It´s a love story, baby, just say yes

Capítulo 41: Giovanna POV

Numa quinta-feira antes do fim das férias eu tomei coragem e fui atrás dela, minha mãe estava certa, a gente precisava conversar. Então, sem avisar a ninguém onde ía, fui até a casa dela, estava uma pilha de nervoso mas tentei fingir que estava bem….bati na porta e a tia Dani atendeu.

– Giovanna?

– Oi tia. Posso entrar?

– Claro, entra. – ela me deu passagem e em seguida fechou a porta- Quer falar com a Mari né?

– Queria. Por favor….

– Pode ir lá, você conhece o caminho….- ela sorriu.

– Não é melhor você avisar? – perguntei porque né….ela riu da minha careta.

– Vem, eu vou lá com você. – me puxou pela mão e assim que chegamos na porta do quarto dela, bateu- Mari, visita pra você.

– Já vou….- ela gritou de lá e meu coração bateu mais rápido ainda, a Dani sussurrou: “coragem” antes de me olhar e sorrir.

Assim que ela abriu a porta parecia que tinha visto um fantasma…

– Oi…- falei primeiro tomando coragem mas por dentro eu estava apavorada!- A gente pode conversar?

– Entra. – ela me deu passagem e ficou um silêncio sepulcral ali. Vi ela se sentando na cama mas sem me olhar, resolvi então falar né? Afinal foi pra isso que eu fui lá.

– Você está bem? – ela só me olhou, brava. Abaixei o olhar e tentei começar de novo- Desculpa…

– O que você quer, Giovanna? – ela me olhou e eu tive que respirar fundo antes de falar.

– Conversar com você. – andei até ela me sentando ao seu lado na cama, ela continuava sem me olhar e eu sem saber como começar….acabei falando algo nada a ver com o assunto- Nossa, tem tempo que eu não vinha aqui….no seu quarto. Eu lembro quando a gente era menor que a gente fingia que estava acampando aqui embaixo da sua janela, lembra? – a olhei com um sorriso mas ela estava séria, meu sorriso morreu e ela falou:

– O que você quer, Giovanna?

Respirei fundo mais uma vez.

– Ok, desculpa, só estava tentando quebrar o clima mas já que você não quer….- dei de ombros- Eu conversei com a Mel, ela me explicou…- a olhei e ela só balançou a cabeça, sem me olhar- Mari, você pode por favor me olhar? – pedi nervosa já e ela fez o que eu pedi mas não por muito tempo, logo se levantou me dando as costas.

– Se você veio aqui pra brigar ou me exigir alguma coisa, eu…- a interrompi no momento que ela se virou pra mim.

– Eu não vim brigar, Mari. – falei calma e ela ficou me olhando- Como eu disse, eu conversei com a Mel e eu entendi….

– Entendeu o que?

– Todas as merdas que eu fiz, que a gente fez. Virou tudo uma confusão só Mari! Não era pra ser assim….- me levantei parando de frente pra ela- A gente ainda meteu a Mel no meio disso. Eu vim aqui pra te pedir desculpas….- ela ficou me olhando meio surpresa.

– Desculpas?

– Sim. Por ter me metido entre você e meu irmão, por ter brigado com você por causa do Rodrigo e agora a Mel, você está certa. Você tem todo o direito de ficar com quem quiser, eu que to errada! Por isso to te pedindo desculpas….- ela abaixou a cabeça e eu continuei- Mas eu fiquei com ciúmes. – ela voltou a me olhar parecendo surpresa- E é por isso que eu to aqui….

– Por que? – ela perguntou enquanto eu voltava a sentar na cama dela, ela veio atrás.

– Porque eu não posso te garantir que eu não farei de novo….tudo que eu te falei é verdade, eu realmente sinto muito, mas eu não to pronta pra ver você com outra pessoa ainda….- ela ficou me olhando e eu acabei suspirando e olhei pro lado- Eu sei que você acha que eu não quero, mas não é isso, eu só….o Theus é tudo pra mim, ele sempre foi meu melhor amigo….- a olhei e eu estava com lágrimas nos olhos- e eu não posso mais magoar ele, entende? E eu sei que eu to te magoando e eu não quero também, eu nunca conseguiria escolher entre vocês dois, ficar no meio…. Isso ía me matar diariamente, eu sei disso.

– Eu não quero que você escolha entre nós. – ela falou pela primeira vez e ao olhá-la não consegui mais segurar a lágrima que desceu.

– É por isso que eu tomei uma decisão, é por isso que eu to aqui.

– Que decisão?

– Eu preciso me afastar, de vocês….de tudo…

– Como assim se afastar?

– Eu pedi às minhas mães pra passar uns meses fora, fazer um intercâmbio ou algo do tipo….- ela me olhou assustada.

– Não, você não pode fazer isso!

– Eu preciso! – estávamos as duas com lágrimas no rosto agora.

– Não, não precisa. – ela sentou mais perto de mim- Para com isso! – senti o carinho dela no meu rosto secando ele e em seguida ela me abraçou.

Choramos juntas.

– Não faz isso. Por favor? – ela foi a primeira a se soltar e segurou no meu rosto.

– Vai ser melhor….eu preciso de um tempo.

– Tempo pra que, Giovanna?

– Pra tentar entender isso tudo Mari, eu…- parei a olhando- Eu preciso arranjar um jeito de conviver com isso tudo. Aqui eu não consigo.

– Por que?

– Porque eu não consigo ficar longe de você te vendo todos os dias. – ela deu um sorriso.

– Mas tem que ter uma outra solução. Por favor? Eu não vou aguentar ficar sem você aqui.

– Mas se eu ficar aqui a gente vai ficar sofrendo….e eu não quero Mari, não quero te magoar mais! Eu não aguento mais ver o que eu to fazendo com você!

– Gih…mas pode ter outro jeito….

– Qual?

– Não sei. Só que eu não vou aguentar ficar longe de você! – vi mais lágrimas caindo pelo rosto dela e aquilo estava doendo tanto….

– Eu não vou pra sempre, é só por um tempo até tudo se ajeitar….com o tempo, quem sabe a gente saiba lidar melhor com isso….

– Não faz isso por favor! Não vai….- ela me abraçou em meio ao choro- Me desculpa! Eu não queria….eu te amo. – quando percebi ela estava no meu colo e sério, meu coração descontrolado no meu peito!

– Por favor, não fica assim….não chora.

– Então não vai! – ela me olhou colando as nossas testas.

– Eu to tentando fazer o que é melhor pra gente….

– O melhor é você ficar aqui! – ela me beijou e eu senti meu corpo inteiro reagindo, puxei ela pela cintura colando nossos corpos, ela suspirava entre o beijo assim como eu, o beijo estava salgado já de tantas lágrimas- Não vai….- sussurrou.

– Não faz isso comigo….- pedi de olhos fechados, estava doendo mais do que ver ela beijando outra pessoa- Eu não quero que você chore, eu quero você feliz. Eu to indo pra isso, pra você ficar bem….

– Eu só vou ficar bem com você, Giovanna. – suspirei a olhando. Eu sabia, eu também. Ela me olhou e foi impossível não sorrir, apesar de tudo ela estava ali, nos meus braços….fiz carinho no rosto dela- Eu te amo. – sorri mais uma vez e voltei a buscar a boca dela- Quanto tempo?

– Não sei. Três meses….seis…- ela fechou os olhos com força e vi que se controlava pra não deixar as lágrimas caírem- Vem cá…- a puxei a abraçando e nisso a gente acabou caindo na cama dela, peguei na mão dela e trouxe até meu coração- Só você faz isso comigo….- nossas testas estavam praticamente coladas e nos olhávamos nos olhos- Eu não to dizendo nunca mais Mari, eu não sei. As coisas podem mudar….

– E se você me esquecer? – eu ri.

– Impossível! Eu nunca vou te esquecer! – colei novamente nossos lábios ao tocar no rosto dela.

Ficamos um bom tempo só nos olhando, ela fazia carinho no meu rosto e vice-versa, o mundo parecia ter parado lá fora…. Eu não fazia a mínima ideia de como eu ía ficar longe dela mas era a única chance da gente voltar a ser feliz, eu só precisava convencer as minhas mães agora.

– O Rodrigo não significa nada, nem a Mel. Você sabe né?

– Sei…- sorri- Assim como a Nina também não significou, só você me importa. É por isso que eu to indo embora, pra você ser feliz e eu tentar também….

– Só vou ser feliz com você.

– A gente precisa tentar, meu amor.

Ela me olhou nos olhos e percebi mais uma lágrima descendo.

– Para de chorar, por favor….- a abracei e não me aguentei também.

Um tempo depois, ela falou:

– Não tem nada que eu possa fazer pra te convencer do contrário? – balancei a cabeça.

– Não to indo só por você, é por mim também. Porque eu não consigo ver você com outra pessoa, não ainda, pelo menos.

– Mas eu não quero ninguém, eu quero você!

– Eu também quero você, mas eu não posso! – acabei me sentando na ponta da cama ao falar, afundei a cabeça entre as mãos, porque eu não aguentava mais! Eu precisava ir embora antes que eu desistisse!

– Ok. – a olhei que ainda estava deitada- Eu não concordo com o que você está fazendo, eu acho que tem outro jeito. Mas eu não posso fazer mais do que te pedir pra ficar….

– Mari, não é definitivo. – me inclinei apoiando a mão na cama na direção dela- Se eu achar que nada está mudando, eu volto.

– Promete?

– Prometo. – sorri pra ela.

– Promete que você volta?

– Prometo. – sorri mais uma vez.

– Promete também que você não vai sumir? Que eu vou poder falar com você?

– Prometo.

– Quando você vai?

– Não sei ainda, estou vendo com as minhas mães.

– Então eu espero que elas não deixem você ir. – acabei rindo e ela se sentou.

– Você vai ver como as coisas vão melhorar….

– Não acho, mas ok, não vamos brigar por isso. – sorri pra ela que acabou me dando um sorriso de canto dos lábios.

– Eu preciso ir agora, eu só vim conversar com você mas disse que não iria demorar….- na verdade eu estava com medo dela me convencer se eu ficasse mais lá.

– Ok.

– Me leva na porta? – pedi e ela se levantou, levantei atrás mas então ela parou e se virou.

– Jura que quando você souber quando vai, irá me avisar? Não inventa de ir sem eu saber, por favor? Me deixa me despedir de você!

– Eu juro, eu te aviso. – ela sorriu.

– Ok, vamos. – ela suspirou se virando mas eu não aguentei, precisava de mais um beijo dela. Por isso a puxei pelo braço e a beijei novamente.

O beijo rapidamente se tornou urgente, estávamos contra a porta, a mão dela na minha cintura enquanto a puxava pela nuca, as duas suspirando. Levei o beijo pro pescoço dela e a ouvi gemendo baixinho o que me fez pressionar mais ainda meu corpo ao dela.

– Eu quero você, Giovanna. – ela sussurrou contra meu ouvido e aquilo me arrepiou inteira- Eu quero ser sua, eu preciso te sentir….- ela tocou no meu queixo ao falar, mordendo meu lábio inferior.

– Eu também quero….

Ela voltou a me beijar e ela estava me deixando sem ar.

– Acho melhor a gente parar antes que alguém bata aí….- eu falei mas sem afastar muito nossos lábios. Quando eu me afastava milimetricamente, ela me puxava de novo pela nuca.

– Acho que eu vou te prender aqui, aí você não vai.

– Você já me prendeu…- falei e ela sorriu, sorri também e ficamos com as testas coladas nos olhando nos olhos.

– Eu não consigo aceitar que você vai embora assim…

– Quem sabe você possa me visitar lá….

– Sério? Você deixaria? – ela afastou o rosto me olhando direito agora.

– Por que não? – ela sorriu e aquele sorriso me desmontava inteira! Acabei sorrindo também- Preciso ir, linda….

– Eu sei, desculpa. – ela se afastou de novo e respirou fundo- Quero te dar uma coisa.

– O que? – ela não respondeu mas vi ela abrindo a gaveta próxima a cômoda e procurando algo.

– Quero que fique com você. – ela me entregou e quando eu vi o que era, reconheci a pulseira com nossos nomes, nós quatro tínhamos. Ela pôs no meu braço- Pra você não se esquecer de mim.

– Você tinha tirado?

– Eu estava meio irritada esses dias….- ela riu e acabei rindo também e olhando pra pulseira em meu braço, passei os dedos fazendo carinho sobre o nome dela.

– Vai ficar perto da minha. – sorri a olhando, ela sorria também.

– Assim você nunca esquece que eu vou estar aqui e que você tem sim, porque voltar. – sorri mais uma vez e dei um passo até próximo à ela.

– Se alguém perguntar quem é, eu posso falar que é a minha garota? – ela sorriu e me abraçou passando os braços pela minha nuca.

– Sempre vou ser, meu amor. – agora quem sorriu fui eu.

– Me dá mais um abraço? – pedi e ela me puxou pela cintura. Não falamos mais nada no abraço, não tinha mais o que falar e eu estava sem forças já! Saí depois dessa. Eu precisava ser forte!

Não consegui ir direto pra casa, passei na praia e fiquei algum tempo caminhando, sem direção alguma, só caminhando mesmo…. Meu rosto jorrava lágrimas incessantemente! Eu estava convencida que era o melhor, mas meu peito estava dilacerado!

Ela seria sempre meu primeiro amor.

Fui pra casa já estava quase anoitecendo, estava decidida a falar com as minhas mães, a parte mais difícil eu havia feito.

Parei na frente da porta do quarto delas e respirei fundo antes de bater, ouvi a voz da minha mãe Anahi falando pra entrar.

– Oi filha. – ela estava recostada na cama vendo televisão e minha outra mãe arrumava algo no armário.

– Oii…- entrei e vi minha mãe Dulce se virando pra mim.

– Oi filha, já voltou? – mãe Dulce.

– Sim.

– Onde você foi? – mãe Anahi.

– Falar com a Mari. – falei e me sentei na cama, as duas me olharam- Tá tudo bem….- sorri pra elas- mas eu queria falar com vocês.

– Fala. – eu vi elas se entre olhando mas foi minha mãe Dulce quem falou.

– Vocês já tem uma resposta sobre o que eu pedi? Sobre morar fora? – as olhei e elas mais uma vez, se entre olharam- Eu quero ir, por favor!

– Filha, essas coisas não são assim…- mãe Anahi falou então a olhei- Você não pode querer morar fora porque você está magoada com ela.

– Não é só por isso, mamãe. – me levantei- Eu quero ir, acho que você vai ser bom…. A Ana Paula vive dizendo que foi uma ótima oportunidade e que amou ter morado fora….

– É diferente. A Ana Paula sempre quis ir, ela foi pra estudar o inglês e não estava fugindo de nada. Você nunca falou sobre isso, aí agora do nada só porque a Mari está com alguém, você quer ir? – mãe Anahi.

– Ela disse que não está com ninguém…- abaixei a cabeça ao falar.

– Tá vendo? Filha, isso não é motivo, sua mãe está certa. – mãe Dulce.

– Por que vocês não querem me ajudar?? Me deixar ir?

– Porque você não está indo morar na cidade do lado, Giovanna! Você só tem 16 anos!

– Quantas pessoas fazem intercâmbio nessa idade??

– Giovanna, você não quer isso. Você quer fugir do que está acontecendo, mas quando você voltar ela vai continuar aqui, seu irmão…. Tudo que você está fugindo vai continuar aqui. – abaixei a cabeça triste- Meu amor, senta aqui, deixa eu falar com você…- ela me puxou então sentei- Não é que a gente não quer, só estamos conversando com você porque nós já vivemos um pouco mais que você, a gente sabe o que está falando…. Você não vai ser a primeira nem a última a ter o coração partido, mas você não pode simplesmente sair assim, ir embora! Você só tem 16 anos, meu amor. A gente vai morrer de saudades de você! – a olhei.

– Mas eu não aguento mais essa situação mamãe, ter que ver a Mari com outra pessoa toda hora….eu não vou conseguir….- abaixei de novo a cabeça e minha mãe Dulce que estava sentada ao meu lado me abraçou.

– Vai passar, meu amor….

– Não vai! – me soltei me levantando- Por favor? – sequei uma lágrima- Me deixa ir?? São só 6 meses.

– Ir pra onde? – ouvi a voz do Theus e aí olhei, ele estava próximo a porta que eu havia deixada aberta- Você vai viajar? – ele deu uns passos pra dentro do quarto, eu só suspirei e ele olhou pras minhas mães.

– Estamos conversando ainda, filho. – minha mãe Dulce falou.

– Mas por que? Vai pra onde? – ele me olhou se aproximando mais ainda.

– Calma, filho. Nós só estamos conversando, mas sua irmã está querendo morar fora. – mamãe falou.

– Morar fora?? – ele me olhou assustado.

– São só alguns meses, tipo um intercâmbio….- o olhei explicando.

– Mas por que isso agora?! – dei de ombros.

– Porque eu quero, acho que vai ser legal….- falei mas sem o olhar nos olhos. Eu vi ele olhando pras nossas mães, mas ao falar me olhou.

– Mas você nunca disse que queria…. Desde quando resolveu isso?

– Tem umas semanas….- finalmente o olhei.

– E eu nem ía saber?? Quando você vai?

– Eu ía falar, mas primeiro queria que elas deixassem….- as olhei.

– E vocês vão deixar?! – ele as olhou.

– Ainda estamos conversando, filho. – mãe Dulce.

– Seriam só alguns meses….depois eu volto. – ele me olhou.

– Mas por que isso agora? Você nunca disse que queira ir….

– Porque eu acho que deve ser legal, uma experiência nova, fora que poderia conhecer pessoas novas e….- ele me interrompeu.

– Pessoas novas? – ele me olhou e eu só consegui balançar a cabeça. Ele olhou pras nossas mães que nada disseram- Isso tem alguma coisa a ver com o que aconteceu…? Pela nossa briga ou por que você brigou com a Mari? – não esperava por isso até porque eu nem tinha falado da minha briga com ela.

– Como você sabe que eu briguei com ela?

– Eu vi, no dia da festa. E ela me falou.

– Ela te falou? – eu estava surpresa.

– Sim, depois que você saiu e a Mel foi lá falar com você. – o olhei, mas nada disse porque não queria envolver a Mel naquilo, agradeci por ele também ter sido discreto- É por isso?

– Nada a ver. – não aguentei o encarar, até me virei de costas.

– Porque se for, não tem razão pra você ir pra outro país…- o olhei- Não tem NADA a ver, aliás! Você não pode ir embora assim, Gih….- ele falou e percebi nossas mães o olhando e sorrindo.

– Eu acho que talvez seja o melhor, Theus…. A gente precisa de um tempo e….- ele me interrompeu.

– Tempo pra que?? Olha só….você não pode ir morar em outro país, como assim?? A gente vai sentir a sua falta, elas vão sentir a sua falta, essa casa não vai ser a mesma sem você! Eu vou sentir a sua falta. – quando ele falou isso, o olhei.

– Pensei que você iria gostar….- ele fez uma cara confusa.

– Por que eu iria gostar? – abriu os braços ao falar.

– Sei lá, eu baguncei a sua vida né? Além do que você disse que se decepcionou comigo….quem sabe assim longe, a gente consiga voltar a ser como éramos antes….- eu senti meus olhos marejarem porque ele me olhava nos olhos.

– Giovanna, você vai ser sempre a minha irmã, não importa quantas vezes a gente brigue, eu te amo. Eu tenho seu nome gravado nas minhas costas, pelo amor de Deus! O que aconteceu foi errado mas já foi, eu também errei e sinceramente, hoje parece que já aconteceu há tanto tempo…. Quem sabe foi até uma coisa boa….

– Boa??

– O depois, sim. Claro que eu sofri na época, mas eu vi que eu estava insistindo numa coisa que na verdade, nunca aconteceu e nem aconteceria…. A Mari nunca gostou de mim, mais do que um amigo. Então se você está querendo ir embora por minha causa, não precisa….

– Não é só isso…- abaixei a cabeça.

– É o que então? – senti as duas mãos dele nas minhas e levantei o olhar pra vê-lo parado na minha frente. Respirei fundo e voltei a abaixar a cabeça porque eu não queria falar aquilo pra ele né? Na cara dele assim….

– Fala, filha. – mamãe falou e a olhei, ela me sorriu e então o olhei.

– Não confia mais em mim?

– Confio. Só…- voltei a suspirar e abaixar a cabeça- Não é nada, eu só preciso ir. – voltei a me afastar dele ficando de costas pra eles.

– Você não consegue me perdoar? – o olhei sem entender.

– Te perdoar??? Eu que te enganei!

– Mas eu falei coisas pra você e fiz também….aliás não só com você….- ele olhou pras nossas mães.

– Mas eu fiz bem pior, Theus!

– Não é uma competição Gih, nós dois erramos mas continuamos sendo irmãos, provavelmente iremos errar de novo em algum momento, mas isso não é motivo pra você abandonar a gente….

– Eu não to abandonando….eu só…

– Filha, ele está certo. – mãe Dulce- Você sabe qual é o maior motivo de estar indo….- olhei pra elas mas balancei a cabeça.

– Você pode se arrepender depois….- o olhei.

– Não vou me arrepender. Arrependida eu fiquei quando te magoei daquela forma!

– Então fica, não põe essa culpa em mim de você estar indo embora….

– A culpa não é sua, é minha! Fui eu que fiz tudo aquilo….

– Mas não é passado?

– É.

– Então por que você quer ir embora? – ela abriu os braços me olhando.

– Porque é o único jeito de eu seguir com a minha vida!

– Indo morar sozinha em outro país?? – o olhei- Longe dos seus amigos, da sua família….da garota que você gosta?? – quando ele falou isso, eu olhei pra ele assustada, mas não consegui falar nada- Todo mundo sabe que você gosta dela e ela gosta de você….

– Quem te falou isso? – perguntei num fio de voz e ele sorriu.

– Giovanna, eu te conheço desde que nasci hahah, fora que eu era seu melhor amigo, acho que te conheço um pouquinho né….

– Você ainda é….- falei com os olhos úmidos e ele sorriu.

– Que bom. – ele deu uns passos na minha direção- Então me ouve e não vai. Você não quer isso.

– Como que eu vou ficar aqui? – o olhei e minha voz estava embargada já.

– Eu nunca te pedi pra não ficar com ela ou pra se por em segundo plano….

– Mas eu não poderia te magoar de novo! Você gosta dela.

– Gostava. – ele me consertou, então o olhei surpresa e ele sorriu. Percebi ele olhando pras nossas mães que estavam sentadas na cama nos olhando e sorriam, em seguida me olhou segurando nas minhas mãos- Olha só, a Mari e eu somos só amigos hoje, não temos mais nada e nunca vamos ter. Hoje eu entendo isso, sabe por quê? Porque eu nunca vi ela me olhando do jeito que ela te olha, assim como você….você muda completamente quando está perto dela e eu jamais poderia ser contra a sua felicidade….- eu ía falar algo mas ele não deixou, continuou: E eu não me importo mais, na verdade eu acho que você está perdendo tempo, deviam estar juntas….- o olhei- E se é disso que você precisa, ok: eu não me importo mais Gih, está tudo bem pra mim. Eu te perdôo. É isso que você precisa ouvir? – meu rosto já tinha lágrimas, foi impossível segurar. Ele então me abraçou.

– Me desculpa….- sussurrei.

– Te desculpo com uma condição….- ele me olhou secando meu rosto- Que você seja feliz! Pode fazer isso por mim? – balancei a cabeça, eu estava com a voz embargada ainda e ele voltou a me abraçar.

– Jura que você me perdoou? – perguntei ainda abraçada a ele.

– Sim, já tem um tempo. – eu sorri o apertando mais no abraço.

– Eu te amo.

– Também te amo, pin…

Nunca fiquei tão feliz de ouvir esse apelido de novo! Quando nos soltamos vi minhas mães emocionadas também, elas vieram até nós nos abraçando e ficamos os quatro abraçados.

– Isso quer dizer que nada mais de briga nessa casa né? – mãe Dulce.

– Sim. – falamos ao mesmo tempo.

– Graças a Deus! – mamãe Anahi.

– E também quer dizer que você não vai mais me abandonar né? – mãe Dulce me olhou e eu não contive a risada.

– Não ía te abandonar, mãe.

– Ía sim. – ela me abraçou e nós três rimos. Mamãe abraçou o Theus enquanto minha mãe quase me sufocava no abraço.

– Ela já estava brigando comigo pra não deixar você ir, filha. – rimos de novo.

– Claro! Como eu ía ficar sem meu bebê em casa? – olhei pro Theus e ri- Obrigada filho. – ela deu um beijo na cabeça do Theus que sorriu pra ela.

– De nada. Gih, você só vai morar fora quando for uma cantora famosa e eu seu empresário, já te falei isso hahaha. – ri junto com ele.

– Ainda bem que ainda falta um tempo, da pra eu me acostumar com a ideia aos poucos né…- mãe Dulce falou e nós rimos.

– Acho que isso merece uma comemoração, que tal pizza?? – mamãe.

– Ótima ideia! – eu e o Theus falamos ao mesmo tempo.

– Vou pedir. – mãe.

– Vou ligar pra Gabi então…- falei.

– Boa ideia, filha. – mamãe.

Cerca de uma hora depois estávamos todos na mesa comendo, conversando e rindo até que falam da viagem só que a Gabi não sabia, não tinha dado tempo de contar hahah.

– Como assim??? – Gabi perguntou revoltada hahaha.

– Eu ía falar Bi, mas não deu tempo e…- ela me interrompeu.

– Você está falando sério que pretendia morar fora e eu não estava sabendo de nada??? – eu ri.

– Calma, eu só….- ela me interrompeu.

– Isso é um absurdo! Vocês íam deixar?! – olhou pras nossas mães.

– Não! – mãe Dulce falou.

– Estávamos tentando a convencer a não ir…- mamãe- Mas quem a convenceu mesmo foi o Theus….

– Deixa eu explicar? – a olhei e ela estava brava- Eu ía te contar, para com isso…- abracei ela que ainda estava fazendo jogo duro.

– Você sabe que se você faz isso eu vou atrás de você lá em sei lá aonde você ía pra te trazer de volta né? – ela falou brava e nós quatro rimos alto.

– Eu não vou. – dei um beijo na bochecha dela que ainda se fazia de brava hahah.

– Graças a Deus! – mãe Dulce.

Depois disso voltamos a conversa divertida de antes, era tão bom voltar a ter aquele clima lá em casa de novo!

Theus estava ajudando minha mãe Dulce na cozinha enquanto mamãe tinha ído ao banheiro, então só estava eu e a Gabi ali na sala.

– E então, você e o Theus, tudo bem mesmo? – abri o maior sorriso do mundo.

– Sim, graças a Deus!

– E aí? Vai fazer o que agora?

– Como assim? – a olhei sem entender.

– Mari….- suspirei e me joguei no sofá.

– Não sei….- cruzei os braços ao falar.

– Não era tudo que você sempre quis? – a olhei e mordi o canto dos lábios.

– Sim, ainda é! Só não sei como falar pra ela ainda….sabia que eu tinha me despedido dela? – Gabi só riu.

Eu estava tão feliz de ter voltado as boas com meu irmão que não tinha pensado direito ainda em como ou o que falar pra Mari, ainda….



Notas:



O que achou deste história?

7 Respostas para Capítulo 41: Giovanna POV

  1. O Theus realmente é um menino de ouro, agora eu quero saber se a Gi vai fundo, vai pedir a Mari em namoro ♥️

    Ansiosa para o próximo capítulo e espero que seja esse pedido hahaha.

  2. Adorei o capítulo, agora só falta a Giovanna largar de inventar desculpas e ir atrás da felicidade dela e de mari. Tô aqui torcendo pela felicidade das duas na verdade de todos? ansiosissíma pelo próximo capítulo por isso não demora!!!?????

  3. Finalmente!!!! O primeiro passo foi dado, agora falta ela se acertar com a Mari…espero q não demore, né Escritora?! Bom final de semana!!

  4. Aaaaahh maravilhoso , Theus e uma menino muito especial tomara que agora Mari e Giovana se resolvam apesar do meu coração ser do casal ( Matheus e Alice = Malice ou Alieus ) ficou uma bosta mais tudo bem
    Parabéns escritora amandooooooooo muito

    • Finalmente a gih e a mari vão poder se acertarem e viver esse amor livre de culpa e o matheus realmente é um menino iluminado e conseguiu fazer a gih abrir os olhos,agora só falta ela deixar de ser sonsa e ir correndo atrás da mari…ahh o amor?????

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