It´s a love story, baby, just say yes

Capítulo 2: Giovanna POV

Eu estava lá no meu quarto e tentando terminar de me arrumar mas estava ouvindo minhas mães e meu irmão falando de mim lá embaixo, mas eu precisava terminar aquilo. Me distraí e minha mãe entrou no meu quarto depois de bater.

– Gih, você vai se atrasar. O que você está fazendo?

– Já to indo mamãe.

– Agora Giovanna, vai se atrasar.

– Dois minutos. – pedi e vi minha mãe Anahi me olhando e se aproximando de mim.

– O que você está fazendo afinal?

– Mamãe, dois minutos. – fiz com o dedo e terminava de escrever.

– Que isso?? – ela chegou mais perto ainda abaixando a cabeça e eu fiz um sinal com a mão pra ela ficar quieta.

– Pronto. – terminei de escrever e fechei o caderno.

– Era música isso? – ela me perguntou.

– Era, mas não está pronta e não é pra olhar. – falei porque deixei o caderno em cima da cama mas eu sabia que elas não olhavam.

– Não vou olhar. Agora vamos, você está atrasada.

Desci com ela atrás de mim, cheguei lá embaixo e estava o Matheus sentado na mesa comendo já de uniforme e sem camisa, ele dizia que era pra não sujar mas eu acho que ele estava só se sentindo mesmo hahah, minha mãe Dulce sentada com ele.

– Bom dia mãe. – dei um beijo nela.

– Bom dia princesa. Senta. – antes de sentar dei um beijo no galã hahah.

– Bom dia, pin. – revirei os olhos- Já to quase acabando, come aí.

– Por que você demorou tanto, filha?

– Adivinha? – minha mãe Anahi respondeu, ela também sentou à mesa com a gente.

– Mas até agora?? – Matheus me olhou perguntando e eu quase trucidei ele.

– Como assim até agora? – mãe Anahi perguntou.

– Nada mamãe, não sabe como ele fala demais? Me passa o queijo aí, galã. – ele revirou os olhos e eu ri.

– Sei….- ela falou e eu dei um sorriso de canto mas elas não falaram mais nada.

O Matheus ficou me apressando, eu sei que estávamos atrasados mas não sei porque aquele nervoso todo, eu hein! Íamos com o Juan, nosso motorista. Deu uns cinco minutos e ele levantou dizendo que ía escovar os dentes e pôr a blusa, subiu correndo as escadas.

– Não corre Matheussssss!! – minhas duas mães gritaram e eu só olhava.

– Ele vai tirar o pai da forca? – elas me olharam bravas e eu dei um sorriso sem graça. A gente sabia do outro lá mas ele não era nosso pai mas ele morreu enforcado no hospício….

– Sorry. Mas não sei pra que esse nervoso todo? Nem estamos tão atrasados assim. – olhei no relógio.

Logo ele desceu todo arrumado, com a gravata toda certinha e o topete todo alinhado no gel, olhei de cima abaixo e ergui uma sobrancelha.

– Vai resgatar alguma princesa, Theus? – perguntei pra provocar.

– Não, a minha única princesa está aqui. – me puxou pela mão e vi minhas mães rindo- Vamos que estamos atrasados.

– Aff, já te falei pra parar de me chamar assim, não tenho mais cinco anos! – reclamei e ele me puxava pela mão.

– Bora pin!

– Nem assim!! – ele riu e eu bati a porta irritada. Demos dois passos e nos olhamos e voltamos- Desculpa. – fui até elas dando um beijo no rosto de cada uma- Tchau. Amo vocês. – ele fez a mesma coisa mas além de beijar também abraçou, Matheus era um grude só com elas- Ah, hoje eu tenho a aula de canto tá? Chego mais tarde.

– A gente sabe. – minha mãe Anahi falou e agora sim, nós fomos.

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– Meu Deus, cansei. – Dulce falou se sentando na cadeira.

– Não se acostumou ainda? É todo dia isso.

– Acho que to velha….- olhou pra mulher rindo.

– Pois eu acho que você continua linda e maravilhosa! – Anahi a abraçou por trás dando um beijo em seu rosto e arrancou um sorriso da esposa- Tenho um ideia, por que a gente não volta pra cama? – Dulce a olhou e Anahi riu e explicou- Não é isso, mas está muito cedo ainda, aí nem 8 da manhã. Preciso do meu sono da beleza hahah.

– Hahahaha ok, vamos, me convenceu. – ela levantou pegando na mão da mulher e deixando aquela mesa bagunçada lá, depois a empregada arrumava.

Elas subiram e realmente deitaram, Dulce deitou no peito da mulher e Anahi fechou os olhos.

– A Gabi disse se vinha hoje, amor?

– Não respondeu. – Anahi suspirou, pois já era a segunda semana seguida.

– Essa menina está trabalhando demais, não sai mais daquele hospital!

– Vou ligar pra ela.

– To com saudades dela.

– Também estou princesa. Mas eu vou ligar tá? – Dulce ergueu a cabeça e a olhou ao falar- Mas mais tarde. – Anahi riu e deu um beijo na testa dela. Dulce voltou a deitar e elas pegaram no sono.

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A gente chegou no colégio na hora, nem atrasamos muito, graças ao Juan que conhecia os atalhos hahaha. Matheus me abraçou e entramos assim no pátio, conversando e sorrindo, a gente andava muito assim, era normal pra gente mas eu lembro que antigamente, as pessoas chegavam a achar que éramos namorados, antes de descobrirem que éramos irmãos hahaha, no começo eu não entendia, acho que era muito nova ou não maldava mesmo, mas hoje eu até consigo entender mas não vou mudar por causa da cabeça maldosa das pessoas, somos mais que irmãos na verdade, ele é meu melhor amigo e vou continuar andando abraçada a ele sim. Até porque ele nunca se incomodou, ele sempre gostou e nunca fez questão de mudar quando estava na frente dos amigos dele, todo mundo falava que ele me protegia e era verdade, por isso o tal apelido “pin”, era diminutivo de princesa porque minhas mães ficavam me chamando assim e ele pequeno pegou, mas depois falava porque gostava e dizia que combinava comigo, hoje eu já não sei se ele faz pra me irritar ou não….

Mas enfim, encontramos nossos amigos ali mas mal deu tempo de falar qualquer coisa, já estava na hora de entrarmos pra aula.

Sentei e a Alice do meu lado, a aula estava chata e eu estava com outra coisa na cabeça, a tal música que eu escrevia de manhã e passei a noite toda nessa mas ainda não estava gostando, então peguei meu celular e o deixei escondido atrás do estojo, abri o app que eu sempre usava pra compôr as músicas e fiquei ali pensando e lembrando da música na minha cabeça.

– O professor vai brigar contigo já já…- a Alice falou e eu tomei um susto, estava muito distraída e não entendi o que ela falou mas aí ela baixou o olhar pras minhas mãos e aí eu entendi, eu estava batendo a ponta dos dedos na mesa, eu sempre decorava assim.

– Nem percebi….- sorri e parei.

– Percebi que não. Você faz igual a dinda, já reparou? – eu sorri e fiz que sim com a cabeça. Resolvi fechar tudo e prestar atenção na aula antes que eu tomasse uma bronca do professor.

Mais tarde, descobri que meu professor tinha faltado e não teria a aula de canto, por isso iria pra casa com o Theus, me despedi do pessoal porque eu estava cansada mas não estava achando ele, perguntei ali e o Ricardo que me mostrou, ele estava num canto próximo do portão conversando com a Mari, achei estranho eles dois ali só mas dei de ombros e fui lá.

– Oi gente. – falei e pareceu que a Mari tomou um susto e eles ficaram meio sem graça. Não entendi- Tudo bem?

– Aham. A gente estava só conversando. – ela falou e achei aquilo mais estranho ainda, pois só os dois conversando?

– Ah. – olhei dela pra ele que nada tinha dito- Eu vou embora com você Theus, já tá indo?

– Ah sim, to sim. Mas e a sua aula?

– Foi desmarcada. Mas é bom que assim eu descanso agora à tarde, to morrendo de sono.

– Claro. Passou a noite toda em claro. – revirei os olhos.

– Vamos?

– Sim. Tchau então Mari. – ele falou e a deu um beijo no rosto, mas só um.

– Tchau. – ela respondeu e ele sorriu.

– Tchau Mari. – dei dois beijinhos nela e saímos.

Não entendi bem aquilo mas não me importei, eu estava realmente morta. Cheguei em casa e depois de almoçar, subi pro quarto, tomei um banho, pus uma blusa larguinha e confortável e um short curtinho desses de ginástica, fechei as cortinas e apaguei, só estava a minha mãe Dulce em casa.

Horas depois, eu espero…..senti um peso atrás de mim e alguém falando.

– Acorda princesa. – estava com tanto sono que não consegui brigar- Anda! – recebi dois tapinhas no bumbum. Vou bater na Gabriela! Peguei um travesseiro e coloquei no rosto- Vou fazer cosquinhas hein!

– Vai nada! – me virei puta e ela riu. Ela sabia que eu morria. Voltei a por o travesseiro no rosto- Eu to com sono Gabi, sério.

– São seis horas da tarde, garota. Acorda!

– Não. – me virei de novo enfiando a cabeça no travesseiro. Ouvi batidas na porta e a abusada mandou entrarem.

– Gabi? – ouvi a voz do Matheus. Ai saco, era hoje que eu não dormia!- Não sabia que você estava aqui.

– Estava tentando acordar a bela adormecida aqui. – revirei os olhos- Mas e meu beijo, menino? – senti o peso do meu irmão na cama e o barulho de um beijo.

– Tudo bem?

– Tudo ué. Não posso mais ver meus irmãos? – ela falou porque a voz do Matheus foi preocupada.

– Deve ter tomado esporro das mães porque não vem há mais de duas semanas aqui. – falei rindo com a cara embaixo do travesseiro ainda e ela me deu um tapa nas costas. Mas eu aposto que era hahaha.

– Você sumiu mesmo, Gabi.

– Não sumi, estava trabalhando. A gente se fala todo dia…..

– Mas elas reclamam que você não aparece….- ele falou.

– Eu sei. Mas está difícil, muita coisa na faculdade e residência.

– Imagino…. Fico cansado só de pensar hahaha.

– Mas você não é nerd maninho, ela é. – não vi mas ela deve ter revirado os olhos hahaha.

– Você está dormindo desde aquela hora, Gih?

– Estava, mas agora vocês estão atrapalhando.

– Deixa de ser grossa menina. – ela falou começando a querer fazer cosquinhas na minha barriga, eu me remexi fugindo.

– Caraca Gabi, deixa de ser chata! Eu to com sono.

– Sono por quê? Você não faz nada. – revirei os olhos.

– Não dormi essa noite direito, estava escrevendo umas músicas.

– Cadê? – eles eram os únicos que eu deixava ver antes de terminar, mas dessa vez eu não estava gostando.

– Ainda não acabei, eu não gostei do que escrevi.

– Hum. – os dois falaram.

– A mamãe já chegou? – perguntei porque quando dormi ela estava na rua.

– Não sei. Ela não está aí não? – Gabi.

– Não sei também. – Matheus.

– Eu vim direto pra cá, não sei. – Gabi.

– Viu? Podia estar lá falando com elas, matando a saudade e me deixando dormir. – falei só pra implicar, já tinha acordado.

– E você não estava com saudades de mim não, sua implicante? – ela me abraçou e começou com as cosquinhas, tentei sair mas ela era mais forte e o idiota do Matheus ao invés de me ajudar, só ria.

– Paraaaa. – dei um grito na hora que a porta se abriu, era minha mãe Dulce, só então consegui me desvencilhar. Ela sorriu pra gente.

– Ué, você não estava dormindo, filha? – ela sentou na ponta da cama.

– Tentei mas eles não deixaram. – deitei a cabeça na perna dela que fez cafuné e ouvi ela rindo.

– Meu amor, nem foi lá falar com a gente. – ela virou pra Gabi.

– Desculpa mãe, mas passei aqui e a vi dormindo e acordei hahah. Tudo bem? – vi ela se inclinado sobre mim abraçando minha mãe.

– Tudo bem. Melhor agora que estão os três aqui. – ela sorriu. Elas ficavam realmente feliz quando a gente estava em casa.

– A mamãe já chegou?

– Sim. Tá tomando banho.

– Ah, então eu posso tirar mais um cochilo aqui que vai demorar um pouco….- falei rindo e todos rimos.

– Para de dormir, meu Deus, parece velha. – Gabi começou com a implicância e o dedo pra me fazer cosquinhas.

– Para. Mãe, manda ela parar?

– Ah bebezinho, “mãe manda ela parar”. – ela imitou a minha voz bagunçando o meu cabelo.

– Gabi, deixa a sua irmã. – ri triunfante.

– Tá ficando muito mimada, mãe isso é hora dela dormir?

– Ela estava cansada….- vi o Matheus e a Gabi se olhando- E eu mimo os três.

– Mas ela é mais. – Gabi.

– Bem mais! – Matheus.

– Aff. – eles estavam implicando porque riam, resolvi implicar também.

– É porque eu sou a preferida. – os dois riram alto.

– Mas eu fui feito em Paris! – ele sempre vinha com essa.

– Ah garoto sai daí, foi feito em laboratório, assim como eu.

Minha mãe só ria.

– Pelo menos meu olho muda de cor. – ele falou se gabando e a gente ria.

– Ai gente, só vocês…. Estava com saudades dessas implicâncias de vocês, Gabi não some mais.

– Não sumi mãe, eu estava….

– Trabalhando. – eu e Matheus completamos rindo, ela só falava isso hahah.

– Exatamente.

– Trabalha menos então. Nós sentimos a sua falta. Se eu não quase te chantageio você não vem….

– Sabia hahaah.

– Cala a boca, chatinha. Também estava com saudades mãe. – ela falou e deitou atrás de mim no travesseiro me abraçando.

– Sem cosquinhas! – já avisei logo e ela riu- É sério Gabriela, eu….- ela me cortou.

– Não vou fazer, deixa de ser chata.

– Chata é você com esse negócio de cosquinhas.

– Quando você era pequena, adorava….- minha mãe falou.

– Eu devia rir de desespero hahaha. – eles riram.

– Bom, eu vou lá apressar o banho da sua mãe se não, não comemos hoje. – ela se levantou ao falar.

– É pra apressar o banho mãe, não entrar junto. – Matheus disse e nós rimos.

– Me respeita muleque! – ela jogou uma almofada nele que desviou e pegou depois.

– Só to falando…..- ele sussurrou.

Ela fechou a porta rindo e aí ele falou:

– Até parece que eu to inventando hahahah. – nós rimos- Cruzes, acho que vou ser traumatizado pra sempre.

– A gente nem viu nada, Matheus! – falei.

– Graças a Deus! Mas ouvimos.

– Ai gente para. Não gosto quando formam essas imagens. – Gabi.

– Nem eu! – novamente falei- Mas a culpa foi sua que quis voltar antes, Gabi.

– Nunca mais eu faço isso hahahah.

– Elas não podiam ser aquelas velhinhas aposentadas? – Matheus.

– Cruzes Theus, elas não estão tão velhas assim, elas têm 50 e 53 anos. – Gabi falou e ele revirou os olhos.

– Da pra mudarmos de assunto?? – pedi nervosa- Aliás, eu vou tomar banho, já venho.

Saí deixando os dois ali.

O jantar foi ótimo, elas estavam muito felizes com a Gabi em casa.

No dia seguinte, to terminando de me arrumar pra escola quando batem na porta, era o Matheus.

– Oi. – ele entrou com a camisa na mão.

– Já to descendo….

– Tudo bem, estamos na hora ainda. Queria te falar uma coisa, te pedir um favor na verdade. – ele vestia a camisa enquanto falava.

– Claro. O que é?

– Preciso que você fale com a Mari. Eu quero ficar com ela. – até virei o olhando, pela surpresa.

– A Mari? – ele fez que sim- E por que você não fala?

– Eu dei umas indiretas mas não sei se ela não entendeu ou….- ele parou- Fala com ela pra mim?

– Mas por quê eu?

– Vocês não são amigas?

– Somos, quer dizer, não muito, mas somos. Normal, eu acho….

– Então. Só sonda pra mim, por favor maninha?

– Ok, vou tentar.

– Obrigado. – ele me deu um beijo no rosto todo animado e desceu.

Fiquei ali boiando, da onde veio isso gente? A Mari? A gente se conhece há mil anos já, desde que nascemos, achei engraçado mas ok, faria o que ele pediu.

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Bom, essa semana liberei 2 capítulos só pra introduzir e vcs terem noção do que vai ser a história….a partir de segunda volto com os posts segunda, quarta e sexta.

Bjsss



Notas:



O que achou deste história?

7 Respostas para Capítulo 2: Giovanna POV

  1. Escritora, já pensou em lançar um livro com suas estórias?! Vc escreve muito bem!!! É muita criatividade, só por esses dois capítulos já dá pra imaginar a infinidade de caminhos que vc vai seguir (o que me causa mais ansiedade, diga-se de passagem). Obrigada por compartilhar conosco suas obras.

    • Obrigada ♥️ Quem me dera poder viver disso e ainda ganhar dinheiro hahaha, infelizmente não rola rs, mas fico feliz que vc goste! ?
      Mas realmente, tem MUITA coisa pra rolar ainda, no próximo capítulo já começa….
      Bjsss e até segunda ?

    • Eu já li tanta porcaria e paguei pra isso, acho q vc deveria pensar direitinho! Bom final de semana!!

  2. Prezadas Escritora,
    Boa tarde!
    Qual o lapso de tempo entre o narrado no 1º capítulo e este?
    Grata

    • Oi!
      Passaram-se por volta de uns 8/9 anos, no primeiro a Gabi conta que as crianças tinham de 6 pra 7, agora a Giovanna tem quase 16 e o irmão 15.
      Bjs e obrigada pelos comentários ?

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