25.

I

Carla passou pelo casal que se abraçava emocionado pelo reencontro. Ia de cabeça erguida, orgulhosa, silenciosa. Estava inquieta, mas também satisfeita por ter tomado a decisão correta.

Maria a acompanhou, assumindo um ar preocupado.

Adentraram na casa lado a lado e a índia observou a sala de estar em que se encontravam com interesse. Os móveis eram poucos e rústicos. Uma estante repleta de livros ocupava uma das paredes, nas outras, fotografias de pessoas e paisagens em tons de cinza ajudavam o ambiente a ficar ainda mais aconchegante. Havia, também, uma lareira que ela imaginou ser bastante agradável em noites frias.

Não encontrou qualquer sinal de tecnologia. Sem televisão, computador ou telefone à vista. Era um lugar para a solidão.

Notou uma porta ao lado da estante e supôs se tratar de um quarto. Do lado oposto, outra porta levava a cozinha e foi para lá que Carla se encaminhou com passos largos. Maria foi em seu encalço e a viu sumir por trás de outra porta e retornar um minuto depois com uma garrafa de vinho empoeirada nas mãos que depositou sobre a pia, indo abrir uma gaveta em seguida.

— Eu não vou morder se você fizer uma pergunta, sei que está curiosa. Vejo isso em seu olhar — Carla falou, ainda compenetrada em procurar algo na gaveta, então se voltou para a amiga com um saca-rolhas na mão. — Poderia fazer o favor?

Maria tomou-lhe o saca-rolhas e abriu a garrafa com a testa franzida.

— Pela sua familiaridade com o ambiente, suponho que não é a primeira vez que vem aqui.

Carla lhe enviou um sorriso apático e retirou duas taças do armário, puxou uma cadeira e sentou-se observando a amiga enchê-las e se juntar a ela na mesa.

— Supõe corretamente. Esta casa é minha — contou após saborear um gole de vinho com um sorriso satisfeito, embora fosse possível, para um observador atento, notar um traço de nervosismo nele.

Maria arqueou uma sobrancelha, aprovando a bebida também e aguardou que ela concluísse.

— Gosto de vir aqui para pensar. Quando Marcos me pedia para viajar e cuidar dos seus negócios no exterior, sempre tirava alguns dias para ficar aqui.

— E me deixava morrendo de preocupação pela a ausência de notícias! — lhe enviou um olhar zangado, seus lábios comprimindo-se em desgosto.

Carla riu fracamente e pousou a mão sobre a sua, carinhosa.

— Me perdoe, só queria ficar um pouco sozinha. Precisava conversar comigo mesma.

— Pelo visto, — a índia olhou para a garrafa — as conversas eram longas e regadas a vinho.

— Nem tanto assim. Sabe que raramente tomo mais que duas taças.

Maria deu de ombros e se recostou na cadeira, cabisbaixa.

— Não podia conversar comigo? — quis saber.

Carla aumentou a pressão em sua mão.

— Sempre existiram coisas sobre as quais não queria lhe falar, não por falta de confiança, isso sempre foi pleno entre nós, mas porque queria lhe poupar. Afinal, meu trabalho e minha vida, sempre tiveram alguns aspectos monstruosos. São coisas que, pretendo, você nunca saiba e, espero, nunca voltar a fazer.

Maria a fitou, mergulhando no mar revolto em seus olhos. Compreendia o que ela dizia. Por fora, Carla era fria e calma, mas seu interior era como um vulcão expelindo larva como se tivesse a fúria dos deuses. Ela sempre deixou claro que preferia não lhe contar alguns aspectos de seu trabalho e Maria sempre se sentiu satisfeita com isso, pois, como tinha dito a Diana, não tinha estômago capaz de suportar a realidade.

— Achei que você o tivesse matado — comentou e percebeu a confusão no olhar da amiga. — Falo do rapaz lá fora com Carolina. Bento, não é?

— Sim, é ele. Mas, porque pensou que o tivesse matado?

— Ouvi Tito conversando com Júnior no celular, no dia em que ele trouxe os guarda-costas para render os homens que Marcos havia deixado para proteger a casa. Ele achou que não havia ninguém por perto e conversou sem reservas. Sinceramente, achei que tivesse dado cabo da vida dele, Tito parecia estar certo disso.

Carla despejou mais vinho em sua taça, analisando a amiga com interesse. Maria era uma bela mulher. Tinha a tez morena, olhos grandes e negros, a boca pequena de lábios grossos. Os cabelos longos e lisos estavam presos em um rabo de cavalo frouxo que escorregava por seus ombros charmosamente. Perto dos quase um metro e oitenta de Carla, ela era pequena e frágil, mas era apenas aparência.

Maria era doce e amorosa, mas também era uma fera, uma lutadora.

Fitando seu olhar penetrante, Carla recordou o dia em que se reencontraram com um misto de ódio e alegria pelas brincadeiras do destino. Fazia quinze anos que tinham se visto, mas foi impossível não reconhece-la quando a viu atacar o ex-marido, que a agredia no meio da rua, com unhas, dentes e pontapés, exatamente como fazia quando brigavam sério na aldeia em que viviam na infância.

O eco do seu riso infantil e as lembranças das brincadeiras que compartilharam lhe visitaram nos poucos segundos em que assistiu a confusão.

Carla tomou partido naquela briga e Jonas ganhou algumas costelas quebradas e um ultimato para nunca mais cruzar o seu caminho ou o de Maria sob pena de uma morte horrível. O rapaz não teve dúvida em cumprir o proposto, pois sabia muito bem quem era ela.

Naquele dia, Maria foi morar com ela e, aos poucos, Carla viu os hematomas que marcavam sua pele desaparecerem, ganhou peso e tomou formas, a tristeza e apatia em seu semblante deu lugar a alegria e ao riso fácil que preencheu de vida a casa e o coração da loira que, finalmente, voltava a se sentir um pouco normal após um longo período negro em que mergulhou no submundo do crime e de sua alma.

Maria gostava de atribuir a Diana a melhora no comportamento da amiga, mal sabia ela, que Carla a enxergava como a verdadeira responsável por começar a pôr sua vida nos trilhos, começando a derreter o gelo que havia tomado conta de seu coração.

Carla fez uma pequena careta, afastando as lembranças, e respondeu:

— Deixei que pensassem que isso realmente tinha acontecido, mas o libertei e mandei que viesse para cá.

— Por quê?

— Porque não posso querer ter o amor de Carolina destruindo as pessoas que ela ama. Sim, poderia ter matado ele e que bem isso me faria se a mulher que amo viesse a descobrir um dia? Ela já me odiou e planejou a minha morte por me culpar por isso, mesmo sabendo que não tinha tido qualquer responsabilidade. Imagine como seria se fosse verdade.

Maria já tinha pensado à respeito quando pensou que ela o tinha matado mesmo, após ouvir a conversa de Tito. Na ocasião, sentiu o coração terrivelmente pesado e triste pela a amiga e por Carolina também, já que a moça tinha confessado seus sentimentos por Carla entre muitas lágrimas.

Carolina tinha lhe falado do seu medo de se entregar ao que sentia pela loira e acabar descobrindo que havia se tornado igual a sua mãe, amando alguém terrível que ganhava a vida destruindo outras. A moça deixou claro que lutaria por Carla e que a tiraria do crime se ela a amasse de verdade e estivesse disposta a mudar.

Maria escondeu um sorriso com a taça. Sem perceber, Carla fez o que Carolina queria e, tinha certeza, aquilo influenciou em sua decisão de segui-la. Sabia, sem sombra de dúvidas, que Carolina escolheria ela. Perguntava-se, apenas, quando iria contar que também a amava.

II

Carolina deixou um risinho feliz escapar e se apertou mais nos braços de Bento. Estavam sentados no batente do alpendre, apenas sentindo o carinho daquele abraço, ouvindo os grilos e o farfalhar do capim sendo balançado pelo vento.

— Ainda não consigo acreditar que você está aqui — ela falou, quebrando o silêncio entre eles.

Era a primeira frase completa que lhe dirigia. Todas as outras tentativas resumiram-se a um conjunto de palavras desconexas regado a lágrimas.

— Como isso aconteceu? Eu te vi… — sua voz falhou, mas engoliu o choro que ameaçava dominá-la outra vez e continuou — morrer.

Percebeu a respiração dele ficar mais pesada.

— Não podemos só curtir este momento? Estou tão feliz!

Carolina se afastou um pouco e buscou enxerga-lo melhor na escuridão que os cercava e um vento gélido a envolveu lhe trazendo saudade daquele contato.

— Tudo bem, mas ainda quero saber o que aconteceu.

— Amanhã. Prometo.

A lâmpada de uma luminária fixa ao lado da porta se acendeu e iluminou o casal. Carolina pôde, finalmente, observá-lo direito. Notou que estava mais magro, os cabelos mais compridos, a barba por fazer. Tinha uma aparência abatida, mas a presenteou com um sorriso largo e isso aqueceu seu coração. Ela tocou-lhe os anéis ondulados de seus cabelos e escorregou os dedos por seu rosto suavemente.

— Senti tanto a sua falta…

Ele sorriu e depositou um beijo rápido em seus lábios. Uma expressão apaixonada tomou conta de sua face quando se afastou, mas logo adquiriu um ar sombrio fitando algo às suas costas. Carolina se voltou para a direção que olhava e encontrou Carla recostada à porta com uma taça de vinho na mão. A criminosa ergueu a taça cumprimentando os dois e retornou para o interior da residência.

Por um segundo, sob o peso do seu olhar frio, Carolina se sentiu desconfortável por ela a ter visto beijar Bento.

— Essa mulher… — o amigo começou a falar, mas calou-se de repente e se colocou de pé, estendendo a mão para ela que aceitou de pronto e entraram na casa.

Carla estava recostada na pia com olhar fixo no interior de sua taça, apesar da aparente neutralidade de sua face, Carolina reconheceu algumas micro expressões. Ela aparentava estar triste.

Carolina soltou a mão de Bento e se aproximou dela. Beijou sua face suavemente, aspirando o perfume gostoso de sua pele, amando-a ainda mais naquele momento.

— Obrigada.

Os lábios de Carla curvaram-se levemente e Carolina apontou para a taça em sua mão.

— Posso?

Carla lhe entregou a taça e a morena provou o vinho com um sorrisinho de aprovação, recebendo um olhar curioso de Bento que se recostou à parede. Maria secou sua própria taça de um gole só, abriu um sorriso largo e disse em tom jocoso:

— Agora, você faz parte do clube do vinho. Posso, finalmente, fazer comentários maldosos!

Carolina riu gostoso e deu de ombros, recordando de quando a acusou de ser amante de Carla, referindo-se as conversas que tinham na biblioteca degustando vinho.

— Como se isso tivesse sido empecilho para você me causar vergonha antes. Nunca vai esquecer aquela troca insensata de palavras, não é mesmo?

— Pode apostar que não.

A índia ampliou o sorriso, pegou a garrafa vazia e a balançou no ar se voltando para Carla que olhava distraída para a escuridão além da janela.

— Será que existe outra dessa por aí? Depois da semana que tivemos, merecemos um pouco de alegria!

Carolina concordou, retornando para o lado de Bento, deixando-o envolver sua cintura possessivamente. Carla apontou para a porta a um canto e Maria foi em busca de outra garrafa, retornando um minuto depois.

Carolina não havia devolvido a taça de Carla e esta recusou quando Maria fez questão de pegar outra, dizendo que precisava de descanso, pois ainda não se sentia bem e se retirou para o quarto.

III

Bento se espreguiçou e olhou para Carolina que ainda estava adormecida no sofá. Se colocou de pé devagar para não a acordar. Tinham passado quase toda a noite conversando ou simplesmente em silêncio sentindo o calor das mãos entrelaçadas. Acabaram por dormir ali mesmo, abraçados, enquanto Carla e Maria se alojaram no único quarto da casa.

Ele caminhou até um dos cantos da sala onde havia um enorme baú, o abriu e retirou dele uma mochila. Analisou seu conteúdo com cuidado. Entre alguns pares de roupas, encontrou o que procurava e guardou no bolso da calça que vestia. Seu olhar se prendeu no horizonte além da janela por alguns minutos, então tomou sua decisão. Colocou a mochila nas costas e caminhou até Carolina. Ajoelhou-se ao seu lado e sorriu, embebido na felicidade de estar com ela novamente.

Quando Santiago o encontrou, ele estava machucado, desorientado e cheio de medo. Acreditava que Marcos havia matado Carolina, então ficou sabendo que ele a poupou e deixou sob os cuidados de Carla, a mulher que Carolina odiava e desprezava com toda a força de sua alma. Para ele, aquilo lhe pareceu um castigo pior do que a morte. Imaginava o medo, o desespero e os castigos pelos quais a moça devia estar passando e se atormentava ainda mais por ter sobrevivido e não ter sido capaz de protege-la como prometeu.

Quando Santiago insinuou que Carla a queria usar como amante e depois descarta-la, se sentiu enojado e foi invadido pelo ódio. Sua melhor amiga, a mulher que amava desde a infância, tinha sido reduzida a concubina de uma assassina vil.

Sem hesitar, aceitou a proposta de falsificar os documentos que Santiago necessitava para incriminá-la e destruir sua vida. Em troca, ele e Carolina estariam livres.

Logo que terminou o trabalho, descobriu a traição. Santiago tentou mata-lo, mas, outra vez, a sorte interviu e ele conseguiu escapar. Desde então, fugiu de um lugar para outro com os homens dele em seu encalço, mas não foi muito longe, pois planejava resgatar Carolina na primeira oportunidade que tivesse. Então, foi surpreendido ao ser capturado pelos homens de Carla.

Soube que morreria de fato assim que a viu. Porém, ela o surpreendeu.

— E agora, o que acontece comigo? — questionou, já sabendo a resposta antes mesmo das palavras dela confirmarem.

— Agora você continua morto — a viu sorrir com malícia.

Não se lembrava bem do que havia acontecido em seguida, pois perdeu os sentidos quando ela o socou. Quando recobrou a consciência, estava sendo jogado para fora de um helicóptero.

Carla o conduziu até aquela casa e soltou suas mãos em silêncio.

— É aqui que vai me enterrar? — perguntou com desgosto.

Ela enfiou as mãos nos bolsos da calça e alguns fios de seu cabelo se rebelaram contra o vento forte. Ao longe, o motor do helicóptero rugia furiosamente.

— Não precisava vir tão longe só para mata-lo — respondeu.

Ele a observou confuso. Por um instante, pensou se tratar de outra mulher. Era fria ainda, mas havia algo diferente em seu olhar. Por fim, rejeitou aquela sensação, ela ainda era uma assassina que havia aprisionado Carolina e, provavelmente, a estava levando a viver os piores momentos de sua vida.

 Se quiser continuar vivo, fique aqui por uma semana. Trarei Carolina em alguns dias — atirou aos pés dele a mochila que carregava quando seus homens o capturaram.

As sobrancelhas dele uniram-se formando uma espessa linha de pelos acobreados.

— Como posso…

— Você não pode — ela o interrompeu. — Vai ter de confiar. Em uma semana ou menos estarei aqui com Carolina.

Deu-lhe as costas e começou a caminhar de volta para o helicóptero, mas se voltou quando a voz dele a alcançou.

— Por que não me matou?

— Porque você já está morto. Permaneça assim por mais uma semana e, talvez, consiga retornar a vida.

Sem saber o que havia realmente acontecido nem o que fazer, ele esperou. Ela havia cumprido sua palavra, mas isso não significava que confiava nela.

Sacudiu Carolina com carinho até que despertasse e recebeu um sorriso largo desta.

— Já amanheceu? — perguntou sonolenta.

— Não — sussurrou e a fez se levantar e segui-lo para fora da casa.

O dia já dava indícios de sua chegada no horizonte, já era possível ouvir o canto de alguns pássaros madrugadores. Bento segurou firme na mão dela e caminhou decidido para longe da casa por alguns metros até que Carolina o fez parar.

— Para onde vamos?

— Embora. Vamos fugir, enquanto ela ainda dorme — tentou recomeçar a caminhada, mas Carolina fincou o pé no chão e soltou sua mão. — Não temos tempo, Carol. Precisamos ir antes que o dia amanheça…

— Do que está falando? Não precisamos mais fugir.

— Enquanto não pusermos um mundo de distância entre nós e essa mulher, não estaremos seguros. A qualquer momento, ela pode se cansar dessa brincadeira e nos matar. Aliás, acho que é por isso que nos trouxe aqui.

Passou as mãos pelos cabelos, nervoso.

— Tenho vontade de rasgar o pescoço dela só de imaginar o que você deve ter sofrido.

— O que acha que eu sofri?

Ele deixou um suspiro irritado escapar.

— Não temos tempo para isso, Carolina. Não precisa ficar com vergonha, certo? Eu sei de tudo, Santiago me contou. E, te prometo, não vou deixar que ela volte a te tocar nunca mais.

— Do que você está falando e que história é essa sobre Santiago?

— Droga, Carolina, não é hora para isso. Temos de ir!

Tomou a mão dela novamente, mas Carolina não se mexeu e ambos se voltaram surpresos ouvindo a voz de Carla a poucos metros deles. A fraca luminosidade do dia que se iniciava permitiu-lhes ver que ela havia retirado a tipoia que prendia seu braço e a ausência de rugas em suas roupas assim como as olheiras que tinha, deixava claro que não havia dormido.

— Bom dia! Indo embora sem se despedirem? — ela deu alguns passos em direção a eles, mas Bento retirou um revolver do bolso da calça e mirou nela.

— Se der mais um passo, eu atiro.

Carla parou e cruzou os braços, sentindo uma mistura de raiva e divertimento.

— Bento, larga isso! — Carolina tentou tira-lhe a arma, mas ele a empurrou para o lado, mantendo sua mira firme.

Carla sorriu, despreocupada. Baixou a cabeça e chutou uma pedrinha.

— Você não precisa disso, Bento. Se quiser partir, é só virar as costas e caminhar — informou, sentindo o coração pesado.

— Assim tão fácil?

— Exatamente.

Ele riu, descrente.

— Sinto muito, mas não acredito.

Ela deu de ombros.

— É um direito seu — seu olhar se voltou para Carolina e engoliu a angustia que lhe tomava. — Fico feliz por você.

Carolina deu um passo na direção dela.

— Isso não passa de um mal-entendido — disse e sentiu a mão de Bento aprisionar seu braço, impedindo seu avanço.

— Não há mal-entendido algum — informou ele, confuso com a atitude de Carolina. — Olha, não tenho a mínima ideia do porquê você não me matou àquele dia, nem me interessa. Você cometeu um erro ou, imagino, que deva ser uma espécie de jogo de gato e rato. Uma diversão. Você é o gato que deixa o rato ter a sensação de liberdade, então dá o bote e o devora.

Puxou Carolina para mais perto.

— Bento, para com isso. É você que está cometendo um erro, Carla não irá nos machucar.

— Droga, Carol! Seja lá o que ela te fez, não precisa mais ter medo dela — afirmou com voz alterada, sem retirar os olhos de Carla. — Nós vamos embora e você não pode nos impedir, pois desta vez vou me certificar de que isso não aconteça — engatilhou a arma e disparou no mesmo instante em que Carolina pronunciou um sonoro “Não”.



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