Em Qualquer Lugar

Capítulo VI – Grande confusão

Paula –

Quando eu e o Cacá chegamos à recepção na casa do Secretário, senti-me sem graça, pois muitos pares de olhos se voltaram para nós como se fôssemos de outro planeta. Estava desconfortável, mas tínhamos que chegar até o Roberto e a Subsecretária. Nossa! Quando eu vi a mulher, eu quase babei e tive convulsões. A mulher estava mais maravilhosa ainda. Como ela conseguia isso, eu até hoje me pergunto. Ela usava uma pantalona de seda negra, um corpete também negro justo ao corpo e com alguns brilhos. Um par de brincos em pedras de brilhantes e um cordão de brilhantes compunham o restante do visual maravilhoso, sem contar os cabelos bem penteados caindo-lhe nos ombros nus. Se ela era uma gata toda vez que a via, agora ela estava uma pantera. Tudo nela exalava altivez e beleza. Como dizia o Cacá, era muita carne pro meu churrasco!

— Oi! Tudo bem?

Foi tudo que eu consegui dizer.

— Oi!

Foi o que ela falou, mas algo no olhar dela me chamou a atenção. Ela me olhava diferente… Não sei. Era um olhar… Mmm… Devorador. Devorador?! Não… Isso é coisa da minha cabeça. Só pode ser! Isso era o jeito que eu gostaria que ela me olhasse. É isso. Cumprimentei Roberto e sua esposa.

— Espero que não tenhamos nos atrasado. — Eu falei.

— Claro que não! Chegamos ainda há pouco também.

Meu chefe falou entusiasmado e eu até achei estranho. Aí o Secretário se aproximou com dois homens.

— O que temos aqui? Uma menina muito inteligente e uma mulher mais bonita ainda! Como vai, Paula? A Aghata havia me dito que convidou vocês, depois de terem uma conversa interessante a respeito do projeto de vocês.

Fiquei encabulada com ele, mas respondi.

— É verdade. A Aghata nos visitou hoje no laboratório e fiquei muito feliz em saber que o projeto interessou a secretaria, Sr. Secretário.

— Me chame somente de André, Paula. A Aghata é muito perspicaz e nisso eu confio plenamente nela. Se ela diz que é bom, eu assino embaixo sem piscar.

Elogiou a Aghata e ela pareceu encabular-se também. Outra faceta dela que acendeu ainda mais o meu interesse. Ela ficou linda encabulada.

— Isso é modéstia dele. A maior parte do que eu sei, foi ele quem me ensinou.

O André me apresentou alguns empresários e políticos que chegavam e engrenamos em uma conversa sobre onde eu trabalhava e do que se tratava o projeto. Depois de algum tempo eu estava cansada e um pouco alta pelo prosecco que rolava fácil no ambiente. Resolvi me descolar um pouco do grupo e ir ao banheiro para me compor. E qual não foi a minha surpresa quando eu saí do toalete? A maravilhosa me esperava e isso não foi fruto da minha imaginação não, pois ela estava plantada do lado de fora e quando eu saí, ela me abordou sem rodeios, me chamando para conhecer a casa e o jardim. Aquele olhar predador estava lá novamente. E eu? Aceitei, é claro! Imagina se eu ia perder a oportunidade de estar sozinha com a maravilhosa, aspirando seu perfume e me embebedando em cada gesto dela. Nunca! Eu podia ser tímida para avançar, mas nunca a ponto de dispensar uma boa companhia.

Encaminhamo-nos ao jardim e quando eu cheguei o achei lindo. Um lugar bonito e muito romântico. Um garçom veio com duas taças e um prosecco entregando à ela e eu comecei a ficar com certo receio de mim mesma. Não bebo muito e quando acontece, às vezes faço coisas que depois eu me envergonho. Ela estendeu uma taça para mim, perguntando se eu beberia com ela. Quem sou eu para negar uma gentileza dessas, né? Peguei a taça de suas mãos e não me contive em passar meus dedos sobre sua mão. Aí está o que eu disse de fazer coisas que depois eu me envergonho, mas dessa vez não me arrependi. Foi muito bom! Resolvi iniciar a conversa e agradeci por ela ter me tirado lá de dentro.

— Obrigada.

— Obrigada pelo quê?

— Por me resgatar. Sou pesquisadora e não me exponho muito. Já estava ficando nervosa com tanta gente me cercando… Me inquirindo… Não que eu não me apresente em uma palestra ou em um congresso, mas isso… Foi um pouco diferente.

— Eu também não gosto muito, mas aprendi a lidar. Infelizmente, temos que nos relacionar e conhecer as pessoas que possibilitem meios de realizar nosso trabalho. Parece interesseiro e fútil, mas é assim que se consegue apoio. Se em três anos nos articulando, nós só conseguimos emplacar dois grandes projetos, imagina se não o fizéssemos?

— Entendo, mas ainda acho muito cedo para mim.

— Me responde uma coisa. Você acha que estava sendo cercada só pelo projeto?

— E não estava?

Ela riu de mim e disse-me que eu era encantadora. Fiquei um pouco envergonhada pelo elogio, mas não entendi qual era a graça da história. Ela completou.

— Paula, você é linda. Está maravilhosa e elegante. Aquele bando de homens lá dentro queria se aproximar e ver a possibilidade de chegar até você!

Decepcionei-me. Achei que eles estavam interessados no projeto.

— Não fique assim, Paula. Embora inicialmente as intenções deles não fossem exatamente o projeto, você se fez ouvir. Por isso estamos aqui. Para que esse bando de homens que tem o poder e o dinheiro, se abram para as nossas propostas. — Ela explicou, mas eu fiquei verdadeiramente chateada.

— E para isso a gente precisa se vender? — Eu disse.

— Não! Claro que não! O seu projeto, quem vai bancar sou eu e não eles! Eles estão aqui porque eu e o André precisamos nos articular. Só que, quando você chegou, acabou chamando a atenção e eu nem imagino por que… – Falou com ironia.

Ela mexeu comigo e eu vi aquele olhar de desejo inconfundível. Já estava ficando mais alta com a bebida, pois eu não parei de beber e fiquei mais desinibida também.

— Você acha que eu exagerei?

Perguntei mais para saber a sua opinião a meu respeito.

— Exagerou? Não, você não exagerou. Você só está elegante, charmosa e sensual, mas de uma forma muito natural. Isso que chamou a atenção. Você não percebe o quanto você é linda?

Adorei tudo que ela falou. Dei mais corda.

— Você acha?

Agora vocês vão entender quando eu digo desinibida. Na verdade, eu fico meio atirada mesmo. Só que eu continuei sem me arrepender, eu amei tudo que eu passei com ela ali. Não sabia se era realmente o que eu via ou o que eu queria ver, mas seus olhos me diziam “me beije, me pegue, me abrace” e como eles diziam isso tudo, eu fiz.

Coloquei minhas mãos atrás de sua nuca, acariciando a penugem macia. Ela fechou os olhos, lentamente, como que apreciando cada momento, cada gesto meu. Eu aproximei meus lábios dos dela devagar, pois eu estava alta, mas estava arriscando sofrer consequências deste ato. Quando eu pousei meus lábios sobre os dela, ela os entreabriu para dar passagem à minha língua que já estava ávida por experimentar seu sabor. Ela gemeu e me puxou para si. Perdi qualquer resto de razão que ainda existia na minha mente. Nossos corpos se colaram e eu a senti quente. Seu beijo era na medida certa para minha boca, quente, gostoso e, naquele momento, se apresentava voraz. Ela gemeu alto dessa vez e eu não pude deixar de sorrir. Parecíamos adolescentes, fazendo coisas às escondidas.

— Sabe que não deveríamos fazer isso aqui. Poderia acabar com a sua reputação.

Falei com os meus lábios ainda colados aos dela.

— Nesse momento, não estou dando a mínima para minha reputação.

Foi o que ela disse, me puxando para um beijo mais arrebatador ainda. Fiquei molinha nos braços dela e minha excitação estava escalando o monte Everest. Nunca gostei de vulgaridade, mas eu quase estava pedindo para ela me prensar numa árvore qualquer e transar comigo ali mesmo de tão louca que eu estava ficando. Mas como felicidade de pobre dura pouco, o Cacá chegou e estragou a minha fantasia. Disse que o chefe estava chamando. “Que Droga”! Há tanto tempo que eu não faço amor com ninguém que era capaz de meu hímen ter se regenerado e eu ter voltado a ser virgem. Ela se desvencilhou rapidamente e um pouco assustada, apesar de se mostrar aparentemente calma.

— Me faz um favor, Cacá? Diz a ele que já estou indo.

— Tá.

Pela resposta, percebi que ele havia visto. Depois ele ia cair na minha pele.

— Você acha que ele nos viu?

Ela perguntou, preocupada.

— Não sei. O Cacá é muito discreto.

Não quis mentir, mas não quis deixa-la preocupada. Foi aí que a bomba caiu. Tudo que eu poderia imaginar com minha mente prodigiosa, nunca chegaria próximo a qualquer coisa que eu escutei a partir dali.

— Desculpe. Não quero parecer uma adolescente assustada, mas isso é novo para mim.

— Novo?

O que ela queria dizer com novo? Minha mente tentava se ajustar.

— É… Novo. Você sabe, eu nunca…

— Você tá querendo me dizer que… Que nunca… Nunca esteve com uma mulher antes?

Não podia acreditar nisso, ela estava querendo me enganar. Só pode ser. Essa mulher com essa pegada e esse beijo maravilhoso que só outra mulher experiente tem com a gente? Não. Não pode ser. Foi quando eu vi o seu olhar e percebi que ela falava a verdade. Ela estava vermelha de vergonha.

— É.

Ela só conseguiu dizer isso. Aí caiu a minha ficha. Meu deus! Eu puxei a mulher que está querendo patrocinar nosso projeto para a moita, beijei-a e ela ainda tem vergonha de nunca ter beijado uma mulher! Minha vontade era de gargalhar, mas de nervoso. Quando eu digo que não posso me exceder na bebida, ninguém me acredita. Resolvi brincar com a situação para ver se ela descontraía e eu também.

— Então, eu acho que vou lá para dentro. Posso ser acusada de desvirtuar uma moça de família…

— NÃO! Quer dizer, não precisa ir, não sou uma mulher ingênua. Quer dizer… É… Posso não ter estado com uma mulher antes, mas não sou puritana nem retrógrada!

Ela queria? Espere aí! É logico que ela queria. Ela arrumou tudo, me olhou com fome, conduziu para esse desfecho, ainda que eu ache que não foi totalmente consciente, mas ela o fez. Resolvi ver se ela queria prosseguir com essa descoberta. Joguei.

— Então se eu beija-la novamente não será de malgrado para você?

Ela sorriu e aproximou para me beijar, novamente. Só que dessa vez foi o André que nos interrompeu chamando por ela.

— Droga!

Ela praguejou e eu ri muito. Pelo visto, ela estava a fim mesmo de se lançar nesse desconhecido. Mas antes dela terminar de despachar o André eu achei melhor fechar a porta das descobertas para que ela não acordasse com uma ressaca de atitudes não pensadas no dia seguinte. Se descobrir atraída por uma mulher não é simples assim. Estou a fim, faço e pronto. Vou viver uma vida lésbica feliz para sempre. E no caso dela, mais coisas em jogo existiam. Sua carreira política, seus trinta e poucos anos sem viver uma experiência como essa, sua, até então identidade desconhecida. Se eu gostaria de me perder nos lençóis com ela? Ah! Claro que sim! Na realidade, eu nunca em minha vida senti algo tão forte beijando alguém como eu senti com ela nesse dia. Ela me despertou emoções muito fortes, me fez sentir segura, me fez arder por dentro. E era exatamente por isso que não podia escancarar esse portão na vida dela. Ela tinha que ter tempo para pensar se era isso que ela queria. E eu não podia, mais uma vez, me atirar e me partir em pedaços. E se não fosse o que ela desejasse para si? É isso mesmo, eu também estava me protegendo.

— Vamos, senhora Subsecretária, parece que estamos sendo requisitadas lá dentro.

Foi o que eu falei e ela me seguiu para dentro da casa. Quando entramos, eu vi a rodinha em que o Cacá e o meu chefe estavam e já me encaminhava para lá, quando ela segurou levemente meu braço me chamando a atenção.

 — Quero conversar com você melhor sobre o que aconteceu. Gostaria que você jantasse amanhã comigo. Eu preciso conversar…

Queria que as coisas ficassem como estavam, mas o olhar dela era de súplica e confusão. Não tive coragem de negar. Embora eu não me julgasse culpada por nada do que aconteceu, eu me sentiria uma canalha se me negasse. Suspirei e aceitei. Pedi para ela ligar para o laboratório no dia seguinte para combinarmos. Ela assentiu e se encaminhou para o grupo do André. Eu segui até o meu grupo.

Sabe o que me dá mais raiva de ter um amigo hetero? É que normalmente eles são indiscretos e querem saber tudo da sua vida sexual quando pegam alguma coisa. Quando cheguei próximo ao grupo, o Cacá me olhou sorrindo e cochichou no meu ouvido.

— Vai me contar tudo, nem adianta se esquivar. Eu bem vi você pegando o mulherão!

— Deixa de ser fofoqueiro, Cacá.

Falei por falar porque eu sabia que ele ia me atazanar enquanto eu não contasse, nem que fosse só uma vírgula. Ele sorriu e se voltou para o grupo novamente. A noite terminou sem que eu me encontrasse novamente com Aghata e só na saída nos falamos novamente. Estávamos todos nos despedindo, eu estendi minha mão para o André que me agradeceu a presença e quando estendi a mão para Aghata ela me puxou, para um beijo no rosto.

— Vou te ligar amanhã.

Ela sussurrou em meu ouvido e me deu outro beijo.

 — Está bem.

Respondi, retribuindo o beijo. O que mais me incomodou era que os lábios dela ficaram marcados em meu rosto como brasa. E eu comecei a pensar que o jantar não seria tão bom assim. Ela mexia muito comigo. E se ela provocasse e eu não conseguisse me segurar? Que droga! Eu estava há muito tempo sem namorar porque não queria me envolver mais com pessoas complicadas. É bem verdade que as pessoas na minha vida eram complicadas porque eram loucas, mas pelo menos eram gays. Agora encontro uma pessoa que parece ser legal e é complexa porque não é gay. Ô sina danada!

Fui embora com o Cacá porque ele tinha me dado carona e ia dormir lá em casa. Eu morava mais próximo ao trabalho e isso facilitava. Assim que entramos no carro ele, começou a me azucrinar.

— E aí? Ela beija bem? Claro que beija! Vocês estavam no maior amasso…

— Nós não estávamos no maior amasso.

— Ah, não? E o que era aquilo que eu vi? Ah! Entendi. Ela não estava te engolindo não, ela estava fazendo respiração boca a boca! – Riu com deboche.

— Para Cacá, não tem graça! Eu vou me danar de novo.

Falei exasperada. Ele parou de rir meio confuso. Depois o seu semblante passou para raiva.

— O que ela te fez? Ela ficou com você e depois te deu o pé? Que safada cretina! Não quero mais saber de projeto nenhum com ela. Ela que pegue o dinheiro e…

— Cacá, Cacá! Não é nada disso. O negócio é que ela não é gay! Ela nunca tinha beijado uma mulher antes. Nunca tinha ficado com uma mulher antes. Já pensou na confusão que isso poderia virar?

Cacá parou um pouco para pensar e depois falou.

— Já entendi. Você já vai fugir da raia, né?

— Como assim “fugir da raia”? Você não escutou o que eu falei?

— Escutei. Só não concordo com você. E daí se ela nunca ficou com uma mulher? Se ela tá afim, qual o problema?

— O problema é que a coisa não é tão simples assim. É que pode ser um erro para ela, pode estar só curiosa e querer experimentar, mas quando se der conta, aí “euzinha” já posso estar envolvida e ela numa confusão de cabeça de fazer gosto. Ela me larga, tenta um relacionamento com homem novamente e quem vai se ferrar sou eu!

— Não sabia que você era vidente. Porque o que você tá fazendo é ver o futuro, sabia?!

— Ah! Cacá! Sem condição de discutir com você!

— Sem condição mesmo, porque eu não chamo isso de discussão, eu chamo isso de teimosia.

— Então me fale a sua magnânima opinião, mestre Yoda?!

Gargalhou da minha expressão.

— Essa você tirou do museu! – Riu mais da minha cara, tirando onda. –  Olha aqui, não vou dizer que o que você falou, não pode acontecer, mas pode não acontecer e aí você vai arriscar não viver uma coisa legal.

Fui dormir remoendo as coisas que ocorreram à noite, o que eu tinha decidido e as palavras do Cacá. Ele tinha que me falar aquelas coisas?! Que droga! Isso me atiçou e eu fiquei pensando se não valeria a pena. Cada vez que eu pensava nos braços dela me segurando, me abraçando eu pegava fogo. Nem a imagem, nem o perfume, nem o gosto de sua boca saíam de minha cabeça. Nem da cabeça e nem do corpo. Meu corpo parecia estar impregnado dela. Cheguei a tomar um banho demorado para ver se eu a esquecia.  Que nada! Quando eu voltei para a cama, me lembrava de tudo, de cada palavra e cada gesto. Eu estava começando a perder para mim mesma essa briga. E apesar de ser sábado no dia seguinte, iríamos trabalhar para compensar um feriado prolongado na próxima semana. A maioria iria compensar uma hora por dia, mas no nosso laboratório preferíamos compensar no sábado para nos livrarmos logo.

Cheguei de mau humor no trabalho. Não dormi quase nada e começava a pensar que eu era uma idiota, pensando em algo que talvez não se concretizasse, pois havíamos tido um breve contato e certamente ela já deveria ter repensado tudo que aconteceu. Lógico que ela não iria querer se meter numa encrenca dessas e eu estava ali toda amassada por causa dela.

O Cacá não quis me chatear, pois quando eu estava de mau humor, sai de baixo! Vocês acham que eu era grosseira quando isso acontecia? O que eu ficava mais P comigo é que isso eu não conseguia ser. Eu me escondia e começava a chorar. O Cacá já havia presenciado, então ele respeitava meu momento. Entrei e me escondi atrás da minha mesa. Eu não sabia se eu queria que ela ligasse ou se não queria. Qualquer uma das possibilidades me afligia. Meu chefe chegou entusiasmado com a festa e os contatos, disse que gostaria de fazer uma reunião a tarde e eu já previa que eu não ia gostar daquele dia.

A cada hora, minha ansiedade aumentava. Chegou a hora da reunião e eu me estressei novamente, pois o Roberto queria que eu convencesse a “Subsecretária” a aceitar o projeto com cara de “NASA” novamente. Eu expliquei para ele mil vezes, que a Subsecretária só queria o projeto porque poderia fazê-lo em partes, mas acho que é meio difícil uma pessoa com doutorado entender isso, não sei por que, se ele tivesse só mestrado talvez entendesse melhor. Será que eu vou perder a minha percepção das coisas, quando fizer meu doutorado? Não. Acho que não. É ele que é difícil de entender mesmo! Para terminar a reunião e não discutir mais com o Roberto, eu falei que tentaria. Já era quatro horas e trinta minutos da tarde e eu continuava ansiosa, também com o Roberto me lembrando a tarde toda dela e fazendo questão de falar que eu estava com uma “boa entrada” com ela! Cada vez que ele falava isso meu coração disparava. Parecia que estava escrito na minha testa em letreiro luminoso; “Eu dei uns “amassos” nela ontem à noite”. Depois de um tempo o telefone tocou, o Cacá atendeu e disse que era para mim. Peguei o telefone, tremendo.



Notas:



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