It´s a love story, baby, just say yes

Capítulo 44: Giovanna POV

 

Amanhã voltaríamos às aulas, eu estava chegando em casa, a Alice tinha combinado de me encontrar lá…mas quando cheguei ela já estava lá, ela e meu irmão estavam ali na sala.

– Ué, já chegou? – perguntei e os dois me olharam assustados e a Alice se afastou dele. Eu hein.

– Ah é, Gih…cheguei. Estava aqui conversando com seu irmão. – os olhei e dei um sorriso de leve mas eles pareciam sem graça, mesmo assim fui até eles os abraçando.

– Como foi o ensaio? – meu irmão perguntou.

Eu estava ensaiando pro mini festival que teria na escola, seria a abertura das aulas, digamos assim, mas seria a tarde só rs, na semana seguinte teríamos o baile, lá na escola essa volta das férias tem sempre eventos, parece até mais importante do que a volta no início do ano hahah, sei lá porque… Eu nem ía participar, mas como resolvi ficar, resolvi participar também.

– Foi legal….- respondi e ele sorriu.

– Bom, vou deixar vocês conversarem então…- ele falou nos olhando- Tchau. – olhou uma última vez pra Alice e então saiu. Assim que ele se foi, ela me olhou e sorriu. Estava entendendo nada!

– Quer subir?

– Vamos.

Fomos até meu quarto, deixei minhas coisas ali em cima da escrivaninha.

– Então, quando você ía me contar que ía embora?? – levei um susto e a olhei. Ela estava sentada na minha cama de braços cruzados e me olhando.

– Eu…não…- até gaguejei- Como sabe disso?

– Seu irmão me contou. – ela respondeu e eu fui sentar ao lado dela na cama- Não acredito que você ía fazer isso!! E principalmente que não ía me contar!

– Óbvio que eu ía te contar, Alice…

– Ah é?? Quando?! – ela estava brava…

– Calma, ok? Eu não vou mais.

– To sabendo….- ela suspirou e olhou pro lado.

– Me desculpa vai? Eu estava meio….- suspirei tentando achar as palavras- desesperada…

– Não acredito que você ía largar tudo aqui, me largar aqui por causa da Mari…

– Não era por causa da Mari, era por minha causa, fui eu que fiz essa bagunça toda.

– Não foi você. – meneei a cabeça talvez concordando com ela- Suas mães íam mesmo deixar você fazer isso?

– Elas não queriam hahah, mas eu ía insistir. – ela só balançou a cabeça.

– Ainda bem que seu irmão te convenceu do contrário né porque é a ideia mais idiota que eu já ouvi! – acabei rindo.

– Não sabia que você e o Theus conversavam tanto assim agora…- ela me olhou meio nervosa e até deu uma gaguejada- To brincando, Li, não tem problema ele falar hahaha. – ela ficou toda sem graça.

– Se não é segredo mais por que você está aqui ainda e não lá com a Mari contando pra ela?? – a olhei e mordi o lábio- Que foi?? Vai dizer que agora você não quer mais?

– Quero! Óbvio que eu quero! Quero muito!! – ela sorriu- Mas eu estava pensando numa coisa….em fazer uma coisa…

– Como assim?

– Ela sempre achou que eu tinha vergonha ou que só queria ficar com ela escondido, que não levava a sério e tal né…- ela me interrompeu.

– Gih, ela só falou isso quando estava brava…

– Eu sei, eu sei. Mas eu quero fazer algo pra provar pra ela que não é nada disso.

– O que? – a olhei e ri.

– Primeiro preciso pensar e falar com o Theus.

– Por que?

– Pra ver se ele não se importa mesmo…

– Ah tá. – ela meio abaixou a cabeça.

– Que foi?

– Nada não. Fala com ele sim, mas no que você está pensando?

– Não posso falar, não ainda.

– Aff Giovanna! Vai me deixar curiosa??

– Hahaha, só espera um pouco. Se ele me der o ok, eu te conto.

– Sua chata! Sabe que odeio ficar curiosa.

– Hahahaha. Espera só um pouco… Vamos dar uma volta? – mudei de assunto pra ela parar hahah.

– Volta?

– É. Último dia de férias….nem que seja um sorvete…

– Pode ser.

– Me espera só tomar um banho então?

– Tá bom.

Fui tomar banho e quando saí ela estava sentada na minha cama mexendo no celular, troquei de roupa rápido e após avisar que ía sair, fomos andando até a praia.

– Você está bem, Alice?

– To ué, por quê?

– Sei lá, está ficando calada do nada…

– Nada a ver, só estava apreciando a vista…

– Hahahahaha besta. – nós duas rimos mas eu estava achando ela meio estranha ultimamente mesmo, desde aquela festa que briguei com a Carol.

Mas enfim, ela disse que não era nada, então deixei pra lá. Mais tarde, fui falar com o Theus sobre o que eu estava pensando em fazer.

– Eu queria te perguntar uma coisa mas promete ser sincero comigo?

– Claro. – ele parou de fazer o que fazia prestando atenção em mim.

– Eu queria saber se você não se importa mesmo em relação a Mari?

– Não Gih, claro que não. Na verdade, eu até achei que vocês já estariam juntas depois daquela nossa conversa ontem…- mordi o lábio meio nervosa.

– Eu não falei com ela ainda…

– Por que?

– Porque eu to pensando em como fazer…- respirei fundo.

– Como assim?

– Ela sempre achou que eu só queria ficar com ela escondida, que eu estava só brincando com ela ou coisa do tipo….mesmo entendendo ela, eu queria fazer algo que ela não tivesse a mínima dúvida…

– Entendi.

– Por isso a minha pergunta. Tem problema pra você se todo mundo mesmo ficar sabendo?

– Não.

– Jura?

– Juro, Gih. Só quero que você seja feliz…- o abracei super feliz- Agora me diz, o que você vai fazer? – o olhei e ri.

– Amanhã na escola você vai saber…- pisquei pra ele e me levantei- Vou lá tomar um banho pra gente jantar tá?

– Tá bom. E boa sorte…- sorri e saí do quarto dele.

Seria amanhã!

Eu estava empolgada e feliz mas quando acordei no dia seguinte comecei a ficar nervosa rs.

– Você está bem? – Theus perguntou assim que descemos do carro e entrávamos na escola.

– To. – ele me olhou e pegou na minha mão me puxando pra andar.

– Tá com a mão gelada por quê?

– Nada, to bem. – dei um sorriso tentando o convencer, ele sorriu também me abraçando. Ele me conhecia bem…

Não falou nada mas entramos assim na escola, abraçados…quanto tempo a gente não andava assim…senti muita falta disso! Abracei ele de volta e deitei a cabeça em seu ombro, ele me olhou e sorriu.

– Bom diaaa… – falamos ao mesmo tempo quando chegamos até onde nossos amigos estavam, nos olharam bem surpresos mas ninguém falou nada sobre isso, responderam nosso “bom dia” e continuamos conversando como se nada tivesse acontecido… Meu olhar cruzou com o da Mari que me deu um sorriso de canto dos lábios.

Sinal bateu e fomos pra sala.

– Você não vai falar pra ela não que não vai mais? – Alice.

– Vou, hoje ainda…- sorri a olhando.

– Tadinha…viu a cara dela? – só balancei a cabeça- Fiquei com peninha, Gih…

– Eu tinha me despedido dela…- ela me olhou arregalando os olhos.

– Por isso ela está assim….fala logo, Gih!

– Vou falar, hoje à tarde. Na hora do festival. – mais uma vez ela arregalou os olhos.

– O que você vai fazer?

– Meu irmão disse que por ele não tem problema, então eu vou fazer o que ela sempre quis. Provar na frente de todo mundo que eu quero ficar com ela…- sorri ao fim da frase e ela fez o mesmo- Só espero que ela fique até o fim porque a nossa banda será a última…

– Ela vai ficar, pode deixar comigo. – ela piscou pra mim e a abracei.

– Obrigada amiga!

– Nada…- ela sussurrou e nos soltamos até porque o professor já tinha entrado na sala de aula.

Foram três horas intermináveis até que o sinal bateu indicando o fim das aulas naquele dia. Após o almoço teria a abertura do evento, nós fomos almoçar mas eu mal consegui comer, estava muito nervosa! Como nossa banda era a última, fiquei um pouco ali com todo mundo e foi nessa hora que a vi encostada numa parede mais ao fundo, fui lá falar com ela.

– Oii…

– Oi Gih. – ela abriu um sorriso mas meio triste.

– Tudo bem? – ela só balançou a cabeça- Vai ficar até o final né?

– Acho que sim…

– Fica. Por favor?

– Por que? – ela me olhou nos olhos ao falar e vi o brilho nos olhos dela.

– Porque eu queria que você ficasse….pra ver uma coisa.

– O que?

– Surpresa. – sorri ao falar e ela ficou só me olhando, dei um passo na direção dela e beijei sua bochecha antes de sair.

Saí com o cheiro dela entranhado em mim e fui pra trás do palco, meu estômago revirava de nervoso e eu só esperava que a Alice cumprisse o que me falou, fizesse ela ficar até o fim pra ouvir o que eu ía fazer….

Quando a última banda saiu do palco e avisaram que era a nossa vez, respirei fundo pra entrar, eu sentia meu estômago revirado, as mãos suando frio e uma leve tremedeira nas pernas…. Fui fazendo um exercício de respiração que aprendi nas aulas de canto que tive pra me ajudar a tranquilizar, assim que entrei ouvimos os aplausos e meus olhos buscaram ela, e ela estava lá! Sorri feliz. Ela estava ao lado dos nossos amigos, olhei pro lado e a Alice sorria pra mim, respirei fundo mais uma vez enquanto ouvia os acordes da música, fechei os olhos pra sentir a música e consegui começar a cantar….

Assim que a música acabou, ouvimos cariosa aplausos, a banda já agradecia e vi algumas pessoas na plateia se levantando, então tomei coragem pra fazer o que eu tinha que fazer. Respirei fundo mais uma vez antes de falar:

– Gente….eu sei que devíamos cantar só uma musica mas como fomos o último grupo, e está todo mundo aí, eu queria falar uma coisa, na verdade, eu queria cantar mais uma música….- respirei fundo tomando coragem, estava com o estômago revirado de tanto nervoso- Bom….esses últimos meses foram bem difíceis pra mim….eu descobri coisas, sentimentos….- suspirei mais uma vez, sentia minha mão tremer e por isso agarrei o microfone com as duas mãos, ainda bem que eram aqueles que têm um pé o que me deu mais apoio- fiquei confusa, não soube agir e fiz muita, mas muita merda mesmo! Eu magoei pessoas, duas pessoas em especial, que eu amo demais! – quando falei isso, percebi a Mari me olhando nos olhos, até então ela não estava me dando muita atenção apesar de eu olhar só pra ela- E eu realmente não sei direito o que fazer pra consertar. – fixei o olhar nela com mais intensidade- Desculpa se eu to nervosa e to falando demais hahah, vocês não devem estar entendendo nada. Mas enfim, essa música, essa musica explica muita coisa, diz muito….não é minha mas é perfeita pra nós. – fixei os olhos nela mais uma vez- Bom, eu vou cantar porque isso eu sei fazer….

Fechei os olhos e me afastei levemente do microfone só pra chegar um passo pra trás, mas ao primeiro acorde da música me aproximei do microfone novamente.

“Eu e você

Não é assim tão complicado

Não é difícil perceber

Quem de nós dois

Vai dizer que é impossível

O amor acontecer

Se eu disser

Que já nem sinto nada

Que a estrada sem você

É mais segura

Eu sei você vai rir da minha cara

Eu já conheço o teu sorriso

Leio o teu olhar

Teu sorriso é só disfarce

E eu já nem preciso

Sinto dizer que amo mesmo

Tá ruim pra disfarçar

Entre nós dois

Não cabe mais nenhum segredo

Além do que já combinamos

No vão das coisas que a gente disse

Não cabe mais sermos somente amigos

E quando eu falo que eu já nem quero

A frase fica pelo avesso

Meio na contra mão

E quando finjo que esqueço

Eu não esqueci nada

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais

E te perder de vista assim é ruim demais

E é por isso que atravesso o teu futuro

E faço das lembranças um lugar seguro

Não é que eu queira reviver nenhum passado

Nem revirar um sentimento revirado

Mas toda vez que eu procuro uma saída

Acabo entrando sem querer na tua vida

Eu procurei qualquer desculpa pra não te encarar

Pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa

Falar só por falar

Que eu já não tô nem aí pra essa conversa

Que a história de nós dois não me interessa

Se eu tento esconder meias verdades

Você conhece o meu sorriso

Lê o meu olhar

Meu sorriso é só disfarce

O que eu já nem preciso

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais

E te perder de vista assim é ruim demais

E é por isso que atravesso o teu futuro

E faço das lembranças um lugar seguro

Não é que eu queira reviver nenhum passado

Nem revirar um sentimento revirado

Mas toda vez que eu procuro uma saída

Acabo entrando sem querer na tua vida”

Quem de nós dois – Ana Carolina.

Cantei a música inteira olhando pra ela, quando acabou aplaudiram bastante, agradecemos e então saímos do palco. Fui cercada por uma rodinha me parabenizando, mas eu só conseguia a procurar com o olhar, nossos amigos chegaram ali e percebi ela mais atrás, eu não conseguia desviar os olhos dela e quando todo mundo percebeu que nos olhávamos, ficou um silêncio constrangedor até ela falar:

– Linda a musica. – nos olhávamos intensamente e ninguém ousou falar nada, menos a Alice, claro hahah.

– E pra você! – ela disse e então a Mari olhou pra ela, não esperava e olhei pra ela meio assustada- Ai gente conversem e se entendam! – ela pegou a Mari pela cintura e a aproximou de mim nos colocando assim, frente a frente, olhei de relance pro Theus que me sorria- Vamos. – falou com eles e todos a seguiram, vi a Mel nos olhando e sorrindo.

– Alice….- ri ao falar, aquele riso de nervoso. Ela sorriu de volta e o silêncio se seguiu, até ela falar:

– O que ela falou é verdade? – só a olhei, estava esperando ela concluir pra não dar nenhum fora- A música é pra mim?

– O que você acha? – passei a mão que suava frio de nervoso no bolso da calça.

– To te perguntando….

Respirei fundo antes de falar sem conseguir a encarar diretamente.

– Sim.

– É linda…- ela falou e quando a olhei vi que ela sorria, então sorri de volta.

Ficamos nos olhando, eu estava nervosa! Dei uma mordida na pontinha do lábio e desviei o olhar, passei a mão na nuca de nervoso e só então a olhei, ela apenas me olhava.

– Eu to nervosa Mari, desculpa.

– Por que? – ela deu um passo na minha direção e eu travei com a proximidade, sorri de nervoso e abaixei a cabeça.

– Você me deixa nervosa. – assumi e senti o toque dela nas minhas mãos e em seguida ela as entrelaçou e eu pude sentir as mãos dela tão gelada quanto a minha.

– Quer conversar? – levantei os olhos e a olhei, balancei a cabeça concordando e então saímos dali indo pra um lugar onde não tivesse todo mundo nos olhando, atrás do palco. Percebi nossas mãos entrelaçadas que a guiava ali pra trás- – Pronto, bem mais calmo aqui….- ela falou e a olhei sorrindo, tinha me encostado no murinho de frente pra ela.

– Estava todo mundo olhando lá né….

– Também né, depois do que você fez….- meu sorriso morreu ao ouvir isso.

– Você ficou brava? – a olhei ao perguntar com medo da resposta, mas ela sorriu balançando a cabeça.

– Foi lindo o que você fez, o que falou….- ficamos nos olhando, eu estava com medo de dar o primeiro passo e pelo visto ela também….eu tinha medo de levar um não, depois de tudo que eu já falei pra ela…- Eu só…- ela parou de falar e me olhou, deu um passo a mais- eu só preciso saber Gih.

– O que? – eu sentia a respiração dela de tão perto que estávamos. Senti o toque da mão dela na minha bochecha e fechei os olhos.

– O que você falou…o que você quis dizer e…- a interrompi porque já não aguentava mais segurar aquilo!

– Eu amo você, Mariana. – ela parou e me olhou, a mão ainda estava no meu rosto. Vi os olhos dela brilhando e o sorriso que eu era apaixonada mas que ela tentava detê-lo.

– Você tem certeza?

– Sempre tive. – peguei no rosto dela com as mãos e falei olhando dentro dos olhos dela, eu precisava esclarecer tudo!- Eu só não podia….

– E agora pode? – ela sussurrou de olhos fechados e nossos lábios quase se tocando.

– Eu quero você, eu preciso de você, Mariana. – ela sorriu ao ouvir e me beijou.

Que saudades! O beijo era num fôlego só.! Segurava ela pela nuca com as duas mãos enquanto ela me prendia pela cintura com as duas mãos, sem eu perceber demos um passo pra trás e bati as costas no muro sem desgrudar nossos corpos. Não demorou pra ficarmos ofegantes porém não desgrudamos os lábios, só paramos um pouco pra respirar. Eu não queria desgrudar dela, nunca mais!

– Eu também amo você. – ela falou com nossos lábios e testas coladas, sorri como nunca tinha visto na vida e então sentiu seus lábios serem atacados novamente. Eu podia finalmente sentir, extravasar tudo que eu sempre senti por ela, até que do nada ela para o beijo- Espera. Você não ía embora? – eu sorri e fiz um carinho no rosto dela.

– Não vou mais. – dei um selinho nela- Eu vou te explicar tudo tá? Mas vamos sair daqui? A gente está no colégio e daqui a pouco aparece alguém….

– Tá, vamos sim. – peguei na mão dela e saímos dali, a gente se olhava sorrindo, em outro mundo.

Fomos andando e só aí percebemos que não tinha ninguém ali dos nossos amigos.

– Acho que eles já foram…- falei e ela me olhou e sorriu.

– Parece que sim… E agora? O que você quer fazer? – ela me olhou.

– Eu tenho que pegar meu violão…- eu sorri me tocando que tinha largado tudo lá rs- mas eu quero conversar com você ainda. – eu fazia carinho no rosto dela, não conseguia desgrudar e ela sorria de volta. Era um imã!

– Pega lá…eu te espero aqui. – ela sorriu e eu saí mas não sem antes lhe dar um selinho que virou outro e outro até porque quando eu saía ela me puxava de volta. Suspirei e falei:

– Eu já venho, meu amor. – ela sorriu de um jeito que iluminou tudo e aí sim, eu fui lá pegar meu violão.

Voltei super rápido já com ele na bolsa e quando ela me viu abriu outro daqueles sorrisos.

– E então? Quer ir pra onde? – perguntei.

– Quer ir lá pra casa?

– Sua mãe não vai ligar?

– Ela ía sair hoje. Disse que só ía voltar no fim do dia mas mesmo que volte cedo, não tem problema você ir lá em casa…

– Tá bom então, vamos.

Pegamos um táxi ali na porta da escola e no caminho só mandei mensagem pras minhas mães avisando que ía demorar mais pra chegar em casa.

Ela fechou a porta do quarto e enquanto eu deixava meu violão no chão, senti minha mão ser puxada e ela voltou a me beijar, puxei ela pela nuca e quando percebi a gente tinha caído na cama, nos separamos levemente rindo e eu levei a mão ao rosto dela, enquanto ela apenas me olhava…sorrindo. Meu peito parecia que ía explodir de felicidade!

– Nem acredito que você está realmente aqui…

– To…- sussurrei da mesma forma que ela.

– E vai ficar…jura que não vai embora mais?

– Juro. – ela sorriu e me puxou pela cintura nos deixando mais próximas enquanto eu fazia carinho na nuca dela- Vou ficar, com você….se ainda quiser…

– Óbvio que eu quero, meu amor! – ela voltou a me beijar- Muito….muito…- ela sussurrou entre o beijo. Me deu mais um selinho demorado e então me olhou nos olhos- Mas posso te perguntar uma coisa?

– O que você quiser.

– O que mudou? Aquele dia você parecia tão decidida….

Respirei fundo antes de falar:

– Meu irmão. – ela me olhou surpresa- Eu conversei com ele. – me ajeitei na cama, apoiando o cotovelo pra ficar mais reta e a olhar nos olhos, queria que ela entendesse que eu estava falando muito sério.

– Sobre o que? Sobre a gente?

– Não. Na verdade, ele me ouviu falando com as minhas mães da viagem e perguntou porque eu queria fazer isso…. Eu não queria falar…- a olhei de relance mas então continuei a falar: por tudo que aconteceu…você sabe, enfim…- suspirei- mas acabei falando….- a olhei.

– E?

– E, que ele me disse que não se importava mais…- a olhei pra ver a reação dela- Que não tinha mais o mesmo sentimento por você, não te amava mais e que queria que eu fosse feliz, seja com quem for….- ela sorriu- Eu sei que você não entende mas…- ela me interrompeu.

– Eu entendo sim, Gih. – a olhei surpresa – Às vezes eu falava aquelas coisas porque eu ficava frustrada, porque eu queria você e não podia….- ela veio sentar na minha frente, ainda na cama- Me desculpa? – sorri pra ela.

– Não tem nada pra pedir desculpas, minha linda. – toquei no rosto dela- Tá tudo bem….- nós duas sorrimos e nossos rostos foram atraídos como imã um pro outro.

Ela me puxava pela nuca e em pouco tempo o beijo foi ficando urgente, desci a mão pra perna dela e apertei de leve percebendo como ela estava arrepiada. Eu não conseguia, não queria parar….ela sempre me deixava assim…eu mesma estava arrepiada e ofegante. Caímos na cama e senti as pernas dela entre as minhas, senti a pele dela quente….eu estava tentando me controlar, mas estava difícil….acabei soltando um gemido baixo quando ela roçou a perna na minha quando se inclinou sobre mim, ficando meio em cima. Levei a mão até a cintura dela e apertei, ela também gemeu levemente e senti os beijos dela no meu pescoço…. Meu deussss.

– Mari…- sussurrei tentando manter a sanidade. Afinal a gente estava no quarto dela né? Mas ela não me ouviu, voltou a me beijar e eu me virei sobre ela a agarrando pela nuca. Foi quando ouvimos um barulho e eu dei praticamente um pulo me afastando dela.

Nós olhamos e a porta ainda estava fechada, meu Deus, achei que ía ter um treco de tanto que meu coração disparou! Ela ainda estava deitada, acho que sem conseguir se mexer hahah.

– Deve ter sido a Karla lá embaixo….

Eu só consegui respirar fundo e concordar com ela.

– Acho melhor a gente parar….antes que….

– Sim. – ela se sentou na cama também, respirou fundo mas não me olhava, acho que tinha ficado um pouco sem graça, confesso que eu também…. Por isso, o silêncio reinou um pouco…- Gih? – ela me chamou, então a olhei- Queria te perguntar uma coisa…

– Fala.

– Você e a Nina…- ela se aproximou de mim enquanto falava- vocês…- me olhou meio sem graça- você sabe. – eu sorri porque achei fofo ela sem graça pra falar comigo.

– Nunca passou dos beijos. – ela sorriu.

– E você e a Mel ou o Rodrigo?

– Claro que não. Eu sou virgem ainda. – agora ela me olhou nos olhos mesmo meio sem graça ainda.

– Eu também…- confessei e ela sorriu mais uma vez.

– Eu quero que seja com você. – ela me olhou nos olhos e eu senti um arrepio que nunca havia sentido na vida! Só consegui sorrir, ela sorriu de volta.

– Eu também quero. – falei antes de voltar a beijá-la.

– Eu acho melhor a gente descer né….você quer comer? – eu ri do desespero dela que era igual ao meu.

– Pode ser. Deixa só eu ir ao banheiro?

– Claro. – dei mais um selinho nela e fui ao banheiro.

Nós resolvemos ir comer algo na rua, era melhor, eu ficaria mais à vontade, apesar de conhecer a Karla desde sempre, mas beijar a Mari na frente dela era diferente né hahaha.

– Gih, você vai voltar pra cá ou vai de lá direto?

– Venho com você pra cá, depois eu vou. – ela sorriu.

– Não precisa, só se você quiser. Mas eu só perguntei porque aí você pode deixar o violão aqui e pegar depois, pra não ter que ficar carregando ele.

– Melhor então…

– Ou pode deixar aí e pegar outro dia também….

– Tá bom.

– Então vamos. Tchau Karlinha. – deu um beijo nela e então se virou pra mim.

– Tchau Karla.

– Tchau meninas, se cuidem hein.

– Pode deixar. – respondi.

– Pode deixar, Karlinha. Não demoro tá? – ela se virou pra ela falando que apenas concordou com a cabeça e então se virou pra mim entrelaçando nossos dedos e me puxando até a porta.

Eu fiquei olhando pras nossas mãos juntas enquanto ela me guiava até o elevador, ainda sem acreditar naquilo tudo e flutuando….

– Que foi? – ela me olhou ao se encostar no elevador e me puxar pra perto dela. Com certeza, eu continuava com a expressão de boba apaixonada. Balancei a cabeça e sorri pra ela.

– Eu te amo. – falei antes de a beijar e recebi mais um sorriso perfeito!



Notas:



O que achou deste história?

3 Respostas para Capítulo 44: Giovanna POV

  1. Até que enfim,acho que agora vai kkkkkk,muito feliz pois este é o meu casal preferido. Vou escritora esperar que os outros casais tbm se resolvam…amando essa história,e esperando os próximos capitulos??????

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