It´s a love story, baby, just say yes

Capítulo 23: Don´t you wish…

 

Mel tinha chamado Mari pra se arrumar com ela porque estava achando que se a morena fosse pra casa iria inventar alguma desculpa pra não ir e ela queria que a amiga fosse com ela. Mel tinha ído tomar banho depois de deixar a cama onde Mari estava deitada agora uma zona com todas as roupas que ela pensava em ir, não conseguia se decidir! Ela saiu do banheiro com o celular na mão ainda escutando a musica e enrolada na toalha, olhou pra Mari deitada na sua cama e de olhos fechados.

– Você não está dormindo não né?

– Não. – Mari abriu os olhos suspirando e com a mão nos olhos.

– Ah amiga, se anima vai! Será divertido!

– Pra quem? – Mari só virou a cabeça a olhando e Mel revirou os olhos.

– Vai tomar banho logo Mari! – a morena sentou na cama suspirando. Sem vontade alguma de ir!

– Me diz de novo porque eu deixei você me convencer a ir mesmo? – a olhou.

– Porque você me ama e quer estar comigo hoje. – Mel sorriu convencidamente- E então, qual dos dois? – ela mostrou novamente os vestidos.

– O preto, como eu te respondi as outras três vezes que te perguntei. – Mel sorriu e jogou os outros na cama pegando o preto pra vestir- Você vai arrumar confusão….

– Vou nada. – se virou pra amiga com o vestido no corpo já, era um vestido justo e com um relativo decote nos seios- Tá bom?

– Tá linda, amiga….

– Mari, por favor…. Se anima um pouquinho….por mim vai? – sentou ao lado da amiga na cama.

– Não queira ver a Giovanna hoje….

– Você vê ela todos os dias na escola. – Mari apenas suspirou olhando pro lado.

– Eu acho que ela está brava comigo….

– Por que?

– Por causa do que eu te contei da conversa que tive com o Theus….

– Nada a ver.

– Você acha que eu tenho que conversar com ela então?

– Sim, assim como eu disse nas outras três vezes que me perguntou….- Mari a olhou e ela riu- Mas agora eu acho que você deve tomar banho. Vai, por favor! – quase a empurrou da cama na direção do banheiro.

Mel estava nervosa e ansiosa, queria ver Duda apesar de ter quase certeza que ela iria acompanhada…. Mas hoje não estava se importando, só queria vê-la, era a única coisa que pensava desde a última vez quando transaram, queria a ver sozinha mais uma vez!

Assim que chegaram carregou Alice pra dar uma volta numa tentativa de ajudar as outras duas mas não deu certo, não achou Duda e nem as ajudou, mas pelo menos conseguiu pegar uma bebida no bar. Estava chateada já achando que Duda poderia não vir quando a avistou numa mesa, tinham outras pessoas com ela, e Bruna estava lá, ao seu lado, Mel não sabia se ela tinha a visto ainda, então resolveu dançar pra chamar atenção de todos e foi a partir daí que ela sentiu os olhares e ao olhá-la percebeu que Duda a olhava. O dj a ajudou com as musicas e ela começou a dançar pra provocar sem se importar com nada, muito menos com Bruna, Duda que se preocupasse com ela, mas a professora não tirava os olhos de Mel. Estava a evitando desde o dia que se rendeu e transaram, não conseguia pensar em outra coisa, mas sabia que não podia, por isso tentava se manter o mais longe possível! Mas agora a menina estava ali….rebolando e dançando divinamente à frente dos seus olhos.

Quando Duda viu ela vindo na direção da sua mesa, entrou em pânico, olhou pra Cris que estava à sua frente com a mulher, Luísa, e que sabia de tudo e que também já a tinham visto ali, Cris apenas a olhou de volta a pedindo calma. Bruna parecia alheia à tudo conversando com o outro casal na mesa.

– Oi prof! – Mel chegou falando na mesa, parando ao lado de Duda e se apoiando na mesa o que fez valorizar seu decote e olhava pra Duda com aquele sorriso avassalador. Conseguiu a atenção da mesa toda e Mari que estava ao seu lado, não sabia onde enfiar a cara!

– Prof? – Bruna olhou pra Mel e depois pra mulher curiosa.

– Oi Melissa, Mariana….- Mari apenas sorriu- elas são minhas alunas, amor.

– Éramos! – Mel a consertou- Não somos mais. – sorriu ao dizer e Mari quieta.

– Mas se vocês estão na escola, tem idade pra estarem aqui? – uma das mulheres que conversava com Bruna perguntou. Mel não deixou cair o sorriso mesmo querendo bater nela.

– Não conta pros nossos pais….- falou com o canudo na boca, mordendo a pontinha dele e dando um sorriso inocente pra ela.

Duda e Cris se entre olharam.

Bruna riu e se adiantou a falar:

– Prazer, eu sou a Bruna, mulher da Duda. – deu a mão cumprimentando elas.

– Prazer Bruna. – Mel pegou na mão dela com um sorriso- A Duda fala muito de você….- disse e aproveitou que tinha se aproximado mais de Duda pra cumprimentar Bruna e roçou sua perna na dela.

– Fala amor? – olhou pra mulher que correspondeu seu olhar, ao mesmo tempo que sentia Mel roçando a perna na dela.

– Foi só uma vez, amor. – voltou a olhar pra Mel irritada- Mas ela estava naquela viagem que você me acompanhou na escola, lembra?

– Ah sim, mas você não tinha me apresentado ela. – sorriu pra mulher e pra Mel- Você também foi, Mariana?

– Ah não, eu não. – Mari respondeu toda nervosa.

Mel olhou pra amiga, sorriu e então voltou a olhar pra mesa.

– E vocês estão gostando daqui?

– Sim, nunca tínhamos vindo. É legal né amor? – a olhou.

– É sim. – Mel sorriu enquanto roçava na perna de Duda fazendo a professora engolir em seco.

– O dj é muito bom também! Deviam experimentar a pista de dança depois….- ela falou recebendo o olhar puto da professora, mas não perdeu a compostura e sorriu.

– Vamos sim….eu adoro dançar! – Luísa falou pela primeira vez.

– Eu também! – sorriu pra ela e depois olhou pra Duda que estava séria a olhando. Mari deu um cutucão nela pra saírem dali!- Bom, eu só vim dar um “oi” pra vocês…. Vou voltar lá pros meus amigos… Até mais….- deu mais um sorriso daqueles pra Duda que se manteve impassível.

– Tchau Melissa, bom te conhecer….- Bruna- Você também Mariana.

– Tchau….- as outras falaram e elas saíram.

Mel puxou Mari pro bar.

– Você está maluca?? Achei que a Duda ía te bater! – Mel só riu.

– Relaxa Mari, só queria mostrar pra ela que eu estava aqui.

As duas conversavam sentadas no bar e bebendo, Mel não tirava os olhos da mesa de Duda e Mari procurava Giovanna com o olhar, mas ela já não estava mais ali com Alice que aliás, não conseguiu ver onde estava também…. Voltou a olhar pra onde Mel olhava a tempo de ver Duda se levantando e não com uma cara muito boa.

– Será que aconteceu alguma coisa? – Mari a olhou ao perguntar mas Mel estava focada em ver pra onde Duda estava indo.

– Acho que ela está indo no banheiro, vou atrás.

– Mel….- tentou chamar mas a amiga já tinha descido e já andava na direção do banheiro. Suspirou rendida.

Pediu mais uma bebida e resolveu sair dali e dar uma volta pra ver se achava Giovanna, Alice ou Léo e Amanda….

Mel não via mais Duda mas como achava que ela tinha ído pro banheiro, foi naquela direção, mas antes de chegar na porta sentiu seu braço ser puxado e suas costas serem jogadas contra a parede.

– Que merda é essa Melissa?? – Duda estava furiosa.

– Que violência Duda…. Podia ter pedido que eu te encontrava aqui….- ela tinha aquele sorriso safado pra Duda o que só provocou mais a ira da professora que nem se tocou, mas espremia Mel contra a parede pressionando seu corpo ao dela.

– Não me provoca, garota! Eu to falando sério, o que você quer com isso hein??

– Você. – a puxou com vontade pela cintura grudando mais ainda seus corpos e só aí Duda percebeu a posição e tentou sair mas Mel foi mais rápida e a puxou, na movimentação quem ficou contra a parede agora foi Duda. Mel grudou os corpos novamente levando os beijos ao pescoço dela.

– Para com isso….- Mel não deu ouvidos, a mão na nuca de Duda fazia pressão e ela ouvia a professora prendendo a respiração e se arrepiando- Mel, para! A Bruna está aí…

– Dane-se! Eu quero você. – ela tentou beijar Duda mas ela desviou. Mel desceu a mão pra cintura dela tocando na barriga por baixo da blusa e percebeu ela arrepiada- Vontade de você, Duda….- sussurrou puxando seu rosto pra ela e roçando os lábios no da mais velha que estava com a respiração ofegante, Mel desceu a outra mão até tocar no sexo da mais velha sobre a calça e ouviu Duda gemer baixinho.

– Para com isso, por favor….- implorava de olhos fechados. Duda estava em um outro mundo quando ouviu uma voz conhecida, ao abrir os olhos viu Cris passando e empurrou Mel rapidamente- Me solta! – puxou Cris pelo braço e saiu dali deixando a loira sozinha.

Mel se encostou na parede respirando fundo e tentando se acalmar, se sentia completamente arrepiada ainda e com a respiração descompassada.

Quando Mel conseguiu sair dali foi em busca dos outros mas não achou mais ninguém, a mesa que Duda antes ocupava estava vazia, provavelmente deve ter ído embora, pensou…. Viu Mari perto da porta, sozinha….

– Mari? Tudo bem? – ela estava de cabeça baixa. Tocou em seu braço e a menina respondeu balançando a cabeça- O que aconteceu? – Mari a abraçou.

– Vamos embora daqui, por favor? – a ouviu fungar ao fim da frase.

– Tá bom, a gente vai…. Mas o que houve? – elas se soltaram do abraço e Mari secou as lágrimas ainda de cabeça baixa.

– Eu fui falar com a Giovanna….

– Vocês brigaram?

– Não. A gente se beijou, mas ela disse que….- olhou pra amiga e balançou a cabeça, sem terminar a frase- Ela disse que não pode, não quer. – voltou a sentir os olhos lacrimejando e abraçou a amiga.

– Calma Mari, da um tempo…. Tá muito recente isso do Matheus…- a morena nada disse, apenas respirou fundo e pediu:

– Vamos embora daqui? Não quero mais ficar aqui. Por favor?

– Vamos. Deixa só eu ir lá pegar minha bolsa pra pagar e a gente vai tá? – Mari só balançou a cabeça- Quer dormir lá em casa hoje? – perguntou vendo o estado da amiga.

– Quero. – Mel sorriu- Vou lá tá? Espero que o Léo não tenha ído embora né….

– Pega a minha também, por favor?

– Ok. Já venho.

Alice tinha largado o menino que ficou lá porque era um chato, procurou pelas amigas e não achou, então resolveu pagar e sair. Lá fora iria ligar pra elas ou pro táxi e ir embora, já estava cansada, porém o app do táxi não estava funcionando ali, ela resolveu andar um pouco pra ver se pegava melhor e enquanto isso ligava pras meninas mas ninguém atendia. Viu mais à frente, num banco, Matheus sentado sozinho, foi até lá.

– O que você está fazendo aqui? – ele estava de cabeça baixa bebendo e jogando umas pedrinhas no chão. Não a respondeu. Nisso ele ouviu um ambulante passando e o chamou comprando mais cerveja.

– Quer? – a perguntou que negou, então ele pagou e o homem se foi. Alice sentou ao lado dele.

– O que você está fazendo, Theus?

– Bebendo. – ela revirou os olhos.

– Por que você está aqui sozinho?

– Porque eu quero. – foi grosso com ela que ficou o olhando mas ele nem aí.

– Você sabia que só por causa do que aconteceu você não tem que ser babaca com o resto das pessoas?? – ela falou meio grossa também e ele a olhou surpreso, mas logo voltou a atitude dos últimos dias.

– Tá aqui porque quer.

– Pois é. – ela se levantou- Me arrependi já! – ela deu alguns passos pra se afastar mas então parou e voltou: Só queria te falar uma coisa. – ele a olhou- Você está sendo um babaca! – ele a olhou por um tempo antes de agradecer- Que ridículo, Matheus! – ela voltou a andar até ele- Você lembra uma vez quando te disse que se um dia tivesse um filho queria que fosse igual à você? – ele demorou alguns milésimos de segundos pra a responder após a olhar.

– Sim.

– Retiro tudo que eu disse!

– Melhor mesmo, não vai querer que seu filho seja um corno né??

– Mateus, a Gih errou, ela sabe, ela e a Mari, mas não é você com raiva do mundo que vai melhorar as coisas….

– E o que vai Alice?? – ele se levantou irritado abrindo os braços- Já que você é tão sabia que está aí me passando lição de moral, me diz?? O que vai???

– O tempo Matheus….- ele revirou os olhos puto- Você se distrair, conversar com seus amigos, voltar a viver…. e não virar esse idiota que você nunca foi!

– Melhor do que ser otário!

– Você não é otário. – ela tentou o segurar pelo braço mas ele se soltou dela com raiva, nisso ela deu até um passo pra trás e ele a olhou com raiva- Que foi?? Vai querer me empurrar também?! Tá achando que é quem Matheus?? Para com essa merda, eu te conheço desde que você nasceu!! Você não é assim!!

– Vai a merda Alice! Me deixa em paz! – ele ía sair mas ela o puxou e ele virou puto.

– PARA com isso!!! – na raiva, ela pegou a latinha da mão dele e jogou longe, batendo no chão. Ele a olhou puto mas chocado- Você está bebado e agindo igual um idiota! Para com essa merda! – empurrou ele que caiu sentado no banco que estavam antes. Ele estava em choque com o que ela fez.

Alice sentou ao lado dele, respirou fundo e os dois ficaram em silêncio por um bom tempo, só olhando pra frente.

– Desculpa ter jogado sua cerveja fora.

– Ok. – ele ainda continuava olhando pra frente e ela também.

– Eu pago outra pra você, se quiser….- o olhou.

– Não, tudo bem. – ele continuava olhando pra frente.

– Eu sei que você está mal Theus, mas não pode continuar brigando com todo mundo por isso. Eu estava conversando com o Dani, ele disse que você nem sai mais com eles. Vocês são amigos! – ele a olhou e então voltou a olhar pra frente.

– Precisava de um tempo….

– Não. Você precisa dos seus amigos! A sua irmã….- ele a cortou.

– Não quero saber da Giovanna!

– Ela está mal….

– Ela está mal?? – olhou pra Alice revoltado- Ela?? Você sabia que eu estava ficando com uma garota, maior gata, mas eu não consegui!! Só pensava na Mari! Nessa merda que eu sinto por ela! Ela está mal o cacete!!! Eu to MAL, porra!!!! – Alice nada disse, só abaixou a cabeça, ele estava certo- Não consigo mais ficar com ninguém.

– Da um tempo….acabou de acontecer… Você gostava dela.

– É, eu gostava! – ele a olhou e então riu de deboche- Mas óbvio, você já sabia! Só eu que não, o otário aqui!

– Você não é otário! Para com isso!

– Aposto que riam de mim….

– Óbvio que não Matheus! É que você não quer ouvir elas, mas não foi assim do jeito que você está pensando….

– Não me interessa como foi! Interessa que foi e eu não quero falar com elas nunca mais na minha vida!

– Ela é sua irmã, como você nunca mais vai falar com ela??

– Do jeito que eu to fazendo agora! – Alice revirou os olhos e desistiu de insistir, ele estava bebado e puto. Ficaram em silêncio até Matheus falar novamente: Me desculpa ter gritado com você….

– Tudo bem…- ela o olhou e sorriu- Só que não combina com você, Theus, aliás nem esse cabelo aí….- ele passou a mão no cabelo e riu.

– Eu gostei. As meninas também….- eles riram e o celular de Alice tocou. Era Giovanna.

– Vamos. Tá indo todo mundo embora. – ela só a olhou- Anda Theus, vai ficar aqui sozinho? – ele respirou fundo e então foi com ela. Estava cansado de discutir já.

Em pouco tempo Mel e Mari tinham pago mas aí se tocaram que não podiam simplesmente deixar os outros aí, então ela ligou pra Giovanna e Alice que estava com Matheus, ele estava com uma cara péssima e aparentemente bebado. Léo ligou pros meninos e se encontraram todos pra irem embora. Ninguém falou muita coisa.

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Mari e Mel chegaram na casa da loira.

– Quer tomar um banho?

– Não, quero beber!

– Sério? – Mel a olhou surpresa.

– Sim! Eu não vou conseguir dormir e nem quero ficar chorando por causa dela. Suas mães sempre tem bebida aí, pega lá vai?

– Ok, mas temos que beber aqui.

– Óbvio né Mel!

– E em silêncio. – Mari apenas revirou os olhos e a menina saiu.

Ela sentou na cama tirando a sandália e brinco, colar, anéis….ficando mais à vontade. Viu a porta se abrir e Mel entrando com uma garrafa de whisky e dois copos.

– Whisky??

– Você disse que queria beber….- Mel sentou na cama ao falar.

– Mas não tinha cerveja?

– Tinha. Mas se eu pego cerveja elas vão notar, whisky elas quase não bebem….

– Bem pensado. – Mari disse ao dar um gole e fazer careta. Mel sorriu como quem diz: óbvio. Deu um gole também e perguntou:

– Mas então, me diz….o que aconteceu com vocês?

– Não quero falar dela. Me diz você, onde você foi que sumiu? – Mel riu antes de começar a falar.

– Eu fui no banheiro aquela hora né? Não cheguei lá hahaha, ela estava por lá, me puxou pra algum canto, a gente estava quase se beijando quando a amiga dela apareceu e ela me empurrou saindo de lá com ela.

– Mas por que? Por que a amiga viu?

– Não, porque ela fica dizendo que não quer mas sei que quer….

– Você é maluca! Ela estava lá com a mulher e você se jogando pra ela na mesa….- Mel apenas riu.

– Eu sei que ela quer Mari, eu sinto ela toda arrepiada…. Eu vou conseguir, você vai ver!

– Conseguir o que?

– Transar com ela, eu quero mais!

– E depois?

– Depois é depois, Mari. Agora eu quero ela.

– Aff!

– Você faz essa cara porque nunca transou e não sabe o que é bom. Apesar né….que….- ela parou rindo e fazendo gestos com a mão.

– Nem me lembra desse dia!

– Por que? Foi tão ruim assim?

– Não. Mas imagina se eu fico com ela, perco a minha virgindade pra agora ela dizer que não quer, não pode….Ou pior ainda, pedir desculpas como ela fez aquele dia…. Eu ía querer morrer! – Mari abaixou a cabeça passando a mão no rosto.

– Amiga, calma. Ela está assim por causa do Theus, você viu como ele está…. Imagina como não está a convivência deles naquela casa?

– Ok. Mas eu também to mal, eu me sinto péssima!

– Eu imagino que sim, mas eles são irmãos né amiga? É bem pior! – Mari só respirou fundo passando a mão no rosto e em seguida encheu mais uma vez seu copo.

Pelos próximos vinte minutos elas beberam sem trégua, estavam obviamente bebadas e rindo alto.

– Para de rir! Você vai acordar as minhas mães! – Mel falava mas rindo e com a cabeça deitada no ombro da amiga.

– Que merda! Eu to muito bebada hahah.

– Eu também! – Mel sentou na cama.

– Onde você vai? – Mari sentou e as duas se olharam e riam mais uma vez.

– Amiga, você virou lésbica? – Mari a olhou e riu. Mel estava sentada na cama rindo também.

– Não faz pergunta difícil, Mel!

– Posso te apresentar umas amigas se você quiser….aí você tira a Giovanna da cabeça….- ela disse sentando mais perto da amiga agora.

– Fácil assim? – as duas se olharam e riram. Mel deu um sorriso de canto antes de voltar a pôr o copo na boca.

– Agora que você é lésbica, pode me dar a opinião, o que achou da Duda?

– Eu não sou lésbica hahah. – Mel a olhou rindo- Achei ela bonita….mas já tinha achado.

– Gostosa? – Mel a olhou com um olhar safado e Mari riu.

– Isso quem tem que saber é você…

– Ela é, muito! – Mari ficou a olhando enquanto ela sorria mordendo a pontinha do copo.

– Você está afim da professora, Mel?

– Óbvio que não! Tá doida? Só to dizendo que ela é gostosa….- mordeu o lábio a olhando e Mari caiu na gargalhada. Se tivesse sóbria, com certeza estaria morrendo de vergonha dessa conversa- Você está muito bebada, Mari! – ela colocou seu copo vazio em cima da mesinha ao lado e pra isso ficou meio inclinada sobre a amiga que tinha se encostado no encosto da cama e fechado os olhos. Mel se encostou no ombro da amiga fechando os olhos também- A gente está muito ferrada.

– Por que? – Mari abriu os olhos a olhando.

– Porque eu to muito mal, está tudo rodando hahah. – Mari também riu- Posso dormir aqui?

– Pode. – Mel deitou e Mari ficou fazendo carinho na nuca dela de olhos fechados também.

Passado alguns minutos….

– Acho melhor você parar….- Mel disse mas sem sair da posição que estava ou abrir os olhos.

– Por que?

– Meu ponto fraco…- ela riu e Mari parou.

– Cruzes Mel! Sou sua amiga. – as duas se olharam agora. Mel riu.

– É. Mas é uma mulher também e muito gata, por sinal….- as duas ficaram se olhando e Mari foi a primeira a falar.

– Você está me cantando?

– Não. – ela riu- Não to. – falou séria agora mas nenhuma das duas desviou o olhar. Como elas estavam perto, sentiam a respiração uma da outra e foi sem pensar que o olhar foi desviado pra boca uma da outra, praticamente instantaneamente.

Foi ao mesmo tempo, elas se beijaram.

Mari voltou com a mão pra nuca da amiga que se inclinou sobre ela e as duas deitaram na cama, as pernas entrelaçadas e o gosto do álcool na boca. O beijo começou urgente, Mel se virou na cama as deixando de frente agora e desceu a mão pra cintura da amiga. Era o álcool falando…. Mel nunca tinha se comportado tanto num beijo….era sua amiga ali, apesar de estarem bebadas e o beijo ser bom, não tinha o mesmo tesão que sentia quando beijava sua professora, mas definitivamente era bom!

Se separaram por falta de ar mas ficaram com as testas grudadas, abriram os olhos um pouco surpresas ainda e Mel achou melhor esperar a reação da morena, mas só viu ela respirando fundo e fechando os olhos, Mel desceu os olhos pros lábios rosados da amiga e tocou em seu rosto aproximando os lábios novamente, mas só os roçando….deixaria ela tomar a iniciativa caso quisesse mesmo…. E foi o que aconteceu, Mari a beijou e ambas as puxaram pela nuca ao mesmo tempo, o beijo agora foi bem mais urgente e intenso, Mari se virou sobre ela, ficando por cima e Mel teve o instinto de descer as mãos até a cintura da morena, as duas ofegavam entre o beijo, Mel levou os beijos ao pescoço dela e foi aí que ouviram um celular tocando. Não pararam de imediato, mas com a insistência se separaram.

– Acho que é o meu….- Mari comentou procurando a bolsa no chão. Pegou o celular e viu o identificador, suspirou e então Mel a olhou.

– Quem é? – ela deitou ao lado da loira de bruços e mostrou pra ela- Não vai atender?

– Alô.

– Mari, por favor! Não faz isso comigo! Eu te amo! Por favor!! Eu te amoooo!!

Matheus chorava no telefone e Mari ficou sem saber o que fazer, olhou pra Mel que nada disse, ía dizer o que? Dava pra ouvir o choro dele.

Então elas começaram a ouvir um barulho de coisas se quebrando e se olharam assustadas.

– Theus! O que você está fazendo?? Matheus para!! Matheussss! Fala comigo! Matheusssss!! – só se ouvia as coisas sendo quebradas e ele chorando.

Mari ouviu vozes e o choro dele alto.

Eram Dulce e Anahi que ouviram o barulho e foram até o quarto do filho.

– Meu filho….- ele chorando forte deitou no colo de Anahi que tinha sentado ao lado dele no chão.

Dulce pegou o telefone e ao olhar no identificador, viu o nome da filha de sua amiga.

– Oi Mari. É a Dulce, me desculpa tá?

– Ele está bem tia?

– Vai ficar….- respondeu olhando pro filho chorando no colo da mulher- Boa noite.

– Boa noite tia….- elas desligaram e Mari olhou pra Mel. Suspirou e largou o celular na mesinha.

– O que aconteceu?

– Não sei, mas as mães dele apareceram lá. Ele está muito mal….

– E bebado. – Mel completou e Mari só suspirou se deitando de barriga pra cima e olhando o teto- A culpa não é sua. – se virou pra ela ao falar e Mari só a olhou. Mel sorriu pra ela ao falar: Vem, vamos dormir. – Mari se virou ficando ela no colo da amiga agora.

Já estava de olhos fechados e quase dormindo quando perguntou:

– Mel, você está gostando da professora? – não obteve resposta, ela já dormia.

Anahi e Dulce perceberam o estado de bebedeira dele e resolveram deixar pra amanhã a conversa, mas o fizeram tomar banho. Ele acordou no dia seguinte por volta de meio-dia, desceu todo envergonhado atrás de um remédio, logo depois dele desceu Giovanna.

– Bom dia. – ela falou pra ele e pras mães, por costume pois ele nunca respondia.

– Bom dia. – se surpreendeu ao ver Matheus a respondendo, as três se entre olharam mas ele se afastou após pegar o remédio. Ninguém falou nada ao vê-lo subir.

– Ele me deu bom dia? – ela perguntou as olhando sem esconder a surpresa.

– Aparentemente sim. – Anahi falou- Senta filha, toma o seu café. – Giovanna sentou na mesa junto com as mães que lá já estavam.

– Como foi ontem? – Dulce.

– Tudo bem…- ela respondeu sem olhar a mãe.

– Ah é? E por que vocês mentiram pra gente? – Giovanna levantou o olhar encarando Dulce. As duas a olhavam sérias e ela não estava entendendo.

Obviamente que tomou um sermão assim como Matheus quando estava melhor.

Na segunda-feira, Matheus foi até onde todos estavam pedindo desculpas por ter arruinado tudo e entregado todos pelo estado de bebedeira que ele estava quando elas o encontraram. Mas só quem sabia da ligação era Mari e Mel, mas Matheus não sabia que Mel estava lá, eles aceitaram as desculpas do amigo e Alice sorriu feliz, ao vê-lo pedir desculpas. Porém, em seguida ele voltou a se afastar.



Notas:



O que achou deste história?

3 Respostas para Capítulo 23: Don´t you wish…

  1. Gente essa Mari é danadinha hein, tadinho do Matheus apesar dele está sendo muito ignorante mas de certa forma ele foi traído duas vezes né? Por pessoas que ele depositou toda a confiança.

    Você arrasa escritora, sempre passando a emoção em cada capítulo.

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