Líberiz

Capítulo 18 – Duques de Alcaméria

— Há um tempo conheci os penhascos à sudoeste de Líberiz e os achei lindos, mas nada se compara com estes aqui. – Fira falava, apreciando a vista. 

Tinham pegado os cavalos no estábulo e foram acompanhadas de uma pequena guarnição para passear pelas cercanias da cidadela. 

Lady Líberiz subira pelas montanhas ao norte do castelo e, lá de cima, podia observar uma vasta planície, onde conseguiam ver a cidadela e o castelo sobre um platô, e mais ao longe, a floresta cortada pelo rio de Líberiz. Bert, Janot e mais quatro oficiais as acompanhavam. Embora a duquesa não externasse muito, o ducado era a sua vida. Ela aprendera a amar cada pedaço de terra. Se emocionava quando se deparava com uma beleza como aquela.

A soberana de Líberiz inspirou o ar, feliz por ter saído para cavalgar. Cécis a observava. Raras vezes vira Fira tão solta e expressando tanta satisfação. Sentiu uma enorme alegria por estar ali, ao lado dela, compartilhando aquele momento. Não tanto pela vista, que achou linda, sim, mas pelo que via refletir na expressão do rosto de Lady Líberiz.

— Bom, vou levar você a um lugar que gosto muito. Mas não se estimule, é uma taberna simples.

— Não se preocupe, eu gosto de tabernas…

Cécis respondeu, sorrindo, para provocar a outra.

Fira a olhou de soslaio, vendo o sorriso no rosto da princesa. Balançou a cabeça em negativa, mas não lhe respondeu. Seguiram mais um pouco na trilha montanha acima e, por fim, chegaram a uma encosta, onde uma cabana-estalagem de passagem para viajantes e andarilhos se localizava. Apearam.

— Não sabia que apreciava tanto a cabana do velho Bernard, milady.

— E quem que em sã consciência conhece a comida e o vinho de Bernard e não aprecia, Jonot? – Sorriu, recebendo o sorriso do comandante de volta.

— É verdade, minha senhora. Não consigo lembrar de ninguém.

O comandante deu passagem para a princesa, Lady Fira e Bert, instruindo os outros oficiais a levarem os cavalos para amarrar nos mourões e montarem guarda. 

***

— Obrigada.

— Pelo quê? – Perguntou Fira.

— Pelo dia. Gostei muito dos lugares que me levou. Achava que não sairia tão cedo.

— Eu tinha que aliviar você da tensão desses tempos difíceis. – Sorriu aberto para Cécis.

Retornaram ao castelo à tardinha. Elas se entreolharam, cúmplices. Estavam de frente para as portas dos quartos e antes que entrassem para os aposentos, Fira completou:

— Amanhã estaremos metidas em outra confusão.

— Eu sei.

Cécis respondeu inspirando fundo e logo em seguida, abriu a porta do quarto, entrando. Fira se demorou um pouco mais, vendo a porta ao lado se fechar. Suspirou também, antes de entrar em seus aposentos.

****

— Lady Líberiz…

Derek Kendara prestou uma reverência, pegando a mão de Fira, beijando-a num cumprimento. Foi acompanhado pelo filho Ranaz e pelo duque Louis Gerot. Logo depois, cumprimentaram a princesa Cécis.

— Que bom que vieram. A princesa Cécis gostaria de agradecê-los, pessoalmente, e achei que um dia descontraído seria mais adequado diante das circunstâncias.

— Certamente, milady. – Derek se virou para a princesa. – Espero que Lady Cécis se encontre gozando de boa saúde, diante do que lhe ocorreu. – Voltou-se novamente para Fira. – Perdoe-nos por não trazer nossas esposas, mas acreditamos que a princesa ainda não esteja em condições de receber muita gente. O infortúnio que a assolou, não deve ser desprezado.

— Estou bem, graças aos súditos de Líberiz. E eu espero que não se importem com protocolos. Como era para ser uma tarde prazerosa e descontraída, nos vestimos sem muito zelo.

— Na mensagem que Lady Líberiz nos enviou, deixou claro a informalidade. Eu, pelo menos, agradeço imensamente que assim fosse. – Respondeu Gerot. – Na minha idade não tenho mais tanta paciência para protocolos e firulas. – Sorriu.

— Ótimo! Eu não tenho muita paciência para vestimentas elaboradas, em dias comuns. – Anuiu Cécis, feliz por estar trajando um dos conjuntos de calça e camisa que as costureiras do castelo de Líberiz fizeram para ela.

— Então vamos até a sala de jogos. Lá teremos mais liberdade para conversar e, é mais agradável. – Determinou, Fira, que havia dispensado o senescal e os serviçais para que tivessem privacidade. 

Tudo que precisavam já se encontrava na sala ampla e arejada. Entraram e Fira fechou a porta para que não fossem incomodados. As portas da varanda estavam completamente abertas para que a brisa entrasse e refrescasse o ambiente. A luz do sol penetrava, deixando a sala clara, mostrando a decoração elegante. Duas mesas de jogos de tabuleiro se dispunham mais ao centro, enquanto outra para cartas estava deslocada, mais próxima a uma das portas. Poltronas, sofás e uma pequena mesa de jantar compunham o restante do ambiente, harmonicamente distribuídos.

— Os senhores gostariam de nos acompanhar num vinho ou, quem sabe, numa sidra? – Perguntou Fira se dirigindo à mesa coberta de iguarias.

— Para mim uma sidra. A tarde está morna e é uma bebida mais leve para a conversa que teremos pela frente. – Respondeu o duque Gerot. 

Todos o olharam. Louis Gerot parecia querer entrar logo no assunto que os levara ali. Fira lhe sorriu. Ela nunca conversou com o duque mais do que diálogos convencionais ao longo da vida, apesar de conhecê-lo desde criança. Porém, sempre observou as conversas dele com seu pai. Era um homem de incrível paciência e muito perceptivo, entretanto quando tinha posições bem embasadas sobre os assuntos, era um homem direto.

— Muito bem, então o acompanharei. Uma bebida mais leve para a ocasião não vai mal. – Cécis falou.

Todos se serviram de sidra, juntando-se para se sentar nas poltronas e sofás da sala, que repousavam próximo a lareira apagada. As horas foram passando e quase à noite, elas se despediam do cortejo que levaria os duques de volta a seus ducados. 

****

— O que achou? 

Perguntou Cécis, abraçada à duquesa em seu leito. Fira havia deixado a princesa e se recolheu, depois da tarde que passaram com os nobres. Quando a noite avançou um pouco mais, voltou a procurá-la, entrando pela passagem que ligava os dois quartos. Saciaram-se, desta vez, embaladas pela excitação das decisões tomadas. Estavam agitadas com o que começaram a articular e o sangue bombeava forte através das veias, depois de tudo que foi falado e resolvido. Fira não conseguia dormir e sabia que Cécis possivelmente estivesse do mesmo jeito.

— Louis e Derek sabem muito bem o que querem e, Ranaz, apenas acompanhou tudo, mas a pontuação dele no final me deu a tranquilidade de acreditar que o garoto esteja de acordo.

— Eu também acho. Desde que o conheci, percebi que ele amava o pai. Tem um respeito grande pelo duque. Derek sempre o tratou com carinho e sempre quis educá-lo para que um dia se tornasse um bom governante. A irmã também não é uma alienada. É lógico que trata de tudo mais solta, mas é atuante nas questões do reino. Parece que Ranaz e Heloise se dão muito bem e que ele sempre a procura em decisões difíceis de tomar. – Respondeu a princesa.

— De qualquer forma, teremos que esperar para saber se eles conseguem trazer mais cinco ducados para nós. E que não demore muito. Seu pai não é um homem conhecido pela paciência e não acredito que a deixe aqui o tempo que pediu. A esta hora, já deve estar articulando milhões de coisas, juntamente com Cárcera, para levá-la de volta, sem despertar a raiva dos duques.

— Acha que consegue retardar a recepção dos seus condes para daqui a quatro dias, como Louis pediu? 

— Isto verei amanhã. Só terei certeza quando conversar com Dinamark. Quero que ele lhe veja no castelo e que você o cumprimente educada, porém seca e esquiva e, se desvencilhe de nós tomando um rumo qualquer no castelo.

— Quer que ele veja o quanto eu estou reticente em encontrar pessoas, é isso?

— Sim. E ter a certeza de que ele se empenhará em fazer os condes sossegarem quanto ao dia da recepção. Sabendo como você está esquiva, mesmo que queiram ter a oportunidade de ver você para saberem os passos que tomarão, não vão querer lhe contrariar.

— Considere feito.

Mesmo abraçadas, perdiam o olhar nas rendas que bordavam a cama. Fira virou o rosto para Cécis. Deu um pequeno sorriso e beijou levemente os lábios da princesa.

— Você, às vezes, sabe ser uma mulher doce.

Abriu mais o sorriso, compreendendo que mexia com os brios da princesa. Cécis a olhou com falsa indignação e jogou o corpo por cima da amante, cobrindo-o com o seu. 

— Vou mostrar a você o quanto sei ser doce…

Beijou os lábios de Fira, instruída. A noite ainda não havia terminado para elas…

****

Dinamark chegara cedo e caminhava pelos corredores do castelo de Líberiz a passos largos. Estava ansioso para falar com Fira, que há dias o dispensava com desculpas sobre as atitudes e vontades da princesa. Ele não conseguiu ter muitas informações de seus informantes, pois tudo que relatavam era, exatamente, o que era dito para ele pela própria Fira nas mensagens. Ou ela dizia a verdade, ou escondia tudo muito bem. “E por que estou desconfiando? Fira nunca mentiu para mim. Por que faria agora?”. 

Pensou, enquanto se aproximava da sala de jantar do castelo. Antes mesmo de chegar à porta, viu Fira se aproximando pelo outro lado do corredor, com um sorriso em seus lábios. Acalmou-se. Afinal, a satisfação que reparara no rosto da duquesa ao vê-lo, era autêntica.

— Que bom lhe ver, meu amigo!

Se aproximou e sussurrou em seu ouvido ao abraçá-lo.

— Não sabe o quanto estou precisando de uma conversa mais consistente. 

O conde devolveu o abraço, rindo da pilhéria e perguntou aos sussurros:

— A princesa não supre seus anseios? Talvez deva lhe dar algum dos famosos doces de mel de Líberiz para aplacar o amargo da vida.

Antes que pudessem rir do chiste, a princesa despontava no corredor em um elegante traje negro de montaria, feito em brocado prata. Dinamark fez uma reverência, para recepcioná-la, seguido pela duquesa. Cécis se postou, séria, de frente para eles e apenas inclinou levemente a cabeça, em aceitação ao cumprimento. Voltou-se para a duquesa.

— Vou dar uma volta pela cidadela. Quero espairecer um pouco.

— Certamente, princesa. Antes, não quer nos acompanhar no desjejum?

— Não se faz necessário. Já o comi em meu quarto. Pedi que me servissem lá hoje. – Olhou para Dinamark, brevemente. – Estava indisposta. Mas agora quero tomar um ar. Vou pedir para que seu comandante destaque alguns oficiais para me acompanhar.

— Perfeitamente, princesa. Fique à vontade.

— Obrigada. 

Meneou a cabeça em um cumprimento discreto, recebendo reverência dos dois nobres. Não esperou. Ganhou o corredor, sumindo na curva de uma passagem. Dinamark, depois de olhar a princesa sumir, exalou o ar preso em seus pulmões.

— Agora entendo o que quis dizer na mensagem sobre “a princesa é uma pessoa reservada e reticente”. Céus! Ela não relaxa?

Fira sorriu diante da atuação de Cécis e da recepção de Dinamark. Pousou o braço nos ombros do conde, conduzindo-o para dentro da sala de refeições.

— Me diga uma forma de fazê-la relaxar e eu terei enorme prazer em executar o plano. Meu amigo, os dias com ela tem sido… como posso dizer?  Tensos. 

Depois que entraram na sala, Fira continuou a falar. 

— Reservada e reticente, foi uma forma polida de falar o que penso sobre ela.

Dinamark gargalhou. Pelo que conhecia da duquesa, imaginou que deveria ser um tormento para Fira acompanhar a princesa.

— Então a empáfia da corte chegou até você?

Dinamark perguntou, enquanto puxava a cadeira da cabeceira da mesa para Fira se sentar e sentou-se ao lado dela. A duquesa suspirou, deixando seus ombros relaxarem no encosto da cadeira. O sinal de sua postura era de aceitação desanimada pela situação.

— Não vai de todo mal. Tem dias que ela acorda bem e tem uma conversa até amena e agradável, mas outros… Conversei com o meu mestre curandeiro. Ele disse que, se o que ocorreu com ela a abalou profundamente, ela terá esses altos e baixos até se sentir segura. Só temo que minha vida como governante em Líberiz seja afetada, até que ela resolva voltar para Alcaméria.

— Calma, Fira. É uma situação política pela qual você tem que passar e os condes compreenderão. Ninguém quer um confronto com a coroa. Talvez mais umas três ou quatro semanas resolverão e ela se sentirá confortável para partir.

— Três ou quatro semanas a mais disso, e eu mesma a entrego para Cárcera! – Bufou.

Dinamark gargalhou descontraído, vendo o desespero no rosto da duquesa. As dúvidas do conde foram respondidas mais rápido do que pensava.  Isso era bom. Enquanto Fira estivesse ocupada com a irreverente princesa, lhe daria a oportunidade de conversar com os condes sem a intromissão dela. 

Muitas vezes, a presença da duquesa os incomodava. Não falavam, mas ele tinha certeza de que serem governados por uma mulher, não os agradava. Assim, ele poderia falar, livremente, que Lady Líberiz se encontrava numa situação constrangedora. Alguns até se congratulariam com isto, mas os convenceria de que precisariam esperar que a princesa aceitasse a recepção.

— Entendo sua situação, no entanto é necessário. Se começar a se arrastar muito, então conversamos para tentar resolver. Ela ficar muito tempo aqui, também não é uma opção sadia para o ducado. Como foi com os duques?

— Nada demais. Ela não queria nem os serviçais conosco. Mandei preparar tudo para que a sala tivesse o que precisássemos para uma tarde de jogos. Até gostei, pois enquanto ela conversava com Ranaz, Derek e Gerot, numa jogatina, eu pude relaxar um pouco, bebendo uma sidra. Sabe que não aprecio muito os jogos e fui eliminada da mesa logo.

— Foi eliminada ou deixou-se eliminar?

Fira sorriu cínica, colocando uma uva na boca. 

— Você me conhece. Queria um pouco de sossego.

Lady Líberiz sorriu novamente, levando o conde a rir também. 

— Acho que ela gosta de Ranaz. 

— O quê?!

— Eu disse que acho que ela gosta de Ranaz. Eu os observei e ele é o único que consegue tirar o sorriso fácil dela. 

— Se isso que diz é verdade, sabe o que significa?

— Sim. Que o rei Deomaz é um tolo maior do que eu pensava. Tinha a filha sob o olhar dele e não percebeu. Ele poderia ter o herdeiro de um ducado forte no trono, se a deixasse escolher. O ducado de Kendara é grande e poderoso, mas preferiu se aliar com um crápula.

— Isso significa que estaremos em apuros, se o rei e Cárcera souberem disso. O rei, por puro orgulho, pode intervir e fomos nós que facilitamos para a princesa estar mais solta com o homem que ama. – Falou sério.

— Ora, Dinamark, eu não facilitei nada! Já viu como ela se porta e a princesa já conhecia Ranaz há tempos. Não fui eu que os apresentei. E depois, para mim, é melhor ter o filho de Kendara como herdeiro do trono de Alcaméria que Cárcera. Sinceramente, não acho que os ducados se contraporiam a esse arranjo. Burro será o rei Deomaz, se não ceder a esse apelo. Pense, Dinamark! Kendara é o maior ducado do reino e tem boas relações com a maioria dos outros ducados, além de ser a maior receita de Alcaméria. Eles não produzem apenas grãos; tem uma tecelagem de fazer inveja. Vendem tecidos para toda Alcaméria e reinos vizinhos.

— Eu vejo por esse lado, mas não sei se o rei verá. Isto é o que me preocupa.

Dinamark ficou tenso e conversou com a duquesa por mais duas horas, indo embora com a promessa de acalmar os condes e de fazê-los aceitar o adiamento da recepção. 

Horas mais tarde, a princesa Cécis retornava da sua visita à cidadela, angustiada. Apesar de gostar de sair a esmo pelas ruelas, visitar o mercado, comprar algumas bobagens e almoçar numa taberna indicada pela guarda do castelo, não parava de pensar no que teria acontecido na conversa de Fira e o conde. O início do plano deles dependeria dessa conversa.

Chegou ao corredor real que levava para o seu quarto e ao quarto de Fira. Caminhou com calma, pois hoje havia guardas de prontidão. Quando Cécis foi para o castelo de Líberiz, a duquesa restringira os guardas às adjacências da ala real. Queria privacidade, mas depois da conversa com os outros duques, havia pedido para que Jonot designasse guardas de sua lealdade para fazer a segurança. A princesa bateu na porta, sendo atendida por Bert.

— Princesa… 

Bert fez uma reverência, abrindo a porta para que Cécis entrasse. 

— Lady Fira está à sua espera.

Depois que falou, Bert saiu do quarto, deixando-as a sós. A partir daquele dia, Fira Líberiz designou espiões-soldados para que seguissem Bert e vigiassem a casa dela, sem que a escudeira soubesse ou qualquer outra pessoa, além de Janot. Incrivelmente se preocupava com a escudeira-amiga e tinha receios que ela, ou a família, fossem prejudicadas pelos inimigos. Não era incomum na história de Alcaméria que escudeiros ou damas de companhia fossem alvos.

Cécis se certificou de que a porta fora devidamente trancada, antes de se voltar para Fira. A duquesa estava lendo um livro, confortavelmente instalada numa poltrona.  

— Tem brandy e vinho no aparador. Sirva-se do que quiser e sente. Posso te adiantar que tudo correu bem. Tenho certeza de que meus diletos condes não serão um problema. Ah, – pousou o livro sobre as coxas, voltando seu olhar risonho para a princesa – parabéns! Você foi ótima, hoje de manhã.

— Então ele engoliu a conversa de que eu estaria interessada em Ranaz? 

Cécis se serviu do brandy e sentou-se na poltrona ao lado de Fira.

— Sim, e o preocupou. Acha que se o rei Deomaz souber, poderá não gostar desse arranjo.

— E acredita que essa notícia chegará aos ouvidos de Cárcera e meu pai?

— Por esses dias, pode ser que não, mas depois da recepção, certamente chegará. Muito provável que Dinamark comente com um ou outro conde e que observem você, sobretudo, depois que Ranaz chegar. Seria uma recepção apenas para a minha corte, e a chegada do herdeiro de Kendara despertará curiosidade, principalmente quando espalharmos que foi você quem o convidou.

— Estou ansiosa para saber o que Gerot e Kendara conseguiram com os outros ducados.

— Não fique. Isso toma tempo. Não é como se Gerot e Derek Kendara convidassem os ducados para uma união de seus exércitos em treinamentos táticos. Eles tentarão convencê-los a participar de uma rebelião e isso se chama revolução. Pode gerar uma guerra civil, Cécis. 

Fira olhou instruída para a princesa. Não tinha a expressão de medo ou assombro, mas por dentro, Fira pensava que havia se enfiado numa grande enrascada.

— Espero que tenhamos mais ducados que pensem como eles, pois senão, estaremos à beira de um colapso no reino e seremos o cerne. – Cécis respondeu.

— Isso é certo. Mas relaxe agora, que teremos alguns dias até que a recepção aconteça. Antes de mais nada, queria que soubesse que mandei Jonot enviar alguns homens disfarçados, para investigar o desaparecimento da filha de Pátiz.

— Por que fez isso? Se esses homens forem descobertos…

Fira abanou a mão para que a princesa a escutasse. Ela havia pensado sobre o assunto, durante aqueles dias, e não sabia por que, mas algo a incomodava.

— Depois que me falou, eu fiquei com algo me incomodando a respeito disso. Coincidências diante do que estamos passando não me agradam. A filha da sua guarda pessoal sumir, depois que você veio para cá, não é uma coisa que devemos ignorar.

— Entendo. Estamos tão atoladas nestas tramas que dá mesmo para desconfiar.

— De qualquer forma, agora só podemos esperar os acontecimentos. Diante disso, nada podemos fazer. Vamos relaxar e… bem, gostaria de lhe mostrar meu quarto. Ainda não o conhece.

Fira sorriu insinuante e a princesa devolveu o sorriso. Estavam no meio da tarde e, como a princesa costumava entrar na sala particular de Fira para conversar com ela durante o dia, provavelmente não despertariam a curiosidade de ninguém. Cécis gostou do convite.



Notas:

Bom dia, pessoal!

Um capítulo  fresquinho saindo do forno!

Espero que tod@s estejam bem e boa semana!

Beijão

Ps.: Até sábado responderei aos comentários. As semanas tem andado super corridas.




O que achou deste história?

9 Respostas para Capítulo 18 – Duques de Alcaméria

  1. Querida Carol,
    Estou encantada pela tua história e seduzida pela Fira e Césis. Sou apaixonada pela forma como que escreves e contas tuas histórias! Estou aqui em alas, na expectativa do próximo capítulo! Espero que não demore muito! Um beijo e o desejo de que tenhas um ano de 2023 com muira saúde, amor, alegrias, criatividade e muitas histórias e novas aventuras! Feliz Ano Novo! 😍😘💜

    • Olá, Simone!!
      Espero que tenha passado um ótimo fim de ano e que as festas tenham sido muito boas para você!
      Obrigada pelas palavras carinhosa e desculpe-me por ter demorado na resposta, mas o final de ano foi um tanto agitado para mim. Mas… aqui estou! rs
      Continuarei a postar os capítulos e tentarei ao máximo postar uma vez por semana.
      Excelente 2023 para você e os seus e que este ano possamos ter mais amor no mundo!
      Um beijo grande pra ti!

  2. oiê ,Bi!!!! Tudo bem?
    vixi, essas duas juntas não é brincadeira!! aprontando todas com uma estratégia sólida, porém perigosa!!! Nunca confiei muito em Damark! vamos ver o que fará! N entendi MT o pensamento dele de conversar sozinho com os ducandos…se era algo postivo pra Fira ou negativo….
    Será que vão comer sobre Cécis por gostar do rapaz?
    Esperando o próximo capítulo!!
    Demorei, mas cheguei!!! Agora mais firme!!
    Espero que esteja bem! linda semana pra vc e sua esposa!!!
    Beijãooooooooooo

    • Oi, Lailicha!
      Que legal que está podendo acompanhar! Agora voltarei mais firme na postagem.
      Acho que já passamos da metade da história, mas ainda terá muita água pra rolar. rs Essas duas passarão por muitas coisas ainda! rs
      Que este ano de 2023 seja um ano de muita luz e amor para tod@s nós!
      Feliz 2023, Lailicha e que seus caminhos sejam repletos de felicidade!
      Um beijão!!!!

      • Biiii,
        vc voltou!
        To atrasada 7 dias???!!! Vou ler na semana ainda!!!
        Espero que seu natal e ano novo tenham sido bons!!! Feliz 2023 pra todes nós!!! Que vc e sua esposa estejam super bem!!
        Beijos pras duas!!!

  3. Eita é muita armadilha para elas e cada passo dever ser bem arquitetado, vamos ver como vai ficar a vida delas nos próximos capítulos.

    • Oi, Marta!
      Essas duas não tem caminho seguro nesse reino e os inimigos podem ser muitos! Veremos o que as aguarda.
      Desculpe-me a demora para responder, Marta, mas o fim de ano foi muito corrido. Tive que dar uma pausa, mas agora tentarei postar ao menos uma vez por semana.
      Que 2023 seja maravilhoso para você!
      Um beijão

  4. Só posso dizer que Fira e Cécis é fogo e paixão, além de muita trama.
    Apesar do caos, elas sempre acham um jeitinho pra acalmar os ânimos.
    Mais um capítulo maravilhoso como sempre
    Carol bom final de semana pra vc, bjs

    • Oi, Blackrose!
      Ainda vai rolar muita coisa… muita trama nessa bagaça. rsrsrsr E elas ainda desfrutarão os momentos mais calmos, só não sabem no que tudo vai dar.
      Já desejei no outro post Feliz Ano Novo pra você? Acho que sim, mas de qualquer forma, desejo novamente um maravilhoso 2023!
      Um beijão, Blackrose!

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