Diferentes?

Capítulo 43 – Dores acumuladas

– Ok. Vamos entrar no banho e conversaremos confortavelmente sobre isso.

Ops! Senti o clima mudar no ambiente. Eu não era uma mulher ingênua. Como já disse muitas vezes a vocês, ao longo desta história. Embora ela fosse minha futura esposa, estávamos agora em um terreno de finanças e negócios. Foi isso que eu percebi, pelo tom dela.

Ela deixou seu roupão resvalar pelos ombros despindo-se, segurando-os logo em seguida e pendurando-os no suporte. Tudo bem que essa visão era divina. Ver seu corpo se desnudando devagar e revelando os atributos que amava tanto, tirou-me um pouco o ar. Engoli em seco, mas me aprumei.

Percebi um leve sorriso no rosto em um átimo de segundo para, logo em seguida, voltar ao seu controle. Minha porção “empresária observadora” me dava vislumbres do que estava por vir.

Muito bem… Ela queria brincar de seduções e juntar isso com os negócios? Que assim fosse. Afinal, éramos amantes e negociadoras, então estava valendo. Deixei que ela se acomodasse na hidro e comecei a me despir de frente para ela. Meu vestido tinha um cadarço que trançava pela frente, vindo desde o abdômen, até terminar em um laço na intercessão de meu busto. Puxei a ponta do laço, afrouxando com as mãos suavemente o trançado e deixando aparecer os contornos de meus seios. Segurei as alças de cada ombro puxando-as, e deixando que o vestido deslizasse até o chão. Dei um passo à frente para sair completamente do vestido e abaixei para pegá-lo, no chão. Estava de calcinha e sandálias de salto. Este fato, me lembrou alguns filmes em que a protagonista fazia “striptease” e quase sorri, mas consegui manter a minha postura resoluta, de não parecer mais que um  simples ato de me despir para entrar na banheira.

Apoiei uma de minhas pernas na borda da hidromassagem para retirar a sandália e logo em seguida, fiz a mesma coisa com a outra. Algumas vezes olhava de soslaio para Sophia e de vez em quando, pegava certo brilho em seus olhos, mas ela também parecia firme na sua postura de tornar esta conversa algo mais sério e menos sensual. Quando retirei minha calcinha, eu estava molhada. Este suposto embate entre nós estava me deixando excitada e acredito que, ela também estivesse apreciando esta pequena briga, pelo domínio da situação. Reparei que seus olhos cerraram brevemente quando viu meu líquido brilhando em meu sexo exposto no momento em que entrava na hidro. Acomodei-me no lado oposto ao que ela estava.

– Muito bem… Estamos confortavelmente acomodadas. O que quer falar?

Falei suave, porém firme e abri meus braços apoiando-os sobre o encosto da hidro. Ela sorriu breve, porém seus olhos continuavam sorrindo quando começou a falar.

– Eu quero que nosso casamento seja feito em comunhão total de bens.

Merda! Essa mulher era “foda”! Desculpem-me a expressão, mas ela era terrível quando queria surpreender. E acreditem. Eu sei que ela não pensou nisso agora, só para me chocar. Se me revelou neste exato momento, ela já tinha pensado e racionalizado sobre essa situação. Não era algo, que pela sua personalidade, lançasse só para ganhar uma pequena batalha entre noivas. Pela primeira vez, não fiz uma expressão de espanto, pois era sério e eu não queria nunca, mas nunca mesmo, que o dinheiro que ela possuía se intrometesse entre nós. Isto me deixou um pouco contrariada, não tanto pela intenção dela, mas por tudo que poderia representar no nosso casamento.

– Pelo visto, já pensou bastante no que está sugerindo.

Falei calma. Acredito que as expressões do meu rosto e o tom de minha voz, deixou transparecer o quanto este assunto era sério e desgostoso para mim. Continuei a falar no mesmo tom.

– Pensou também, na possibilidade de ser algo, que mais a frente possa causar desentendimento entre nós? Sophia, isso não é, e nunca foi um ponto de discussão para mim. É simples, eu não quero.

– E você poderia me dar o direito de expor, o porque, de ter pensado nisso?

– Posso, mas não acredito que o que venha a falar, possa modificar o que penso.

– Pelo menos, escute. Tudo que tenho, eu conquistei. Com exceção do primeiro valor, que foi dote de casamento… É isso mesmo, minha família é tão… tão tradicional, para não dizer outra coisa, que meus pais deram dote de casamento, aos pais de meu marido e a nós. Lógico que falavam em auxílio inicial e não em dote, mas a filha deles estava grávida e eles queriam o casamento de qualquer jeito… Eu e Cássio dividimos este valor e ele administrou o dele e eu o meu…

Ela deu uma pausa revirando os olhos.

— Quer dizer, em parte. Ele como administrador é um ótimo “médico”! Eu acabava gerindo o dinheiro para ele, mas separadamente. Isso era sensato, pelo modo como nos casamos. Só que eu não quero isso com você. O que você diz que será um fator de desentendimento, eu entendo como uma comunhão total do que sentimos uma pela outra. É lógico que hoje em dia, para que haja comunhão de bens, a justiça exige acordo pré-nupcial. Não é simplesmente, eu dividir o que eu tenho com você e você comigo. Este valor que temos, poderemos administrá-lo juntas e só será realmente meu o que você tem e seu o que tenho, quando uma de nós morrer, de outra forma, será nosso.

– Sophia, eu entendo que você…

– Não. Você não entende. Independente de qualquer coisa, eu sou uma mulher de negócios e fui acostumada a pensar em previsões. Olhar o futuro acima de tudo. Se hoje ocorre alguma coisa comigo, minha herdeira direta é minha filha, mas se passar algo comigo e ela ao mesmo tempo, meus herdeiros diretos, serão meus pais. Eles já têm mais do que necessitam.

– Para. Você quer parar com essa conversa de você… seja lá o que for, que esteja pensando? Não quero que você pense nisso! Chega dessa conversa!

A simples menção de algo acontecer a ela já me agoniava. Por que ela vinha com essa história agora? Tentei levantar para sair da hidro, mas ela me segurou pelo braço chamando minha atenção. Olhei para ela esperando o que falaria.

– Está bem. Não vamos falar sobre isso agora. Vem cá… Fica um pouco aqui comigo!

Seus olhos me pediam súplices.

Eu estava um pouco angustiada e até que, ficar nos braços dela, não era má ideia. Queria tirar esse peso do meu peito, desencadeado pela mera suposição da perda dela em minha vida. Deixei-me levar pelas suas mãos e deitei ao seu lado. Ela passou um de seus braços sobre meus ombros. Eu ainda estava contrariada.

– Não vamos brigar. Tenho tanta saudade de você…

Ela começou a beijar meu pescoço e arrepios eram disparados por todo meu corpo. Uma reação que estranhei, pois a sensação de necessidade dos beijos dela era avassaladora e foi imediata após seu toque. Joguei a cabeça de lado, dando passagem a seus lábios. Era tão bom senti-la depois de tudo… e eu pensei. “Bom, no “quesito negócios”, levei a melhor por enquanto, mas no quesito sedução ela está levando”!

Eu não me incomodei nem um pouco, pois não me importava quem ganhasse neste quesito, já que as duas sairiam vencedoras! Virei meu rosto capturando seus lábios. Entreabrimos nossas bocas e invadimos uma a outra, deixando nossas línguas fazerem a magia de nos envolver em nosso amor.

Sophia me segurou e trouxe meu corpo para se acomodar sobre o dela. Minhas costas estavam em contato com seu dorso e a percepção dos seios dela tocando-me por trás fazia meu ventre contrair e meu sexo pulsar. Ela me segurava firme, passando suas mãos pela frente de meu corpo, massageando meus seios enquanto beijava minha nuca. Uma de suas mãos resvalou pelo meu abdômen e chegou a minha vulva, ávida por seu contato. Ela emaranhou seus dedos entre minhas dobras e apesar de estar na água, eu sentia a viscosidade de meu líquido permeando seus dígitos.

– Ai, Sophia… aperta… mais forte… isssss!

Eu gemia descontrolada e meus pensamentos se perdiam. Sentia sua pelve tentando se forçar em meus glúteos. Apesar da sensação gostosa da água, circulando através de nossos corpos, nós não conseguíamos um contato maior. O contato não era suficiente para que nossa excitação nos levasse ao clímax. Flutuávamos na água. Estávamos nos torturando, pois o estímulo era suave e constante, mas a agonia de não chegar ao orgasmo nos atormentava.

– Ah! Cléo… Eu te quero tanto…

–Uhum!

Gemi alto e meu tesão era grande, mas ainda assim, não conseguia chegar.

 – Vira… encosta no jato…

Ela falou me segurando, virando-me de lado e forçando-se em minhas costas para que eu encostasse à parede da hidro. Segurou a alça de apoio e tracionou nossos corpos de encontro à parede. Senti seu sexo colado em meus glúteos de forma vigorosa, enquanto o jato de água atingia minha vulva.

– Uhum! Sophia, me beija… por favor, me beija…

Ela voltou a beijar meu pescoço e nuca enquanto movia sua pelve deliciosamente, empurrando mais uma vez meu quadril de encontro ao jato.

– Sophia! Eu tô gozando!!!

Gritei minha agonia e ouvi um urro de prazer atingir meus ouvidos, com uma voz rouca e sensual prolongando meu êxtase! Empurrei meu corpo para sair do contato do jato de água, pois não conseguia mais suportar a intensidade das sensações.

Meu corpo flutuava na água morna e me senti envolvida em um abraço afável e reconfortante. Uma turba de emoções e pensamentos invadiu minha mente e comecei a chorar compulsivamente.

— Shhh! Que houve, meu amor?

Sophia perguntava acariciando meu rosto, num tom preocupado e gentil ao mesmo tempo.

Não conseguia me expressar, pois os soluços do choro estavam embargando a minha voz. Eu balançava a minha cabeça de um lado a outro, tentando demonstrar que não conseguia falar e quanto mais eu chorava, mais ela me estreitava nos braços e me acalentava.

– Amor, não me deixe aflita, me diga o que é…

– Eu… eu não quero que você fale mais em me… em me deixar. Não quero mais ouvir você dizer, que algo poderá acontecer.

A confusão ainda se fazia em minha cabeça e as lembranças da nossa primeira vez, quando ela me deixou, do sequestro, do nosso relacionamento sendo exposto publicamente, vinham aos borbotões.

– Está bem, está bem. Não vamos mais falar sobre isso. Shhhhh… Tudo bem…

Sua voz terna e baixa me acalmava. Fui serenando até que os soluços pararam e as lágrimas reduziram. Abracei-a com força.

– Desculpa… Acho que descontrolei…

– Não tem o que se desculpar, amor.

Ela segurou meu rosto e depositou um beijo terno nos meus lábios.

– Essa é uma parte de você que me faz amá-la muito. Saber que sou amada nesta intensidade, me dá tanta força… Só não gosto de ver você sofrendo.

Sophia beijou minha testa, dando um abraço apertado.

– Vamos sair e nos enxugar. Vamos para a cama nos agasalhar, está bem?

Ela me conduziu para fora da hidromassagem, pegou a toalha e envolveu em torno de mim, me enxugando com extremo carinho. Eu ainda estava amortecida com os sentimentos que me assolaram. Sophia me conduziu até a cama, me deixando sentada na borda. Foi até o closet, pegou nossos pijamas, se vestiu e me vestiu.

Deitei na cama com ela a meu lado. Nossas cabeças estavam próximas, recostadas no travesseiro. Estávamos uma de frente para a outra e ela passava seus dedos em minha testa, retirando os cabelos caídos sobre meu rosto.

– Você sabe o quanto te amo, não sabe?

Fiz um sinal de sim com a cabeça.

– Só não quero pensar em te perder sabendo que me ama.

Ela sorriu levemente com os olhos carregados de emoção.

– Eu também não gostaria de te perder assim, Cléo. Nós não vamos nos perder assim…

Ela me abraçou forte e acabamos adormecendo.

……………………….

Chegamos segunda-feira de manhã e Sophia foi diretamente para a Grasoil e eu para a Hermes, enquanto Mel correu para casa para encontrar Lucy.  O pessoal da Grasoil estava esperando o retorno de Sophia com certa euforia. Parece que o Gunda não deixou mesmo uma boa impressão para o povo de lá e acredito que ele também não deixará saudades, pois nem quis esperar até segunda para passar o cargo para minha noiva. Porém, todos os diretores de área estavam de prontidão, esperando dar a hora, para uma reunião geral que tinha sido agendada previamente pela Sophia.

Bom, vou contar para vocês o que os diversos “passarinhos” me contaram sobre o retorno dela.

…………………

Havíamos deixado os carros no estacionamento do aeroporto para facilitar nossa chegada até o centro do Rio. Ela me deixou na esquina da rua onde eu tinha minha empresa e foi para a Grasoil. Entrou na garagem e parou na cancela da segurança se identificando.

– Bom dia, Antônio.

– Bom dia, senhora Brand… é… senhora… É um prazer tê-la de volta.

Sophia sorriu da confusão, em que o velho segurança se encontrava, de como chamá-la. Ele era um dos mais antigos na segurança de acesso da empresa.

– É um prazer estar de volta também, Antônio. A vaga continua a mesma?

– Continua sim. Quer que eu estacione para a senhora?

– Não precisa, Antônio, eu mesma estaciono. Mas depois, mandarei um e-mail para você, pois quero discutir algumas mudanças na segurança. Não se preocupe, não é nada demais, apenas quero estudar a possibilidade de rodízio nas vagas, ou mesmo deixá-las livres entre os setores. Ah, tem a possibilidade de arrumar uma vaga para meus seguranças particulares?

O segurança olhou o carro que acompanhava o de Sophia.

– A vaga não é problema, mas tenho que credenciá-los.

– Então comece pelos que estão no carro e ainda hoje, eu mandarei as fichas deles, do restante da equipe e a autorização para formalizar.

– Certo.

Ela estacionou e tomou o elevador direto para o andar da direção-geral. Quando o elevador abriu a porta, Sophia assustou-se, pois várias pessoas esperavam-na amontoadas no corredor que antecedia a sala da direção. Rosalina foi a porta-voz, a recepcionando primeiro.

– Seja bem-vinda, dona Sophia. Nós todos estávamos ansiosos pelo seu retorno.

Sophia abriu um sorriso e estendeu a mão para sua secretária de longa data.

– Obrigada, Rosalina.

Os funcionários cumprimentaram-na e ela dispensou um tempo para falar com todos que se encontravam ali. Dago e Erick fizeram questão de ficar por último, pois além de quererem falar com ela mais privativamente, queriam ajudar a Rosalina, na missão de transmitir uma notícia, que possivelmente não a agradaria.

Dago a abraçou seguido por Erick.

– Que bom que está aqui, Sophia. O senhor Gunda não tem muito tato para lidar com o pessoal e sinceramente, também não achamos as suas resoluções muito acertadas.

– Eu recebi o relatório de atividades. Bem, à tarde, nós teremos a reunião e todos poderão mostrar as mudanças, depois discutiremos as soluções. Agora me deixe chegar à sala para me ambientar.

Sophia fez menção em seguir para a sala da direção e Dago impediu seu caminho. Ela olhou-o intrigada e com uma pequena expressão de contrariedade.

– Sabe o que é Sophia… é que… é que…

– Dagoberto, ou você fala, ou você me deixa passar. Ter minha passagem impedida, não é a melhor forma de começar o meu dia.

Ela falou com certa impaciência, intuindo que algo havia acontecido.

– Só queria preveni-la de algumas mudanças que ocorreram na sala da direção.

Dago falou com ar de desânimo e Sophia inspirou forte. Olhou para a porta da sala com o semblante pesado.

– Está bem, Dago. Mas agora me deixe passar e deixe que eu veja estas mudanças.

Ela falou entredentes, intuindo o que senhor Gunda deveria ter feito na sala. Provavelmente alguma mudança desagradável que ela teria que lidar. Dago se afastou e Rosalina seguiu a diretora até a sala. Sophia pôs a mão na maçaneta e a abriu.

– JESUS!

Depois de se aprumar, ela entrou para olhar toda a sala. Ela pensara em alguma mudança, mas aquilo que viu, era demais para ela. Todos os seus móveis haviam sido retirados para dar lugar a estantes de arquivo de ferro, combinado com tapetes em desenhos orientais de cores escuras. Cortinas em tecido marrom tomaram o lugar dos antigos “bandôs” retráteis. Não havia mais o conjunto de sofá, poltronas e mesinha de centro, que faziam um ambiente à parte na sala. Em lugar deste, uma pequena mesa de reunião de tampo cinza e cadeiras de escritório de segunda linha com estofamento em azul, tomavam o lugar.

Sophia cerrou fortemente os olhos em visível sinal de contrariedade.

– ESSE HOMEM AGE COMO UMA MULHERZINHA!

Falou exasperada, enquanto três pares de olhos a observavam em tom de crítica e espanto!

– Tá. Tá. Não sou machista, está bem? Mas há diferenças entre homens e mulheres e esta, é uma delas. Que homem tem este tipo de atitude?

– Os machistas e moleques, que se sentem diminuídos nos negócios perante uma mulher?

Arriscou Erick, olhando Sophia de soslaio.

– Esses machistas e moleques de que fala, colocariam seu brinquedinho para fora e urinariam em cima da mesa, antes de sair da sala.

Contestou Sophia irada.

– Quando ele fez isso, Rosalina?

– Há três semanas.

A diretora olhou Rosalina incrédula e com os olhos em fogo, fazendo a secretária encolher-se ligeiramente.

– Na semana em que fui readmitida?

Rosalina inspirou fundo, prendendo a respiração.

– Cretino! Ele não perde por esperar. – rosnou. – Onde estão os móveis antigos?

– A princípio, ele tinha mandado para o depósito e aí depois, ele mandou doar, mas eu não fiz. Quer dizer, fiz oficialmente, mas pedi para o rapaz do trâmite segurar o processo.

Neste momento, Sophia abrandou seu semblante e deu um pequeno sorriso de lado.

– Rosalina, houve documento de expedição para essa doação assinado por ele?

– Sim, houve…

– A data que consta foi depois da assinatura de minha posse?

– Três dias depois, senhora Sophia.

Os lábios de Sophia se abriram em um sorriso maior. Seus três acompanhantes se entreolharam tentando compreender a súbita mudança de humor da diretora.

– Você não deveria ter impedido que o rapaz do trâmite executasse seu serviço, Rosalina…

Uma luz de entendimento acercou a secretária e os outros.

– Pode deixar senhora Sophia, eu não irei mais detê-lo.

– Faça isso, Rosalina e ligue agora mesmo para a manutenção. Quero isto tudo fora daqui até amanhã. Mande que deixem apenas as caixas box de documentos no chão e tudo que houver de documentação. Eu quero esta sala no osso, ouviu bem? Mas antes, quero que fotografe toda a sala e quero um relatório da reforma anterior com todos os documentos de compra e autorizações da sede para a reforma. Quero também os documentos de compra deste mobiliário que está aqui e quem autorizou a compra.

– A autorização foi do próprio senhor Gunda.

– Eu sei, Rosalina. É por isso que quero as autorizações. Depois que reunir todos os documentos, vamos fazer um pequeno dossiê para enviar para a sede e afirmar meu constrangimento perante a atitude do senhor Gunda. Vamos anexar também, um pedido de nova reforma para a sala.

– Entendi, senhora Sophia. Mas onde a senhora vai trabalhar antes que autorizem a reforma?

– Na sala de reunião menor daqui deste andar mesmo, ou na sala do Dagoberto. Tem uma mesa extra lá que serve para o pessoal volante, não tem Dagoberto?

– Tem sim.

Sophia olhou ao redor novamente e inspirou antes de sair.



Notas:



O que achou deste história?

Deixe uma resposta

© 2015- 2021 Copyright Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem a expressa autorização do autor.