It´s a love story, baby, just say yes

Capítulo 18: Giovanna POV

Eu já não sabia mais o que fazer, ficar perto dela já estava ficando insuportável, já estava difícil pra mim sem ter que ver ela todos os dias de biquíni e pijama, sério! Eu estava a ponto de perder o controle!

Era o primeiro dia lá e a gente estava na praia, todo mundo junto mas eu já não conseguia conversar porque meus olhos íam direto pra ela, então resolvi me afastar um pouco e estava deitada boiando na água, consegui alguns minutos de paz, eu amava aquilo, ficar boiando na água dava pra gente uma sensação de que estávamos em outro mundo, um mundo só nosso….era muito bom! Levei um susto quando senti alguém tocando meu pé e nessa mergulhei, ao abrir os olhos vi ela parada na minha frente.

– Desculpa, mas estava vindo uma onda e você ía tomar um caldo….

– Tudo bem, obrigada então. – sorri e pretendia me afastar quando ela falou.

– A gente pode conversar? – meu estômago revirou mas tentei passar que não estava nem aí e falei:

– Ok.

Saímos da água e acho que quase ninguém percebeu.

– A gente pode andar? – ela apontou- Pra ninguém ouvir….

– Ok.

Fiquei em pânico né? O que ela queria falar que ninguém podia ouvir??

Fomos caminhando e a gente já tinha se afastado bem mas não tive coragem de começar, então deixei ela querer parar e começar. Ela também parecia nervosa porque quando parou, não me olhou e demorou alguns segundos pra começar a falar, eu fiquei só esperando….

– Essa situação está horrível, Gih…- a olhei mas nada disse- Eu não sei mais o que fazer.

Respirei fundo.

– Desculpa. Você quer que eu me afaste de vez de você? – ela me olhou alguns segundos em seguida balançou a cabeça e tinha um sorriso no rosto.

– Você é irmã dele, não tem como se afastar….- suspirei. Não sabia o que falar….ela estava certa- Mas eu não posso e nem quero ficar mais no meio de vocês…

– O que você quer dizer com isso?

– To pensando em terminar com ele.

– Você não pode fazer isso!!

– Por que não? – ela que até então olhava pra baixo, me olhou ao perguntar.

– Porque ele é apaixonado por você.

– Eu sei, ele me falou. – voltou a abaixar a cabeça.

– Então por que você quer terminar com ele??

– Porque eu não sou….apaixonada por ele. – ela me olhou e eu retribuí o olhar, tentei falar algo mas não saiu. Ela continuou me olhando…

– Por favor, Mari….

– Eu tentei, de verdade, tentei me apaixonar por ele, mas não dá, não consegui! E eu não aguento mais isso.

– Não aguenta mais o que?

– Fingir! – ela se alterou um pouco.

– Fingir?

– É, fingir. Fingir que estava feliz ou que queria estar com uma pessoa que não é quem eu quero mais. – só consegui a olhar.

– Mari….

– Não posso mais fazer isso. Seu irmão é uma pessoa maravilhosa e eu não quero mais fazer isso com ele.

– Olha só, você não está pensando direito….vocês ainda podem fazer dar certo, ele te ama de verdade, Mari.

– Mas eu não amo ele. – acho que vi algumas lágrimas nos olhos dela e eu fiquei sem resposta- Eu sei que o que aconteceu entre a gente não deveria ter acontecido e que não tem futuro, não tenho esperança nenhuma Giovanna, mas eu cansei de ficar infeliz e fazer ele infeliz. Porque ele me ama e eu não o amo.

– Mari….- tentei a suplicar mas eu entendia o que ela estava falando. Eu só estava desesperada de fazer meu irmão sofrer por minha causa.

– Eu já sei, Giovanna, eu já entendi mas não sou obrigada a ficar com ele ou com qualquer outra pessoa só porque você quer!

Ela ficou me olhando nos olhos, os olhos lacrimejando, confesso que estava me segurando….

– Ele vai ficar arrasado….- falei baixinho mais pra mim mesma, olhava pra baixo.

– Vai, provavelmente. Mas é melhor do que as coisas ficarem piores e ele descobrir….- a olhei sem entender.

– Descobrir o que? Do que aconteceu? – apontei pra gente.

– Descobrir que toda vez que ele me beija, eu lembro do seu beijo e queria que fosse você no lugar dele. – ela me deixou sem palavras, ouvi ela respirando fundo e passando a mão no rosto- Mas relaxa que não to esperando nada e nem te pedindo…. Só queria conversar com você mesmo sobre isso….

Eu só consegui balançar a cabeça, ela desviou o olhar, virou o rosto e mais uma vez respirou fundo.

– Preciso ir. Tchau…- não tive forças pra responder, não sabia o que falar….. Então só a deixei ir.

Voltei pra onde todos estavam arrasada! Ela não estava ali mais, fiquei um tempo pra dar uma disfarçada e depois subi pra piscina arrastando a Alice comigo, eu precisava falar com alguém!

A gente entrou na piscina e estava vazio ali, todo mundo na praia, a Mari não sei onde estava, talvez com a Mel em algum canto por aí….

– O que foi? – Alice me olhou preocupada- Tem a ver com a Mari? Ela voltou com uma cara péssima também…. Vocês estavam conversando?

– Você viu a gente saindo? – ela só fez que sim com a cabeça. Não sei se mais algum viu, mas até aí não tinha problema, teoricamente éramos amigas…- O que houve, Gih?

– Ela me disse que vai terminar com o Theus.

– E isso é ruim?

– Óbvio! Ele vai ficar arrasado!

– Melhor que ser enganado né? – a olhei sem gostar do que ela falou- Ué, é a verdade….- abaixei a cabeça e nada disse, era a verdade mesmo, por mais que eu quisesse fantasiar que não. Ela ficou um tempo em silêncio antes de tornar a falar: Isso quer dizer que ela também gosta de você? – a olhei mas não consegui responder, só suspirei- Eu acho que ela está certa, Gih…. Eu sei que você não quer ouvir isso, mas independente de como começou, vocês não pararam…. Ok, você tentou e não conseguiu, sei lá. Por mais que vocês tentem evitar, a real é que vocês ficaram escondidas dele mais de uma vez! Vocês quase transaram!

– Fala baixo!

– Tem ninguém aqui. Eu sei que você não fez de sacanagem, mas aconteceu sei lá…. Mas vendo os fatos como ele são, é traição. Então sim, eu acho que ela está certa.

Respirei fundo e deitei a cabeça na borda, a apoiando nos braços e ela fez o mesmo.

– Ela disse que toda vez que ele a beija, ela pensa em mim….- ela sorriu.

– E você?

– Você já sabe a resposta….- suspirei olhando pra frente- Não sei o que fazer! Não queria que o Theus se machucasse, ainda mais por culpa minha….

– Essas coisas acontecem, Gih…..a gente não manda né? – mais um suspiro- Mas e a Nina nessa história?

– O que tem ela? – a olhei ainda com a cabeça deitada.

– Como vocês ficam?

– Do mesmo jeito ué, não temos um relacionamento e mesmo que tivesse, nada muda. Não existe nada entre eu e a Mari e nem vai existir.

– Não?

– Não. Jamais faria uma coisa dessas com meu irmão. – me levantei ao falar, me erguendo.

– Acho legal isso que você disse, mas acha que vai conseguir? – ela me olhou ao perguntar e eu fui incapaz de responder, olhei de volta.

Ouvimos barulho e era o pessoal voltando da praia, o assunto morreu porque os meninos se jogaram na piscina, incluindo o Matheus.

Mais tarde, um pouco depois do almoço, resolvi entrar, não conseguia parar de pensar na conversa com a Mari e mal conseguia olhar meu irmão, me sentindo muito culpada. Passei pela sala e estava minha mãe, a dinda e a vovó conversando na mesa do almoço.

– Oi mamãe, o que vocês estão fazendo aqui?

– Oi meu amor. Sua avó passou um café, está uma delicia, quer?

– Não, obrigada. – me sentei ao lado dela deitando no seu peito que me abraçou.

– Que foi filha, tudo bem?

– Tudo ué. Por que? – a olhei sem entender.

– Sei lá, você vindo assim me abraçar….

– Não posso?

– Claro que pode princesa. – ela me deu um beijo na cabeça e vi minha dinda olhando pra ela e sorrindo. Eu estava carente….

– Cadê minha mãe?

– Dormindo.

Fiquei lá ouvindo a conversa deles, logo o dindo chegou com o tio Thiago. Eles estavam falando sobre comprar umas bebidas pra mais tarde e estavam vendo o que comprar e quem ía.

– Vai rolar festinha mais tarde? – perguntei ainda abraçada a minha mãe.

– Não, a gente só vai ficar aqui e beber porque não aguentamos o pique de vocês de ficar em pé nesse show à noite toda não. – dindo.

– Show? – levantei a cabeça os olhando.

– Ué, hoje é o show, Gih….na praia. – dinda falou e eu tinha total esquecido com essa confusão toda.

– É mesmo, nossa, tinha até esquecido!

– Você esquecendo de festa, Gih? Nem acredito hhaha. – dindo falou e todos riram.

– Os meninos estão lá fora combinando tudo, só falam disso…- tio Thiago.

– E vocês não vão? Nem vocês, mamãe? – a olhei.

– Não. Vamos ficar por aqui hoje.

Ouvimos uns barulhos e umas buzinas e nos olhamos. Foi aí que a tia Mari entrou falando:

– As meninas chegaram!

– A Gabi?? – perguntei já me levantando.

– Sim. – ela sorriu ao falar e fomos todos lá.

Elas demoraram pra conseguirem entrar porque todo mundo foi em cima delas, confesso que eu fiquei grudada na Gabi porque eu estava com saudades dela e também porque eu estava carente….já falei né? Hahaha.

Mais tarde fomos nos arrumar pro show.

Estávamos eu, Mel, Mari e o Theus conversando enquanto o show não começava, a Alice estava rodando por aí, Léo e Amanda se agarrando em algum canto, eles estavam sempre grudados, nunca vi! O resto eu não sabia aonde estava, a Mel nos contava dela com a professora, sério, essa minha amiga é louca!

– Eu não falo mais nada, já desisti! – Mari.

– Ela é demais, vocês não tem noção!

– Você ainda vai arranjar encrenca….- falei.

– Vou nada. Eu sei que ela quer também….

– Mel, ela é casada. – Mari.

– E daí?? – ela ria e eu e a Mari nos olhamos e rimos- Isso não impediu em nada da gente transar aquele dia lá na viagem.

– Vocês transaram? Não estava sabendo….- falei.

– Sim. – ela tinha um sorriso no rosto- Mas ainda não desisti dela.

– Mel, você não tinha dito que só queria ficar com ela? Que não era nada sério? – Mari.

– Sim, mas eu vou fazer ela falar que me quer. Porque das outras vezes eu tinha que praticamente agarrar ela….

– Eu acho é que você gostou….hahah. – Theus falou pela primeira vez e eu olhei pra ele.

– Óbvio! – a Mel riu e acabamos rindo também. Íamos fazer o que né?

A Alice chegou ali falando que tinha visto sei lá quem e mudamos o assunto, mas continuamos ali, a Mari e o Theus abraçados, não sei se ela tinha desistido de terminar com ele….mas enfim, melhor assim né?

O show começou e eu fui atrás de bebida, não ía ficar ali vendo os dois juntos, minhas mães provavelmente estariam dormindo quando a gente voltasse, e se não tivessem depois eu pensava nisso. Agora eu só queria me divertir!

– Amiga, a Mari não para de olhar pra você. – ouvi a voz da Alice, ía olhar mas a Alice me segurou, me puxando pela cintura- Não olha. – vi ela olhando e depois sorrindo- Ela não para de olhar. – suspirei- Acho que ela está puta comigo….- mais uma vez ía olhar mas ela me impediu me puxando pela cintura e me abraçando.

– O que você está fazendo? – perguntei ao sentir ela passando o rosto na curvatura do meu pescoço e dando um selinho, ouvi uma risada e em seguida a voz dela ao pé do meu ouvido:

– Só vendo se a gente também tem uma química escondida….- ela riu e eu queria socar ela!- vai que eu também sou loucamente apaixonada por você e nem sei. – ela me soltou rindo, e eu a olhei. Ela tinha enlouquecido?? Ela caiu na gargalhada- Não, relaxa. Eu não senti nada.

– O que você está fazendo? – estava boiando!

– Sei lá, vai que eu sou lésbica também e nem sei….

– Eu não sou lésbica. Eu só….- respirei fundo passando a mão nos cabelos- sei lá, Alice.

– Eu estou brincando com você hahah, mas relaxa, eu gosto de homem. – ela ainda ria, olhei pro lado- Ela continua olhando….

Dessa vez, fui mais rápida e olhei pra onde a Mari estava, nossos olhares se cruzaram e ela desviou.

– Disfarça né! – suspirei.

– Está difícil…. Desde a hora que eu vi ela com esse shortinho está difícil desviar ou disfarçar….

– Você está muito lésbica, Gih hahahaha.

Olhei pra ela brava e ela ainda ria.

– Me dá um melzinho desses.

– Gih….

– Me dá Alice! Eu preciso relaxar antes que eu enlouqueça!

– Não vai ficar bebada né, suas mães….

– Elas nem vão ver, estão em casa.

– Ok. – ela me entregou dois. Abri um e guardei o outro pra daqui a pouco- Não entendo vocês sabia? Na verdade, eu não entendo você. Ficam as duas, uma de cada lado se olhando ao invés de fazer o que as duas querem. Ela não ía terminar com ele?? – dei de ombros porque eu realmente não sabia- Gih, ela praticamente falou: eu quero você, faz alguma coisa!

– Mesmo que termine, ele é meu irmão! Ele gosta dela, você sabe…..

– Ok. Mas se teoricamente, ela não vai ficar com ele, vocês ficando juntas ou não, então que diferença faz? – apenas a olhei- Sério Gih, vale a pena? Ele faria isso também por você, abdicar da felicidade dele? – não respondi e ela se auto respondeu- Ok, faria. Mas tem coisas que você não tem como controlar Gih, ela não gosta dele mais, ela não vai ficar com ele mesmo você querendo que ele não sofra por ainda gostar dela…..

Respirei fundo e abaixei a cabeça, o que eu podia fazer?

– Só estou tentando fazer o que é certo….

– O certo é você ser feliz. – ouvi ela respirando fundo provavelmente porque mais uma vez não respondi. Ela voltou a falar: Pelo visto não é só você que está achando ela gata hoje….- a olhei sem entender e ela indicou com os olhos, me virei pra ver ela conversando com um garoto. Respirei fundo- Devia tomar alguma atitude….

– Eu não posso, Alice! – ela revirou os olhos- Cadê meu irmão hein?? – ela deu de ombros.

– Bom, se você não vai aproveitar, eu vou. Vou atrás do gatinho que eu estava conversando. Beijos. – me deu um beijo no rosto e saiu.

Eu fiquei ali de longe olhando e bebendo.

Algumas pessoas vieram falar comigo mas despachei todos, pensei em mandar mensagem pra Nina, cheguei a pegar o celular mas aí lembrei que era Carnaval né? Fora que ía falar o que?? Ah to na fossa por causa da Mari com meu irmão? Não né! Guardei novamente o celular.

Um tempo depois, o Ricardo passou ali junto com o Santi e me puxaram pra voltar lá pra onde todos estavam, resolvi ir porque não dava pra ficar bebendo sozinha a noite toda. Cheguei lá e não vi mais meu irmão e nem a Mari, aliás só estava a Amanda com o Léo e a Alice lá, ficamos ali dançando e bebendo. Em uma das vezes que fui ao banheiro, na volta eu vi a Mari sentada sozinha, ela e o copo de cerveja. Já estava mais vazio pois o show tinha acabado, pensei em ir lá mas fiquei na dúvida, dei alguns passos desistindo e ía continuar meu caminho mas então parei, me virei na direção dela e a vi ainda na mesma posição e sozinha. Então fui lá, já estava alegre e isso me ajudou a dar coragem junto com a vontade que já gritava há dias no meu peito.

Sentei ao lado dela no meio-fio de frente pra ela que ainda continuava olhando pra frente e com seu copo de cerveja na mão.

– Está tudo bem? Por que você está aqui sozinha? – ela me olhou, eu tinha sentado relativamente perto. Apoiei uma das mãos sobre o joelho, nossos rostos também estavam perto e eu conseguia sentir o calor que vinha do corpo dela. Tudo fruto do álcool!

– Giovanna, por favor, fica longe de mim. – não tava esperando aquela resposta, a olhei surpresa e ela continuou- Eu já devo ter tomado uns sete melzinhos desses, fora as cervejas. Então sério, fica longe de mim antes que eu faça uma besteira.

– Que besteira? – perguntei deixando meu corpo inclinar um pouco na direção dela. Eu sabia que estava brincando com o perigo mas a saudade que eu estava sentindo dela era enorme….e ali, sei lá, não me importei com mais nada. Eu queria beijá-la.

– Para….- ela sussurrou quase implorando e eu olhava pros lábios dela. Ouvi ela respirar fundo e fechar os olhos, era o que eu precisava pra a beijar….

Que saudade! Que beijo perfeito….

A gente separou devagar e a minha mão ainda estava na nuca dela, nossas testas coladas…. As duas ofegantes e eu sentia meu coração na boca….queria mais, queria muito mais!

Me afastei milímetros a olhando.

– Agora é a hora que você vai embora?

– Sim, eu vou embora. – me levantei e estendi a mão pra ela- Vamos comigo? – me olhou parecendo não acreditar e com um sorriso insistente nos lábios, pegou na minha mão e saímos correndo em direção à casa.

A gente foi parar na academia hahah. Sei lá porquê, só sei que fechei a porta e beijei ela que acabou batendo com as costas na parede. Ela me puxava com força pela nuca e eu apertava a sua cintura, era o beijo mais louco que eu já tinha dado nela, ficamos sem ar em segundos mas não nos afastamos, apenas colamos nossas testas tentando recuperar o fôlego e senti os beijos dela no meu pescoço. Prendi o cabelo dela entre meus dedos e a ouvi gemer baixinho, eu estava de vestido e ela desceu os beijos pro meu colo, me arrepiando de uma forma quase insuportável, não aguentei e a puxei pra mim de novo a beijando. Mais louco que o primeiro e agora ela que me empurrou, bati minhas costas na parede e ouvimos um barulho, tínhamos derrubado umas garrafinhas de água, paramos o beijo por milésimos de segundos rindo, pra logo em seguida voltarmos. Me apoiei em alguma coisa atrás de mim e ela forçava o corpo contra o meu, eu estava quase caindo pra trás e ela voltou a descer os beijos pelo meu pescoço me fazendo sentir tantos arrepios por minuto que achei que ía ter um treco! Eu queria tocar ela mas ao mesmo tempo eu não queria, porque a gente estava na academia e as duas ligeiramente bebadas, acabei lembrando do que a Nina me falou e sorri entendendo que ela estava certa. Eu estava me guardando pra ela….

– Que foi?

– Nada. – sorri largamente a olhando e admirando a sua beleza, a Mari parecia uma boneca de porcelana. A pele branquinha e o cabelo negro assim como os olhos, mas o rosto dela era perfeito! Toquei no rosto dela fazendo carinho e voltei a beijá-la.

Mas por algum motivo o beijo já não tinha a mesma conotação, não sei porque ela diminui….eu sabia o porquê eu diminuí, ainda estava inebriada com a beleza dela, aos poucos ela foi parando e me deu alguns selinhos antes de abrir os olhos.

– Você não quer? – sussurrei contra seus lábios.

– Assim….não.

Sorri percebendo que tivemos o mesmo pensamento.

– Nem eu. – ela também sorriu- Vem cá. – me puxou pela mão e eu puxei alguns colchonetes e pus no chão, sentei nele- Vem? – ela sorriu e foi- Desculpa ser no chão.

– Não me importo. – ela deitou e deitei no colo dela. Suspiramos ao mesmo tempo e eu senti algo que nunca tinha permitido sentir com ela, eu sentia mas não dava espaço…. Senti uma paz enorme, ela passou os braços me abraçando, depois de um longo silêncio, perguntei:

– Por que você estava sozinha lá?

– Não quero falar disso, Gih. – a olhei.

– Você e meu irmão brigaram?

– Será que a gente pode não falar do Matheus? O clima fica estranho e daqui a pouco você vai dizer que vai embora e….- a cortei.

– Eu não vou embora, só se você quiser. – falei a olhando.

– Eu não quero. – sorri e ficamos nos olhando um pouco antes de começarmos outra sessão de beijos.

Nessa noite, foi exatamente quando eu tive certeza que estava apaixonada por ela…. Não quis sair dali mesmo sabendo que estava tarde, ela também não, acabamos dormindo lá e só acordamos de manhã. Como lá não tinha cortina nem nada, levantamos cedo e fomos de fininho pro quarto. Só nos trocamos rápido e deitamos logo pra não acordar ninguém, eu dormi olhando pra ela que me sorria….

Eu estava fudida.

Dia seguinte quando desci pro café da manhã, ela já estava lá e assim que a olhei sorrimos e isso durou o dia todo, esses sorrisinhos…. A gente não fez nada porque não podia fazer nada, mas a todo momento procurávamos o contato uma da outra, inclusive quando fomos na água com a Mel e a Alice, nossas mãos se tocavam por baixo d’água mas só isso… Eu tentava me manter indiferente pra ninguém perceber nada, mas estava difícil….

Mais tarde, a Mel e a Alice falaram que íam andar pra ver se lá pra frente a praia estava mais animada, fomos com elas e foi a mesma coisa, eu e a Mari entre elas e nossas mãos se tocando. De repente, quando percebi, estávamos só nós duas, elas tinham parado mais atrás e conversavam.

– Você contou pra Mel? – perguntei e ela me olhou surpresa e eu apontei com a cabeça pra elas.

– Ela sabe, mas….

– A Alice também….- respondi a interrompendo e quando olhei estavam as duas na água.

– Você acha que elas….? – apenas ri e olhamos pra elas que estavam se afastando de nós- Eu não….- cortei ela de novo porque provavelmente ela ía pedir desculpas sobre uma coisa que eu não estava chateada.

– Quer continuar andando? – ela me sorriu acho que meio surpresa e balançou a cabeça.

Andávamos em silêncio e nossas mãos volta e meia se tocavam, varios passos mais a frente senti ela entrelaçando nossos dedos, eu deixei e foi uma sensação maravilhosa, mas não falamos sobre e nem nos olhamos. Eu me sentia um pouco nervosa, mas então depois de um tempo, tomei coragem pra falar:

– Ontem….foi a melhor noite da minha vida. – só quando eu terminei de falar, ela parou de andar e me olhou, sorrindo.

– A minha também….- ficamos nos olhando e eu não conseguia parar de sorrir, vi ela dando um passo na minha direção nos deixando perto, mas então ela parou e olhou pros lados, fiz o mesmo e voltamos a nos olhar sorrindo- Eu quero te beijar, mas….- eu sorri entregando que eu também queria. Tomei coragem pra dar um selinho rápido nela.

– Vamos subir? Tem ninguém lá na casa à essa hora. – ela não falou nada, abriu um sorriso enorme.

– Mas não vamos avisar à ninguém?

– Avisamos.

E foi o que fizemos, avisamos que íamos subir e inventamos qualquer desculpa. A Alice e a Mel estavam na água ainda então ninguém sacou nada.

Subimos até o nosso quarto e fechamos a porta.

– Será que ninguém vai vir atrás da gente?

– Aqui no quarto não, elas estão na praia….- ela sorriu e me puxou me beijando.

Parecia que eu não a beijava há anos, tamanha a saudade e a vontade da boca dela…. Ela mordeu meu lábio inferior me arrancando um sorriso e puxei ela pela nuca com força, estávamos reiniciando o beijo quando ouço vozes.

– Mari, você está aí? Eu q….- ele parou. Nos separamos no susto e ficamos os três sem reação.

Era o meu irmão. Vi o olhar dele ficando vermelho assim como seu rosto e me olhou com ódio.

– Larga ela! – me empurrou e eu caí na cama completamente sem forças pra sequer o olhar.

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A confusão se armou agora hahahah.

Opiniões? Rsrs

Bom fds pra vcs!!



Notas:



O que achou deste história?

2 Respostas para Capítulo 18: Giovanna POV

  1. Eu achei até que demorou dele pegar, pq elas dão tanto vacilo. Por outro lado foi bom, acredito que agora sim podem começar a resolver algumas coisas.

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