It´s a love story, baby, just say yes

Capítulo 3: Nos braços dela.

Já tinham dez dias que Giovanna tinha falado com Mari mas a morena não havia dado resposta nenhuma, apenas disse que gostava de Matheus e que poderia sim ficar com ele, o menino a respeitava mas não tinham ficado ainda. Mas, com isso, as duas tinham se aproximado bem assim como ela e Matheus, elas descobriram varias coisas em comum nesse meio tempo e o assunto em comum que antes era quase exclusivamente “Matheus” deixou de ser….

– É só por isso que você está aqui então?? – Mari perguntou irritada- Relaxa que quando ou se eu quiser, eu falo com seu irmão, Giovanna! – elas estavam conversando na casa de Mari que volta e meia pensava isso, que talvez ela só estivesse ali ainda querendo sua amizade pra ajudar o irmão e isso a deixava um pouco chateada por estar sendo meio que sendo usada.

– Não é nada disso, Mari. – Giovanna se levantou assim como a outra ao falar.

– Pois parece, você só fala disso.

– Desculpa. Ele é meu irmão, eu falo dele, às vezes sem nem perceber, não é por mal….- Mari virou o rosto ao ouvir- Mariana, você já sabe que meu irmão quer ficar com você, está afim de você, eu não to aqui pra isso ou pra te falar essas coisas porque você não é burra e já entendeu. Eu to aqui porque eu gosto da sua amizade, de conversar com você, é divertido, não tenho porque mentir pra você. Mas se é isso que acha, sinto muito, mas você está errada! – Mari a olhou pois ela falou mais alto- Enfim, melhor eu ir embora, você e o Matheus que se resolvam, to fora! Tchau.

Quando Giovanna já estava com a porta aberta, Mari a puxou o que a fez se virar.

– Espera, desculpa? Eu falei sem pensar, mas não é nada disso.

– Por que falou então?

– Porque eu to meio estressada Gih. – suspirou ao falar- Com as provas e tal….

– Mas você tirou nota baixa? Achei que você estava bem e….- Mari a interrompeu.

– Eu to, mas é que estava com dificuldades nessas matérias que caíram nas provas, tive que estudar mais e isso me deixou mais nervosa. – Giovanna sabia como Mari era toda certinha com os estudos, o que ela não sabia é que a amiga estava engolindo há varios dias o que falou agora, estava estressada sim, mas não era só isso….- Mas você não tem nada com isso. Me desculpa?

– Tudo bem…- ela abaixou a cabeça de leve ao falar.

– Eu não penso nada disso. – abraçou a loira que retribuiu o abraço- Eu também gosto da sua companhia. – ela deu um beijo inocente no pescoço da amiga que sentiu um leve arrepio, ficou meio assustada porque não entendeu nada, então inventou logo de se afastar.

– Tudo bem Mari. – deu um sorriso forçado pra ela que não percebeu e sorriu de volta. Voltou a dar um beijo em seu rosto e dessa vez pegou Giovanna de surpresa, quando a olhou Mari sorria e ela ficou a olhando sem saber o que fazer. A morena quem agiu.

– Então fica. – puxou a mochila dela de seu ombro e em seguida a puxou pra voltarem a ver o programa na televisão.

Uma semana depois as duas estavam mais próximas ainda, Matheus estava adorando pois volta e meia tinha Mari lá na casa dele, mas a menina ainda continuava sem corresponder as investidas dele, não cortava mas também não ía à frente. Até Alice tinha comentado que elas viviam grudadas, Giovanna justificou que era pelo irmão mas no fundo ela sabia que não era só isso…..

Numa tarde dessas, próxima a hora da saída, Mari viu Matheus a procurando mas nada disse, se afastou disfarçadamente pois tinha uma leve suspeita de onde ela poderia estar, pois passaram algumas tardes conversando lá….na sala de música desativada, e realmente, ela estava lá, sentada com o violão na mão, caneta na boca e um caderno ao lado escrevendo algo. Mari ficou em silêncio a princípio, quem levantou a cabeça e a viu, foi Giovanna, ao ser identificada, a morena sorriu.

– Desculpa. – ela deu um passo a mais- Vim te procurar, seu irmão está atrás de ti pra irem embora.

– Já?? – ela olhou no relógio e só aí se tocou que tinha se distraído totalmente como sempre fazia quando estava imersa no mundo da música- Nossa, nem vi a hora passar.

– Imaginei….- Mari sorriu e viu Giovanna se levantar e guardar as coisas- Estava compondo?

– Estava tentando Mari, mas não gostei hahahah. – Mari nada disse e ela continuou: Você falou que eu estava aqui?

– Não, eu não sabia….mas imaginei. – Giovanna sorriu pra ela, já com o violão guardado e a mochila nas costas.

– Pelo visto está me conhecendo bem….- as duas sorriram e Giovanna deu mais um passo lhe dando um beijo demorado no rosto- Obrigada.

– Nada. – Mari se sentiu nervosa com o beijo mas tentou não transparecer nada. Giovanna sorriu mais uma vez pra ela e ficaram se olhando um tempo, até Giovanna falar.

– Mas melhor eu ir lá né? Ele deve estar atrás de mim por causa do treino de futebol dele.

– Vamos. – as duas caminhavam lado a lado em silêncio até que Mari resolveu perguntar: Você vai no aniversário do Sebastian sábado?

– Vou sim. – a olhou- Você vai?

– Vou. – as duas sorriram e ao olhar pra frente Giovanna viu o irmão vindo até elas.

– Deixa eu ir lá antes que ele me mate hahah.

– Tá. – ela se virou pra ela piscando e então saiu atrás de Matheus que estava em cólicas já.

Mais tarde, já quase na hora de jantar, Mari recebeu um WhatsApp, viu o nome de Giovanna na tela e abriu.

“Consegui terminar!”

Ela mandou uma foto que dava pra ver que era letra de música mas estava longe e cortada, de propósito, provavelmente, pensou Mari.

“Já?? Que rápida…”

“Tive uma inspiração”

Ela mandou uma carinha sorrindo junto e Mari respondeu com a mesma carinha e o assunto morreu.

Dois dias depois disso, numa quinta-feira, elas estavam no intervalo e Alice as chamou pra irem ao cinema, seriam só as meninas: Mari, Alice, Giovanna e Melissa.

Elas estavam na mesa fazendo um lanche e esperando dar a hora do filme pra irem pra lá, Alice contava mais uma de suas sagas pra ficar com Diego, Giovanna estava na dela pois já não aguentava mais a melhor amiga suspirando por um cara que não estava nem aí pra ela. Mas as meninas ouviam e davam opinião.

– Não vai falar nada, Gih? – Alice a olhou ao perguntar.

– Você já sabe a minha opinião. – ela falou dando um gole do refrigerante, Alice revirou os olhos- Ué Li, faz o que você quiser só acho ele babaca, ele não gosta de você, se gostasse te trataria bem e não só quando ele quer algo….

– Na verdade eu concordo com ela. – Mari falou e Giovanna a olhou surpresa- Eu não conheço ele direito mas pelo que você falou aí, não me parece o tipo de cara que te trata bem….talvez a Gih tenha razão….

– É, não é o Theus que faz tudo por você e você não quer né, amiga? – Mel a olhou implicando e apertando a bochecha dela.

– Não disse que não quero. – ela abaixou de leve a cabeça pegando mais uma batata.

– Por que você não ficou com ele ainda, então? – Alice.

– Sei lá….- ela deu de ombros, realmente não sabia….

– Alice, esse cara parece ser meio idiota mesmo, mas não vai na da Mari porque ela é toda romanticazinha, toda fofa….se você souber no que está entrando, que ele não vai ser seu namorado, vai em frente ué.

– E qual o problema com ser romântica? – Mari olhou pra amiga.

– Nenhum. – ela sorriu e pegou uma batata também- Pra quem gosta…. Eu não tenho paciência hahaha. – todas riram mas Giovanna percebeu Mari revirando os olhos- Nem pra ser a menina romântica e nem pra esses garotinhos, muito crianças!

– Ah falou a velha hahah. – Alice.

– Não sou velha, mas prefiro a experiência….feminina! Que fique bem claro hahaha. – todo mundo voltou a rir. Mel era bem diferente do irmão apesar de serem gêmeos, que era todo carinhoso, ela era mais nem aí, vou pegando e experimentando porque a vida é muito curta pra ficar esperando o príncipe ou melhor, princesa encantada.

Deu a hora do filme e elas se levantaram pra irem, ao fim do filme foram fazer um lanche e na hora de ir embora, Mari chamou as meninas pra dormirem na casa dela pois já estava tarde, mas só quem foi, foi Giovanna. Ao chegarem, encontraram Mai e Dani na sala, tinham acabado de lanchar, conversaram um pouco com as meninas e depois elas subiram, Mari emprestou uma roupa e elas deitaram.

– Queria uma cama dessas….- Mari a olhou sem entender- De casal.

– E por que não tem?

– Minhas mães não deixam. Acho que elas acham que se me derem uma cama dessas, eu vou usar. – Mari ficou a olhando sem entender- Transar, Mari.

– Ah…- a menina olhou meio pra baixo envergonhada mas nada disse, quando voltou a olhá-la, Giovanna estava de olhos fechados deitada na cama- Vamos dormir né?

– Uhum. – Giovanna apenas sussurrou e Mari se virou apagando a luz do abajur. Dormiram em pouco tempo.

Já era de manhã, os primeiros raios de sol já despontavam e as duas dormiam abraçadas, se viraram durante a noite e agora a loira a abraçava por trás, algum tempo depois Mari se virou na cama a abraçando, poucos minutos depois Giovanna despertou e ela nem soube o porquê, o despertador ainda não tinha tocado, abriu os olhos devagar pra ver a amiga deitada em seu peito, estavam tão perto que ela sentia a respiração dela batendo em seu pescoço, ela estava com a respiração meio acelerada e Giovanna não soube o que fazer, se ela sai, a menina acorda e ía ficar uma situação constrangedora, por outro lado não queria sair, estava bom ali…. Novamente Mari se mexeu abaixando um pouco o corpo e agora a respiração dela batia acima do seio da loira, Giovanna se sentiu arrepiar e se apavorou. Por sorte, ou não, o celular tocou indicando que era hora de levantar, Mari estava com tanto sono que só se virou pro outro lado desligando o despertador o que possibilitou Giovanna soltar o ar.

– Posso tomar banho? – pediu já se adiantando, tinha ficado nervosa demais com tudo aquilo, pra sorte dela, parecia que Mari não tinha se tocado da posição.

– Claro.

Quando elas estavam prontas pra descer Mari a chamou.

– Gih, eu estava dormindo em cima de você? – a pergunta a pegou tão de surpresa que meio gaguejou- Desculpa. Eu me mexo muito na cama.

– Não tem problema nenhum Mari. – deu um sorriso tentando passar uma normalidade que não tinha.

– Não te incomodei então? – ela perguntou e ficaram, de novo, se olhando mais tempo que deveriam….

– Claro que não. – a menina loira tornou a afirmar, doida pra encerrar aquela conversa sem sentido.

– Ok, vamos então?

– Vamos.

No sábado era o aniversário de Sebastian, seria um churrasco na beira da piscina, na própria casa dele, os pais estariam presentes e esse foi o motivo mais importante pra Anahi e Dulce liberarem, pois tinham medo de rolar bebida nessas festas. Além é claro, dos outros amigos deles que iriam, mas foi Gui quem a convenceu mesmo ao dizer que os meninos tinham a cabeça boa e que não podiam fazer muita coisa pra prender, Giovanna faria 16 anos em algumas semanas e Matheus já tinha 15 anos, mas Dulce disse que os levaria.

Matheus estava agoniado na sala, pronto e esperando pela irmã.

– Meu Deus menino, que agonia é essa?

– A Gih! Não desce, vamos nos atrasar.

– Calma Matheus, ela já vem….está cedo ainda. – ele revirou os olhos- Esse nervoso todo é por causa da Mari? – ela olhou sorrindo pro filho que também sorriu, ele havia contado pras mães, sempre tiveram bom relacionamento e eles sempre contaram essas coisas.

– Eu to bem, mãe?

– Você está um gato, meu amor. – Dulce se aproximou dele tocando em seu ombro- Se ela não te quiser, aposto que terá uma fila atrás de você.

– Não quero fila, quero ela. – Dulce sorriu achando bonitinho o filho assim, ele nunca tinha namorado e estava realmente encantado pela filha da sua amiga.

– Mas você vai de chinelo?

– Ah mãe, é na beira da piscina.

– Ok, está certo. – ele sorriu e olhou mais uma vez pra escada, Dulce riu do desespero dele.

Matheus estava com uma bermuda de tactel preta, blusa de malha em gola V da mesma cor e a blusa tinha aquelas mangas mais justinhas, Dulce percebeu que agora ele pedia pra comprar só assim, um rayban pendurado na gola da blusa e o relógio inseparável dele que foi presente de Sophie na última viagem que ela e a mulher fizeram a Nova Iorque.

Giovanna desceu as escadas menos de cinco minutos depois.

– Até que enfim!! – ele falou se levantando do sofá e ela nem respondeu hahah. Dulce virou o olhar pra vê-la e viu Anahi ali todinha no jeito de andar, na forma que cagou pro irmão mas principalmente na forma como ela sorria.

– Tá linda, filha.

Giovanna estava com um vestido de crochê branco, biquíni por baixo e uma rasteirinha dourada nos pés.

– Obrigada mãe. – deu um beijo no rosto da mãe- Vamos? – ela colocou o óculos no rosto ao falar- Antes que ele tenha um treco aqui mesmo.

– Hahaha vamos. Deixa só avisar sua mãe e pegar a chave do carro.

Dulce subiu e desceu rápido.

Já no carro….

– Vocês vão sair, mãe? – Matheus perguntou- Por isso o banho de horas? – ele riu.

– Como se precisasse de evento pro banho longo da sua mãe….

– Verdade. – os três riram.

– Mas a gente ía ao cinema, se ela não atrasar….

– Mãe, você não aprendeu ainda? Tem que falar que o filme é mais cedo, que aí ela chega na hora certa já contando com o atraso hahaha.

– Verdade, meu filho. Não sei porque eu não faço isso.

– Porque senão ela fica brava e faz greve. – Giovanna falou arrancando gargalhada dos dois, Dulce os olhou séria mas depois também riu.

Deixou eles lá fazendo milhões de recomendações. Ao entrarem já tinha bastante gente, falaram com o aniversariante e depois Matheus ficou ali falando com os amigos enquanto ela foi atrás das meninas, estavam todas lá.

– Que isso hein amiga, arrasou! – Alice falou ao vê-la chegar, ela sorriu meio sem graça e depois falou com Mari e Mel, o olhar dela demorou um pouco a mais em Mari, mas logo tratou de disfarçar.

Ficaram ali conversando e logo umas meninas chegaram as chamando pra irem pra piscina, nem Giovanna nem Mel quiseram ir, ficaram ali nas cadeiras meio deitadas. Giovanna estava totalmente distraída até o momento que seus olhos fixaram em Mari tirando o short e a blusa ficando só de biquíni, ela sentou na borda da piscina e conversava com algumas meninas e com Matheus que estava dentro da piscina. Ela deu graças a Deus por estar de óculos escuros e ninguém perceber nada, nem mesmo Mel ali ao seu lado, afinal ela é a melhor amiga de Mari e poderia contar….. Mas o óculos a proporcionou um esconderijo eficiente pra poder observar Mari, a cada dia que passava achava a menina mais bonita e compreendia totalmente Matheus, a pele dela não era branca mas também não era morena, parecia que era queimada de sol naturalmente, agora ela tinha passado a mão sobre os olhos pra tirar a franja que caía sobre seus olhos e Giovanna ficou presa naquele movimento, teve quase certeza que ela cruzou os olhos com os seus, mas não teve certeza pois ela também usava óculos escuros. Sentiu o coração dando uma acelerada e se assustou, se levantou muito rápido.

– Onde você vai?? – Mel gritou mas ela já tinha dado alguns passos.

– Já venho. – foi a única coisa que disse. Se afastou de lá em pânico!

Giovanna estava assustada e se entendendo cada vez menos! O que era aquilo agora? Precisava se acalmar, precisava falar com alguém mas não tinha coragem de por aquilo pra fora. Foi até a cozinha da casa e pegou um suco pra ver se acalmava, queria beber mas não podia…. Ouviu alguns barulhos e logo Mel e Mari apareceram ali.

– Tá fazendo o que aí? – Mel perguntou e ela percebeu Mari mais atrás a olhando.

– Nada. – desviou o olhar ao falar- Só vim pegar um suco aqui. E vocês? – tornou a perguntar e os olhares voltaram a se cruzar.

– Viemos no banheiro, mas já estamos voltando. Vamos Mari? – se virou pra amiga.

– Já to indo. – ela falou e então Mel foi na frente, ficaram só as duas ali, Mari deu uns passos na direção dela- Tudo bem?

– Uhum. E você? – Giovanna apertava de leve a bancada de nervoso. Mari nada disse, sorriu e elas ficaram se olhando- Melhor voltarmos pra lá né? – Giovanna falou claramente tentando fugir.

– Aham. – foi atrás dela mas ao saírem da cozinha a chamou- Vem cá.

– Aonde? – a olhou.

– Quero te mostrar uma coisa. – ela aceitou mesmo sem saber o que esperar, Mari a conduzia lá pra dentro segurando em sua mão.

– Onde a gente está? – Giovanna perguntou ao ver o que parecia uma sala.

– Relaxa. Queria te mostrar isso. – ela apontou e então Giovanna percebeu um piano ali. Se aproximou surpresa.

– Nossa….- ela passou a mão pelo pano que cobria as teclas- é lindo.

– É. – Mari parou ao lado dela- Lembra que vocês tinham um?

– Lembro.

– Você ainda sabe tocar? – tirou o pano e Giovanna olhava encantada pro piano.

– Não sei….acho que sim. – ela sentou no banco olhando pro piano completamente em outro mundo. Mari ficou a olhando encantada também, mas não quis atrapalhar, ficou em pé, apoiada sobre o piano e a olhando- Nossa, tem muito tempo! – Giovanna finalmente a olhou mas sem tirar as mãos das teclas.

– Por que você nunca mais tocou?

– Porque eu me apaixonei pelo violão. – ela sorriu ao falar e Mari sorriu de volta, nisso uma mecha da sua franja caiu sobre seu olho, ela fez o mesmo movimento da piscina pra tirar mas dessa vez Giovanna estava a olhando a milímetros e não tinham mais os óculos escuros as ajudando, as duas ficaram se olhando…. Giovanna deu um meio sorriso e então abaixou a cabeça pras teclas do piano tocando alguma coisa.

– Eu acho lindo tocar algum instrumento….- Giovanna a olhou ao ouví-la.

– E por que não toca?

– Porque eu sou péssima, não consigo hahahah.

– Já tentou?

– Não tenho coordenação pra isso, Gih. – a loira riu.

– Claro que tem. Vem cá, deixa eu te mostrar….

– Eu não sei Gih….

– Vou te ensinar, vem cá. – a puxou pela mão e Mari sentou ao lado dela- Põe a mão no piano Mari, ele não vai te morder não hahah. – a outra riu sem graça- Aqui, vem cá. Põe a mão sobre a minha. – Mari fez o que ela pediu e o arrepio foi instantâneo, nas duas mas Giovanna tentou se concentrar e não a olhou senão nem sabia….

Continuou tocando e as duas próximas, as respirações pesadas….

– Viu? Não é tão difícil…..- não a olhou ao falar, Mari deu um meio sorriso sem a olhar, quando Giovanna a olhou ela olhava pra frente ainda- Faz você agora. – tirou as mãos e então Mari a olhou.

– Eu não sei.

– Claro que sabe. – Giovanna pôs as mãos sobre a dela a guiando. Os movimentos eram leves e os toques mais ainda- Põe esse dedo aqui. – a corrigiu e pra isso precisou meio que a abraçar e colar mais seus corpos pois era a mão do outro lado que ela corrigia. Com a aproximação, Mari a olhou e elas ficaram com os rostos a milímetros e as mãos coladas ainda, as duas se olhavam se aproximando, fecharam os olhos ao mesmo tempo mas o celular de Mari tocou, estava em cima do piano e fez um estrondo quando vibrou sobre a superfície.

Mari se levantou assustada e atendeu, as duas com o coração na mão. Giovanna respirou fundo algumas vezes, fechou o piano e então se levantou. Esperou ela terminar a ligação, já tinha sacado que era seu irmão, Mari não se virou pra ela assim que desligou o celular.

– Era o Theus?

– Era. – Mari falou se virando mas não teve coragem de a olhar- Queria saber onde eu estava.

– Ah.

– Vamos voltar pra lá?

– Vamos.

Nenhuma das duas conseguia se encarar, Mari passou na frente dela e saiu. Lá fora, Giovanna sentou na cadeira perto das meninas, pegou seu óculos e suspirou.

– Que foi? – Alice.

– Nada.

– Nossa, até que enfim! – Mel falou animada e todas a olharam, ela só apontou.

Mari e Matheus se beijavam….

– Caraca, finalmente hein! – Alice.

Giovanna só olhava, depois sorriu, feliz pelo irmão, mas quase foi ela ali nos braços dela….

Respirou fundo dando um gole enorme do suco e então se levantou.

– Onde você vai? – Alice.

– Pra piscina.

Não deu tempo de ninguém responder nada, ela já tinha tirado o vestido e se jogado na piscina.



Notas:



O que achou deste história?

2 Respostas para Capítulo 3: Nos braços dela.

  1. Eita que essa Giovanna é toda a Anahi e o Matheus a Dulce hahah.

    E sobre a Gabi e Ana Paula?

  2. Escritora, boa tarde!
    Como ficou o lance entre a Gabriela e a Ana Paula?
    Fiquei curiosa pelo que escreveu no primeiro capítulo .

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