Gringa Grudenta

14. Armadilha para abelhas

notas inciais

Traduções e vocabulário nas notas finais.

desculpem a demora pra postar, tive um monte de problemas essa semana: meu PC pifou e foi pro conserto, desembolsei 700 real pra consertar/dar upgrade e qdo voltou não conseguia logar em todas as minhas contas, minha licença médica acabou e tive que voltar a trabalhar, fora ser o combo depressiva/ansiosa/tdah/autista/proletária/artista/sem dinheiro que smp vem foder a gnt.

entretanto, tem boas notícias também, acho q vou começar uma mesa nova de RPG com 2 amigas e nossas personagens vão ser um trisal kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

agr só falta na vida real 😎



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A final da Algarve Cup contra a Alemanha terminara em 2 a 0 para as alterianas, com gols de Asta de falta e outro de Mira, em jogada com Kyveli. No dia anterior, Aglaia e várias das outras garotas do time haviam assistido a partida do Brasil contra a Noruega, na disputa pelo terceiro lugar, que terminara com vitória do Brasil por 2 a 1, com dois gols de Matilde. Crista entraria no segundo tempo, quando o placar estava em 1 a 1 e, embora parecesse um tanto desmotivada e apagada no jogo, sem os flashes de flair e brilhantismo que sempre demonstra nas partidas pela Red Phoenix, fora quem começara a jogada para o segundo gol de Matilde: dera um belo passe de efeito que passou por um milímetro acima da cabeça da zagueira norueguesa para a rainha matar no peito e finalizar com um voleio de dentro da grande área.

É dia 28 de março, quase onze horas da noite, o último dia de Aglaia em Portugal neste ano. A volante passara as últimas horas com as suas companheiras no hotel onde estavam hospedadas, se entupindo de pizza e chocolate (algumas das suas companheiras também estavam enchendo a cara de álcool, mas Aglaia preferiu evitar), jogando videogames e ouvindo as garotas musicistas do time tocarem um rock improvisado para comemorar – Aglaia não quer nem pensar quantas horas extras de academia vai ter que fazer durante a semana para compensar os exageros de hoje. E então, quis sair. Dar uma volta sozinha por aí, aproveitar suas últimas horas nesse país que provavelmente só verá de novo no próximo ano.

O sentimento de satisfação traz paz ao coração. No ano anterior, haviam perdido a Algarve Cup na final contra a Noruega e, alguns meses depois, chegaram às semifinais da Copa do Mundo só para serem eliminadas pelas suas maiores rivais, os Estados Unidos, de virada, por 2 a 1. As estadunidenses se sagrariam campeãs na final, enquanto as alterianas conquistariam seu prêmio de consolação derrotando a França na disputa pelo terceiro lugar. O título desse ano as dá mais moral para as Olimpíadas em Tóquio. Muitos são os que chamam a geração atual das meninas alterianas de “a melhor desde os tempos de Manali”. Claro, elas nunca serão como a seleção alteriana dos anos 90, mas não significa que não podem trazer glória ao país mais uma vez.

A ideia que podem ser as primeiras em 20 anos a ganhar um título importante por Alter é assombrosa.

Enquanto anda pela noite, ela se lembra daquela praia isolada onde esteve em seu primeiro dia, quando chegou em Algarve. Aquela onde passara uma tarde divertida com Crista e suas companheiras da seleção alteriana, além daquela garota portuguesa que estava com Crista.

Aglaia sente vontade de ir se despedir daquele lugar, já pensando que deveria ir lá de novo no próximo ano, caso Alter continue sua tradição de sempre participar da Algarve Cup.

A luz da Lua é mais que suficiente para guiá-la através da escuridão da noite, para ser capaz de distinguir os vultos na distância e identificar o caminho sem obstáculos à sua frente. Caminha, sentindo a areia entre os dedos e segurando seus sapatos numa das mãos. Sente a brisa vinda do oceano brincar com seus cabelos, se lembrando da casa onde cresceu em Calisto, tão perto da praia – nada como seu atual apartamento no centro, longe do mar. Se lembra dos parabéns emocionados de sua mãe pelo Messenger mais cedo, logo após o término do jogo contra a Alemanha. Lembrar faz Aglaia rir: como uma mulher bicampeã do mundo, uma das maiores lendas esportivas da história de Alter, poderia estar tão genuinamente emocionada por um título de campeonato amistoso?

Caminhando pela orla da praia, Aglaia localiza uma figura sentada na areia, envolta pela escuridão. Curiosa, Aglaia se aproxima um pouco mais.

– Crista? – chama, surpresa. A brasileira vira os olhos para ela, aquela sua expressão dura usual.

– Fala, Aglaia – ela responde, logo tornando o olhar para o horizonte novamente. Tentando conter o sorriso, ela vai se sentar ao lado da brasileira, que não lhe dá atenção.

– Como você tá? – indaga Aglaia, oferecendo um sorriso gentil. Crista suspira. Tenta encontrar as palavras em inglês. Se ao menos tivesse com internet agora, para apelar ao google tradutor…

– Cansada – ela acaba por responder uma meia-verdade, mais por falta de vocabulário que qualquer outra coisa. Por outro lado, não se sente tão confortável em despejar seu sentimento de fracasso na outra assim.

– E aí, como foi sua primeira experiência na seleção?

Crista encara a outra, sem entender.

– Primeira vez na seleção Brasileira – Aglaia repete, falando de forma lenta – como foi?

– Meh.

– Como assim, “meh”?!

– Fui uma bosta nos dois jogos, perdi minha estreia. Até parece que vão me chamar de novo.

É vez de Aglaia encarar a outra sem entender.

– Ahn… Inglês, por favor? – Crista tenta traduzir o que acabara de falar em sua mente.

– Lose first game. Bad game. They not call again.

– Ei, isso não é verdade. Por que você acha isso?

Crista demora para responder, fazendo Aglaia pensar que ela não entendeu. Quando está prestes a repetir de maneira mais pausada, Crista a corta.

– Game bad – repete – Lost. I didn’t do nothing.

Aglaia assente.

– Você jogou bem – opina Aglaia – contra Alter, eu digo.

– Mentirosa – Crista acusa aos murmúrios.

– Não precisa ficar se condenando tanto por uma única derrota.

– Jogo ruim com… como fala “Noruega” em inglês? – ela se pergunta.

– Norway? – sugere Aglaia.

– Deve ser. Jogo ruim com Noruega.

– Você que é a mentirosa – debocha Aglaia – você jogou direitinho! Eu vi o jogo. Bons passes, bom posicionamento. Você que deu o passe pra Matilde fazer o segundo gol.

– Não. Ruim – Crista murmura, suspirando e faz Aglaia revirar os olhos, impaciente. Ela se levanta e se posta diante de Crista, com as mãos na cintura, bloqueando sua visão do mar. Faz Crista pensar em milhares de cantadas e provocações em português, mas além de não saber como traduzi-las, não se sente com vontade de expressar nenhuma delas nesse momento.

– Ágata Cristina Oliveira! – ela chama, praticamente como uma versão gringa de sua mãe – você acabou de ser convocada para uma das melhores seleções do mundo com apenas 19 anos de idade, jogou de igual para igual contra algumas das seleções mais fortes do mundo, DUAS EX-CAMPEÃS MUNDIAIS DIGA-SE DE PASSAGEM, e ainda está reclamando?! Não achei que você fosse ser esse tipo de pessoa mimada!

Crista, que não entende quase nada do que é dito, foca-se na parte que ela entende.

– Desde quando cê sabe meu nome completo? – e é vez de Aglaia não entender. A loira decide ignorar e continua seu discurso.

– Todas nós começamos por baixo! Você ao menos tem noção de como foi meu primeiro jogo pela seleção alteriana?! Um completo DESASTRE! Nós perdemos de 3 a 0 pros Estados Unidos, eu levei o cartão amarelo mais idiota da minha vida e tava completamente perdida, não tinha ideia do que fazer! E olhe como eu estou agora, titularíssima absoluta! Você é uma das meias mais talentosas que eu já vi jogar, tem uma técnica que eu nunca vi NINGUÉM ter, nem a minha mãe! E olha que a minha mãe é a minha mãe! Então para de ficar se pondo pra baixo e fazendo drama, levanta daí e mostra pro mundo do que é capaz!

– Cê se ligou que eu num saquei nem uma palavra do que cê disse, né? – pergunta Crista, deixando um sorrisinho bem-humorado se formar em seu rosto. Apesar de não entender, o tom e a linguagem corporal da loira transmitem o que ela quer dizer.

– Eu náo falo portoguês! – grita, como se finalizasse o discurso, num sotaque tão bizarro quanto o daquele dia das flores. Crista levanta as sobrancelhas em surpresa.

– Como você… huh… sabe falar isso? – pergunta, num inglês imperfeito. Aglaia faz uma expressão metida e se ajoelha, de frente para Crista, fixando seus olhos nos da brasileira.

– Eu pesquisei algumas frases simples naquele dia que eu fui na sua… bom, que eu fui na casa da Carmen te ver. Eu também sei falar “oi, tudo bem?”, “bom dia”, “boa noite”, “obrigada”, “desculpa”, “eu te amo” e “bolo de morango”.

– Hmmmm, você me ama, é? – brinca Crista, mas Aglaia, sem entender, não reage – ah, esquece.

– Você está sorrindo.

– Eu sou o quê? Ahn… me, what?

– Sorrindo. Você está sorrindo – repete Aglaia, calmamente – seu sorriso é lindo.

– Beautiful? Sim, sou uma gostosa do caralho memo – ela pensa em adicionar algo mais ousado. Decide que Aglaia não vai entender, de qualquer forma – cê também é, viu?

As duas fixam o olhar uma na outra por uns momentos, até Aglaia se arrastar para o lado da brasileira e se sentar. Ela dá uma ombrada em Crista de leve.

– Você é uma jogadora excelente, ok? Tenho certeza que ainda vamos nos enfrentar muitas vezes pelas nossas seleções.

Excelent player“.

Ao menos isso, Crista entende.

– Valeu, eu acho. Thanks.

Crista observa o cenário. As ondas suaves morrendo na areia da praia, o horizonte escuro da noite. Não é tão interessante assim. Aos poucos, ela torna o olhar para Aglaia, que parece perceber estar sendo observada e vira-se para olhá-la também. A princípio, ela tem uma expressão neutra. Aos poucos, começa a sorrir. Um sorriso encabulado, similar a uma adolescente tímida que não sabe o que fazer para chegar na pessoa que gosta.

– O que foi? – pergunta ela, sem conseguir segurar uma risadinha nervosa.

– Lá… “paisagem”, não interessante. Você é interessante – murmura Crista, em seu inglês limitado. Sua resposta arranca uma gargalhada nervosa de Aglaia, que esconde o rosto entre as mãos e diz uma série de coisas que Crista não entende. Quando Aglaia finalmente se acalma e tira as mãos do rosto, Crista sente seu coração errar uma batida. É como se levasse um susto por traços tão delicados sendo revelados para ela do nada.

– Para de flertar comigo. A Lumia vai me zoar ainda mais desse jeito.

Flirt“. Crista sabe o que isso significa. “Stop flirting“. Sim, ela consegue decodificar o que foi dito e responde com um sorrisinho malicioso.

– Por que parar? – provoca, arrancando mais risadinhas constrangidas de Aglaia. Crista experimenta aproximar o rosto da outra, bem de leve, só para ver como será sua reação. Aglaia não se afasta, nem a afasta, apenas continua a rir de nervoso, cada vez mais vermelha. Suavemente, ela segura o queixo de Aglaia com uma mão, enquanto pousa a outra pouco acima da cintura da alteriana – Lumia não está aqui.

Crista percebe o poder que tem sobre Aglaia, mas também não quer assustá-la. Se Lumia aparecesse agora dizendo que a amiga é virgem, teria acreditado. Portanto, ela avança devagar, procurando pelos sinais verdes da outra.

– Crista… – murmura Aglaia, com a voz trêmula – anda logo, está me deixando ansiosa…

Incerta do que foi dito, ela para onde está, com o rosto a pouco mais que alguns milímetros de distância da outra, tão próximo que ela consegue sentir a respiração, o odor do hálito da loira. Está sendo rejeitada, será? Ou talvez não? Poderia sempre se afastar e dizer que estava brincando, não é? Até porque de certa forma, realmente estava. Percebendo a inação da outra e, incapaz de aguentar sua ansiedade por muito mais tempo, Aglaia avança para os lábios de Crista.

Já haviam sido muitos meses desde a última vez que beijou uma boca, o que aconteceu mais pela insistência de Lumia em lhe arrumar alguém do que por interesse próprio, mas não é o caso agora. Os olhos indecifráveis de Crista a cada vez que encontra os seus a atraem para mais perto, como uma planta-carnívora preparando suas armadilhas para abelhas.

A cada vez que elas descolam os lábios, trocam olhares rápidos, intensos e, logo em seguida, voltam a se beijar. Aglaia sente uma das mãos de Crista a agarrando pela nuca, enquanto a outra desce um pouco mais em sua cintura e seus corpos se colam cada vez mais. Incerta do que fazer, ela decide pousar as duas mãos nas costas da brasileira. Elas caem na areia, com Crista por cima de Aglaia: não quer nem imaginar o trabalho que vai ser lavar seus cabelos depois. Aos poucos, Crista começa a fugir cada vez mais da boca da outra, passando a beijar seu rosto, seu pescoço, seus ombros, causando gemidos baixos e um coração acelerado e nervoso na loira e, em todas as vezes, ela volta cada vez com mais fúria aos seus lábios. Ela sente as mãos de Crista invadirem sua camisa, tocando sua pele diretamente, suas costas, abdômen e, por fim, sobem aos seios.

– Crista… – a voz trêmula de Aglaia torna a gemer, atiçando ainda mais a brasileira. Ela para os beijos para olhar no fundo dos olhos de Aglaia quando começa a massagear seus seios, mas em vez da reação que esperava, Aglaia a empurra de leve, pedindo para que saia. Surpresa, Crista obedece, sem ter muita certeza de que foi realmente isso que ela pediu.

– Hm… você está bem? – pergunta Crista. Ela se questiona se fez algo errado.

– Não, eu só… desculpa, eu não consigo fazer isso assim – Aglaia se senta na areia, evitando o olhar de Crista – desculpa. Eu só… eu não consigo.

– Está tudo bem – Crista a tranquiliza. Gostaria de dizer algo mais, porém seu inglês é limitado demais para isso, então ela deita a cabeça no ombro da outra – desculpa. Não quis…

Crista para de falar, se xingando mentalmente por não ter ideia de como dizer “te assustar” em inglês.

– Não é culpa sua – Aglaia murmura de volta – eu que… eu não devia ter feito aquilo.

Sem entender exatamente o que foi dito, Crista assente como uma perfeita seguidora das filosofias dos pinguins de Madagascar. Aglaia se sente desolada. Esperava que Crista a tranquilizasse, a aliviasse do peso da culpa por sua ação impulsiva. “Fica calma, ela não fala inglês bem. Provavelmente só não entendeu”, uma parte da sua mente a lembra, mas mesmo assim, não consegue se tranquilizar.

– Desculpa – repete Crista, passando seu braço sobre o ombro da outra. Aglaia assente devagar. Sim, com certeza é a barreira da língua.

Que coisa mais idiota, se atrair por alguém que não entende metade do que ela diz e a quem não consegue entender mais da metade do tempo. Mas… pelo visto, o sentimento é mútuo? Ou será que Crista é uma daquelas que está mais atrás de sexo, de ficar casualmente e depois nunca mais olhar na cara? “Não”, ela reflete, “se fosse o caso não estaria sendo gentil comigo agora”. Na sua experiência, a maioria das vezes que alguém assim se aproximou dela com intenções assim, as pessoas não continuaram por perto depois que perceberam sua… “natureza”. Não perderam seu tempo oferecendo gentilezas desnecessárias a alguém em quem não viam valor de conveniência algum.

– Está frio – comenta Aglaia, fazendo menção de se levantar e puxando Crista para que se levante também – que tal irmos beber alguma coisa quente?

– Beber? – é a única palavra que Crista entende, então ela já começa a gesticular um “não” frenético com as mãos – álcool não, nem fodendo irmã.

Aglaia ri baixinho.

– Não precisa ser álcool, sua boba. Sem, álcool – diz, pausadamente – prometo.

– Okay.

As duas caminham em silêncio pela orla da praia, de volta à pequena cidade. Crista segue Aglaia até o seu hotel, onde ela busca um agasalho e, protegida da brisa fria do lado de fora, pesquisa por algum lugar para irem. Acabam por encontrar um pequeno restaurante local e se dirigem até lá.

É um pequeno bistrô aconchegante com alguns poucos clientes. Aglaia, sem fome por ter comido vários pedaços de pizza mais cedo, pede apenas um chá quente cremoso, enquanto Crista pede um hambúrguer de frango e um suco de laranja. Desde a praia, elas trocaram poucas palavras. Sentem um clima estranho, mas ainda querem a companhia uma da outra. Aglaia quer saber mais sobre Crista, conversar mais com ela, entender como ela a vê. Crista, por outro lado, a princípio só queria alguma coisa para se distrair daqueles pensamentos incômodos, inseguros, tão atípicos dela, mas por alguma razão, Aglaia acabara por capturar o seu interesse esta noite. A brasileira tamborila os dedos na mesa, impaciente com a espera. Logo, vai até o balcão e volta rapidamente, dizendo a Aglaia a senha do wifi e sendo bastante insistente que conecte-se logo à internet.

Assim que o faz, seu celular começa a apitar com mensagens no Messenger… vindas da própria Crista. Em inglês.

Crista

Hey Aglaia

Estou usando google tradutor

Assim fica mais fácil

Sobre mais cedo, eu não quis te assustar

É difícil me comunicar em inglês, eu acho que não entendi algo que você disse

Por isso aquilo aconteceu

Eu só estava meio estressada, achei que você também queria

Aglaia lê as mensagens algumas vezes, um sorrisinho de euforia contida se formando em seu rosto, e levanta os olhos para visualizar uma Crista sem-graça do outro lado da mesa, que encara a tela do próprio celular, como se esperando uma resposta, talvez? Aglaia abre o google tradutor também e começa a digitar.

Aglaia

ei, não se preocupe com isso

você não me assustou

é só que acho que não sou como a maioria das pessoas quando se trata de coisas assim

me desculpe se eu incomodei de alguma forma

além disso

por não querer

não é sua culpa

sou só eu

Crista

Você não tem culpa de não querer transar comigo, na boa

Ainda mais eu indo louca e querendo isso na praia

Então pare de se desculpar por isso

Mas me diz uma coisa

Você me beijou por querer?

Aglaia

sim

Eu queria isso

Crista

Então tudo bem

Você gostou?

Aglaia

sim

Crista

Eu beijo realmente fodendo

Aglaia começa a rir, confusa com seja lá que confusão foi essa que o google tradutor aprontou, e atrai o olhar de Crista do outro lado da mesa. Quando consegue parar de rir, ela traduz uma explicação e envia para a outra.

Aglaia

o google tradutor atrapalhou a tradução

não faz sentido algum

Crista

Quando eu aprender inglês, lembra de voltar nessa conversa para eu ver o que é tão engraçado

Aglaia

okay

Os pedidos das duas chegam e, com um clima mais leve, elas voltam a conversar banalidades e trocar provocações.

~~~~~~



notas finais

gente, pergunta: eu tenho uns 4 “capítulos” de world-building que explicam um pouco mais sobre Alter, sua cultura, história, os times de futebol, o esporte, etc. Vocês gostariam que eu publicasse eles como capítulos extras de vez em qdo?

outra coisa, pra tranquilizar quem tá lendo a história e pode estar preocupade de eu largar ela por não ter conseguido postar no sábado nas ultimas semanas: não se preocupem, a história já está inteira escrita, inclusive tem até capítulos bônus e spin offs prontas. Às vezes pode demorar mais q o normal mas vcs vão ler a história completa sim.

TRADUÇÕES:

Lose first game. Bad game. They not call again. > é um inglês bem imperfeito para “perdi o meu primeiro jogo. Joguei mal (o segundo jogo). Eles não vão me chamar de novo.”

Mensagens da Aglaia antes de passarem pelo google translate:

hey, don’t worry about it
you didn’t scare me
it’s just, i think I’m not like most people when it comes to stuff like thisI’m sorry if I bothered you in any wayalsofor not wanting itit’s not your faultit’s just me[…]yesi wanted it[..]Yes[…]Google translate messed up the translation

It makes no sense whatsoever

As mensagens da Crista, eu estava digitando em português no google tradutor e escrevendo aqui traduzindo o “sentido” delas, de forma a evitar mensagens em inglês e forçar quem não fala inglês a ter que ficar vindo ler as notas finais toda hora. Vou dizer que tô bem impressionada com o google tradutor, exceto pela última mensagem, que eu escrevi “eu beijo bem pra caralho mesmo” e ele traduziu como “I kiss really fucking”, ele traduziu tudo bem direitinho, até algumas das gírias da Crista, que eu imaginei ela evitando quando usa o tradutor pra não deixar ele doido, mas ainda usando umas aqui e ali.

VOCABULÁRIO:

apagada: quando dissemos que uma jogadora está “apagada” no jogo, queremos dizer que ela não está se destacando, que está tendo pouca participação e/ou pouco impacto no jogo.

matar no peito: quando uma jogadora domina uma bola que vem alta usando o peito.

de virada: quando o time que começa perdendo “vira o placar” e vence. Por exemplo: Alter começa vencendo por 1 a 0, mas então os Estados Unidos marcam dois gols e ganham por 2 a 1



Notas:



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