O Carnaval chegou e minhas mães iriam viajar com meus irmãos pra uma casa de praia que eles alugaram junto com meus tios, tia Mai, tia Sophie e tia Fê, tio Chris, tio Gui….enfim, todo mundo ía, mas ela não ía, iria viajar. Então eu resolvi não ir também, não estava afim de ir pra aquele fim de mundo ficar sozinha e pensando nela em algum carnaval pegando todas, resolvi trabalhar, pelo menos assim eu não pensava tanto nela.

Trabalhar no Carnaval é uma loucura e eu sabia disso, parece que tudo acontece nesses dias, eu estava saindo de lá depois de 48h de plantão direto e a única coisa que eu queria era dormir! Assim que a porta do hospital se abriu, a claridade atingiu meu rosto, coloquei meu óculos escuros e comecei a andar na direção do estacionamento, não acreditei quando eu olhei pra frente e vi ruas bloqueadas, olhei pra rua ao lado e vi um bloco, a rua lotada de gente, não acreditei!! Eu ía mesmo ter que atravessar uma droga de bloco pra chegar até o estacionamento e pegar meu carro?? Inacreditável! Óbvio que perto de hospital não deveria ter um bloco, mas cadê que algo funciona nesse país??? Xinguei todos os palavrões que eu conhecia antes de me aventurar por entre aquelas pessoas, todo mundo bebado e louco e eu ali, morrendo de sono, as pessoas esbarravam em mim e eu contava até mil porque era Carnaval né, mas a minha vontade mesmo era empurrar todo mundo! Que saco!! Pior era ouvir as cantadas das pessoas que achavam que eu estava fantasiada porque estava de branco!! Eu nunca vou de branco, justo hoje eu fui, pra que?! Me diz!! Não sabia também porque eu fui parar nesse estacionamento mais longe, justo hoje?? Estava passando por mais um bebado quando meu olhar ficou preso numa cena, não acreditei nesse golpe do destino, era a Ana Paula, ela estava beijando uma menina e uma outra acabara de chegar a abraçando por trás! Não consegui nem me mexer, ela estava de óculos escuros e não sei se me veria, alguém bateu em mim e foi na hora que a vi me olhando mas logo desviou, então voltou a olhar, sabe quando você só percebe depois que vê? Acho que foi isso, mas ela estava de óculos escuros e eu também, então eu não sei realmente se ela me viu. Ouvi mais uma gritaria e foi a minha deixa, saí dali o mais rápido que eu pude!

Pronto, bastou pra estragar meu dia!

– Nossa, você corre hein! – senti meu braço ser puxado ao atingir a calçada em frente ao estacionamento. Me virei e ela estava ali, parada na minha frente, meu coração acelerou.

Ela estava com um biquíni por baixo da blusa branca que era cortada na frente e também nas laterais deixando a mostra o biquíni, a barriga estava de fora, um short jeans minúsculo e tênis, fora aquele óculos escuros que deixava ela mais gata ainda! Ela estava com um cinto preto daqueles que dá pra por um monte de coisas pois tem varios bolsos, prefiro nem pensar o que tem ali dentro, pendurada no cinto estava uma blusa. Eu sequei mesmo, nem disfarcei, mas ainda estava de óculos escuros.

– Não me ouviu te chamar?

– Não. – respondi seca porque eu estava puta com o beijo dela na outra lá.

– O que você está fazendo aqui? Achei que tinha viajado com o pessoal….

– Não. Você também não ía viajar?

– Acabei desistindo. – ela respondeu e eu não conseguia desfocar da barriga dela de fora, ela tinha purpurina pelo corpo todo.

Balancei a cabeça.

– Preciso ir. – me virava pra sair porque eu não ía ficar ali esperando ela me dizer que ía atrás da outra lá.

– Espera. – ela pegou no meu braço- Tá com pressa?

– To cansada Ana Paula. Acabei de sair do plantão, to há 48h em pé.

– Nossa, isso tudo? Mas por quê? Normalmente não é 24 ou 36h?

– Como se você soubesse….

– Tanto sei que perguntei. – nós duas tínhamos sido meio grossas, mas eu fui primeiro, talvez ela tivesse só retribuindo…. Mas eu não respondi nada, apenas a olhei- Por que tanto tempo?

– Porque me pediram. – menti.

– Hum.

O assunto morreu e o telefone dela apitou, ela pegou e leu alguma coisa.

– É a minha amiga, to com a blusa dela.

– Vai lá devolver pra sua amiga. – falei com ironia mesmo e ela me olhou. Cansei daquilo e tentei me afastar mas ela me chamou.

– Gabi. – parei a olhando mas então surgiu uma garota e percebi que era a mesma.

– Você não veio, vim atrás de você. – a menina falou indo pra cima dela, não acredito que eu estava ali ainda pra ver aquela merda.

– Eu só estava falando com a minha prima e…- ela parou de falar quando a menina abriu um dos bolsos do cinto dela e pegou um comprimido e então a beijou.

Ah sério!! Fui embora deixando elas lá e me xingando bastante também!!

Cheguei em casa, tomei banho, nem comi nada, estava sem fome, desliguei tudo inclusive o celular e apaguei, eu estava morta! Acordei no dia seguinte quase na hora do almoço, ou seja, dormi mais de 12h seguidas hahaha. Estava precisando.

Levantei e fui comer algo, estava morta de fome! Enquanto esquentava, liguei meu celular, tinham umas cinco ligações perdidas das minhas mães, milhões de mensagens no WhatsApp, a maioria dos grupos, tanto da família mandando varias fotos lá deles, quanto no do hospital e algumas outras amigas, mas tinha também uma da Ana Paula, abri pra ver, era de ontem.

“Já que vc tá sozinha aí, se precisar de algo, me fala.”

Aff.

“Não, obrigada.”

Fui curta e grossa. Almocei e depois liguei pra minha mãe, Anahi, ela mais uma vez me pediu pra ir pra lá, falou que estava todo mundo perguntando e sentindo minha falta, falei que não sabia, que iria ver, não estava muito afim mas não quis dar um não logo. Conversamos mais um pouco, ela me perguntou o que eu fiz esses dias, depois falei com minha outra mãe, a ligação durou uma meia-hora.

Eu não queria fazer nada, queria ficar em casa, vi uns filmes e acabei dormindo de novo. No dia seguinte eu tentei ir à praia né, mas estava difícil, muito cheia e aquela confusão de Carnaval, então voltei mais cedo pra casa, tomei um banho e depois de almoçar fiquei vendo televisão até que me lembrei que tinha que ler umas coisas pra faculdade, fui estudar e quando dei por mim era quase noite, estava há horas estudando! Eu sempre fazia isso, me perdia na hora estudando, me acalmava…. Mas era sábado de Carnaval né, me forcei a sair porque aí já estava nerd demais hahaha, mesmo sem vontade aceitei o convite de umas amigas, a Camila, Lê e o Fê estavam viajando então eu estava meio órfã hahah, mas fomos num barzinho, era gls mas estava impraticável por causa do Carnaval, mas fiquei lá bebendo com elas um pouco, mas fui embora mais cedo, estava me irritando ficar lá já. No outro dia, não consegui escapar e acabei cedendo e indo pra um bloco com elas.

O bloco era de manhã, estava lotado porque era um bloco conhecidinho, mas eu me recusava a ficar andando atrás de bloco, então achamos um canto e ficamos, começamos a beber um treco lá que elas levaram, não faço ideia do que seja. Sei que em algumas horas, eu estava pulando, dançando e sem camisa no meio das pessoas, estava um sol escaldante e eu ía ficar preta provavelmente, porque só estava de biquíni e short.

– Acho que vou beber uma água….- falei pra minha amiga.

– Oi?! – ela se virou pra mim com uma cara etada como se eu tivesse falado que ía matar a mãe dela hahaha.

– Preciso de uma água amiga, aliás você devia beber também.

– Não, eu quero ficar bebada mesmo hahaha. – balancei a cabeça e fui atrás da água, tinha um quiosque ali na frente, porque ali só tinha ambulante vendendo coisas alcoólicas. Eu já não estava sóbria mas não queria ficar louca e nem dar pt.

Comprei a água e quando estava voltando, dou de cara com quem? A Ana Paula se agarrando com uma loira. Eu devo ter feito striptease na santa ceia, só pode!! Por que eu tinha que ver ela?? Inferno!! Dessa vez não a deixei me ver, bom, eu acho que não viu né, voltei pra junto das minhas amigas. Quando olhei na direção que ela estava não a vi mais, respirei fundo, na minha cabeça ela já tinha levado a garota pra casa dela e estavam as duas na cama.

– Que foi Gabi? Que cara é essa?

– Nada não. – disfarcei pra minha amiga.

– Então se anima aí! – ela falou meio dançando.

Ela estava certa. Eu tinha duas opções: ficar puta e sofrendo ou cagar e encher a cara, optei pela segunda!

Em uma das milhões de vezes que eu fui ao banheiro, dei de cara com ela, sozinha dessa vez. Ela pareceu surpresa, então não tinha me visto mesmo, ainda bem.

– Oi. – a cumprimentei.

– Oi. Não sabia que estava aqui….

– Estou. – respondi e dei um sorriso, eu estava bem alegre já hahah.

– Está sozinha aí?

– Não. – respondi e nisso uma menina saiu do banheiro e parou ao lado dela.

– To voltando lá tá Aninha?

Argh! Mas não era a menina do beijo.

– Já vou. – ela disse e a menina saiu. Ela ficou me olhando e eu taquei o foda-se! Cara, o short dela era indecente de curto, não consegui nem disfarçar.

– Vem comigo. – me aproximei sussurrando no ouvido dela e puxei ela pela mão. Ela veio sem nada dizer.

Puxei ela até a parte lateral do banheiro, tinha um paredão ali e não estava cheio porque ali não era onde o bloco estava e as pessoas gostavam de ficar lá na confusão. Empurrei ela contra essa parede e a beijei, sem falar nada.

Minha mão a puxava pela nuca com força, posso jurar que cheguei a ouví-la gemer, desci a mão pra sua cintura que estava à mostra com aquele macaquinho que ela usava. Apertei e pressionei meu corpo contra o dela que me puxava com as duas mãos pela nuca, era um beijo desentupidor de pia mesmo como falam hahahaha. Pressionei mais ainda meu corpo ao dela numa tentativa fútil de me fundir a ela, ela me puxou pela bunda e eu perdi a razão, levei as duas mãos aos seios dela por cima do biquíni, a alça do macaquinho era frouxa, então eu conseguia tocar livremente neles. Ela gemeu um pouco mais alto e mordeu meu lábio inferior.

– Você é muito abusada, pirralha.

– Vou te mostrar quem é a pirralha aqui.

Agarrei uma das pernas dela colocando na minha cintura, com isso coloquei uma das minhas pernas entre as dela, uma mão foi direto ao bico do seio dela apertando, ela arfou.

– Para com isso!

– Por que? – a gente falava entre beijos e eu roçava minha perna no sexo dela.

– Olha onde a gente está! Vamos ser presas.

Tive que rir.

– Tá com medo de não resistir a pirralha tá? – ela não falou nada porque eu ataquei seu pescoço, mordendo e passando a língua. Levei uma mão a perna dela que estava engatada a minha cintura e fui passando na direção do short e a senti se arrepiar, como a posição facilitava, minha mão foi pra dentro do short dela.

– Para. – ela segurou minha mão me olhando.

– Por que? – fiz força contra e senti a borda da calcinha dela.

– Você não vai fazer isso aqui Gabi, no meio da rua.

– Vai me dizer que você não comeu aquelas duas que pegou?

– Que duas? – nos olhávamos nos olhos.

– A daquele dia e a de hoje. – ela me olhou surpresa.

– Você me viu com alguém aqui? Já tinha me visto?

– Aham. – ela ficou me olhando alguns segundos antes de falar novamente.

– Você não é elas. – a olhei sem entender, o que ela queria dizer com isso.

– Só por que você me acha pirralha?

– Não. Porque você é diferente delas. – ergui uma das sobrancelhas ainda sem entender.

– Por que? Só por que eu sou da sua família?

– Também. Mas porque você é diferente Gabi, não é só porque você fica me agarrando agora que vai mudar. – eu ri.

– Eu fico te agarrando?

– Sim, você.

– Você não gosta? – perguntei a abraçando e beijando seu pescoço, senti as mãos dela na minha nuca fazendo carinho. Ela tinha abaixado a perna- Hein? – insisti sussurrando quase dentro do seu ouvido.

– Isso é uma loucura sabia? – ela falou, então a olhei mas ainda com as testas rentes.

– O que? – sussurrei.

– Tudo isso…. Até uns dias atrás você era só minha prima, pirralha.

– Eu tenho 25 anos Ana Paula, não sou pirralha.

– Pra mim vai ser sempre. – ela riu e eu revirei os olhos- Agora está aqui, me agarrando pelos cantos.

– Eu não sou pirralha há muito tempo, você que não percebeu. – falei a olhando nos olhos e passando a mão pelos cabelos dela da nuca o bagunçando um pouco, ela me olhava com os lábios entre abertos. Colei nossos lábios sem a beijar e sussurrei- Boca gostosa. – ela riu.

– Boca gostosa. – nós duas rimos pela referência aquele dia na cozinha e a beijei novamente.

Foi um beijo mais calmo agora, nos abraçando entre o beijo. Um tempo depois saímos dali, estávamos há muito tempo ali escondidas, ela voltou sei lá pra onde e eu fui procurar minhas amigas que deviam estar doidas atrás de mim.

Ainda estava inebriada pelo amasso um tempo depois, não a via mais, provavelmente deve ter ído embora e foi o que resolvi fazer também, minha cabeça começava a doer, provavelmente a mistura da bebida, o sol na cabeça e a fome que começava a bater, minhas amigas reclamaram quando comuniquei que iria embora, mas fui mesmo assim. Tentei pegar um táxi mas estava impossível ali, não passava e os aplicativos não funcionavam, o jeito foi ir pro ponto de ônibus e esperar o ônibus, qual não foi a minha surpresa ao vê-la lá. Fiquei sem saber o que fazer e não falei nada, vi um ônibus chegando e a menina que estava parada ao lado dela se despediu dela com um beijo no rosto e entrou no ônibus. Parei ao lado dela, só tinha a gente no ponto até então.

– Vai pegar ônibus?

– Aham. – ela respondeu e então o silêncio voltou.

Nosso ônibus demorou um pouco e quando chegou estava lotado, óbvio! Deixei ela passar na frente e subimos, não tinha lugar pra sentar, mal tinha em pé, parei atrás dela e me apoiei na barra de ferro. Não ía deixar ela sozinha ali, já tinha percebido os olhares…. O ônibus mais parava que andava, do nada ele deu maior freiadão que se eu não tivesse feito força contra a barra tinha caído em cima dela, até que não seria ruim….rs. Isso aconteceu mais algumas vezes e na última eu tive que a segurar pela cintura senão ela ía voar em cima do menino que estava sentado no banco.

– Obrigada. – ela falou sem me olhar, ainda de costas.

– Nada. – sussurrei porque estava próxima ao ouvido dela- Achei que você fosse cair….

– Aí aproveitou pra me agarrar? – ela olhou pra trás rindo.

– Não preciso disso pra te agarrar. – falei séria e ela voltou a olhar pra frente.

Ônibus voltou a andar mas não por muito tempo, ficou um bom tempo num outro ponto e eu já estava ficando cansada e a dor de cabeça aumentando, então abaixei a cabeça contra o ombro dela e suspirei.

– O que você está fazendo?

– Esperando. – falei sem me mexer e apoiei as mãos na cintura dela mas senti ela se mexendo.

– To com calor, Gabi.

– Ok, desculpa. Não te encosto mais.

Ela não falou nada, o ônibus andou e um pouco depois vagou um lugar.

– Quer sentar?

– Pode sentar. – falei sem a olhar muito. Ela sentou e senti a mão dela na minha perna me puxando pra mais perto dela. Olhei pra ela.

– Tá brava por quê?

– Não to brava, Ana Paula. – falei e logo desviei o olhar, não tinha gostado da forma como ela falou aquela hora, mas fiquei na minha.

– Tá sim. Para de besteira. Senta aqui.

– Aonde? Não tem espaço.

– Tem sim. – me surpreendendo ela me puxou me fazendo “cair” no colo dela- Pode desemburrar agora? – ela falou mas só a olhei, depois tornei a olhar pra frente- Você é brava assim com as suas crianças também? – a olhei e revirei os olhos. Ela riu.

Não falei mais nada e continuava olhando pra frente, do nada eu senti os braços dela envolta da minha cintura e ela encostou os lábios no meu braço me arrepiando, a olhei mas ela estava de cabeça baixa. Logo, o ônibus chegou e era o ponto dela.

– Posso descer com você? Pego um táxi aqui, não aguento mais esse ônibus.

– Vamos. – nos levantamos e eu quis xingar todos os idiotas que secaram a bunda dela, mas só olhei de cara feia- Você quer subir? – ela perguntou em frente ao prédio dela- Eu to com fome, você deve estar também. Fora que preciso de um banho!

– Pode ser.

Escondi um sorriso e segui ela. Pedimos uma pizza enquanto tomávamos banho, separadas hahaha. Ela me emprestou uma blusa e um short e eu me senti outra pessoa, aquele suor e cheiro de cerveja já estavam me irritando. Comemos a pizza ali na sala mesmo.

Ela estava sentada no sofá olhando o que passava na televisão e eu com a minha latinha de coca sentada apoiada no sofá, a olhando.

– Que foi? – ela perguntou sem tirar os olhos da televisão.

– Nada. – respondi ainda a olhando e percebi um sorriso de canto nos lábios dela. Respirei fundo tomando coragem, deixei a coca em cima da mesinha e sentei no sofá de frente pra ela.

– Que foi Gabi?

– Você quer que eu vá embora? – arrisquei de uma vez.

Ela suspirou, apoiou a coca na mesa ao lado e então me olhou. Vi ela ficando de joelhos em cima do sofá vindo na minha direção, fui pra trás enquanto ela ficou de quatro no sofá. Deitei automaticamente.

– Isso responde a sua pergunta? – ela tinha deitado sobre mim e eu só sabia gemer. Só consegui balançar a cabeça. Ela me beijou- Você tem certeza disso? – os beijos agora sugavam meu pescoço.

– Do que? – minha voz estava rouca, eu mal conseguia raciocinar.

– Disso. – ela me olhou. Desceu o olhar pra minha boca, mais uma vez só fiz que sim com a cabeça- Então olha pra mim. – fiz o que ela pediu e sentia a mão dela entrando pela minha blusa, na lateral da minha barriga e eu mordia o lábio- Vai ser só isso, ok? – a olhei sem entender- Só sexo Gabi.

– Não é o que está sendo? – não entendi porque só agora isso.

– Sim. Só to querendo dizer que não vai passar disso. Ok?

– Ok. – respondi com aquela mão se apossando de mim. Eu sabia que era só sexo pra ela, minha única esperança é que com o tempo ela mudasse de opinião, quanto à mim só restava aproveitar as migalhas que ela me dava….

Ela voltou a me beijar e eu senti as duas mãos dela apertando meus seios, eu estava sem sutiã. Ela me enlouqueceu ali antes de me puxar pro colo dela e quando eu vi ela me levantava no colo me levando pro quarto. Sem parar de me beijar, chegamos no quarto dela e ela não fazia a mínima noção das fantasias que ela estava realizando, quantas vezes eu sonhei com ela me carregando no colo pro quarto, me jogando na cama e…. Enfim, ela sentou comigo em seu colo. A primeira coisa que ela fez foi tirar a blusa e apertar meus seios, eu gemia e senti ela me puxando pra cima pela cintura e só entendi quando senti a boca dela os chupando. Eu já rebolava…. Ela apertava minha cintura, minha bunda, desceu a mão pra minha coxa enquanto os beijos íam pra minha barriga, se ela continuasse assim, eu não ía demorar pra gozar…. Senti ela abrindo o botão do short e nem fiz questão de controlar o gemido alto que dei, ela me olhou com um sorriso safado e então enfiou as duas mãos por baixo do meu short, eu gemi mordendo o lábio e ela me olhou, senti os polegares dela tocando na borda da minha calcinha e gemi mais ainda, com aqueles olhos azuis que pareciam que íam me queimar.

– Você é muito gostosa, pirralha. – ela falou isso beijando a minha barriga e eu só arfei e a agarrei pelos cabelos.

Ela não tinha noção do que fazia comigo, pode me chamar de pirralha hahah. Ouvir dela que eu sou gostosa me fez enlouquecer! Mas não deu tempo, ela me jogou na cama abaixando minha calcinha e short ao mesmo tempo, senti a boca dela me chupando, fechei os olhos e rebolei na boca dela. Que delícia….

Ela colocou as minhas duas pernas em cima do ombro e eu gemia completamente entregue à ela e naquela posição. Quando ela chupou meu clitóris, eu gritei. Senti as unhas dela fincando na minha coxa e eu logo gozei.

Quando consegui me acalmar e abrir os olhos, ela estava deitada ao meu lado, rolei na cama até colar nossos corpos e a beijei, era um beijo calmo, mas ela logo me puxou pela nuca com mais força e eu deixei minha mão descer pra entrar na blusa dela que também não usava sutiã, senti como ela estava quente e com os bicos arrepiados. Desci os beijos pelo pescoço dela até chegar na barra da blusa e a subi, beijando da barriga pra cima, ela se arrepiava e contorcia, subi a blusa junto até chegar nos seios dela e comecei a chupá-los, ficaria ali a noite toda, que gemidos deliciosos, fora a barriguinha sarada e a forma como ela rebolava gostoso embaixo de mim. Ela ía acabar comigo, tenho certeza. Vi na hora que ela mesmo não aguentou e se livrou da blusa, bom saber que não era só eu que estava louca de tesão. Ela me puxou pra cima me beijando mas a minha mão inquieta desceu pelos seios dela e depois pra barriga e ela mesmo me guiou até chegar no sexo dela sobre o short, sorri entre o beijo e ela colocou a minha mão por dentro da calcinha dela. Mais uma vez eu sorri. Levei os beijos ao pescoço enquanto a minha mão passeou pela calcinha melada dela, sabe o quanto isso me excitava? Saber que eu era a causa de tudo, ainda não parecia real.

– Gabi….- ela gemeu meu nome, então a olhei, continuei o passeio mas agora por dentro da calcinha e deixei meu dedo escorregar de leve na entradinha dela e senti a unha dela fincando no meu braço. Ela soltou mais um gemido e eu a olhava babando….vi quando ela mordeu o lábio.

Voltei a beijar seu pescoço e ela gemia mais e mais.

– Por que você está fazendo isso? – ela disse com dificuldades.

– Não quer? – ela não respondeu, fechou os olhos com força e então respirou fundo.

– Quero você lá dentro.

Caralho. Sério!! Que mulher é essa?!

Ela continuava de olhos fechados e eu não aguentei mais, dei uma mordida no pescoço dela e sussurrei em seu ouvido.

– O que você quer? Pede. – ela abriu os olhos me olhando, não desviei e percebi ela meio me desafiando pelo olhar, fiz o mesmo. Eu queria ouvir ela falar.

Vi que ela não ía falar, então eu iria fazê-la falar. Me afastei ficando entre as pernas dela e tirando seu short, a deixei só de calcinha e ainda agachada ali comecei os beijos pela virilha dela, ela gemia, se contorcia e arfava, mas não falava.

– Não vai pedir? – perguntei a olhando, deixando uma mordida na parte interna da coxa dela.

– Você me paga! – eu ri.

– Fala, eu quero ouvir o que você quer. – subi deitando sobre ela mas meio de lado.

– Você sabe o que eu quero.

– Então fala. – pedi colando nossos corpos e testas.

– Quero você dentro de mim. – sorri mordendo o lábio, tenho quase certeza que gemi e rebolei em cima dela.

– Quer? – ela quem mordeu o lábio agora. Fechou os olhos e falou:

– Me come, pirralha.

Gemi ao ouvir. Sem perder tempo, tirei a calcinha dela e escorreguei dois dedos, literalmente escorreguei, de tão molhada que ela estava.

– Assim? – ela só gemia de olhos fechados e quase rasgando o lençol da cama. Ela se abria toda pra mim e eu só queria guardar cada detalhe pra nunca mais esquecer disso…. Sentia meu sexo melando cada vez mais.

– Mais um.

Quando ela falou isso, mal acreditei mas obedeci, três dedos dentro dela a comendo com vontade. Nossos gemidos se misturavam e quando ela gozou senti o corpo todo dela tremendo. O peito dela subia e descia muito rápido mas eu não ousei falar nada, só a olhava.

Levei um susto quando ela se virou sobre mim.

– Nunca mais faz isso!

– O que? – os lábios dela estavam a milímetros, ela em cima de mim. Mas não era fúria nos olhos dela, era desejo.

– Me enlouquecer desse jeito. – eu ri porque ela disse que EU a enlouqueci!

Não disse nada porque fiquei com medo de estragar, apenas a abracei passando as duas mãos nas costas dela, senti ela largando o peso do corpo sobre o meu e nós duas suspiramos com o movimento. Ela começou a beijar meu pescoço e eu automaticamente afastei as pernas pra ela se acomodar ali, então do nada, ela puxou as minhas duas mãos e segurou acima da minha cabeça.

– Agora é a minha vez!

Ela queria mais? Por mim a gente não saía mais daquela cama mas eu achei que ela iria dar uma desculpa agora e me pedir pra ir, sério. Depois do só sexo da sala.

– De que? – perguntei meio abobada.

– Eu que mando. Você não vai me provocar daquele jeito e ficar por isso mesmo, ouviu? – eu só balancei a cabeça, só conseguia focar nos peitos dela quase na minha cara- Eu fico por cima e você me obedece!

Ela me beijou sem soltar as minhas mãos, quanto mais urgente o beijo ficava, mais ela fincava as unhas na minha mão, ela começou a rebolar contra o meu sexo, nossos seios eram esmagados e eu podia ficar o dia todo ali pra ela fazer o que quisesse comigo. Ela levou os beijos pro meu pescoço, me mordia e eu ouvia os gemidos dela no meu ouvido. Passei as pernas pela cintura dela a prendendo à mim.

– Você é muito abusada. Me obedece.

– O que você quer? – perguntei já com dificuldades porque meu peito subia e descia.

– Fica quieta. – dito isso ela me beijou e começou esfregar com mais rapidez nossos corpos, eu sentia meu clitóris ser esmagado, ela gemia no meu ouvido me alucinando!

– Ahhh Ana Paula….- gemi o nome dela e senti minhas mãos serem esmagadas.

– Goza comigo, pirralha. – ela sussurrou no meu ouvido e foi o que bastou, gozei e ela também.

Comecei a ouvir um barulho, era meio longe mas dava pra ouvir, até porque depois que eu comecei a dar plantão, qualquer som me acordava, meu sono era super leve. Abri os olhos e a vi dormindo, o som continuava e então entendi que era meu celular. Levantei pra pegá-lo, peguei uma blusa e saí do quarto pra atender, não queria que ela acordasse.

– Alô. – era minha mãe, Anahi.

– Oi meu amor. Tudo bem?

– Tudo. E aí?

– Aqui tá ótimo! Só falta você. – eu ri- Você está com uma vozinha de sono, estava dormindo?

– Estava. Eu acordei cedo e acabei pegando no sono.

– Você não disse que não ía dar mais plantão, filha?

– Não foi plantão, eu estava no bloco.

– Ah tá. Desculpa ter te acordado então….

– Não tem problema. E como está todo mundo?

– Todos bem e com saudades de você. Você vem amanhã né?

– Não sei mamãe.

– Por que não?? Ah vem sim filha, sua mãe está doida pra você vir, seus irmãos também. – eu ri- E eu também, claro.

– Tá, eu vou pensar tá bom? – eu também estava com saudades deles, amava minha família, mas honestamente, se a Ana Paula me pedisse pra ficar, eu ficaria. Olhei pra ela na cama que ainda dormia.

– Ok. Sua tia disse que ía falar com a Ana Paula pra ver se ela vem também…. Ela não viajou.

– Hum…- me fiz de sonsa.

– Vocês poderiam vir juntas né?

– Pode ser. – respondi mordendo o lábio pra esconder meu sorriso.

– Vou falar com ela também e vou te esperar amanhã hein!

– Hahaha tá bom mamãe. Da um beijo em todos aí.

– Dou sim. Sua mãe está aqui, quer falar com você.

– Tá bom.

Falei mais um pouco com ela, quando desliguei percebi que a ligação tinha durado quase vinte minutos! Olhei no relógio do celular e já eram quase 16h. Dormimos muito! Mas também….depois daquilo tudo, eu estava morta.

Voltei pra cama e deixei o celular ao lado, ela ainda dormia, mas quando eu sentei ela se remexeu e acordou, me surpreendeu com um sorriso.

– Oi. – ela falou meio de olhos fechados ainda.

– Oi. Te acordei? – ela balançou a cabeça dizendo que não- Desculpa. Era sua tia no telefone rs. – ela abriu os olhos- Ela quer que eu vá pra lá amanhã e fique esses dois dias lá com eles.

– E você vai?

– Não sei. Ela disse que a tia Mari ía falar contigo pra você ir também…

– É, ela falou.

– E você vai?

– Ainda não sei. – ela respondeu e então se virou de barriga pra cima na cama suspirando.

Seria maravilhoso passar dois dias com ela, mas eu não iria falar né….

– Que sono….

– Dorme. – falei e ela olhou.

– Que horas são?

– Quatro.

– Achei que era mais tarde. – apenas neguei com a cabeça- Por que você está sentada?

– Por que acho melhor eu ir né?

– Por que? – ela me olhava com a mão no meu braço. Dei de ombros e ela me puxou me fazendo deitar e deitou a cabeça no meu ombro.

Não era novidade, ela fazia isso varias vezes quando eu dormia com ela, mas depois de tudo, pra mim era diferente, mas eu sabia que pra ela era normal. Então fechei os olhos e aproveitei só, fiquei fazendo carinho no cabelo dela que logo dormiu. Acabei pegando no sono depois também.

Mais tarde eu saí de lá, não tinha mais desculpas pra eu ficar lá, ela não falou mais nada também, então eu fui. To entrando em casa quando meu celular toca, era o Santi.

– Oii.

– Já tá vindo né?

– Ahm?

– Você já está vindo né? Pra cá? – eu ri- Ah vem, sua chata! Tia Anahi disse que você vinha.

– Eu não disse nada disso hahah.

– Vai ficar aí fazendo o que? Não vai me dizer que vai ficar enfurnada naquele hospital né?!

– Não, não vou. – eu tinha um sorriso na voz, eu estava em êxtase aquele dia.

– Então vem! Tá muito bom aqui! – não falei nada- Me recuso a te deixar aí sozinha no Carnaval Gabi, ah não ser que você me diga que deu uma chance pra Camila. – nós dois rimos.

– Não. Mas….você não sabe onde eu estava!

– Aonde?

– Na casa da sua irmã.

– Sério??

– Aham. Ai Santi, ela é maravilhosa!! Você não tem noção!!

– Não vai me dizer que….- ele já sabia da outra vez, aliás ele sabia de tudo.

– Sim! A gente se encontrou no bloco, ficamos lá, depois ela me chamou pra casa dela, bom na verdade, ela perguntou se eu estava com fome e me chamou pra subir, mas chamou né! Eu nunca senti isso, sério!

– Você deu pra ela, Gabi? – ele cortou todo meu romantismo com essa pergunta idiota.

– Cruzes Santi, não fala assim.

– Deu ou não?

– Sim. De novo! Sua irmã é maravilhosa, sério! Eu to até agora co….- ele me cortou.

– Ok, ok. Já entendi! Por isso que você não quer vir né? – mordi o lábio- Vocês vão se ver de novo?

– Não sei.

– Ah Gabi! – apenas respirei fundo porque já sabia o que ele ía falar.

– Sua mãe disse que ía pedir pra ela ir também…

– E ela vem?

– Não sei. Mas você bem que podia me ajudar né? Põe pilha pra ela ir….

– Ponho, mas não sei se fará muita diferença….

– Mas tenta pelo menos hahaha.

– Tá bom. Mas você devia vir independentemente, aproveitar!

– Hahaha tá bom, vou pensar.

– Tá bom. Até amanhã então.

– Hahahah. Beijos.

– Tchau chata.

Cheguei em casa e fui comer, me distraí vendo televisão e quando abro o celular tinha um monte de mensagens no meu grupo com meus irmãos me implorando quase pra ir, eles estavam fazendo complô né? Hahaha. Acabei me rendendo e resolvendo ir, estava com saudades deles mesmo. Mas resolvi mandar mensagem pra Ana Paula, vai que né….

“Oi. Tudo bem? Eu falei com meus irmãos e resolvi ir amanhã pra lá. Se vc quiser ir comigo…. Qq coisa me avisa, beijos.”

Mandei bem impessoal mesmo porque não queria que ela achasse que eu estava sufocando, essa era uma mensagem plausível pra uma prima né? Rs. Fui arrumar minhas coisas sem muita esperança de resposta, quando acabei de arrumar, percebi que tinha uma mensagem dela, como não ouvi apitar?!

“O Santi me mandou msg também, disse que tá todo mundo esperando pela gente.”

Boa garoto! Respondi de imediato.

“Hahahah e vc vai?”

“Ainda não resolvi….”

“Eles me convenceram quando me mandaram foto da praia tranquila e da piscina hahah. Eu tentei ir um dia aqui mas estava impraticável!”

Resolvi ficar conversando com ela pra ver se eu a convencia.

“É. Essa é uma boa justificativa pra irmos hahaha.”

“Então vamos?”

Resolvi arriscar! Nem eu andava me reconhecendo ultimamente, da onde estava vindo essa coragem toda com ela. Talvez por ter provado e querer mais…

“Se vc não me fizer acordar muito cedo, pode até ser….”

Dei um grito comemorando igual uma louca hahaah.

“Que horas vc quer ir?”

Perguntei com toda naturalidade, plena hahaha. Ela mal sabe…. hahaha.

“Pode ser meio-dia?”

Ela mandou aquela carinha sem graça e eu ri.

“Pode.”

“Vc passa aqui?”

“Claro.”

A conversa acabou e eu deixei o celular ao lado feliz da vida! Eu iria passar mais dois dias com ela e lá não tinha distração porque era no fim do mundo, era só nós mesmo, estava sem acreditar! Fui até checar minha mala novamente e troquei algumas coisas, tipo as lingeries, eu não sei o que ía rolar mas se algo rolasse, eu estaria preparada!

Acordei cedo no dia seguinte, na verdade, mal dormi de ansiedade, troquei de roupa algumas vezes até resolver por aquela que eu usava agora, um short preto assim como a blusa que era do Guns e ela não ía até o fim das costas, não chegava a ser barriga de fora mas era um pouco mais curta, dava pra ver um pouco da minha tatuagem da fênix que eu tinha feito pra cobrir as cicatrizes deixadas pela cirurgia que salvou a minha vida, a olhei mais uma vez antes de fechar a porta do armário. Coloquei meu tênis branco e então saí.

Cheguei no apartamento dela 10h exatamente e ela me abriu a porta com cara de sono hahah, sorri porque ela estava linda. Foram três horas de viagem até chegarmos lá, paramos pra almoçar também, então chegamos lá umas quatro da tarde.

Tinha tanta gente naquela casa e olha que era enorme hein….mas só tinha sobrado um quarto e mesmo com apenas uma cama de casal, Deus estava me ajudando….Hahaha. Deixamos as coisas no quarto e ela disse que ía pra piscina dar um mergulho.

Fiquei ali com Matheus, Santi e os meninos, eles estavam falando do show que ía ter tarde na praia e me contando as novidades, estava conversando com eles até o momento que vi a Ana Paula saindo da piscina só de biquíni, foi impossível não a olhar, mas ninguém percebeu, só o Santi que me olhou, dei um sorriso de canto e um gole da minha cerveja.

Minha vó interrompeu ali chamando a gente pra lanchar porque segundo ela se íamos sair mais tarde, tínhamos que comer pra não ficarmos só bebendo. Agora imagina….25 pessoas juntas fazendo lanche?? Um caos! Hahaha.

Mas deu certo, mais tarde fomos nos arrumar pro tal show, era o que tinha pra fazer hoje né….

– Você bebeu essa cerveja já?? – ela chegou falando- É horrível! A gente devia ter ído comprar com o meu pai e o Gui.

– To bebendo….- respondi mostrando o copo pra ela, sorri e dei um gole pra disfarçar a secada que eu dei no corpo dela. Ela estava com um vestido que tinha um decote enorme nas costas!

– Vai bater rapidinho hahah.

– É, carnaval, pode….- falei e ela sorriu.

Estava me controlando né? A família toda estava ali….

Enfim, o show começou e ficamos todos juntos ali, eram músicas animadas, de carnaval e tal e depois ele começou a tocar de tudo, virou quase uma rave ali. Quando ele fez o intervalo, saí pra ir ao banheiro e não volta fui pegar uma cerveja, acabei pegando em outro lugar e pra minha surpresa tinha a que a Ana Paula gostava, resolvi comprar, o dobro do preço das que estávamos bebendo! Aff. Mas ok né, peguei uma levei pra ela.

– Consegui! – cheguei por trás dela falando que me olhou surpresa e logo deu um sorriso.

– Onde você achou isso?

– No quiosque ali, mas o dobro do preço e também já estava acabando….

– Devia ter comprado todas então hahah.

– Ía ficar quente né….

– Verdade. – ela pegou da minha mão mas eu ainda segurava- Obrigada. Abre aí pra gente.

– Só isso? – ela me olhou sem entender- Nem um agradecimento?

– Acabei de dizer obrigada…- ela me olhou confusa.

– Só um obrigada? – olhei pra ela rindo que me olhava sem entender- Acho que eu mereço um pouco mais né….- ela ficou me olhando e eu dei uns passos pra trás levando a cerveja junto.

– O que você está fazendo? Gabriela? – não parei de andar pra trás e ela finalmente me seguiu.

Dei a volta atrás do quiosque e ali não tinha quase ninguém, ela chegou já reclamando mas a calei com um beijo. Ela não contestou e nem tentou fugir do beijo, me abraçou com os dois braços pela nuca e eu a prendi a mim pela cintura, enquanto segurava com uma das mãos a latinha. Foi um beijo diferente porque eu não tive medo dela me empurrar ou querer sair porque eu senti ela totalmente no beijo comigo, fomos parando normalmente e com alguns selinhos, sorri pra ela e dei mais um selinho antes de me afastar completamente. Ela deu um sorriso e nada disse.

– Cerveja barata….- comentei rindo colocando no copo dela.

– Tá me chamando de barata?! – me olhou irritadinha já.

– Não. To dizendo que poderia te beijar varias vezes mais e ainda seria barato pra tomar essa cerveja com você….- ela sorriu.

– Bebe comigo. – me ofereceu o copo- Afinal, foi você quem achou. – aceitei e dei um sorriso pra ela.

Ouvimos uns barulhos e ao olharmos eram uns garotos passando rindo e falando alto, bebados, com certeza.

– Eu disse que essa cerveja ruim ía pegar rapidinho….

– Duvido que seja só cerveja né…- ela me olhou confusa- Os meninos estavam com melzinho aí, não viu?

– Não! – ela falou indignada- Quem estava que não me deu? – eu ri.

– Peguei com a Gih, mas o seu irmão estava e o Dani também.

– Pow, ninguém me oferece…- eu ri da cara triste dela- Você tomou? – ela perguntou enquanto eu dava um passo na sua direção.

– Uhum. – respondi com a boca passeando pelo pescoço dela e não encontrei resistência nenhuma, pelo contrário, senti as mãos dela na minha nuca.

Nos beijamos e durante o movimento a virei a encostando contra o quiosque. A mão dela apertava a minha nuca enquanto a minha estava grudada na sua cintura e descendo pra coxa dela, respirávamos rápido e senti os beijos dela no meu pescoço, eu já estava completamente arrepiada! O ar faltou….

– Se alguém passar aqui….

– Estamos atrás, ninguém vem pra esse lado e eu to na sua frente, não dá pra ver…- falei antes de voltar a beijá-la.

Ficamos um bom tempo lá nesse amasso, mas depois resolvemos voltar pra lá pra ninguém sair atrás da gente, apesar que nem sei se alguém se deu conta que saímos porque estava todo mundo bebendo, só vi o Theus e o Ricardo por ali quando voltamos….

– Que foi que você está com essa cara? – perguntei pro meu irmão.

– A Mari e eu brigamos. Acho que vou entrar, Bi.

– Por que? Fica mais, depois vocês conversam e se acertam, Theus….

– Acho que ela já foi também….- ele fez uma cara desanimada…- Vou lá, até amanhã Bi.

– Tá bom, boa noite. – dei um abraço nele.

– Se cuida tá? Beijos. – ele me deu um beijo no rosto antes de sair.

Olhei pra Ana Paula mas ela não prestava atenção na conversa, então deixei pra lá.

Algumas horas depois, nós subimos, eu, ela, Mel e a Alice, os meninos ficaram e o resto acho que já tinha ído.

Ela tomou banho primeiro e quando saí do banheiro, a vi deitada na cama e eu que não ía perguntar se ela queria usar o colchonete que tinha no armário né? Me fiz de desentendida e andei na direção da cama, apesar da escuridão do quarto eu percebi ela me olhando e também a forma que olhou pras minhas pernas que estavam a mostra pois meu pijama era uma blusa larga e o short era mais uma calcinha- short, nem foi de propósito, eu costumava dormir assim…

Deitei de frente pra ela que não falou nada, fiquei a olhando antes de falar:

– Por que tão longe? – puxei ela pela cintura que apoiou a mão no meu quadril sob a blusa, mordi o lábio e ela tirou a mão.

– Desculpa.

– Desculpa por quê? – aproximei nossos rostos e a beijei, ela não retribuiu mas não afastou os lábios.

– O que você está fazendo, Gabriela? – minha mão estava nas costas dela a arrepiando. Não respondi e a beijei, dessa vez ela retribuiu, minha mão foi pra nuca dela e nos olhamos. Voltei a descer a mão pelas costas dela e contornei o quadril até parar sobre a barriga dela- Gabi, eu falei pra você que era só sexo.

– E eu to fazendo algo diferente disso? – desci a mão pelo sexo dela e o apertei sobre o short. Ela deu um gemido sensacional!

Beijei ela que me agarrou pela nuca, puxando meus cabelos. Minha mão continuava lá e eu consegui por a mão por dentro tocando a sua calcinha.

– Porra garota! Para de me provocar. – ela me segurava com força pelos meus cabelos e eu apertei meu polegar no clitóris dela- Filha da puta. – foi um gemido.

Ela me virou na cama ficando por cima de mim, tomando completamente o controle.

– A porta está trancada?

– Tá.

Ela se ajoelhou entre as minhas pernas e passou as mãos por elas me olhando, eu suspirava me contorcendo na cama.

– Você quer sexo né? Vou te dar o que quer. – mordi o lábio e a vi tirar a própria blusa, gemi a olhando e vi ela deitar novamente sobre mim.

Ela colocou os peitos na minha boca e me mandou chupar, enlouqueci! Enquanto isso, ela rebolava contra meu sexo. Do nada, ela parou e me beijou, agarrei ela a puxando pelos cabelos e a mão dela foi pra dentro da minha blusa se aproveitando dos meus seios, sem tirar a mão deles ela foi descendo meu corpo me beijando, eu ajudei levantando a minha blusa e vi um sorriso safado enquanto ela beijava minha barriga e lambia a minha calcinha.

– Ahhnnnnn….- eu não precisava de muito mais pra gozar….

– Vem cá. – ela me puxou me fazendo sentar. Tirou a minha blusa e depois me puxou pra ficar de joelhos no colchão e abaixou a minha calcinha, eu só olhava e gemia….- Vem! Quero você no meu colo. – eu sentei no colo dela de pernas abertas- Não grita. – ela falou me segurando pelos cabelos.

– Não vou gritar. – respondi mas sem esperar o que vinha. Ela enfiou dois dedos em mim e eu gritei sim, porque não esperava e porque foi maravilhoso!

– Porra Gabi, vou parar.

– Não, não para! Por favor, não….- me agarrei à ela grudando meu rosto em seu pescoço.

– Rebola bem gostoso pra mim então….- ela sussurrou no meu ouvido e eu soltei um gemido longo quase dentro do ouvido dela- Tá gostoso assim?

– Taaaaa….

Meu Deusssss.

Ela imprimia uma velocidade perfeita, alternando e de vez em quando rodava os dedos lá dentro, eu estava sem controle já!

– Onde você aprendeu a rebolar gostoso assim hein? – ela me puxou pra olhá-la mas eu não conseguia formular nenhuma palavra! Só gemia- Posso por mais um? – sussurrou com aquela voz rouca.

– Pode. – sussurrei do mesmo jeito.

Ela colocou e eu grudei nossas testas e literalmente quiquei no colo dela.

– Pirralha….- ela segurou meus cabelos na nuca- você é sensacional! Porra, quica no meu colo vai…. Quica!

Eu ouvia gemidos dela também. Gozei e devo ter gritado, não tinha condições mais, dessa vez ela não reclamou. Fiquei na mesma posição porque eu simplesmente não conseguia me mexer, as mãos dela faziam carinho nas minhas costas, eu sentia o suor pingando por ela.

– Eu espero que a gente não tenha acordado ninguém….- ela sussurrou no meu ouvido e quando a olhei, ela ria.

– Desculpa, mas….- parei de falar porque a vi balançando a cabeça e rindo.

– Não pede desculpas, só deita. – não entendi direito mas fiz o que ela pediu. Vi ela tirar o resto que faltava e deitar completamente nua sobre mim.

Ela me beijou e eu já fui nos virando na cama nos deixando lado a lado, a mão dela apertava a minha nuca e a minha apertava o corpo dela todo. Desci pela bunda e encontrei o sexo molhado dela.

– Pelo visto, a pirralha aqui está te excitando né….- ela riu e me puxou pela nuca.

– Não se ache, pirralha.

– Eu acho que eu posso….- disse isso e coloquei um dedo no sexo dela. Ela mordeu o lábio me olhando.

– Quero ver então….- ela disse isso me puxando pra ela e me dando mais um daqueles beijos alucinantes dela.

Mais um dedo escorregou pro sexo dela enquanto ela agarrava meu seio, comer ela assim toda dobrada e meio presa estava gostoso demais, e pelo visto, não só pra mim. Os gemidos dela me enlouquecendo.

– Goza pra mim, vai! – pedi e ela gemeu. Coloquei mais um dedo enquanto ela chupava meus seios, apertava a minha bunda.

– Me beija! – ela pediu meio desesperada e me agarrou. Ela gozou gemendo na minha boca, me arrepiei toda e meu sexo obviamente estava molhado de novo.

Eu acordei no dia seguinte ouvindo um barulho de celular, olhei em volta e eu estava sozinha, achei meu celular no chão, ao lado do colchão, peguei pra ver a hora e tinha uma mensagem da Camila, abri pra ver.

“Oi sumida. Como vc tá? Senti sua falta esses dias… Bjs Mila”

Fechei a mensagem, depois eu respondia, precisava de um banho pra levantar. Eu desci e estava maior falatório mas lá fora, sentei na mesa ali dentro que ainda estava servida do café da manhã apesar de ser quase meio-dia.



Notas:



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