Voltei à realidade após ter relembrado as cenas naquele quarto de hotel. Olhei para a minha mão direita que você agarrava desde que entramos no avião. Estava com os olhos fechados, mas não dormia. Vi uma lágrima solitária percorrer o seu rosto e acariciei teus cabelos com a outra mão, logo sentindo uma dor incômoda. Recostei na poltrona e fiquei por alguns segundos te observando. Fechei meus olhos sentindo certa emoção que não definia, quando voltei à atenção para você, já dormia com a boca entreaberta. Precisava tomar o remédio. Beijei tua testa que amo e você nem se moveu. Beijei teus olhos, teu rosto.

— Vida. — sussurrei em teu ouvido, você se mexeu resmungando.

— Não, Endless… O voo só sai ás onze. Fica aqui mais um pouco… — e se aninhou em cima de mim.

Meu sorriso foi de canto a canto da boca. Minha gata dengosinha era assim mesmo, só acordava com muito carinho. Voltei a beijar tua testa e teu rosto com suavidade.

— Já estamos voando, meu amor. — disse baixinho em seu ouvido. Você saiu do contato de repente, meio confusa e olhando pros lados.

VOCÊ…

Adormeci. Senti teu beijo em minha testa pedindo pra eu acordar. Resmunguei algo e me aninhei mais em seus braços. “Já estamos voando, meu amor…” essa frase não entrava no contexto de tua maneira de me acordar! Levantei assustada e vi teu sorriso largo. De repente você desvia o olhar para a aeromoça próxima.

— Acho que alguém está nos observando.

Me virei para a moça e o que vi não me agradou. Ela esboçava um risinho irônico de quem desaprovava a cena. Você chamou minha atenção dizendo que precisava tomar seu remédio, então solicitei da garota dois copos com água e ela ainda continuava com o risinho desgraçado nos lábios. Peguei o primeiro copo pra você e te dei o comprimido na boca enquanto ela permanecia lá com a bandeja e o outro copo. Quando fui devolver o copo utilizado, me deparei com o mesmo sorrisinho e não tive dúvidas, virei a bandeja em cima dela com copo e tudo. Propósito alcançado: o riso desapareceu para a fúria tomar conta do rostinho dela.

— Oh, me desculpe! Que desastrada eu sou. — E dei o meu melhor sorriso sacana para ela.

Entendeu o recado e nos deixou em paz. Você me olhava meio em desaprovação, mas com um brilho nos olhos que denunciava certa satisfação, e, mesmo não sendo uma atitude que me era normal, recostei minha cabeça em teu ombro, e voltei a segurar tua mão direita.

EU…

Você simplesmente me surpreendeu. Não esperava a atitude, mas estava orgulhosa de meu amor se defendendo da ignorância daquela coitada mal amada, e, quando recostou sua cabeça em meu ombro, o orgulho triplicou. Não se importou em demonstrar carinho puro diante das pessoas que estavam no avião, segurou minha mão novamente e ficou em silêncio por alguns minutos, até que resolveu falar.

— Endless?

— Sim?

Depois de alguns segundos, você continuou.

— Eu estava pensando nas suas viagens de trabalho. Eu… Bem… Eu gostaria, quando possível de te acompanhar, sabe… Pra ir com você nestas festas que acontecem a cada reunião de negócios.

Não estava entendendo. — Por que, vida?

Você olhou pra mim com certo constrangimento. — Pra saber como é… O que acontece nestas festas…

Então entendi e meu coração palpitou de alegria. Você estava com ciúmes! Eu virei teu rosto para mim, te olhei tão profundamente e com tanta emoção que não contive uma lágrima.

— Eu sou tua, Love e você é minha… Mulher… Amiga… Cúmplice… Vou amar ter você comigo e também quero, sempre que possível, te acompanhar em tuas viagens. Quero estar o mais perto que puder de você porque te amo. — beijei tua testa com carinho extremo.

A chegada foi anunciada pelo comissário. Estávamos em casa, finalmente.

Ainda sentia muitas dores e o trajeto de táxi para casa foi por demais exaustivo, mas ao entrar em nossa sala, a alegria de ver nossos filhotes me fez esquecer do sofrimento. Olhava pra eles e pra você como se lhes dissesse: “Estão vendo? mamãe Love está de volta! Eu consegui!”. Give veio logo pra você, que a pegou do chão com carinho, fazia o ronronar peculiar dela e te dizia da saudade. Os outros faziam festa entre nossas pernas. Marina apareceu na sala nos abraçando, até que senti falta de um peraltinha sabido.

— Cadê o Lelo? — perguntei procurando por ele na sala.

Você também procurava e fomos juntas pra cozinha. Marina havia dito que preparava a refeição deles.

— Lelo, filho… onde você está? — de repente ouvimos um barulho vindo do saco de ração. — Lelo!!! — dissemos juntas.

Fomos até o saco e lá estava ele, o bandidinho atolado na ração. Retirei-o de lá, levantei-o encarando os olhos esverdeados e ele miou com cara de quem fez besteira, aquela carinha que não esqueço.

— O que faço com você hein, Lelo Love? — Você se aproximou e tomou-o nos braços cheirando-lhe o cocoruto. — Da próxima vez fica de castigo, está ouvindo? Nada de almofadas! Nada de brinquedos ou brincar de escalada.

Disse isso tudo com um carinho enorme, mas com a firmeza de uma mãe responsável. Você olhou pra mim como se me culpasse por ele ser tão traquino.

— Não olha pra mim, eu não tenho culpa dele ser tão esperto.

Me aproximei mais, ainda te olhando. Ficamos a nos olhar durante um tempo, afaguei teu cabelo, te dizendo de minha felicidade por estamos em casa, finalmente enquanto via a mesma felicidade nos teus olhos, foi então que ouvimos a voz de Marina.

— O amor é lindo!

Saímos do transe: eu um pouco encabulada, você sorrindo. E que sorriso.

— Ainda não te agradecemos por tudo, Marina. Saiba que você tem enorme participação nesta felicidade que sentimos agora.

Marina meio sem jeito nos abraçou e pediu que tivéssemos mais paciência uma com a outra. Falou que o Dr. Wagner, o veterinário das crianças,  havia se aposentado e que a filha dele, Sílvia era o nome, tinha assumido a clínica. Percebi certo brilho no olhar de minha irmã ao falar dela. Continuou dizendo que a veterinária tinha se apaixonado pelos filhotes e que a convidara para jantar, para falar sobre eles.

— Sei. Acho que ela não se apaixonou só pelos filhotes, mas pela tia deles também. — neste momento levo uma tapa de Marina no braço machucado e que dor.

— Desculpa, Mirian! — ficou assustada com minha expressão sofrida.

— Não foi nada, eu mereci, mas me diz: ela é bonita? — vi minha irmã enrubescer pela primeira vez na vida.

— Sim, é muito. Agora que já estão em casa, vou embora, preciso me arrumar. — beijou-nos e saiu

Olhei pra você. — Ela está apaixonada, conheço a peça.

Você se aproximou mais de mim, me olhando com intensidade. — E isso é muito bom, não é? Estar apaixonada.

Nos abraçamos com imenso carinho, tão grande que a emoção me fez estremecer.

VOCÊ…

O teu abraço me deu a sensação de paz e segurança que sempre sonhei sentir da pessoa que amaria. Senti o tremor de teu corpo como um aviso: eras minha, absolutamente minha, mas senti também tua respiração se alterar como sentisse algo além da emoção. Levantei os olhos para te ver.

— Endless, está sentindo alguma coisa, dor? — olhei teu braço e você ergueu meu rosto, fitando-me com expressão cansada.

— Com você ao meu lado, nunca mais sentirei dor, vida, mas confesso que minhas costas estão em frangalhos. — teu riso foi comovente, misturado com uma careta de sofrimento.

— Vem.

Te levei pro quarto, te deitei na cama e vi quando fechou os olhos, aliviada, então me afastei e fiquei admirando a tua imagem. Pensei no quanto era corajosa, mas ao mesmo tempo tão frágil.  “Quando foi que comecei a te amar?” Fiquei me perguntando, enquanto percorria os detalhes do teu corpo com os olhos, imaginando o momento em que nós nos entregaríamos completamente. Um arrepio me subiu a espinha e o velho receio quis se revelar. Balancei a cabeça no intuito de afastar tais pensamentos, pois não poderia mais ter medo. Tudo havia sido esclarecido e o desejo teria que sobressair ao fantasma que sempre rondou nosso relacionamento. “Como vou te amar, Endless?”, mais uma pergunta assombrava-me as ideias.

Os meses que você passou longe te deram outra forma. Mais experiente, mais sensual. Totalmente perdida nestes pensamentos, não percebi que você me fitava profundamente, parecendo ler dentro de mim todas as dúvidas que surgiam fortes. Era como se você soubesse que ainda restava uma pequena batalha a ser vencida, então estendeu a mão para mim, num convite mudo para deitar-me do seu lado e o fiz. Me deixei envolver por teu calor mais uma vez, quando ouvi tua voz tranquila.

— Sinta o medo, Love, você já lidou com ele antes. Se permita senti-lo, mas não permita que ele comande sua vida de novo.

Me aconcheguei mais em seus braços e adormeci.

EU

Me mexi com dificuldade com o braço a latejar um pouco. Olhei para o lado e você dormia tranquila, mas segurando meu braço direito. Me desfiz do contato devagar pra não te acordar, percebendo que ainda estava com a roupa da viagem, mas você não. Acho que não quis me acordar. Levantei com dificuldade e, Deus, que dor nas costas! Nunca queira ser atropelada por um camelo! Fui ao banheiro, me despi com certa dificuldade, protegi o braço machucado e demorei bastante embaixo do chuveiro. Quando pensei em vestir uma roupa, o cansaço, a preguiça e, principalmente, a dor que sentia, me fizeram desistir. Deitei nua mesmo, entrando debaixo do edredom dormindo imediatamente. Não sei quanto tempo dormi, mas tive a sensação de tuas mãos em minhas costas… Devia estar sonhando e me virei deixando meu corpo descoberto pelo edredom. Quando abri os olhos, os teus admiravam minha nudez.

VOCÊ…

Precisava te abraçar e fiquei quietinha a noite toda por causa de teus machucados, mas precisava de teu calor, havia lutado muito por ele. Eu o merecia e o queria mais que tudo, queria a segurança de teu corpo no meu. Devagarzinho fui me aconchegando a ele quando senti tua pele macia, nua e, com cuidado, fui retirando o edredom de cima de você. Tuas costas, tuas nádegas. Meus olhos sorviam famintos cada pedaço que se expunha. Não resistindo, percorri tuas costas com dedos suaves e, quando se aproximavam do lugar onde queria chegar, você instintivamente se virou, deixando a mostra o que eu realmente gostaria de ver: Teus seios, a barriga delineada, forte, mas delicada como o algodão. Teu sexo sem pelos dando a impressão de intocado. Inexperiente, virgem. Ali, admirando teus detalhes, me deixei levar por emoções nunca antes vividas. Quis tocar, mas reprimi. Levantei-me sem noção de que você já estava acordada e me olhava. Quando percebi você já me abraçava carinhosa, sussurrando em meu ouvido que estava tudo bem.

— Vem, vamos voltar a dormir. Estou precisando de tua massagem especial, vem.

Me passou um olhar tão esplendidamente confortável que não resisti. Sabia que entendia, mas era maravilhoso sentir a demonstração de todo teu amor incondicional. Me deixei levar por tua mão e voltamos pra cama.

— Agora quero meu abraço de polvo pra curar estas costas prejudicadas. — e me abraçou de maneira tão cálida que me senti imediatamente relaxada.

— Endless, eu… — você me impediu de falar com um beijo doce, calmo, beijando minha testa.

— Não tenho pressa, vida… Não precisa ter… não precisamos. Vai acontecer no momento certo. —  te abracei protegendo teu braço e alisando tuas costas. — Como preciso disso, Love… Fica assim, conhecendo-me, me dando paz, fica…

Depois de alguns minutos senti tua respiração regular e então entendi que estava completa, repleta, lotada. Não faltava mais nada dentro de mim que não estivesse preenchido. Agora era só consumar.

No decorrer dos dias eu cada vez me sentia melhor. Trabalhava mais em casa, você viajava. Me disse da decisão de fazer uma prova: MBA. Rezei pra que não fosse muito longe. Londres, você disse, e que se sentia motivada. Te apoiei, lógico. Minha mulher, inteligente e vibrante, era assim que queria te ter sempre: empolgada com tudo como se o mundo fosse uma enorme taça onde tua sede nunca seria saciada, não neste aspecto, nem em outros. Quanto a mim, eu era só expectativa. Dormíamos juntas sempre e eu evitava estar com pouca, ou sem roupa. Você reclamava de eu não lavar teus cabelos. As crianças estavam sempre presentes. Brincava com eles antes de dormir, trabalhava mais à noite, provocava um cansaço até a hora do sono pra não enlouquecer de tesão, porque era assim que me sentia: prestes a explodir de desejo, e, cada vez que recebia teu abraço de polvo, meu coração bombardeava sem pena a minha frágil proteção. Então eu tive que viajar. Os investidores exigiam minha presença, cheios de ideias para os projetos e eu teria que aturar todos os tipos de propostas inviáveis que eles tinham, mas que eu teria que, nas possibilidades mais arriscadas, realizar.

A reunião inacabável parecia não ter fim, desculpando-se a redundância. Você em casa estudando como louca e eu trabalhando como um mouro (viva a Andaluzia!) tentando não pensar em tudo, em nós. No meio de uma discussão com os árabes (sempre eles), uma ligação: teu nome piscava no meu ipod, olhei no relógio e, segundo o fuso horário, em casa já eram duas da madrugada.

— Love? — esperei tua resposta ansiosa.

Pedi permissão ao pessoal e fui atender fora da sala. — Love? — repeti, esperando você dizer alguma coisa.

— Endless. — era quase um miado e eu sabia muito bem o que significava. — Tô com febre… Tá doendo tudo… — e ouvi teu choro baixinho. Meu coração veio à boca.

— Vida, fica calma e toma um remédio.

— Quero você aqui… Me ajuda… — e o choro veio de novo.

Tentei acalmá-la e desliguei. Entrei na sala de reunião.

— Perdoem-me, minha esposa está doente tenho que ir. — Peguei um pendrive. — Eis as ideias. Espero que gostem.

Liguei para  boss. — Preciso de sua ajuda.

VOCÊ…

Percebi todas as maneiras de você fugir do nosso esperado encontro. Ficava horas com as crianças, trabalhava até altas horas da noite. Parecia uma monja no vestir para dormir, não lavava mais meus cabelos, parte mais difícil de aceitar, mas compreendia. Resolvi fazer a bendita prova de MBA, pois queria alcançar mais na profissão, não pelo dinheiro, mas, principalmente, pelo crescimento. Você tinha um respeito internacional, eu também. Queria te acompanhar, queria que brindássemos juntas com a enorme taça que era o mundo. Você estava mais carinhosa, mas muito mais esquiva, então teve que viajar. Ouvi a discussão com o tal boss, não teve como evitar. Marina resolveu viajar com Sílvia e pediu permissão para levar os filhotes. Nunca tinham viajado sem nós, mas você me convenceu que seria melhor, que eu precisava de tempo pra me preparar para a prova e permitimos, então. O frio estava de lascar. Inverno rigoroso, a neve espessa, convidativa, decidi sair um pouco e brincar com o gelo branquinho. Tentei esculturas catastróficas que eram demolidas o tempo todo. Depois de uma hora entrei com a roupa molhada igual criança travessa, tomei um banho quente e encarei os livros. Senti um ronco no estômago e parti para comer algo que você deixou congelado, gostoso. Logo depois, enquanto estudava, adormeci. Acordei com a cabeça pesada, corpo acompanhando, frio e quente, senti a febre. Tentei levantar, mas não consegui. Me senti mal como nunca tinha me sentido antes. Já ficara doente quando morava só, mas agora me parecia terrível. Queria você comigo, então te liguei. Não suportei ouvir tua voz e desabei num pranto manhoso, te dizendo que estava mal e a queria em casa, mas sabia que teu trabalho não permitiria. Me arrependi imediatamente da fraqueza e pensei em te ligar de volta e dizer que estava tudo bem, não consegui. A doença me fez adormecer ainda com o fone na mão.

EU…

Abri a porta de nosso quarto bem devagar e o que vi me deixou infinitamente condoída: livros espalhados sobre a cama, seu note do lado que durmo e você encolhidinha, enrolada no edredom. Me aproximei agachando-me do seu lado percebendo teu suor excessivo. Encostei os lábios em sua testa quente.

— Vida… Que traquinagem fez pra ficar assim?

Sussurrei bem próximo de sua boca e rocei os lábios nos seus, ao desfazer o contato você abriu os olhos parecendo não acreditar no que via. Eu sorri, te passando todo o conforto que poderia te dar.

— Estou aqui, meu amor. — disse afagando seus cabelos, quando, num gesto repentino, você me abraçou forte. Senti o calor intenso que emanava de seu corpo. — Calma, Vida, estou aqui. — ficamos alguns segundos assim, nos braços uma da outra. — Agora, me diz: a que horas tomou o remédio pela última vez?

Você pareceu não entender até responder que não tinha tomado e me perguntou como cheguei tão rápido.

— Tive que subornar alguns e ameaçar um em especial. — Você sorriu me deixando mais aliviada. — Agora vem, vamos tomar um banho gostoso e tirar essa roupa suada. Vou trocar a roupa de cama também, vem.

Deixei você no banheiro enquanto arrumava tudo. Voltei e te tirei da banheira, enxuguei bem o seu corpo ainda febril e te ajudei a vestir o pijama que havia separado fazendo você deitar enquanto ia a cozinha preparar algo para que comesse. Achei melhor fazer seu leite queimado com canela para ajudar a combater a febre. Peguei o antitérmico e voltei para o quarto.

Você estava ao telefone, fato que me deixou extremamente irritada, pois sabia que era do trabalho. Meu olhar de reprovação para você fez com que terminasse logo a conversa dizendo que estava doente e tudo se resolveria no outro dia. A minha vontade inicial foi de te tomar o fone e dizer pra quem quer que fosse na linha que estava doente e passaria pelo menos dois dias de repouso, mas te conhecia bem o suficiente para saber que isso causaria uma tremenda confusão entre nós.

Minha cara ainda permanecia fechada quando lhe entreguei a caneca com o leite e o remédio. Você tomava o líquido ainda me olhando. Sentei na poltrona que ficava no quarto de frente para a cama e fiquei ali te olhando, imaginando como seria minha vida se algo de ruim te acontecesse, então fechei os olhos. O cansaço, o susto, tudo me fazendo mudar a expressão que passou de chateada para preocupada, quando senti tua proximidade.

Sentou-se em meu colo e começou a me beijar o pescoço. — Obrigada por ter vindo. Te atrapalhei, não foi?

Abri os olhos e fixei-os nos teus com extremo carinho. — Não. Você me salvou de uns malucos árabes que queriam transferir as pirâmides de Gisé para  Dubai. — e você deu seu riso maravilhoso só para mim.



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