It´s a love story, baby, just say yes

Capítulo 10: Giovanna POV

Eu não estava ficando com a Nina mas a gente ficava de vez em quando mas sem rótulo, compromisso ou obrigação de nada…. Normalmente rolava após os ensaios, nos fim de semana às vezes mas não era muito, e normalmente quando ela me ligava, assim como depois dos ensaios, era sempre ela que vinha, não que eu não quisesse, mas ficava meio sem saber como agir…. Era bom ficar com ela, me distraía e eu podia parar de pensar se era hoje que o Theus e a Mari iriam transar, aquela informação dele acabou com a minha paz!

Eu tinha feito um combinado com as minhas mães de um show por mês contanto que minhas notas continuassem boas…. Nós teríamos um show em alguns dias e estávamos tentando inovar nos repertórios, por isso eu e a Nina estávamos tentando compor algo, estávamos há uns dias nessa, e como hoje não teria ensaio porque deu um problema no local que ensaiávamos, falei pra ela ir lá pra casa pra que a gente tentasse continuar com a música.

– Mãe, lembra da Nina né? – a apresentei a minha mãe Dulce.

– Claro querida, tudo bem?

– Tudo bem e você? – elas deram dois beijinhos.

– Essa é minha outra mãe, Anahi.

– Oi Nina. – elas fizeram o mesmo.

– Meu irmão e a namorada dela, a Mari. – ela fez o mesmo com os dois.

– Mãe, a gente pode ensaiar aqui em casa? Prometo não fazer muito barulho….

– Não vai te atrapalhar, Matheus? – Dulce.

– Não, por mim não. Mas qualquer coisa se atrapalhar, a gente desce e estuda aqui no escritório, né amor? – ele olhou pra Mari que só balançou a cabeça, nem nos olhou.

– Obrigada Theus. – dei um beijo no rosto dele que me sorriu de volta, aliás só quem não sorria naquela sala era a Mari- Vamos então. – puxei a Nina pela mão pro meu quarto.

A gente até escreveu muita coisa mas nada estava muitoooo bom, no momento estávamos mais zoando e tocando.

– Vai atrapalhar seu irmão assim….- ela ria ao falar porque ríamos alto. Ri de volta e dedilhei no violão.

– Então ri mais baixo. – falei e ela estava deitada na minha cama de barriga pra cima me olhando.

– Tem outra coisa que é bem mais eficiente pro silêncio….

– O que? – a olhava e ela riu, já conhecia aquele olhar, ela não disse nada, apenas fez sinal com o dedo pra que eu me aproximasse, quando cheguei perto ela tirou o violão do meu colo e me puxou pela gola da camisa me beijando.

Depois do beijo nós conseguimos compor melhor hahah. Tínhamos conseguido terminar uma.

– Podemos dar uma parada um pouco? – ela pediu- Não funciono assim sobre pressão. – ri a olhando e ela riu de volta.

– Podemos. – pus o violão no chão- Quer ver televisão?

– Pode ser. – ela pegou o controle e por incrível que pareça ou não, paramos num canal de música.

– Eu to com sede, quer alguma coisa?

– Não, obrigada.

– Já venho então. Vou lá pegar uma água.

– Ok.

Fui lá embaixo e quando subi percebi a porta do meu irmão fechada, fiquei parada ali olhando e me martirizando, o que será que eles estavam fazendo? Eu já começava a imaginar as imagens na minha cabeça dos dois na cama…. Droga!! Saí de lá me xingando e virei quase metade da água.

Quando entrei, a Nina me sorriu, sorri de volta mas sem muita vontade.

– Tudo bem?

– Aham. – deitei novamente como estava.

– Aconteceu alguma coisa? – ela se virou meio de lado pra mim.

– Não. – ela ficou me olhando claramente não acreditando em mim né….- Tá tudo bem. – dei um sorriso torcendo pra ela acreditar. Na minha cabeça mais imagens do meu irmão com ela….

– Você voltou estranha lá de baixo….- tocou no meu queixo me fazendo a olhar e com isso nossos rostos estavam próximos, apenas balancei a cabeça. Ela continuou me olhando com a mão no meu queixo e então desceu o olhar pra minha boca, fechei os olhos e ela me beijou.

Só assim as imagens da Mari com o Matheus sumiram da minha mente, puxei ela pela nuca e ela apertou a minha cintura, senti a mão dela na minha barriga, mas ouvi batidas na porta, quase a empurrei e sentei na cama. Minha mãe Anahi entrou e antes de falar ficou nos olhando…..acho que ela percebeu mas nada disse sobre.

– Vamos fazer um lanche meninas?

– Ah tá, vamos. Estamos indo mamãe. – ela sorriu e fechou a porta.

Olhei pra Nina que respirou fundo soltando o ar.

– Desculpa….- rimos e então fomos.

Cheguei lá embaixo e a Mari e Matheus estavam na mesa já com a minha mãe Dulce.

– Eu não vou poder lanchar com vocês, tenho que sair. – mamãe falou enquanto eu e a Nina sentávamos- Até mais tarde, meus amores. – ela jogou um beijo pra nós e se despediu com um beijo nos lábios da minha mãe.

O lanche transcorreu bem tirando o fato que a Mari não abriu a boca, minha mãe perguntou dos shows, das musicas e tal, eu contava tudo animada. Quando acabamos, ela disse que ia subir pois tinha algumas coisas pra fazer, Matheus também falou que iria subir pra se trocar pois ele tinha treino agora e a Nina disse que iria ao banheiro, deixando só eu e a Mari na mesa em um silêncio mortal! Levantei pegando alguns pratos e levando pra pia, não precisava pois a Jo estava em casa só não sei aonde, devia estar arrumando algo por aí…. Enfim, levei pra cozinha, percebi que a Mari fez o mesmo mas estávamos num silêncio mortal, até ouvir um barulho de prato batendo, me virei pra ver o que era e a ouvi suspirando.

– Desculpa….escorregou da minha mão….- ela não me olhou, continuava de costas.

– Ok. – foi a única coisa que disse. Me virei de novo porque achei que o papo tinha acabado, mas ela falou:

– Você e ela estão namorando? – a olhei e ela também tinha se virado mas estava cada uma encostada em um móvel meio afastadas.

– Não, ela é só minha amiga.

– Por isso que você estava no quarto trancada com ela??

– A gente fechou a porta por causa do barulho, vocês não estavam estudando? – ela bufou, revirou os olhos e então se virou de costas, vi ela levando as mãos à cabeça.

– Você vive com essa garota agora, Giovanna! – se virou de novo.

– Porque ela é minha amiga! – me aproximei sem perceber- E você não estava com o Matheus de porta trancada também?!

– Porque ele é meu namorado! – ela aumentou a voz- Você vai namorar com ela? – falou mais baixo.

– Não, ela é só minha amiga. – ela ficou me olhando e eu não tinha porque mentir- Nós ficamos algumas vezes, mas é só isso….

– Então ela teve bem mais de você do que eu….

Nisso ela saiu, fiquei olhando pra porta e então respirei fundo, ao sair dei de cara com a Nina ali, fiquei tão chocada que não consegui dizer mais nada. Em questão de segundos o Matheus desce a escada todo apressado.

– Cadê a Mari?

– Tá lá fora. – a Nina que respondeu, eu fiquei só observando ele sair apressado, assim que a porta fechou, ela me olhou nos olhos- Vem. – me puxou pela mão pro meu quarto.

Eu entrei e sentei na cama tentando fugir daquilo tudo, ouvi a porta se fechando e então ela falou:

– Então, você e a namorada do seu irmão? – meu coração disparou mas não ousei levantar a cabeça.

– Vamos continuar? – falei pegando o violão e aqueles papéis que rabiscamos a letra.

– Giovanna. – ela falou e puxou o violão do meu colo mas não consegui a olhar, respirei fundo e apoiei o cotovelo no joelho e fingia que mexia nos papéis, passei a mão no rosto e ela falou: Fala comigo. – olhei pra ela- Desde quando?

– Nina, sério. – eu dei um sorriso desesperado- Vamos fazer música?

– Não. – ela sentou mais perto de mim e forçou meu rosto a olhá-la.

– Eu não posso ok? Eu não vou falar disso, esquece o que você viu e ouviu.

– Uma cena de ciúmes? – fiquei a olhando, sim, foi….de ambas as partes, eu acho….

– Esquece. Por favor?

– Alguém sabe?

– Só a Alice, minha melhor amiga. Por favor, esquece isso. Foram só duas vezes mas não vai mais acontecer, ok? – ela apenas balançou a cabeça, acho que estava chocada- Podemos mudar de assunto agora? – mais uma vez ela fez que sim. Peguei aquelas folhas na mão mas não conseguia me concentrar mais. Suspirei e ao olhá-la, ela ainda me olhava, larguei aquilo tudo lá- Vamos sair?

– Pra onde?

– Sei lá, qualquer lugar. Não aguento mais ficar aqui.

– Ok. – ela se levantou e ergueu a mão, peguei e depois de avisar minha mãe, saímos.

Eu só queria esquecer….



Notas:



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