Caçadora

16. Armand

I

 

Aquiles sorriu, observando Gillian e seus homens levando Diana e Max para o interior da imponente residência nos arredores da cidade. Estavam em uma chácara, longe de olhos e ouvidos curiosos.

A propriedade não era muito grande, considerando os padrões do criminoso, contudo a localização era perfeita.

Ele ainda se encontrava dentro do carro, saboreando um cigarro e a vitória. No entanto, tinha as sobrancelhas erguidas e os lábios crispados. Algo o incomodava. A surpresa da noite anterior e a captura de Diana, uma hora antes, lhe pareciam fáceis demais. Conhecendo a sobrinha, esperava que ela desconfiasse de algo e tentasse lhe passar a perna.

Deslizou a mão pelos cabelos, impaciente. Talvez estivesse exagerando. Tinha passado tanto tempo correndo atrás dela, sendo feito de idiota, que acabou por esperar alguma surpresa, como a que havia ocorrido quando Miles morreu.

Gillian se aproximou do veículo e abriu a porta, posicionando-se ao lado desta, enquanto o aguardava descer dele. O chefe esmagou o resto de seu cigarro com a sola do sapato, respirando o ar puro do fim da madrugada e afastando suas preocupações.

— O que deseja fazer, senhor? — Perguntou o capanga.

Aquiles coçou o queixo, ainda irritado com a sensação da qual não conseguia se desapegar. Prosseguiu para a entrada da residência, ponderando sobre a pergunta do capanga, que o seguia de perto, todavia não entraram. Em vez disso, Aquiles pendurou outro cigarro nos lábios e acendeu.

— Coloque-as juntas. Deixe que Diana saiba que descobri seu segredinho. Que elas contem os minutos para a morte juntas.

Com um sorriso raro e malvado, Gillian se adiantou e entrou na casa, deixando-o para trás. Alguns dos homens que conduziam a prisioneira, ainda usavam as máscaras de tecido negro e faziam piadas com a moça, que mantinha um sorriso confiante nos lábios ensanguentados, mas nada dizia.

Eram bem poucos agora, depois do incidente na casa do lago. Alguns se empertigaram ao verem o grandalhão Gillian se aproximar, outros se afastaram de seu caminho, já que não era saudável para ninguém atrapalhá-lo. O humor do sujeito andava péssimo e sanguinário desde a morte de Miles e companhia.

Gillian envolveu o braço da prisioneira com a mão grande e áspera e a empurrou pelo corredor no fim das escadas, que haviam acabado de subir. Apertava forte e conseguiu lhe extrair um gemido de dor.

— Estou muito surpreso com você. — Disse ele, sem esconder a raiva que o tomava.

— É mesmo? — Ela respondeu com voz estranha e rouca.

Ainda interpretava seu papel e Gillian não estranhou o fato, pois era comum que demorasse a sair do personagem. Não foram poucas as vezes em que ele imaginou que Diana fazia isso porque tentava fugir da própria vida.

Se um dia tivesse comentado suas impressões com ela, teria descoberto que estava muito longe da verdade.

— Confesso que jamais imaginei que pudesse tirar uma vida e me causou grande eto saber que você matou Miles. — Ele continuou, aumentando a força, como se fosse uma serpente se enroscando no braço dela.

Caminhavam em direção à porta no fim do corredor, ouvindo seus próprios passos e os da dupla de capangas mascarados que os seguiam.

— Como desejei matar você assim que encerrou aquela ligação. — Contou, agora falando baixo e ameaçador. — Miles tinha família!

Ela virou a face para olhá-lo, enquanto respondia:

— Muita gente tem família. Você já parou para pensar nas famílias das pessoas que matou? — Mostrou um sorriso escarninho, para depois gemer quando ele a fez andar mais rápido com um safanão no ombro.

— De repente, você acha a morte engraçada? — Foi a vez dele mostrar o indício de um sorriso. — Esse ano que passou, realmente mudou você, mas não tanto. E a surpresa que tive ontem é uma grande prova disso.

Estavam se aproximando da porta, onde um capanga aguardava com ar desleixado e se empertigou ao ver o grandalhão Gillian despontar no alto das escadas.

— Soubemos que Dominick está no país. Ele colocou um prêmio pela sua cabeça. Irônico, ainda mais depois que ele te ajudou em sua vingança contra Aquiles. Entretanto, sabíamos que você iria procurá-lo. Qualquer que fosse a desavença entre vocês, esse seu senso de honra a faria procurá-lo e resolver o problema.

Pararam diante do seu destino. O homem que guardava a porta encarou a prisioneira com curiosidade, mas logo desviou o olhar quando ouviu a voz rude de Gillian aumentar o tom.

— Vigiamos aquele bastardo por dias, mas você não foi! Em vez disso, outra pessoa o procurou.

Ele fez um pouco de suspense, esperando alguma demonstração de curiosidade naquele rosto estranho, todavia ela permaneceu com um sorriso provocante e meio torto, muito diferente do seu sorriso original.

— Não pude acreditar quando a vi entrar no hotel em que Dominick está hospedado. Foi revelador.

Sorriu, a barba farta se abrindo para revelar dentes amarelados pelo cigarro e cafeína.

— Entendi tudo no mesmo instante. Você nunca matou ninguém, nunca teve estômago para a morte, nem mesmo quando se viu encurralada pelos seguranças daquele conde na Dinamarca. Você tinha uma arma, mas não a usou e isso teria lhe poupado muito tempo e esforço para fugir da polícia depois. — Relembrou.

— Por que gastar uma bala quando se tem cérebro? — O sorriso dela aumentou e deslizou o olhar para os dois capangas mascarados parados ao lado deles. — Diferente de alguns — concluiu, voltando a encará-lo.

Os lábios de Gillian se comprimiram e a mão que envolvia o braço dela voltou a aumentar a pressão. Ele abriu a porta e a empurrou para dentro do quarto. No centro dele, atada a uma cadeira, com um sorriso vermelho de sangue, Carla os fitou.

— Tem razão, espertinha. Você não mata, mas ela adora matar! — Afirmou o capanga, jogando-a numa cadeira ao lado da amiga.

Antes de sair, Gillian se curvou em direção à loira.

— A sua hora está chegando e, garanto, você vai se arrepender pela morte de Miles.

— Ou, talvez, eu o mate também! — A loira provocou e recebeu um soco como resposta.

Os dois capangas mascarados permaneceram no quarto quando ele se foi, fechando a porta com força. Um silêncio carregado dominou o ambiente por alguns instantes e a ladra analisou o cômodo com pouco interesse.

Os únicos móveis naquele quarto, eram as cadeiras. As paredes, de um suave tom de azul, estavam tão limpas quanto o céu sem nuvens em um dia quente de verão. Havia uma segunda porta, esta era de vidro e dava para uma sacada.

— Você fez de propósito, não foi?

Carla encarou-a, analisando o queixo quadrado e os olhos ligeiramente apertados, bem diferentes da sua fisionomia real. Depois, avaliou os dois capangas. O mais alto se aproximou delas ordenando silêncio, enquanto o outro cruzava os braços e se recostava à parede, displicente.

A loira jogou um sorrisinho de lado para a amiga e relaxou na cadeira.

 

***

 

Aquiles tomou um gole longo de uísque, admirando seu reflexo no espelho sobre o aparador na biblioteca da casa. Percorreu cada milímetro das marcas que Diana lhe deixou com uma expressão de nojo.

Quando tudo estivesse acabado e retornasse à Europa, faria uma cirurgia plástica e Armand Favard voltaria a ser o milionário de sorriso cativante e gestos suaves, presente nos melhores eventos, fechando os melhores negócios, enquanto Aquiles recuperaria seu nome e clientes. Retornaria mais poderoso que antes e ninguém voltaria a questionar sua capacidade.

No fim, não podia culpar Diana pela sua desgraça. Ele fora orgulhoso e presunçoso, como seu irmão costumava dizer. E o seu ego foi uma das razões que os separou.

— Elas estão aguardando. — Gillian informou ao entrar na biblioteca, com passos suaves demais para um homem do seu tamanho.

Aquiles terminou seu uísque devagar, encarando o espelho. Por fim, depositou o copo sobre o aparador, sem ruído. Ajeitou a gravata e seguiu para a porta.

— Traga o garoto e a mulher. — Ordenou.

— Pensei que não precisaríamos mais deles.

— Não precisaríamos, se tivéssemos conseguido capturar Vanessa. — Ele rosnou. — A morte dela seria o bastante para que minha querida sobrinha descobrisse do que sou capaz de fazer com meus inimigos. Contudo, já que não temos a namoradinha dela em nosso poder, aqueles dois devem servir. Vá e não demore! — Mandou, encarando a porta do cativeiro.

Um arrepio lhe percorreu a espinha, enquanto hesitava com a mão sobre a maçaneta. Diana não o preocupava. Porém, a outra era alguém a quem temer e estava protelando sua entrada naquele quarto havia 24h. Gillian fez um gesto para que o capanga ao lado da entrada o acompanhasse e se afastou.

Aquiles permaneceu diante da porta, uma mão na maçaneta e a outra alisando a cicatriz no queixo, que Carla Maciel tinha lhe feito muitos anos antes. Empertigou-se, lançando um olhar para as costas de Gillian, antes que este desaparecesse em uma curva do corredor, então entrou no quarto.

Ao vê-lo abrir a porta, os dois capangas no interior do cômodo, que ladeavam a entrada, afastaram-se um pouco para lhe dar passagem. O rosto dele se contorceu em um sorriso enfatuado. Aproximou-se da moça de cabelos curtos e curvou-se, ligeiramente, enquanto analisava os traços que a maquiagem compunha.

— Não me canso de admirar o seu trabalho. — Falou, atento aos detalhes. — Este é um dos melhores. Até a expressão dos seus olhos está distante da realidade.

Demorou-se à fitá-la, aguardando uma resposta que não veio. Um pouco decepcionado, se voltou para Carla.

— Ao mesmo tempo que me sinto surpreso com o seu retorno do mundo dos mortos, não consigo parar de me achar um pouco…

— Idiota? — A loira questionou.

— Imbecil? — A amiga completou sem tirar os olhos de cima dele.

— Descuidado. — Aquiles completou o raciocínio, irritado com o deboche e a interrupção. Ele se voltou para a sobrinha: — Devia ter desconfiado que você parecia tranquila demais quando recebeu a notícia de que a sua protetora havia morrido.

A viu dar de ombros com um sorriso presunçoso e irritante. Estapeou a face dela, mas o sorriso não se desfez. Pelo contrário, aumentou. Deu alguns passos pelo espaço e a madeira do assoalho rangeu sob seu peso, enquanto acendia um cigarro, passeando os olhos pela escuridão além da porta de vidro. O dia se aproximava, entretanto ainda faltava uma hora para o amanhecer.

Afirmou:

— Não cometerei o mesmo erro novamente. Desta vez, teremos menos conversa e mais ação.

— Ainda bem, estava começando a achar que a última coisa que ouviria seria o som irritante da sua voz.

O rosto dele se contorceu, raivoso.

— Sempre mordaz! Acho que sentirei falta disso. — Riu, soltando uma pequena nuvem de fumaça. — Bem, antes de te matar, vou mostrar as consequências dos seus atos.

Ele apontou para a própria face.

— Pessoalmente, acho que ficou melhor assim. — A moça o provocou. — O que você acha, Loira? O meu trabalho te agrada?

Carla balançou os ombros.

— Não está ruim, porém acho que morto é bem melhor. — Respondeu ela, deixando um sorriso torto moldar os lábios.

Aquiles respondeu a provocação das duas, voltando a estapear a sobrinha. Usou tanta força para fazê-lo, que o cabelo cuidadosamente penteado, ficou desalinhado.

— Acha engraçado o que está por vir?! — Ele indagou, recolocando os fios no lugar.

Sentia como se estivesse perdendo o controle da situação ainda que tudo lhe indicasse o contrário. Inspirou fundo, dizendo:

— É uma pena que não tenha conseguido capturar a sua namoradinha de novo. Contudo, isso não significa que eu não possa lhe fazer sofrer. Pode não se importar com a sua vida, Diana, mas há pessoas a quem ama. Pessoas como aquele tal de Max e ela.

Olhou para Carla, uma ruguinha soberba no canto da boca. Prometeu:

— Farei questão de lhe cortar a cabeça, manter conservada e em constante exibição para os meus melhores clientes. Talvez, até faça um leilão! Tem gente que pagaria uma fortuna por ela. — Voltou-se para Diana, novamente. — Então, minha cara, a última coisa que irá ouvir antes de morrer, será o grito dos seus amigos implorando por clemência.

Carla gargalhou, surpreendendo-o. Pelo que se lembrava, não ela era dada a sorrisos, muito menos, gargalhadas. Gillian entrou no cômodo com ar preocupado e também pareceu surpreso com o rompante da ex-criminosa, cuja frieza era famosa.

— Onde está o garoto? — Aquiles indagou.

O grandalhão limpou a garganta. A tez foi tomada por um tom avermelhado, enquanto respondia. Em todos os anos em que trabalhava para Aquiles, nada do tipo lhe aconteceu, exceto quando Vanessa e Cristina fugiram do cativeiro.

— Não sabemos — declarou.

— Como assim?

Gillian se empertigou, com uma leve careta.

— Ele não estava no quarto para o qual ordenei que o levassem — esclareceu.

— Então, o encontre! — Aquiles berrou, colérico. — Enquanto isso, tragam a mulher. Ela não significa muito, mas servirá.

Gillian não se moveu.

— O que está esperando?!

O capanga exalou, encarando-o com firmeza.

— A mulher também sumiu — contou. — E alguns dos nossos homens também.

Aquiles ergueu as sobrancelhas e voltou-se para fitar a sobrinha.

— Ops! — Ela disse, mostrando outro daqueles sorrisos zombeteiros e estranhos.

Ao lado dela, Carla bocejou, dizendo:

— Estou ficando entediada, Aquiles. Você continua sendo tão chato quanto uma parede e mais cego que uma toupeira. Sinceramente, sempre me questionei como tinha conseguido ser tão bem-sucedido no mundo do crime. Aí, conheci Diana e compreendi que grande parte do seu sucesso era proveniente do talento dela.

Cruzou as pernas, relaxada. Então, ergueu as mãos, demonstrando que não estava mais algemada a cadeira e as pousou no colo. Ágil, Gillian sacou a pistola e direcionou para ela, que não demonstrou incômodo algum pelo fato. Foi imitado pelos dois capangas.

— Isso mesmo, “cachorrinhos”, protejam o chefinho. — Ela caçoou.

— Como? — Aquiles indagou, fitando as mãos dela.

— Ah, é impressionante o tipo de coisa que se aprende quando se namora uma ladra.

Ela esfregou os pulsos rapidamente, então ajeitou-se na cadeira, agigantando-se diante dos olhos dele, apesar de permanecer sentada.

— Não gosto muito de rodeios, Aquiles. Você sabe! Não tenho muita paciência para joguinhos. Então, quer saber como me aprisionou? — Aguardou alguns segundos, esperando uma resposta que não veio, então continuou com o mais puro cinismo estampado na face: — Foi porque eu quis. Seus lacaios idiotas só me viram entrar no hotel porque eu permiti.

Passou as mãos nos cabelos desalinhados, depois nos lábios ensanguentados. Fitou o relógio no pulso, apertando o botão lateral para iluminar o mostrador.

— Podia ter ido embora há muito tempo. — Afirmou com um suspiro enfastiado. — Aliás, nem precisaria ter vindo, se não quisesse.

Aquiles limpou a garganta, desconcertado. Mas ainda se mantinha confiante, graças a presença de Gillian e os dois capangas às suas costas.

— Então, por que está aqui? — Quis saber.

Pra te matar, é claro! — Ela riu. — Por que mais eu perderia meu tempo com você?

Olhou para a amiga do seu lado e depois para ele.

— Estou te esperando desde a noite passada. — Contou, fazendo um biquinho. — Não é nada educado deixar seus “convidados” esperando. Teria ido à sua outra casa, àquela em que manteve Vanessa e Cristina como reféns, mas você dificultou um pouco as coisas para mim quando se mudou. Uma coisa a seu respeito não posso negar, sempre foi bom em se ocultar. Então, tive que sair um pouco do túmulo para encontrá-lo.

Esticou os braços, alongando-se.

— Sabia que a presença de Dominick lhe despertaria a curiosidade e, como ele havia ajudado Diana a ferrar com a sua vida, imaginei que o manteria sob vigilância. Era o meio mais fácil e rápido de chegar até você. Então, cá estamos! — Abriu os braços, abrangendo tudo à sua volta. — Nós dois sabemos que Diana não aprecia matar. Sinceramente, invejo isso nela. Mas a vida é feita de escolhas e as que tive de fazer, são bem diferentes das dela.

— Foi tudo planejado… — ele concluiu com um embrulho no estômago. Um sinal de alerta piscava em sua mente fervorosamente, dizendo para que saísse dali o mais rápido possível.

Carla o mirou com desdém.

— Os meus planos não eram do conhecimento dela. Queria poupá-la de fazer algo que a mudaria para sempre. Tirar uma vida é fácil, — baixou o tom — é só dar as costas e partir que a terra se encarregará do corpo, mas as almas nos perseguem. O assassino mais frio não está livre disso. Entretanto, Diana não é como nós, não é mesmo?

Ela limpou a garganta, ainda com a presença de um sorriso discreto nos lábios.

— Esperava poupá-la disso e, também, cumprir uma promessa que lhe fiz há alguns anos. Lembra dela?

Aquiles fez uma ligeira careta. Como esquecer uma promessa de morte, quando tinha uma cicatriz no queixo que o recordava dela sempre que se olhava no espelho? Carla passeou o olhar pelos presentes e se fixou em um ponto às costas dele.

— Mais uma vez, a subestimei. — Carla prosseguiu. — E, mesmo agora, me pergunto se você será capaz de puxar o gatilho, Diana.

Nervoso e confuso, Gillian riu. Ele balançou a arma, levemente.

— Já ouvi muitas histórias a seu respeito. Vi algumas coisas acontecerem também, sei do que é capaz, mas acho que não está em condições de contar vantagem ou fazer ameaças. Mesmo que suas mãos estejam soltas, você ainda está rodeada de inimigos armados. Então, por que não para de desperdiçar nosso tempo com essa conversa fiada? — Ele encarou a mulher ao lado dela, irritado. — Você também, Diana.

Carla se voltou para a amiga ao seu lado, depois retornou o olhar para o ponto atrás deles.

— Não acredite em tudo que ouviu sobre mim, Gillian. Sabe bem que as pessoas gostam de exagerar. Quanto a Diana… Você cometeu um terrível engano. Ela nunca esteve sentada na cadeira ao meu lado.

A declaração fez a moça de cabelos curtos rir. Ela também ergueu as mãos livres e perguntou para Carla:

— Como você soube?

A ex-mafiosa sorriu de lado, ainda fitando o ponto atrás de Gillian, então se voltou para ela, admirando brevemente os traços e maquiagem que ocultavam a verdadeira face de Cristina. Piscou para ela, com ar brejeiro.

Gillian e Aquiles sentiram um arrepio a percorrer suas colunas, quando ouviram um baque surdo e Diana responder atrás deles:

— Ela sempre sabe!

Os dois homens se voltaram para descobrir que o capanga mais alto estava caído ao chão e o mais baixo, que o tinha nocauteado, na verdade, era Diana. Ela segurava a máscara de tecido negro, os cabelos castanhos se derramando, bagunçados, sobre os ombros.

— Olá, “titio”.

 

 


 

Capítulo mais curto que o de costume, amores. Massssssss… Se vocês me derem 100 carinhas “gostei” e 10 comentários, teremos capítulo extra no sábado à noite. Que tal?

Desafio bobinho, né? Cês vão tirar de letra! 😉

Beijos!



Notas:



O que achou deste história?

10 Respostas para 16. Armand

  1. Oi Tattah

    Não podia esperar menos da Diana “vc”, que virada, já comi todas as unhas de ansiedade…

    E agora a minha dúvida e a msm da Carla , “””— E, mesmo agora, me pergunto se você será capaz de puxar o gatilho, Diana.”””

    De brinde já q vc achou “””””Desafio bobinho, né? Cês vão tirar de letra! ;)”””””
    e nós tiramos….. bem q nesse extra, podia ter uma pintura tb né ….

    Até sábado.

  2. Sensacional,

    Elas são fantásticas, já eram em dupla, imagina em trio…
    Cristina se juntando à Carla e Diana to vendo q Aquiles não
    tem chance mesmoooo…

    Mto bom, mesmooooooo…

  3. Caraca, vc me deu trabalho hoje, hein! Modo F5 estava ativado aqui em uma ansiedade sem fim a espera do capítulo! hahaha

    Esse desafio aí é fichinha pra gente, você sabe disso, né?! hahahaha

    Nem preciso dizer que amei e estou esperando o extra ainda mais ansiosa que o capítulo de hoje!

    Bjão e até sábado! 😉

Deixe uma resposta

© 2015- 2020 Copyright Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem a expressa autorização do autor.