Diferentes?

Capítulo 24 – Um sábado como outro qualquer

A semana transcorria tranquila, cada vez a minha felicidade aumentava com as surpresas e a atenção que Sophia dispensava a mim. Na quinta-feira, Mel voltou para São Paulo, pois na outra semana retomaria as aulas e disse que teria que por as matérias em dia. Parece que as coisas corriam bem entre ela e a Lucy. Elas haviam acordado de intercalarem os fins de semana e cada uma dispensaria um final de semana na cidade da outra. Sophia já colocara a venda o apartamento da Urca e Cássio começava a me dar nos nervos. O cara decidiu que queria ser o marido de Sophia, a qualquer custo. Ligava a todo instante para ela, pedindo para conversarem com a desculpa de resolverem as pendências, mas sempre marcava a noite e acabava levando-a em algum restaurante chique ou queria que ela fosse encontra-lo em seu flat. Lógico que lá ela não foi, mas aquilo estava me tirando do sério. No sábado, ela passaria a manhã no escritório de seu advogado para entregar uma documentação e definir qual o teor da separação. Evidente que o “bonitão” estaria lá com o seu advogado também e eu estava irritada. Eu estava na TPM e doida para minha menstruação chegar, pois estava insuportável! Não estava aguentando a mim mesma. Disse a Sophia que almoçaria com Donna e se ela quisesse, quando saísse da reunião, ela me ligasse para saber onde estávamos. Bem da verdade eu nem queria sair de casa e acabei chamando a Donna para almoçar lá mesmo. Ela disse que levaria a Beth e pela primeira vez, vi que estava perdendo meu “muro das lamentações”, pois a Donna em nenhum de seus relacionamentos anteriores fez questão de uma convivência comigo. Na verdade, quando eu a chamava para sair, esse era o momento de Donna escapar das namoradas alegando que era conversa de desabafo da amiga, no caso eu, e que a garota não poderia ir. Sabia que era só desculpa da Donna, mas nunca achei ruim, pois a gente ficava a vontade e podíamos falar o que quiséssemos uma para a outra. Como ia ser agora com a Beth a tiracolo? Eu estou na TPM mesmo e chata pra caramba!

A campainha tocou e fui atender. Donna me deu dois beijos e entrou largando-se no sofá. Beth me olhou ainda na porta com cara de “porra, ela me deixou no vácuo com você”.

— Entra, Beth, e se acostuma, porque comigo ela é mal educada assim mesmo.

Beth revirou os olhos, me deu dois beijos também e entrou.

— Já vi.

— Não sou mal educada, sou íntima. Fazer o que, né? O que tá pegando? Você “tava” com uma voz de ogro saindo do poço de lama no telefone.

— Senta, Beth. – Falei displicente, enquanto sentava na poltrona de frente ao sofá. – Ah, sei lá! Tô chata hoje.

— Chata você sempre foi e nem por isso você fica com aquela voz.

— Acho que não devia ter vindo. Vocês querem conversar eee…

— Senta aí, Beth!

Eu e Donna falamos ao mesmo tempo e rimos.

— Aliás, você bem que podia me ensinar a técnica de extrair coisas do íntimo das pessoas, eu faria a festa com certas pessoas.

— A Beth! Iii! Vai tirando o cavalinho da chuva, ela não abre nem para mim e olha que já tentei até “dar” para ela, para que me ensinasse.

— Pois você vai ter que fazer melhor do que isso, pois me “dar” você já faz de graça.

— Que é isso, amor! Olha o respeito com a minha amiga! E eu não dou para você, eu faço amor.

Donna falou sorrindo e piscando os olhos para Beth, enquanto tirava a sandália e jogava as pernas em cima do colo dela. Eu comecei a rir. Pelo visto, elas continuavam implicando uma com a outra.

— Só “tô” de mau humor mesmo. Minha menstruação já devia ter chegado e o marido da Sophia resolveu, agora, que ela é a princesa do castelo dele. Fica “enchendo o saco”, ligando e querendo encontrar toda hora com ela.

— Pelo menos, você nunca atendeu um telefonema dela escorraçando, achando que falava com ele como já aconteceu de você “cair de porrada” nela achando que era o Marcos.

— Eu não tinha nada com ela na época e se eu escutasse ela escorraçando ele pelo telefone, eu ia ficar na boa. Eu até gostaria de saber.

— E o Marcos? Não te ligou mais?

— O chato ligou, mas agora ele tá partindo para a grosseria.

— Partindo para a grosseria como?

A Rizzoli perguntou.

— Ele ligou anteontem de um número que parecia ser de telefone com prefixo do centro. Atendi achando que era de alguém da Grasoil e ele perguntou com quem eu estava. Ele deu a entender que sabia que eu estava com alguém e se achou no direito de vir me questionar.

— Ih, Cléo! Esse cara não bate bem da bola, não. Toma cuidado que ele tá com perfil de psicopata.

— Cléo, a Donna tá brincando, mas eu realmente acho que você tem que tomar cuidado. Na delegacia, ele perdeu completamente o controle e tivemos que deixa-lo na sala de interrogatório algum tempo até ele se acalmar e podermos falar com ele. Cheguei a pedir para um psicólogo que trabalha lá para me acompanhar.

— E?

— E nada. Só toma cuidado. Se você quiser, por conta da ação restritiva que você pediu contra ele, eu posso falar com uns amigos para averiguarem. Aliás, eu queria também falar com a Sophia. Ela não vai contratar seguranças particulares para ela?

— Ela disse que não queria. Fala que não sabe como fazer e em quem confiar. Teimosa!

— Louca, isso sim. A mulher já sofreu um atentado e depois foi sequestrada de verdade. Como ela acha que vai se proteger? Ela ainda tá naquele apartamento do Leblon? – Perguntou Donna.

— Tá.

— Cléo, diga para Sophia que se ela quiser, eu tenho contatos. Conheço uma empresa de segurança que é especializada em segurança pessoal. São discretos e selecionados criteriosamente. Na realidade, é a única empresa em que confio.

— Me passa o telefone deles, Beth. Se ela não quiser de imediato, vou tentar convencê-la. Vou ligar para lá e saber como eles atuam.

— Falando de coisas agradáveis, vamos dançar hoje?

Donna toda animada queria me convencer a sair para dançar. Se bem que… Não seria má ideia, pois sempre que danço, meu humor sobe e fico super para cima.

— Mmmm, tá aí. Eu gostaria, mas sinceramente, não sei se a Sophia toparia.

— Fala para ela que eu vou estar lá na boate. Olha para minha cara de “tô super a fim de dançar”! Diz que ela vai ter companhia de copo.

— Como é que é, Beth? Você não foi para uma boate dançar com a Donna no dia que jantaram juntas?

— Eu queria pegar a Donna e ela “tava” a fim de dançar. Raciocínio lógico. Quero pegar e ela dançar. Bebida rola e eu pego, sacou? Então, não posso reclamar agora que a gente ficou sério. Eu vou, ela dança e eu fico de olho. Se tiver alguém que confio para dançar com ela, “tô no lucro”. – A Beth riu e acariciou a perna de Donna.

— Viu como ela me trata, Cléo?

— Vi. Não tem “mimimi” e acho que você precisava de alguém assim.

— Ei! Você é minha amiga e não dela!

A Beth riu um risinho sarcástico e puxou a Donna para um beijo. Donna ficou com aquela cara de idiota que eu fico quando estou com a Sophia e eu fiz cara de nojo.

— Agrrr! Que é isso Donna? Toda “melenguenta”!

— O quê?

— “Cê” tá com cara de idiota!

— E como você acha que fica com a “poderosa olhar de tsunami”!

— Mas eu sou assim. Você assim é nojento!

— Nojento é você, toda hora “Ai, a Sophia! Ai, a Sophia”!

Rizzoli começou a gargalhar e a seguimos.

— Vocês duas juntas são “figuraças”!

— Você ainda não viu nada. – Donna falou, forçando a parar de rir. – Mas e aí, vai chamar Sophia? Leva essa mulher para a vida, Cléo!

— Calma, mulher! Quer assustar a “bichinha”? Quando ela ligar, se ela vier para cá, eu falo com ela.

— Já fez o almoço?

— “Tô” na TPM e querendo uma coisa hard. Fiz um cozido e cozinhei desde manhã, falou?

— Você disse que não sabia se ia comer em casa.

— Eu menti. Não “tava” a fim de sair, ok?

— Amo essas ações criativas.

Beth falou displicente e eu e Donna olhamos para ela, surpreendidas.

— Que foi? Eu adoro cozido, galera!

— Essa é minha garota!

Donna falou, já puxando a Beth para outro beijo. Fiz cara de enfado, pois achava que isso não combinava com Donna. Mas fazer o que, né? Ela ficava toda derretida com a morenona.

Meu celular tocou e vi no visor que era a Sophia.

— E aí, amor? Já tá livre?

…………………….

Resultado, Sophia foi lá para casa, comemos e as meninas foram embora me deixando com a tarefa de convencer Sophia de ir a uma boate. Falei com Donna para escolher uma que a música fosse mais compreensível, ou seja, nada de só eletrônico ou qualquer coisa que o povo chamava hoje em dia. Antes o estilo de música mudava de tendência a cada década, hoje, de ano em ano, havia diferentes estilos surgindo. Mesmo eu que gosto de dançar, não conseguia mais acompanhar as mudanças. Era um tal de Trip Hop, Tech Step, Tribal, Industrial, Hard House, Hardcore, Hardcoretechno… Ufff! E tantos outros que, vamos combinar que, eu não entendia a diferença da maioria.

A Donna ligou, dando o endereço do local e a Sophia até que não foi muito difícil de convencer. Acho que ela estava a fim de sair para a vida de verdade. Só queria ver a cara dela quando chegasse lá, pois eu não confiava muito na Donna quando ela falava que o lugar era “mega legal, gente”!

Saímos por volta das onze da noite e não demoramos muito a encontrar o local. Era na Gávea e parecia bem “estiloso”, mas acho que a gente errou o horário, porque chegamos e estava super vazio àquela hora.

Procuramos logo um lugar para sentar e olha que não foi nem um pouco difícil. O lugar estava parecendo cemitério à meia-noite. Gente viva, só nós mesmas. Outra coisa que eu não entendia… Será que eu tinha que dormir antes de sair para chegar de madrugada nos “agitos”?

— Vamos beber alguma coisa?

— Compra um whisky para mim.

Eu a olhei fazendo uma cara interessada e um risinho nos lábios.

— O que foi?

— Só acho legal conhecer seus gostos. Não sabia que gostava de whisky.

Ela sorriu também, pois estávamos nos conhecendo verdadeiramente. No almoço, Sophia comeu de repetir e eu amei. Ela disse que gostava de cozido e só não o comia com frequência, pois não queria “desandar”. Palavras dela, e entendam, jeito “Sophia” de expressar.

— Não sou exatamente fã de whisky, mas de vez em quando… – Deu de ombros. Eu sorri.

— Deixa-me fazer sua vontade hoje, “Poderosa”.

— Umh?? – Ela me olhou interrogativa.

— Deixa para lá.

Meneei a cabeça e fui comprar as bebidas. Ainda me sentia meio envergonhada de falar para ela como eu me referia a seu respeito, quando conversava com a Donna. Comprei duas doses de whisky e retornei. Na verdade, também não era muito afeita a whisky, mas na noitada estava valendo.

— Donna falou que iria chegar a que horas?

Suspirei.

— Bem, você quer saber o que ela falou ou a verdade? – Ela me olhou confusa. – “Deixa eu” explicar. Quando Donna fala onze e meia, na verdade ela quer dizer meia-noite e meia ou até uma hora da manhã. – Dei de ombros — Vai saber. Mas talvez, agora com a Rizzoli, ela entre nos eixos.

— Quem? Cléo, você está bem?

Eu a olhei e sorri.

— Estou. – Sentei-me a seu lado, dando um beijo na testa. – Acho que temos algum tempo até elas e os meninos chegarem então, irei contar algumas histórias a você…

Contei quem era Rizzoli, Isles e a poderosa olhar de falcão. Ao final, ela não parava de rir.

— Jesus, Cléo! Vocês tem uma criatividade incrível. Nunca pensou em mudar de área?

— Como assim?

— Deveria escrever um livro e não dar consultoria.

— Acha que faço mal o meu trabalho? – Perguntei assustada.

— Claro que não, mas criativa desse jeito, você poderia rivalizar com Joanne Kathleen Rowling. “Poderosa olhar de falcão”? Por quê?

— Foi a primeira coisa que me chamou atenção em você. Não seus olhos, mas o seu olhar. A expressão deles.

Ela diminuiu o riso e nos encaramos. Ela me olhava intensa e eu… eu toda boba mergulhada em seu olhar.

— Pois eu reparei seus olhos e me apaixonei por eles, antes de saber como era… que pessoa era você. Eles me transmitiam segurança e me serenavam. Eu mergulhava em seus olhos como um náufrago sabedor do destino e ávido por salvação.

Essa mulher queria ganhar o prêmio “melhor amante do ano”, vocês não acham? Segurei seu rosto entre minhas mãos e a beijei com força. Ela me segurou pela cintura, estreitando nossos corpos e reconduziu o beijo para algo como um acariciar de línguas, lábios. Alguém bateu em minhas costas e pulei no sofá.

— Donna! Quer parar de me assustar?!

— Não. Amo fazer isso. – Donna se dirigiu a Sophia. – Oi, Sophia. O que achou do lugar?

— Gostei do espaço, mas a música…

Sophia balançou a cabeça de um lado para o outro, querendo dizer que estava mais ou menos.

— É, eu sei. O estilo de hoje é eletrônico, mas no domingo é um pouco diferente. É mais a nossa cara, mas hoje, os DJ que vão tocar, são mais tranquilos no eletro. Tocam “house” e até remix antigo. De vez em quando, aqui no sábado, rola um eletro hard mesmo.

— Tudo bem. Há muito tempo que não faço nada neste estilo, acho que vou gostar. Sair é sempre bom. – Ela sorriu.

— Os meninos não chegaram?

— Ainda não, Donna. – Respondi.

— Vou ligar para o panaca do Erick. Aposto que está com “viadice”.

— Não fala assim, Donna. – A recriminei.

— Falo sim e já falei com Erick também. Não me meti em uma briga com aqueles babacas, para que ele se enfiasse dentro de casa com medo do mundo. “Se ficou” com problema de cabeça, vai cuidar então e não fica “arrotando” que tá legal.

— Sabe como está o processo de vocês?

— Na mesma. A nossa justiça tem prazos e mais não sei o que, mas o que estou vendo é que não andou quase nada. – Donna falou.

— Ainda tem pouco tempo, gente. — Sophia esclareceu. – Existem trâmites que não tem forma de adiantar.

Donna ligou. Eu sempre me espantava com a facilidade que ela tinha de ficar íntima das pessoas. Depois da briga com os pitboys e depois do sequestro, ela havia estreitado, e muito, a amizade com os dois. Ela ligou e eles falaram que estavam chegando.

A noite transcorria legal e fomos para a pista. A música realmente não era a nossa cara, mas dava para dançar. Eu estava me acabando e a minha “olhar de falcão” me surpreendeu. Dançava sem parar e com desenvoltura. Quando tocou uma musica remixada que ela gostava, arrasou na pista. Mais tarde, ela me contou que assistiu a um filme que mexeu muito com ela, no qual, essa música fazia parte e cujo nome era “Imagine eu e você”. Pois então, eu também assisti a esse filme e, creio que nós já tínhamos alguns sinais de nossa “lesbianice” chegando e não nos demos conta. “Flores raras” e “Imagine eu e você” já eram dois filmes lésbicos que assistimos, não é mesmo, gente? Apesar de que, “Flores raras” ela leu o livro e não assistiu ao filme, mas dava no mesmo. Acho que tinha que desfazer também de alguns conceitos que havia criado na minha cabeça sobre ela. Ela estava linda e despojada e dançava divinamente.

Uma coisa que não me agradou quando conversamos sobre isso, é que a atriz de “Imagine eu e você”, me lembrava muito ela, mas a garota que contracenava, não parecia em nada comigo. Vocês acham que isso é ciúme exagerado? Dane-se! Eu não gostei mesmo de fazer essa comparação em minha cabeça. Mas nem venham com comparações com essa “atrizinha” do filme, que contracena com a atriz que parece a minha poderosa, tá legal?

Em dado momento, me aproximei e ela me abraçou dançando. Sorriamos uma para a outra e nos beijamos. Não queríamos saber do mundo a nossa volta. Depois de algum tempo, voltamos a nos sentar.

— Que bom que lembraram que havia gente na mesa.

— Para de resmungar, Erick. Vocês foram eleitos para segurar a mesa porque ainda não podem chacoalhar. Nada mais justo. – Falei.

— Ele tá de onda porque tá doido para dançar. Sossega que você tá no lucro, já pode até beber! – Donna mexeu com ele.

–Tá vendo, Dago! É só dar intimidade que essas “sapatas” já abusam! – Erick retrucou rindo.

— Ei, projeto de cinderela! Mais respeito que sua chefe está aqui!

— Donna… – Sophia ia rebater, mas foi silenciada.

— Shiiii. Fica quieta, Sophia, que essa é a minha munição.

— Não liga, Sophia, e não contraria que, daqui a pouco, ela vai chamar você de “sapata” também.

Beth advertiu dando uma golada em sua bebida e recebendo um empurrão de ombros de Donna.

— Ei! Você tinha que me defender!

— Eu? Meu amor, eu estou de folga e agora quero mais é que me defendam. Liguei o off na hora que saí da delegacia.

Beth olhou cínica para Donna e sorriu dando outra golada na bebida. Donna puxou Beth para um beijo antes mesmo dela pousar o copo para a mesa. Separaram e Donna falou;

— Se você não parar de me contrariar, faço greve uma semana e você sabe que cumpro.

Beth olhou para o teto, pensando na ameaça e voltou novamente a olha-la.

— Tá bom. Eu defendo só um pouquinho – Rizzoli estreitou o indicador e o polegar em frente aos olhos de Donna, demonstrando o pouco que ela iria defender — mas não força muito.

Ela abriu um sorriso debochado e Donna voltou a beija-la. Erick e Dago já faziam cara de nojo e eu e Sophia sorriamos. Puxei Sophia para se acomodar de costas em meu peito.

— Beth. – Sophia chamou, fechando um pouco o cenho.

— Oi, fala.

— Eu gostaria de te pedir uma coisa.

— Se é em relação a sua filha, fica tranquila. Eu não tenho nada com isso. A Lucy é minha amiga e parceira, mas com relação ao que vocês duas tem, — Beth apontou para mim e para Sophia. – não me diz respeito, então nem com ela eu comento. Ela sabe que vocês tiveram algo antes do sequestro, mas eram informações ligadas a investigação e, com certeza, ela não vai revelar. Ela pode até achar que vocês continuam juntas, mas não vai me perguntar nada, pois não vai querer ficar numa “saia justa” com Melissa, então vai evitar ao máximo saber.

— Mmm. Obrigada. Ainda estou em processo de separação e quero conversar com calma com a Melissa.

Saímos bem tarde da boate e nos divertimos muito. A noite foi maravilhosa e terminamos em casa de forma igualmente maravilhosa.



Notas:



O que achou deste história?

Deixe uma resposta

© 2015- 2021 Copyright Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem a expressa autorização do autor.