I

— Não chorava desde a infância — Carla revelou.

Estava sentada na poltrona diante da janela, observando a noite fria. Carolina estava parada ao lado dela fitando-a com curiosidade, sentou em seu colo e foi recebida com um beijo estalado no rosto.

— Por que isso não me surpreende? — perguntou em tom de brincadeira, escondendo seu rosto entre os cabelos dela para que não visse seu desconforto ao recordar seu pranto. Definitivamente, aquele momento jamais sumiria de sua memória.

Carla riu, mas se deixou cair em pensamentos sombrios por alguns instantes.

Dividir aquele momento sublime com Carolina, a mulher com quem sonhou por tanto tempo, foi o estopim para liberar todas as lágrimas que havia guardado por tantos anos. Foi tudo tão intenso que seu emocional desmoronou. Em parte, se sentia incomodada com isso, mas por outro lado apreciava tê-lo feito. Era a primeira vez em anos que se sentia realmente humana.

A maior parte do seu choro foi de alegria, mas houveram lágrimas de tristeza e raiva também. Tristeza pelos entes perdidos na infância e na adolescência, pela vida que poderia ter tido se a tragédia que a privou do seio de sua família não tivesse acontecido. Raiva por se sentir tão vazia e tantas outras coisas.

— Quantos anos exatamente? — questionou, curiosa.

— Vinte.

— É muito tempo para não chorar…

— Havia me esquecido como era…

Carla deslizou as mãos por suas madeixas negras, sentindo a maciez dos fios. Aquele momento era um sonho lindo permaneceram na simplicidade daquele abraço por algum tempo.

— Maria me ameaçou com uma faca mais cedo — Carolina revelou, recordando o ocorrido e se afastou para fita-la.

Carla sorriu, incrédula.

— Maria?!

— Ela estava assustadora — continuou Carolina, enquanto desenhava os lábios dela com a ponta dos dedos. — Aparentemente, ela pensa que sou capaz de magoar você.

Carla acariciou sua mão, pensativa, então fixou o olhar no dela.

— Você é — revelou em um sussurro e a beijou suavemente.

Carolina se ergueu apressada para fugir da intensidade dos sentimentos que ela trazia à tona sempre que a beijava. Mesmo tendo decidido se entregar àqueles sentimentos, a dúvida ainda lhe assaltava como havia confessado a Maria mais cedo. Como a índia havia dito, o coração de Carla era negro e Carolina temia encontrar a costumeira frieza no azul dos olhos dela quando o dia raiasse e saíssem daquele quarto.

— Você deveria comer algo, não se alimentou o dia inteiro — recomendou, afastando tais pensamentos. — Coma algum dos sanduíches que Maria fez.

 Carla a puxou de volta, carinhosa. Havia tanto a lhe dizer, mas as vezes sentia que as palavras nunca seriam suficientes. Havia, também, a dúvida sobre os sentimentos de Carolina. Não tinha receios quanto ao desejo que a moça lhe dedicava, mas seu coração apaixonado ansiava que fosse mais que aquilo. Mesmo assim, a felicidade que sentia era muito maior do que imaginou e decidiu aproveitar aqueles momentos, tirar deles o máximo, enquanto durassem.

— Tenho fome, — revelou — mas não é de comida.

Percorreu seu pescoço com beijos lânguidos, insinuando as mãos por baixo da camiseta dela até alcançar o fecho do sutiã e Carolina liberou um suspiro satisfeito, sentindo a pele arder com o contato dos lábios dela.

— Tenho fome de você — Carla sussurrou provocante em seu ouvido.

Carolina voltou a se colocar de pé e a fitou com lascívia, enquanto permitia que ela a despisse com beijos sensuais, inflamando seu desejo. A empurrou de volta para a poltrona e Carla percorreu seu ventre com beijos suaves, deixando-se envolver pelo cheiro de sua pele, sentindo sua própria excitação aumentar quando Carolina ergueu a perna, pousando-a no braço da poltrona oferecendo sua intimidade com um gemidinho provocante. Carla sorriu, capturando a súplica no olhar dela antes de se deleitar com seu sexo intumescido percorrendo sua extensão com movimentos suaves de sua língua antes de penetrá-la com carinho.

Carolina bagunçava seus cabelos sussurrando coisas desconexas, cravando as unhas em seus ombros causando-lhe uma dor prazerosa. Então, Carla cessou os movimentos e a afastou com carinho percebendo a confusão em seu olhar. Sorriu, livrando-se do robe que usava, expondo a pele alva arrepiada pela vontade de se perder no corpo dela. Tomou a mão de Carolina e a guiou até a cama.

Os olhos da morena brilharam intensamente quando seus sexos se uniram e Carla se movimentou suavemente sobre ela, aumentando a intensidade dos movimentos cada vez que a amante aumentava a pressão das unhas em sua carne, pressentindo a onda de prazer que estava prestes a arrebata-la e que também a atingiu violentamente quando alcançaram o clímax juntas.

 Extasiadas, compartilharam beijos e carícias noite à dentro, perdendo-se na intensidade de seus desejos e sentimentos até que o sono as convidou para o descanso dos amantes.

II

Carla focalizou o relógio sobre o criado mudo e surpreendeu-se ao constatar que era quase meio dia. Com um sorriso, escapuliu dos braços de Carolina e observou seu sono por alguns minutos completamente embebida pelas lembranças da noite de prazeres e carinhos que compartilharam.

Então, o som do celular a arrancou de seu enlevo. Pegou o aparelho rapidamente e o silenciou para que Carolina não despertasse. Catou o robe jogado sobre a poltrona, o vestiu e saiu do quarto atendendo a chamada.

— Está tudo pronto — a voz anasalada de Tito informou do outro lado da linha.

— Ótimo. Volte para cá, irei precisar de você em breve.

Ele murmurou um “até logo” e desligou.

Caminhou descalça pela casa, sentindo uma apreensão crescente. Tinha muito o que fazer naquele dia e teria de, mais uma vez, adiar sua conversa com Carolina.

— Bom dia! — disse ao encontrar Maria na cozinha.

A índia lhe sorriu maliciosa.

— Boa tarde! — respondeu com uma piscadela e Carla riu, olhando para o relógio na parede, um pouco acima da geladeira.

— Ouvi dizer que você está pensando em usar suas facas para algo mais além de preparar o jantar — comentou, pegando uma maçã na fruteira sobre a mesa e dando uma grande mordida.

A índia riu alto e se recostou a pia.

— Ela mereceu o susto — disse travessa e Carla acompanhou seu sorriso.

Maria era uma doce lembrança da infância e lhe dedicava um amor sincero e fraterno. Ela havia feito algo semelhante com Diana quando começaram a se relacionar e a ladra ficou bem mais abalada do que Carolina lhe pareceu.

— Pretende apontar uma faca para todas as mulheres com quem eu dormir?

— Pretende dormir com alguma outra além desta?

Carla gargalhou surpreendendo a amiga com a leveza de seu riso e Maria a viu como a menina com quem cresceu em sua aldeia.

— Definitivamente, não.

— Então, vocês finalmente se acertaram?

— Não exatamente.

Maria pousou um olhar interrogativo nela.

— Nós não conversamos ainda.

A índia recordou a conversa tensa que havia tido com Carolina na noite anterior. Concordava com a moça em muitos aspectos e esperava que elas tivessem conseguido se acertar durante a noite.

Inclinou a cabeça, assentindo um pouco à contragosto.

— O almoço está quase pronto — informou e a viu voltar a sua seriedade costumeira.

— Preciso sair. Como alguma coisa na rua.

Maria lhe enviou um olhar atravessado. Carla tendia a se alimentar mal quando estava concentrada em uma tarefa.

— Ouça. Tito virá esta tarde. Trará homens para render os que Marcos deixou a minha disposição. Além disso, lhe dará algumas instruções. Não faça perguntas, apenas obedeça.

Maria tinha por hábito não questioná-la, principalmente, porque não gostava das respostas que poderia receber, mas não resistiu.

— Em que você está metida? Nunca a vi assim?

— Assim como?

— Apreensiva.

Carla lhe pareceu pensativa por alguns segundos, então lhe dirigiu um meio sorriso.

— A maioria das pessoas pensa que sou indecifrável, uma geleira, mas você sempre sabe quando não estou bem ou algo me preocupa.

Maria pegou a mão dela e acariciou por alguns segundos.

— Eu não sou a maioria. Você é dura, calada, quieta, isso não quer dizer que seja uma geleira. Ainda que fosse, o gelo também derrete.

A loira concordou com um inclinar de cabeça, mas não respondeu à pergunta. Não queria preocupar a índia mais do que já estava. Com carinho, levou a mão dela aos lábios e a soltou devagar.

Deu-lhe as costas e, antes de sair, voltou a pedir que obedecesse às instruções de Tito.

III

Diana entrou no carro apressada e logo o pôs em movimento.

Enquanto dirigia de volta ao hotel em que estava hospedada, deixou um sorriso satisfeito e vitorioso surgir nos lábios e foi retirando a peruca castanha de fios longos que usava. Seus cabelos negros derramaram-se em cascata sobre seus ombros.

Com um lenço, começou a remover parte da maquiagem que usava. Naquele instante, o espelho retrovisor refletia uma imagem muito diferente da sua. Era para o rosto de Leonor que olhava.

Após drogar a mulher no parque, à seguiu até em casa.

Não costumava usar desses subterfúgios, mas como Carla tinha pressa, a melhor maneira de obter as informações que desejava era drogando Leonor. Era madrugada quando saiu da residência da moça que, no dia seguinte, não lembraria da conversa que tiveram e, provavelmente, não lembraria também de seu encontro no parque.

Aliás, Leonor dormiria o dia inteiro, dando tempo para Diana realizar sua tarefa.

Agora, a ladra se desfazia de seu disfarce olhando com curiosidade o envelope no banco ao lado que sob a “pele” de Leonor havia acabado de retirar de um dos cofres do banco. Carla havia pago uma fortuna por ele e torceu para que tivesse valido à pena.

IV

Do alto de seus dois metros de altura, Júnior a cumprimentou com um inclinar de cabeça, cuja a ausência de fios permitiu o reflexo da luz solar. Em poucas palavras, ele a inteirou sobre sua viagem e perseguição, então abriu a porta para ela, fechando-a em seguida e voltando a posição vigilante em que estava quando ela chegou.

Carla sentou-se e cruzou as pernas sem emitir qualquer som. Com olhar gélido, percorreu a figura esguia sentada à sua frente. Era um homem bonito. Seus cabelos ruivos e levemente encaracolados, estavam desalinhados e amassados de um lado como se tivesse dormido no sofá após uma noite de bebedeira. Em verdade, ele havia dormido na mala de um carro, sendo despertado pelos solavancos graças a estrada esburacada. A barba por fazer dava-lhe um ar hostil, assim como o brilho dos seus olhos que se fixaram nela cheios de repulsa, mas também com medo. Estava mais magro do que se recordava e tinha um semblante abatido.

Os lábios finos se comprimiram de raiva, deixando mais evidente a mancha de sangue seco em seu queixo. Ele se mexeu, incomodado com as algemas que o mantinham preso a cadeira, enquanto Carla tamborilava os dedos na perna, afastando a leveza que dormir ao lado da mulher amada lhe trouxe, voltando a ser a assassina fria e calculista.

— Quero a verdade — ela disse quase sussurrando — e garanto que não será agradável se mentir.

Ele engoliu em seco e fitou o chão. Havia escapado da morte algumas vezes nos últimos meses e, tinha certeza, o mesmo não ocorreria agora que estava na presença dela. Até onde se lembrava, nunca tinha odiado aquela mulher e procurava manter-se distante de seu caminho. Não por teme-la, mas porque sabia que não tinham nada em comum.

Curiosamente, fora Carla a atravessar o seu caminho e cativar o seu ódio meses antes.

Estavam no meio de um armazém vazio, um dos muitos sob a responsabilidade dela. O local, geralmente, era utilizado para armazenamento dos carregamentos de drogas, armas e carros da organização criminosa a qual ela pertencia. Contudo, Carla também o utilizava para outros fins, já que se localizava em uma região isolada, muito distante das principais vias e da cidade. Um desses fins, às vezes envolvia sangue, dor e morte.

Todas as janelas do lugar haviam sido vedadas de forma a evitar qualquer passagem de luz ou bisbilhotice de quem eventualmente passasse por ali. Uma lâmpada piscava, defeituosa, sobre suas cabeças, iluminando apenas uma área de dois metros, deixando todo o vão além dela às escuras e fornecendo uma atmosfera assustadora.

Irritado e com medo, ele se recostou na cadeira.

— Sou um homem morto, mas você também está morta — afirmou.

— Isso deveria me assustar? — ela questionou, saindo de seu silêncio e a frieza em seus olhos o fez engolir em seco.

— Presumo que não assuste — concluiu um pouco enjoado e desorientado com a viagem até ali e a luz defeituosa que incomodava suas íris.

Ela deu de ombros.

— Por que deveria temer algo que é inevitável? — questionou sem qualquer emoção.

Tudo que ele sempre quis foi proteger a mulher que amava, em vez disso, acabou por jogá-la no inferno. Cabisbaixo, tomou uma decisão. Era sua última chance de conseguir alcançar seu objetivo.

— Conto tudo que quer saber com uma condição — falou.

Ela poderia fazê-lo cantar como um passarinho se desejasse, mas estava achando aquele encontro interessante, embora estar diante dele lhe inspirasse muitos sentimentos negativos, principalmente, ciúmes.

— Estou ouvindo.

Ergueu o olhar para ela, desafiador.

— Quero que deixe Carolina livre.

Carla o analisou com cuidado por um longo e intenso minuto em que ele se sentiu uma presa acuada. O peso do seu olhar desprovido de calor o deixou ainda mais desconfortável do que se sentia e uma dorzinha fina começou a se insinuar em sua têmpora.

Tanto tempo se passou, enquanto ela contemplava sua figura, que ele sentiu necessidade de repetir a frase.

— Quero que deixe Carolina livre. Caso o contrário, pode se poupar o trabalho de me torturar, pois não direi uma palavra.

— Está bem — ela concordou, por fim.

— Como posso ter certeza de que irá cumprir o trato? — perguntou, desconfiado.

— Não terá.

Ele se empertigou na cadeira.

— Não. Quero ter cert…

— É pegar ou largar. Decida rápido, não tenho todo o tempo do mundo e algumas manhas de sangue nos meus sapatos não farão diferença.

Ele baixou a cabeça, irritado. Iria contar o que ela desejava na esperança de que cumprisse sua palavra e torcendo para que ela lhe concedesse uma morte rápida.

— Você conheceu meu pai? — questionou.

Ela inclinou a cabeça assentindo e evocou a lembrança do velho Rutger. Era um homem de presença marcante, sempre rígido em sua postura e palavras, mas muito competente em sua função. Era holandês e seus cabelos eram ainda mais ruivos que os do filho. Quando ela entrou para a organização de Marcos, Rutger ainda estava na ativa. De fato, era um dos homens de confiança de Marcos que lamentou profundamente sua morte prematura em um acidente de trânsito.

Para honrar a memória do amigo falecido, Marcos assumiu a educação e criação de seu filho, já que o rapaz não tinha nenhum parente. No entanto, o rapaz nunca correspondeu suas expectativas de assumir o lugar do pai e acabou por emprega-lo em uma função qualquer em um de seus negócios regulares e só não esqueceu de sua existência porque ele vivia grudado com Carolina.

Poucas coisas a surpreendiam. Descobrir que ele não estava morto como todos pensavam foi uma delas.

Mandou que seus subordinados procurassem o corpo do rapaz por dias, ofereceu uma recompensa até que um deles entrou em contato, informando que o haviam encontrado. Ela fez questão de ver o corpo para ter certeza, mas tantos dias na água à mercê de peixes e outros animais selvagens nas margens do rio o desfiguraram. Contudo, o tiro no peito, a cor de seus cabelos e uma tatuagem no pulso confirmaram a identidade do morto. Então, providenciou seu sepultamento.

Todavia, algo a incomodava e por dias aquele incomodo martelou em sua mente. Sempre fora observadora e, em todas as vezes que encontrou o rapaz, desde sua adolescência, ele estava usando um anel de prata que, sabia, havia sido um presente de seu pai.

Era algo insignificante e, por um tempo, não soube que era a sua ausência que a incomodava. Decidiu questionar o capanga que o havia encontrado e Tito lhe informou que havia dias que estava sumido. Cada vez mais curiosa, mandou que o procurassem e descobriu que tinha abandonado a cidade.

A princípio, imaginou que houvesse encontrado a mochila com o dinheiro que Bento carregava quando caiu no rio, mas como Carolina havia dito a Marcos, era uma quantia irrisória e não valeria a pena o risco. Então, ordenou que o encontrassem.

Alguns dias depois, não precisou se esforçar muito para que o capanga lhe contasse, em detalhes, que havia recebido uma boa quantia em dinheiro para ajudar a forjar a morte do rapaz.

Com esta revelação, muitas outras coisas foram chegando ao seu conhecimento e não poupou esforços, nem amigos ou inimigos para descobrir o que se passava.

Sem esperanças, Bento continuou:

— Sabe que ele era um falsário?

Carla inclinou a cabeça positivamente, um pouco entediada.

— Enquanto crescia, ele me ensinou tudo que sabia — revelou ele. — Atrevo-me a dizer que sou muito melhor do que ele jamais foi. Não só com documentos. Precisa de dinheiro falso? É fácil. Quer uma cena falsa para ocultar um assassinato? Tudo bem! Posso fazer isso e muito mais. Presto atenção nos detalhes.

Ele a mirava um pouco triste, ante o futuro que lhe guardava.

— Teria me dado bem na organização do Marcos, não é verdade?

Ela concordava, mas nada disse.

— Eu nunca quis trabalhar com isso. Ser talentoso em algo que você abomina é uma piada da vida — riu. — Quando meu pai morreu, Marcos me questionou se poderia assumir as funções dele e lhe respondi que não sabia nada a respeito, que só queria estudar e trabalhar como uma pessoa comum.

Ela permanecia impassível diante de suas revelações e ele concluiu que estava sendo tolo lhe contando aquilo. Decidiu, então, ir direto ao assunto.

— Bem, para começo de conversa, eu fiz um trato com o diabo.

Contou-lhe tudo o que sabia e o que havia feito. Explicou tudo em detalhes para não deixar dúvidas.

Quando acabou, perguntou:

— Vai cumprir o nosso acordo?

Ela se colocou de pé, abotoando o casaco com olhar fixo nele. Inclinou a cabeça, outra vez, assentindo.

— Para ser sincera, Bento, já sabia de tudo isso há algum tempo.

— Como?

Ela enfiou as mãos nos bolsos da calça.

— Segui o dinheiro. Alguém pagou para encenar sua morte. Não era a pista mais difícil de seguir.

— Então, por que estou aqui?

— Era uma questão de confirmar tudo. Além disso, precisava “amarrar” algumas pontas soltas.

— E agora, o que acontece comigo? — ele voltou a questioná-la.

Ela sorriu, maldosa.

— Agora, você continua morto.



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