Já tinham alguns dias que eu não via a Ana Paula e hoje era aniversário do meu avô, então eu sabia que a veria…. Acordei animada e demorei até um pouco mais que o normal pra me arrumar, não conseguia decidir com qual roupa ir….ou estava muito arrumada ou muito despojada… Acabei colocando uma calça jeans clara mesmo e como estava meio friozinho já, pus uma blusa flanelada branca e optei pelos colares e brincos, porque aí estava simples mas arrumada, não era muito fã de salto e essas coisas, fora que era só um almoço em casa né….fui de sapatilha mesmo.

Cheguei lá até cedo, não tinha ninguém ainda hahah, só meus avós mesmo, acho que eu estava um pouco ansiosa rs… Mas foi bom porque fiquei conversando com eles que sempre reclamavam que eu ía pouco lá e tal….

Tia Mari chegou com o Jorge e o Santi e logo depois minhas mães com meus irmãos e a Mari, me surpreendi porque não sabia que ela iria…as duas chegaram de mãos dadas e dava pra ver como a Mari estava sem graça…tadinha.

– Essa não é….- Santi começou a falar e o olhei e ri.

– É. Elas estão namorando. – falei e ele arregalou os olhos- Vamos lá. – me levantei indo até eles pra falar.

Vovó estava alugando a Gih e a Mari, a menina toda sem graça hahah, resolvi ajudar e fui lá chamar pra elas sentarem junto com a gente, o Theus já estava lá. O Santi ficou meio tenso mas as coisas transcorreram normalmente hahah.

Volta e meia eu olhava pela janela porque estávamos perto e a Ana Paula não tinha chegado ainda, eu estava agoniada já! Mas eu sabia que ela vinha porque niver do vovô, ela vem. Olhei mais uma vez lá pra fora pra ver uma cena desagradável! Vinha ela de braços dados com uma loira.

– Quem é essa?? – falei mais alto que queria mas só quem prestou atenção foi o Santi, a Gih e a Mari estavam vendo algo no celular e o Theus nem estava ali mais, nem tinha percebido ele saindo rs. Logo a campainha tocou e ela entrou com a tal garota.

– Caraca, é a Julinha! – ele falou e o olhei- Você conhece. Ela mora ali na frente.

– Sim. – falei me lembrando da menina.

Estava todo mundo ali em volta das duas, meus avós fazendo maior questão da presença dela ali. Aff!

– Vou no banheiro. – avisei já saindo pra não dar tempo dele falar nada.

Só queria sair ali da sala porque não estava afim de ver babação de ovo pra essa piriguete! Quando voltava do banheiro, encontrei a Gih no corredor.

– Oii…

– Oi Gih.

– Tudo bem? – ela me olhou e eu dei um sorriso pra disfarçar.

– Tudo…

– Tem certeza? – ela fez uma careta fofa hahah.

– Tenho. E você?

– Tudo bem. Mas queria falar com você, te pedir uma coisa na verdade….

– Claro, fala…- ela olhou pros lados antes de me responder.

– É que na verdade é meio segredo…- ri da cara que ela fez.

– Vem cá. – a puxei pra um canto ali fora onde não tinha ninguém- Pronto, pode falar agora.

– Bom….é…eu…- ela coçou a nuca, aparentemente meio nervosa.

– Fala Gih…

– Bom, você sabe que eu e a Mari estamos juntas mas assim, não estamos namorando ainda né?

– Não? – a olhei confusa- Por que não?

– Porque a verdade era que eu queria pedir ela em namoro mas queria fazer algo especial, sabe? – eu sorri achando fofo.

– Sei…aposto que ela vai amar.

– Então…mas aí que está o problema….

– Como assim?

– Era isso que eu queria te pedir….

– Pede. – ela me olhou e depois desviou o olhar, a ouvi respirando fundo.

– Como eu te disse, queria fazer algo que ela não esquecesse sabe….

– Mas o que? Você já sabe o que quer fazer?

– Tenho uma ideia….- me olhou e então respirou fundo- Eu queria saber se você poderia me emprestar o apartamento? – ela mordeu o lábio ao falar, claramente nervosa e eu estava achando fofo hahah- Algum dia que você esteja trabalhando….não sei…- ela me olhou só no final e eu sorri.

– Claro, meu amor. Quando você quiser….

– Você me fala, quando der….

– Você pode ir no dia que quiser, Gih. Óbvio que eu empresto. – ela sorriu- Não acredito que você estava toda sem graça assim pra me pedir isso….

– Ah, sei lá…- ela riu e a puxei a abraçando.

– Mas então, me conta. O que você vai fazer?

– Queria fazer uma decoração romântica, pode deixar que depois eu limpo hahah.

– Não precisa se preocupar com isso. Vamos fazer o seguinte, a próxima semana eu vou trabalhar quase todos os dias à tarde, e se você precisar também, eu posso te ajudar….

– Obrigada, Bi. – ela me abraçou.

– Nada. Aposto que ela vai amar! E você já sabe o que vai falar, como vai pedir?

– To trabalhando nisso hahah. – ri junto com ela.

– Fico feliz por vocês, pin, de verdade! Vocês parecem muito bem….

– Sim, to muito feliz, Gabi! Como eu nem sabia que dava pra ficar….

– Que bom! E o Theus?

– Tá de boa, pelo que ele diz…

– Parece estar mesmo… Ele está diferente né, parece mais feliz…

– Verdade. – ela sorriu feliz e eu também, a briga deles foi horrível pra mim. Sempre fomos muito unidos.

– Mas mudando de assunto…e você e ela? Como estão as coisas?

– Tudo bem…- ela sorriu.

– E já rolou alguma coisa ou…? – ela ficou vermelha igual um tomate e eu ri- Já??

– Não Gabi! Claro que não, não tem nem como. Você sabia que nossas mães vieram conversar comigo sobre isso?

– Sobre o que?

A conversa. – arregalei os olhos.

– Já?? – ela só balançou a cabeça- Achei que ía demorar mais um pouco….

– Eu também! Elas disseram que agora era melhor a gente não ficar mais sozinhas no quarto de porta fechada….- ela revirou os olhos e eu ri.

– Mas isso era meio óbvio que iria acontecer….

– Elas e a tia Mai aparentemente concordaram com isso….- mais uma vez elas reviraram os olhos.

– Mas vocês não pretendiam fazer nada lá na casa né?

– Claro que não, Gabi! Tá doida?? Mas eu acho que elas poderiam confiar um pouco mais em mim né….

– Não é isso Gih, é só cuidado….- ela deu de ombros- Aproveita então que vocês vão ter uma tarde inteira….- ela me olhou- Que foi? Não quer?

– Quero. Só….sei lá, sua casa né….

– Melhor a minha casa do que um motel ué….- ela me olhou e eu sorri, ela estava meio sem graça.

– Para de ficar sem graça comigo, sou sua irmã ué…. Você dizia que me contava tudo, agora está com vergonha?

– Eu conto, mas sei lá….- ela abaixou a cabeça levemente.

– Não precisa ficar sem graça….- a abracei- Todo mundo já passou por isso….- ela me olhou e sorriu.

– Elas querem me levar no ginecologista.

– Acho que devia….

– Vocês sabem que eu não vou engravidar assim né? – ri alto.

– Não é só por isso Gih….mas é legal você ir. Se quiser, posso indicar alguém que eu conheça, se você não quiser ir na delas.

– Tá. – ela sorriu.

– Não acredito que to tendo essa conversa com você, meu bebê cresceu.

– Para Bi! – ela tentava fugir porque eu apertei as bochechas dela.

– Não. – abracei ela e ri.

– Vocês ficam fazendo isso na frente dela, eu fico sem graça. – ela se soltou do abraço ao falar.

– Fazendo o que?

– Me chamando de bebê, princesa….

– Mas você vai ser sempre nosso bebê, pin. – ela revirou os olhos e aproveitei pra fazer cosquinhas nela.

Tia Mari apareceu ali junto com mamãe e então mudamos o assunto. Um tempo depois vejo a Ana Paula vindo e se juntando a nós ali no papo, parei de falar porque não estava afim de dar assunto pra ela, tanto que logo depois dei uma desculpa pra sair dali, fui até a mesa onde estavam servidos uns petiscos, peguei uns amendoins e estava comendo quando ouço a voz dela atrás de mim, um sussurro na verdade:

– Tá fugindo de mim? – quase me engasguei com o amendoim hahah, mas me recompus e fingi que nada havia acontecido.

– Por que eu fugiria de você? – não a olhei, continuei fingindo que pegava algo na mesa.

– Não sei, mas você está. – me virei a olhando e ela sorriu. Essa garota não era de Deus, cara! Pra que sorrir assim? Eu daria até a minha alma pro sorriso dela.

– Claro que não. – respondi tentando manter a dignidade hahah.

– Então por que toda vez que eu me aproximo você sai?

– Tá viajando, Ana Paula! – falei e estava saindo hahah.

– Viu?

– Só to indo pegar uma cerveja pra mim. Quer? – perguntei só pra parecer casualidade, ela balançou a cabeça dizendo que não e então eu fui pra cozinha, aproveitei pra respirar aliviada.

– Pega pra mim. – ouvi a voz dela quando eu fechava a geladeira e cheguei a tremer, pelo susto também.

– Você não disse que não queria? – me virei pra ela com as cervejas na mão.

– Mudei de ideia. – ela pegou uma da minha mão e abriu a latinha dando um gole em seguida, tudo isso sem deixar de me olhar nos olhos e eu me arrepiei toda. Ela deu mais um passo na minha direção e se inclinou beijando a minha bochecha, depois me olhou.

– Por que isso?

– Porque você estava fugindo de mim e eu não tinha conseguido falar com você desde que chegou….- eu só a olhava meio babando, ela piscou pra mim e saiu.

Respirei fundo antes de conseguir dar um gole da minha cerveja e só depois voltei pra sala.

Sentei onde eu estava anteriormente e logo ela e o Theus vieram sentar ali com a gente. Estávamos perto da janela enquanto minhas mães, meus avós e minha tia e o Jorge conversavam sentados próximos a mesa. Ela volta e meia me olhava mas eu estava ignorando porque estava puta ainda. Logo, nos chamaram pra almoçar mas como era muita gente não dava todo mundo na mesa e fomos nos sentando nos outros lugares, depois do almoço o vovô quis tirar foto com todos os netos, dessa vez fui mais esperta e fiquei longe dela, na outra ponta na verdade.

– Gabi, você não está aparecendo…- tio Jorge falou porque eu estava atrás do Theus.

– Vem pra minha frente, Gabi.

– Você não é tão mais alto que eu assim. – falei enquanto ele me puxava e me abraçava.

– Sou sim!

– Sai daí pirralho! – todo mundo riu mas eu fiquei ali na frente, né! Ele me abraçou e a Gih tinha se abaixado na frente do vovô e a Ana Paula e o Santi ao lado da vovó.

Tiraram varias fotos e só depois disso ele cortou o bolo, sim, meu avô ainda cantava parabéns e cortava o bolo em todo aniversário, ele fazia questão hahaah.

Peguei um pedaço do bolo e fui lá pra varanda comer.

– Tá frio aqui hein….- não deu nem dez minutos e ouço a voz da Ana Paula, ela tinha sentado ao meu lado no banquinho.

– Lá dentro está quente. – falei a olhando e ela só me olhou.

– Tá me expulsando? – dei de ombros e olhei pra frente- Ok, o que eu fiz? Posso saber??

– Nada. Você nunca faz nada! – me levantei dando as costas pra ela.

– Então por que você está me tratando assim?

– Nada Ana Paula! Porque você não vai atrás de alguma amiguinha sua e me erra hein?? – ía sair lá pra dentro mas ela segurou na minha mão, me impedindo.

– Do que você está falando?

– De você ué. Não foi você quem disse que você é assim e pega quem quiser a hora que quer?? – ela só me olhava, eu estava tão irritada que nem media minhas reações- Hein?? – insisti quase gritando na cara dela.

– Sim. – falou baixa e calma.

– Então vai lá e me erra!

– Por que você está assim?

– Aff Ana Paula! Tchau! – deixei ela lá falando sozinha e entrei.

Ela tinha conseguido me irritar e eu já estava afim de ir embora! Só fiquei mais por causa dos meus avós, porque eles não iam entender nada, mas ela não veio mais falar comigo.

Quando deu umas oito horas da noite, eu resolvi ir embora, fui me despedir dos meus irmãos e depois do Santi.

– Ela veio me perguntar porque você estava brava com ela….

– Como se ela não soubesse….- falei mas sem dar muita bola e ele deu só um sorriso de canto.

– Quer que eu vá com você?

– Não precisa, vou de táxi. Fica aí pra não sair todo mundo junto, senão eles reclamam….- ele sorriu.

– Tá bom, se cuida tá? – sorri e o abracei.

Então fui falar com as minhas mães e claro que elas falaram que estava cedo ainda mas eu disse que estava cansada e tal….a vovó ouviu e perguntou:

– Você já está indo, Gabi?

– To, vó. Eu to cansada….

– Tadinha. Você trabalha muito. Anahi, ela tem que trabalhar menos!

– Eu falo isso todo dia mãe, mas não adianta….

– Eu gosto. – falei e a vovó me abraçou, olhei pras minhas mães no abraço e sorri.

– Vai com cuidado então tá? Vocês já estão indo também? Vão levar ela né? – ela olhou pras minhas mães.

– Não precisa. – não tinha a mínima necessidade!

– Mas você vai sozinha?

– Pego um táxi, vó. – se minhas mães já são protetoras, você imagina vó né? Hahah.

– Eu também to indo, posso levar ela. – quando a Ana Paula falou isso, não acreditei! Olhei pra ela nervosa.

– Perfeito então! – vovô.

– Não precisa. Eu vou de táxi.

– Deixa ela te levar filha, fico mais tranquila….- vovó. Eu olhei pro Santi desesperada mas ele só riu, a Ana Paula me olhava triunfante.

Droga! Não tive saída né….

Nos despedimos de todo mundo e eu a seguia até o carro, quando nos afastamos bem, eu falei:

– Não precisa me levar, eu pego um táxi e vou.

– Por que? Para de bobeira! Tá ali na frente. – ela apontou e eu lembrei da casa da outra. Aff!

– Vou de táxi, tchau. – já estava saindo quando ela deu passos rápidos e me puxou.

– Para de bobeira! Entra aí. – olhei pro carro mas não me mexi- Entra Gabi. Não vai querer fazer cena aqui na frente deles né….- bufei irritada mas entrei.

Fomos em silêncio até sairmos do condomínio, aliás, por mim iríamos assim o caminho todo mas ela resolveu puxar assunto….aff!

– Você virou muda agora? – só a olhei puta e ela ria. Não disse nada e voltei a olhar pra janela- Não vai falar comigo mesmo? – ela continuava rindo.

– Por que você não só dirige, Ana Paula? – eu ainda focava a janela.

– Porque não sou sua motorista, eu hein! Fala direito!

– Ótimo! Não queria ficar aqui mesmo, pode parar que vou descer! – vi ela revirando os olhos- Anda, para! Eu quero descer!

– Não começa, Gabi! Não sei porque você está puta assim, o que eu te fiz??

– Eu quero descer! – gritei a olhando- Para o carro!

– Não vou parar! Deixa de maluquice! Eu disse que ía te levar em casa e vou levar!

– Não quero mais! Para o carro agora!

– Não vou parar, aqui é perigoso!

– Foda-se! Para aqui que eu vou descer! – era no meio do nada.

– Não vou parar, para de palhaçada!

– Se você não parar eu vou descer assim mesmo! – eu estava com a mão na maçaneta pra abrir já.

– Deixa de ser ridícula Gabriela! Para! – ela tentou puxar minha mão dela mas nisso o carro perdeu um pouco do controle mas ela conseguiu voltar pra pista rápido- Tá vendo o que você fez?? – a olhei. Nós duas gritávamos de raiva.

– Eu?? Eu nem queria estar aqui!!! Me deixa sair, caralho!

Do nada, ela jogou o carro no primeiro acostamento que passamos.

– Você está maluca?? – a olhei meio assustada.

– Cala a boca! Você vai me ouvir agora! – ela tirou o cinto puta.

– Não vou te ouvir! Não quero falar com você! Vai atrás daquelas vagabundas que você pega e me esquece!!!! – gritei na cara dela.

– Para com essa merda que eu nunca te prometi nada!!! – veio pra cima de mim.

– Então me deixa em paz, caralho! – gritei e tentei abrir a porta mas ela me puxou de volta.

– Você não vai sair! Deixa de ser idiota, estamos no meio do nada, garota!! Tá tarde!!! – a empurrei e saí do carro. Eu estava tão puta que nem estava ligando pra nada, senti meu braço ser puxado e depois um empurrão contra o carro- Entra no carro agora!

– Você não manda em mim! – ela apertou o entorno do meu braço, doeu um pouco mas não dei o braço a torcer e a olhei a desafiando.

– Entra agora!!

– Você não manda em mim!! – gritei aproximando o rosto do dela.

– Mando! – ela veio na minha direção o que me fez recuar, me inclinei sobre o carro- Você vai entrar agora nesse carro, ouviu??

– E se eu não entrar? Vai fazer o que?! – nos olhávamos nos desafiando, ela desceu o olhar pra minha boca e desceu pro meu decote, mas ainda assim gritei: Me solta!

Ela colocou a mão na minha cintura e apertou com força, tive que prender a respiração pra não me entregar! Ela me olhou e subiu a mão pela minha blusa.

– Me solta! – tentei falar ainda mas ela não parou. Quando encostou no meu seio sobre sutiã ainda, não consegui evitar e fechei os olhos, ela apertou o bico do meu seio e mordi o lábio pra não gemer, puta merda!

– Tá com tesão, tá? – sussurrou contra meus lábios mas virei o rosto, não pretendia me entregar!- Por isso estava irritadinha é?

– Você é uma babaca! Eu te odeio! – a olhei e ela riu.

Desceu a mão de novo e parou na minha calça abrindo um botão, tentei falar algo mas ela não deixou, abriu a minha calça e desceu o olhar.

– Essa é nova? – desviei o olhar. Eu estava tentando resistir mas estava difícil! Que ódio dela me fazer sentir assim tão rápido!

– Vai a merda, garota!

– Não sei porque está tão irritadinha….- me puxou me tirando de cima do carro e então me virou, eu fiquei de costas pra ela- Tá com ciúmes, tá?

– Não. Quero que você e ela se fodam!

– Então por que está assim? – ela desceu as mãos pra minha cintura e os dedos pra dentro da minha blusa, obviamente percebeu meu arrepio!- Hum? – ela insistiu mas eu não conseguia responder nada quanto mais lutar contra! Desceu a mão pro meu o apertando e eu me odiei quando me toquei que o remexia enquanto ela passava a mão pra cima e pra baixo- Você é gostosa demais, menina! – desceu a mão pra parte interna e subiu fazendo pressão no meu sexo- Entra no carro, vai….- sussurrou no meu ouvido e eu já estava mole! Mas ainda tentei….

– Não. Deixa de ser babaca que eu não vou…- tentei me virar mas ela não deixou.

– Vai sim porque eu sei que você quer assim como eu. – ela chupava o meu pescoço e pela primeira vez não consegui controlar meu gemido, novamente ela desceu as mãos pra minha cintura e apertou meu sexo por cima da calça, eu já rinha perdido as forças pra ir contra, sou uma fraca mesmo! Já rebolava contra o quadril dela.

– Eu odeio você!

Ela mordia e chupava meu pescoço.

– To com saudades dessa bundinha roçando em mim….- ela continuava a apertar meu sexo sobre a calça.

– Então por que estava com aquela idiota?

– Eu não estava.

Bufei irritada.

– Entra no carro vai….eu quero você. – beijou meu pescoço e subiu pra sussurrar no meu ouvido- Ninguém é assim como você.

– E como eu sou? – a olhei ao perguntar.

– Maravilhosa pirralha! Ninguém da assim gostoso como você….- fiquei a olhando e vi ela chupar o lábio inferior, me arrepiei mas ainda estava ficou se o que ela havia dito era algo bom ou não, mas o fato era que meu sexo estava latejando. Ela me puxou de leve pra poder abrir a porta de trás do carro- Entra. – cedi mas ainda a olhei antes de entrar.

Ela também entrou trancando o carro e me puxou me beijando.

– Por que você pode ficar brava comigo e eu te vejo varias vezes com aquela garota que gosta de você?

– Que varias vezes, Ana Paula??

– Sim. – ela revirou os olhos- Não sei porque você está puta comigo….

– Porque você só vem atrás de mim pra sexo! Por isso já mandei você parar de me ligar de madrugada quando essas idiotas te deixam na mão e você quer só matar a sua vontade!

– Se fosse só isso mesmo, eu podia ter ligado pra qualquer outra ué.

– Como se você não ligasse Ana Paula!

– Não ligo. – revirei os olhos- Da pra gente parar de brigar?!

– Pra que? Por que você quer me comer??

Eu havia cedido mas estava puta.

– Nossa senhora hein! – bufei olhando pro lado- Você acha que é isso, que eu to aqui por isso?!

– Tá por que então? – a olhei nos olhos.

– Gabi, não sei se você sabe mas existem milhares de mulheres nessa cidade e garanto que você não é a única que quer transar comigo. – encostei no banco balançando a cabeça e tive que rir, olhava lá pra fora- O que eu to querendo dizer é que eu não to aqui só porque eu quero te comer, como você disse. Tendo essa DR, seria bem mais simples ficar com qualquer outra….

– Por que você está então?

– Por causa de você. – a olhei mas desviei o olhar- Olha, o fato de talvez eu não corresponder o seu sentimento não quer dizer que eu não gosto de você ou de ficar contigo. – a olhava ouvindo afinal era o máximo que ela já havia me falado qualquer dia e ela continuou- Me desculpa por ter gritado com você lá fora, eu te machuquei? – apenas balancei a cabeça- Eu só fiquei preocupada, estávamos no meio do nada e você me sai sozinha assim…. Você é maluca?

– Não. Só não queria falar mais com você.

– Eu te deixo em casa, a gente não precisa mais conversar se você quiser. Quer? – ela falou após um tempo em silêncio, a olhei e eu ainda estava com a cabeça encostada no banco, apenas balancei a cabeça negando- O que você quer então?

Não falei nada, fiz!

Subi no colo dela a beijando e logo ela me abraçando, me agarrei a nuca dela, paramos com alguns selinhos e demorei alguns segundos pra abrir os olhos. Eu nunca ía conseguir viver sem isso!

– Eu odeio como eu não sei dizer não pra você. – senti a mão dela no meu rosto, fazendo carinho.

– Quer que eu me afaste de você? – abri os olhos a encarando agora.

– Eu não consigo te pedir isso.

– Não precisa pedir. Se você me disser que está te fazendo mal, eu me afasto…

– Você não se importa?

– Me importo, eu vou sentir sua falta mas se eu não posso dar o que você quer e se isso está te fazendo mal, eu me afasto.

– Eu não quero. – falei e a abracei- Não consigo ficar longe de você mesmo você me irritando às vezes.

– Gabi, eu nunca menti pra você, sempre fui sincera, mas o fato de eu não querer um relacionamento não quer dizer que eu quero só sexo com você. Eu sei que na primeira vez eu falei isso, mas o que eu to querendo dizer é que eu gosto e me importo com você. Não quero só te comer, como você disse.

– Eu sei….- abaixei a cabeça ao falar- Esquece isso. Eu só estava com raiva….- ela sorriu e a beijei novamente.

O beijo começava a ficar mais intenso e ela levou as mãos as minhas costas me fazendo arrepiar. Puxou a minha blusa expondo meu sutiã, voltei a beijá-la com mais urgência ainda, as mãos dela desceram até meu bumbum o apertando e me fazendo rebolar em seu colo. Ela subiu as mãos pelas minhas costas me arranhando até a altura do fecho do sutiã.

– Não faz isso….- sussurrei entre o beijo.

– Por que?

– Porque estamos aqui no meio do nada, como você disse.

– Ninguém está vendo nada. – ela aproveitou pra levar os beijos aos meus seios.

Eu gemia… De vez em quando olhava lá pra fora a procura do perigo, mas a verdade é que eu estava perdendo forças pra contestar. A língua dela no bico de um dos meus seios me fazendo delirar, olhei pro que ela fazia e ela me surpreendeu com um beijo de tirar o fôlego, me puxava pela nuca e senti as mãos dela apertando minha coxa e subindo pra minha virilha, eu rebolava excitada no colo dela.

– Vem cá. – me puxou de forma que eu deitasse com a cabeça apoiada na porta.

Levou os beijos a minha barriga e quando ela tentou abaixar minha calça, eu falei:

– Não, para.

– Gabi, o vidro é escuro, ninguém vai ver.

– Mas você não disse que era perigoso e….- ela me cortou.

– Estamos dentro do carro. Agora vai, me ajuda. – ela fez força pra baixo e mesmo com medo, acabei a ajudando, ela puxou com força minha calça e calcinha juntas.

– Ana Paula, por favor…..- ainda tentei…numa última tentativa mas quando senti os beijos no meu sexo, foi impossível continuar….

– Eu não vou parar agora, Gabi.

Só fechei os olhos ao sentir a língua dela no meu sexo.

Aquilo era uma loucura! Estávamos no meio do nada, eu de pernas abertas gemendo loucamente, os vidros do carro embaçados, eu puxava os cabelos loiros que estavam jogados nas minhas pernas enquanto rebolava na boca dela. Impossível negar como o perigo tinha tornado aquilo muito mais excitante!

– Eu vou gozar! – avisei e ela agarrou nas minhas coxas forçando mais ainda sua língua lá.

Um calor insuportável se fazia dentro daquele carro, meu corpo suado mas não queria estar em outro lugar! Quando abri os olhos, vi que ela também me olhava e sorrimos.

Que loucura!

– Tá vendo o que você me faz fazer? – ela havia me puxado pelo braço me trazendo mais pra perto.

– Eu faço? Você que me enlouquece e me faz aceitar uma loucura dessas….- ela sorriu e a beijei.

– Estava com saudades do seu gosto….- ela sussurrou e eu sorri, respirei fundo contornando os lábios dela.

– E eu com saudades da sua língua me alucinando….- agora ela quem sorriu e a puxei pela nuca a beijando.

Sentei inclinada com uma das mãos apoiadas no banco entre as pernas dela, a outra mão na nuca dela e de vez em quando, a subia por entre os cabelos a prendendo a mim, levei os beijos ao pescoço dela, fazia tudo com uma certa calma pois queria matar a saudade e aproveitar cada milímetro do corpo dela…. Ela começava a se arrepiar e a segurar na minha nuca também, por isso, parei os beijos e pedi:

– Tira a blusa pra mim….- me olhou antes mas fez o que pedi.

Desci o olhar pro sutiã dela e dei um sorriso antes de a tocar com meus dedos apenas na borda, ela suspirou e colei minha boca na sua pele desnuda e senti um agarrão nos cabelos, vendo como ela estava, afastei o sutiã de um dos seios e chupei. Ela gemeu na hora e me agarrou mais ainda, a chupava lentamente e de vez em quando deixava a língua brincar ali num ritmo frenético, ela gemia cada vez mais e eu percebia ela rebolando discretamente. Com a mão brincava com o outro e ao olhar pra cima vi ela de olhos fechados e a cabeça apoiada no banco do carro, os lábios entreabertos liberavam os gemidos. Senti a mão dela na minha perna provocando alguns arrepios mas quando senti a mão se aproximando do meu sexo, falei:

– Não faz….

– Por que?

– Me desconcentra. – falei segurando a mão dela que riu.

– Desculpa…

Sentei agora ao lado dela de modo que minha mão ficasse livre e então abri a calça dela que gemeu se ajeitando no banco, minha mão tocou sua calcinha estimulando o clitóris em cima da calcinha ainda, ela gemia de olhos fechados e eu beijava seu pescoço e gemia no ouvido dela. Ela puxou umas das minhas pernas pra apoiar sobre a sua, a olhei sorrindo pelo desespero dela.

– Me beija, gostosa….- ela pediu e foi prontamente atendida.

Durante o beijo a mão dela desceu pra minha virilha me tocando e me fazendo gemer e arfar no beijo.

– Abre as pernas pra mim….- sussurrou entre o beijo e a olhei e respirei com dificuldades.

– Para, deixa eu fazer em você agora.

Nem me respondeu, ainda me olhava quando subiu o dedo até tocar meu clitóris, fechei os olhos mordendo o lábio com força.

– Que delícia…..quer rebolar nos meus dedos, quer? – eu só gemia enquanto sentia dois dedos me preenchendo.

– Ahhhhhh….

– Geme gostosa, geme pra mim!

A beijei enquanto rebolava nos seus dedos e pressionei os dedos no clitóris dela também, nós duas gemíamos e eu já tinha pedido o controle!

– Rebola aqui na minha perna, vem.

– Vou melar sua calça….- eu riu ao falar e a vi morder o lábio, excitada.

– Tira a minha calça então.

– Tira você, abaixa ela vai….

– Por que você não tira?

– Porque eu quero que você tire. – pedi a olhando e mordi o lábio. Ela então, me obedeceu.

Assim que a calça foi tirada, subi em uma das pernas dela enquanto levava os dedos pra dentro da calcinha encharcada dela.

– Quero gozar com você….- sussurrei no seu ouvido.

– Mete lá no fundo, mete pirralha!

– Ahhh assim? – ela só gemia de olhos fechados e lábios apertados, levou as mãos pra minha bunda, apertando.

– Que bunda gostosa! Puta merda! – a olhei- Rebola, me mela toda vai…..

– Vou melar….

Voltamos a nos beijar, ambas gemendo alto, o carro balançava mas eu não estava nem aí… Que loucura!

Gozamos juntas.

Quando consegui, saí de cima do colo dela e sentei ao lado, meu peito subia e descia rápido, suava mas eu tinha um sorriso no rosto.

Que calor!!!!

Ela me olhou e riu.

– Você….é…- se virou pra mim me segurando pela nuca e colando nossas testas- muitoooo….gostosa!

– Você que é! – voltamos a nos beijar mas dessa vez mais calmas- Nós somos loucas né? Olha o estado desse carro….se alguém passa e vê….hahaha.

– Tem ninguém na rua, está tarde já.

– Graças a Deus né hahaha. – ela também riu e lhe dei mais um selinho.

– Quer ir embora?

– Eu acho melhor….já demos mole muito tempo aqui.

– Ok. – ela já se afastava pra pegar a calça pra por mas a impedi.

– Peraí.

– O que? – me olhou sem entender, me abaixei pra chupar sua coxa- O que você está fazendo? – perguntou com a voz fraca enquanto eu chupava a perna dela….

– Limpando….- respondi a olhando de baixo, com a língua na pele dela. Chupei a pele ali.

– É desse jeito que você quer eu vá embora? – ela passou a mão pela minha bunda dela ao perguntar e eu ri, pois tinha percebido como ela estava ofegante….

– Pronto, podemos ir. – falei e subi o corpo dela de novo ficando na altura de seu rosto. Ela me olhava com tesão e eu ri me sentindo, eu amava aquela sensação! Mas só dei um selinho nela e pulei pro banco da frente pra me vestir, pois agora estava ficando tarde mesmo e a gente ali no meio da rua, era perigoso né….

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Desculpa a demora meninas!

Mas está aí o post, aí o outro posto na sexta, ok?

Bjss



Notas:



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2 Respostas para Capítulo 48: Gabi POV

  1. Olá Escritora, feliz ano novo!
    Já começamos este ano como?! Com vontade de dar uma apertada de leve no pescoço da Ana Paula e de chamar a Anahi e contar tudo o q a Gabi anda fazendo… aí é só esperar o circo pegar fogo…rs (mas já acho q a Anahi nem vai mais surtar, ela anda tão de boa).
    A Gabi tá muito trouxa, cara! Enquanto ela não colocar ordem no recinto e der um basta nessa p*taria, a Ana Paula vai continuar de boa. Mas acho que a vontade da Escritora é essa mesma, né?! Fazer a gente passar raiva!

  2. Oii fiquei triste por mais uma vez a Gabi se entregar tão fácil,brigar brigar e depois ceder,isso já tá ficando chato e essa Ana Paula afinal o que que ela quer meu Deus!!!está fazendo a Gabi de trouxa e ainda diz que não,qual é a dela???Já tô de saco cheio adoro as personagens mas tá ficando cansativo e eu adoro a Gabi pra aceitar essas migalhas que a Ana dá pra ela.?‍♀️???

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