenda. Todos os ataques feitos pelos soldados de Trevor eram rechaçados, sumariamente. No ar, ecoavam os sons da destruição e o odor acre das cinzas das bolas incendiárias, destruídas pelo campo magnético. Uma pequena fenda se abriu no campo de proteção do palácio.

— “Que a Fonte Eterna venha até nós”!

A voz da Senhora da Destruição foi ouvida num eco dentro da sala da Fonte. Todos tinham sidos transportados até lá, num átimo. Foram cercados pelos soldados de Trevor, e a refrega começou. Os guardas da alcaidessa, protegidos pela energia que ela sustentava em torno deles, rechaçavam os soldados de Trevor como moscas. Trevor se unira à fonte, tocando suas águas com uma de suas mãos e tentando isolá-la com um encantamento.

– Vocês não conseguirão passar por mim! – Gritou.

– Cale essa boca!

Dalad falou irritada, tocando o braço de Amarylis.

– O que está fazendo?

Perguntou Amarylis assustada, sabendo que as energias delas, se não estivessem harmonizadas poderiam mata-las. Dalad olhou-a, debochada.

– Confia em mim, irmãzinha?

 As palavras do avô vieram, novamente, à mente de Amarylis.

– Faça!

Sentiu a força da vida tocar-lhe o ombro e sua energia ser sugada fortemente. Enquanto sua irmã drenava para si a energia da destruição, apontou a mão para Trevor.

– Você… saia daí! – ordenou.

Num movimento com os dedos acionou uma grande força que o atingiu, atirando-o longe.

Amarylis caiu desfalecida. Madi rapidamente a pegou no colo. O campo energético que ela mantinha em volta de cada guarda desapareceu, deixando todos vulneráveis.

– Leve-a para a fonte. Rápido!

Gritou Dalad para o chefe da guarda, tentando conjurar um feitiço para levantar novamente as barreiras de proteção em torno deles. Madi correu com a sua Dáma nos braços. Vária tomou um sabre de um soldado e lutava para proteger o amigo, para que ninguém se aproximasse. O forte homem depositou o pequeno corpo, agora inerte, dentro da fonte.

Trevor se recuperou, levantou-se e lançou um feixe de energia na direção de Dalad, porém ele estava enfraquecido com o ataque anterior.

De repente, a sala entrou em um silêncio profundo. Os corpos paralisaram e um enorme vulto se elevou do interior da “Fonte Eterna”.

– Eu sou o “princípio”, a “destruição” e a “vida”. Retornem para seus lares e, a partir de hoje, esquecerão tudo que viveram aqui. Não haverá memórias, não haverá dores.

Todos os soldados de Trevor sumiram, sob os olhos atentos dos guardas de Amarylis.

– E você! – Apontou para Trevor. – Nunca mais poderá tocar nas águas da “Fonte Eterna”. Nem nessa, nem em qualquer outra vida! – Proferiu. – Se o fizer, morrerá sob as chamas de “Dorvar”! – Lançou o encantamento.

– Nãaaooo!

Trevor correu em desespero para a fonte, tocando suas águas. Uma chama intensa tomou-lhe o corpo de imediato. Em segundos, via-se apenas cinzas no chão. Dalad olhou a cena, vendo sua irmã retornar ao estado natural. Vária a amparou, para que ela saísse da fonte. Se juntaram ao grupo. Todos estavam atônitos, olhando sua Dáma, que ainda se encontrava cambaleante.

– Você está bem? – Perguntou Dalad.

– Melhor, agora que ele se foi.

– Sabe de uma coisa? Você sabia que ele não resistiria e iria direto para a fonte. Conjurou esse encantamento por esse motivo, não foi? Não o matou diretamente porque sei que não gosta, mas o fez se suicidar. Você é muito má, minha irmãzinha.

Falou gargalhando, levando todos que estavam ao redor a acompanha-la e deixando a alcaidessa envergonhada. Vária a abraçou, beijando seus lábios, mas ainda sorria.

– E agora?

– Agora teremos que ocultar a “fonte”, novamente. Levaremos algum tempo para fazer Treider sair da miséria que Trevor a colocou, mas, aos poucos, conseguiremos. E você? – tocou-lhe o rosto com carinho. – Está pronta para governar a meu lado?

– Só se você prometer que, quando estiver chateada comigo, não vai se transformar!

Falou rindo, arrebatando os lábios da alcaidessa, que lhe empurrou sorrindo, pela provocação.

– Não esqueçam, meninas!

Dalad falou, enquanto entrelaçava as mãos de Madi.

– Não devemos nos esquecer de quê?

Perguntou uma intrigada Amarylis, vendo sua irmã puxar o chefe da guarda para fora da sala.

– Não se esqueçam de fazer os rituais de energia, esta noite. Como não participei do anterior, o meu ritual da carne deverá durar, pelo menos, dois dias! Não me perturbem…

Soltou uma gargalhada, fazendo as duas mulheres gargalharem, também.

Fim.


Nota: Chegamos ao final de mais uma história e espero que tenham gostado de embarcar nesta aventura junto comigo!

Um beijão à todas!



Notas:



O que achou deste história?

13 Respostas para Capítulo 7 – O Rosto da Morte e da Vida

  1. Oie,Bi!Que linda estória e final muito fodástico, maravilhoso capítulo!
    Deixará saudades!
    Beijao e continue nessa vibe de estórias de magias, amo!!

    • Oi, Lailicha!
      Eu gosto muito dessa vibe, mas a próxima será uma fanfic da Xena que não repostei depois que o ABCles terminou. rsrs É uma Uber chamada Caminhos em Dias de Luz. Você se lembra dela?
      Talvez comece a repostar na semana que vem. rs
      Um beijão Lailicha!

    • Êbaaaaa!!Fanfiction d
      Uber de Xenaaaaaa!!Qndo tô triste leio uber de Xena kkkkk. Amooo!
      Eu já li todas suas estórias, já sabe !!Te sigo há muitos anos desde o fatorx, acho q era adolescente ainda pq n lembro qndo vc postou sua primeira estória…Mas foi no abcles que nos comunicamos pela primeira vez ,eu acho!! O que lembro mesmo foi você me chamando pela primeira vez no chat do orkut..eu respondi algo..aí eu tinha acabado de me queimar com o aquecedor e demorei pra responder e você disse:” Me deixou na pista”.. kkkk.Ri mt com essa expressão!Até hoje!
      N sou boa com títulos,mas tenho a absoluta certeza que li todas as suas estórias!!
      Com agatha e Paula, tb uma outra q amo muito..acho q empresaria com uma funcionária e elas vão na viagem e ê a chefa dela q tinha relacionamentos apenas héteros até então e ficam juntas kk. N lembro bem, mas vc ama essa atriz e colocou a foto dela na capa ou disse q o perfil da personagem era ela!Bem, escrevi mt kkk. Espero q tenha re respondido no lugar certo rs
      Esperarei mt feliz!!
      Ahhh, esqueço sempre de dizer..vc ama Zélia Ducan, mas n tá seguindo ela no insta,ela sempre posta vídeos, se puder vai dar uma olhadinha, tá?!
      Beijão

    • Bom, Ione, não sei. rsrs Realmente a história delas dá pano pra manga. rs Talvez pense nisso mais para a frente. Por agora, vou tirar outra história da “gaveta”, por assim dizer e começarei a postar em breve. Estou só corrigindo e atualizando algumas coisas nela. rs
      Obrigada pelo carinho, Ione!
      Um beijão

  2. O segredo na batalha é conhecer bem o inimigo! Amarilys lançou o feitiço certo na hora certa, e se safou do sentimento de culpa.
    Dalad é a alma de Madi? Por essa eu não esperava.
    Éh, Vária! Se deu bem. rsrs

    Beijo, Carol. E obrigada por mais esta.

    • Oi, Fabi
      Pois é. A Amarylis passou muitos anos imóvel, só escutando coisas e o próprio usurpador. Ela foi esperta.
      Já a Dalad, amava a irmã, mas deixou-se iludir pelo ciúme. E Madi, apesar de amá-la, era um homem de forte honra.
      Bem, Não vou demorar a postar outra história que está na minha “estante” rsr
      Talvez, semana que vem eu retorne.
      Beijão!

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