It´s a love story, baby, just say yes

Capítulo 49: Eu to apaixonada por você.

Letícia estava dando uma volta de elevador naquele hospital, já irritada, estava pronta pra xingar mais uma vez quando a porta se abre e Camila entra.

– Oi Le…

– Oi. – não deu muito assunto ou a olhou nos olhos. Voltou a apertar o botão pra porta fechar e ele finalmente descer.

– Tá indo embora?

– To tentando…- bufou irritada e Camila não entendeu mas ficou na dela. Não tinham se falado direito mais após o beijo do bar.

Assim que o elevador se abriu, Letícia saiu sem a esperar, apenas sussurrou um “tchau” pra ela.

– Espera Letícia! – ela parou e se virou pra ela.

– Eu tenho que ir, Camila.

– Ir pra onde?

– Embora. Tchau.

– Espera! Letícia, o que houve?

– Houve que to cansada! Quero ir. Agora você quer conversar??

– Não entendi…

– Hoje mais cedo lá na sala dos médicos você praticamente me ignorou só porque estava com ciúmes da Gabi! Agora você quer conversar?! Agora eu não quero! Tchau.

E foi. Camila ficou tão sem reação que não conseguiu falar nada, só a viu se afastar.

Alguns dias depois, Camila estava tratando de um caso e precisava de uma consulta da neurologista infantil, pensou em bipar outra pessoa mas ela confiava em Letícia e também, não tinham porque misturar as coisas, ela só esperava que Letícia também soubesse, então a bipou. Ela apareceu logo depois e assim que entrou, os olhares se cruzaram mas Letícia se recompôs sendo profissional.

– Foi aqui que me biparam?

– Sim. – Camila respondeu e então Letícia fez a consulta com a criança.

Além de Camila, estavam os pais e mais dois alunos novatos que faziam a ronda com Camila. Assim que Letícia passou tudo o que deveria ser feito, se despediu e saiu da sala, Camila passou pros meninos o que eles deveriam fazer e disse que já voltava. Foi atrás de Letícia que ainda estava no corredor.

– Le! – a chamou e a outra se virou, então Camila deu uns passos na direção em sua direção- A gente pode conversar?

– Sobre o caso? – Camila deu mais um passo.

– Não, sobre outra coisa. – Letícia a olhou já imaginando.

– Eu to ocupada agora, Camila e…- Camila a interrompeu.

– É rápido, por favor? – não esperou a resposta e a puxou pela mão pra primeira porta.

Entraram em uma das muitas salas com suplementos.

– Aqui??

– Lá na sala dos médicos vive entrando um monte de gente atrás de café e um monte de coisas e eu queria conversar com você.

– Ok, fala. – Letícia cruzou os braços se apoiando contra a parede.

– Você está brava comigo?

– Não. Por que eu estaria?

– Porque você mal fala comigo, mal me olha….

– Só quis te dar um tempo….- olhou pra baixo ao falar descruzando os braços e pondo as mãos no bolso do jaleco.

– Tempo pra que?

– Na verdade, tempo pra mim, Camila. – a olhou ao falar.

– Por que?

– Porque eu sempre soube que você gostava da Gabi, aliás, todo mundo sabe! Eu que fui burra, não devia ter falado nada aquilo pra você, claramente, foi um erro!

– Erro? – Camila a olhou meio magoada- Você disse aquele dia que não pediria desculpas porque não estava arrependida!

– E não to. Só que você só vê a Gabi, não adianta! – Camila ficou a olhando mas Letícia não aguentou a encarar e acabou suspirando e desviando o olhar.

– Eu não quero brigar com você…

– Não estamos brigando. – falou do mesmo jeito sem a olhar- Estou apenas me afastando um pouco…

– Não faz isso, por favor? – Letícia a olhou- Nós somos amigas, não somos? – Letícia só balançou a cabeça- Não quero te perder, Le. Por favor, não se afasta de mim. – sem que Letícia esperasse, Camila a abraçou. A princípio, Letícia até tentou ficar na dela mas não aguentou, passou os braços a envolvendo- Eu sinto a sua falta….

– Eu também….- suspirou ao falar, encostou a cabeça no ombro dela aspirando seu cheiro…..sentiu muitas saudades, na verdade!

– Me desculpa por tudo? – Camila a olhou e sorriu, as duas estavam próximas e sem que Letícia percebesse, levou a mão ao rosto da amiga fazendo carinho, mas ao se tocar, parou e suspirou.

– Acho melhor a gente voltar né?

– Por que? – Letícia tinha se desencostado da parede e tentado se afastar mas Camila a segurou pela mão, o que a fez parar e se olharem.

– Antes que eu faça uma besteira….- sussurrou sentindo o toque macio das mãos da amiga nas suas, as duas se olhavam nos olhos.

– Que besteira? – Camila sussurrou também e Letícia desceu os olhos pra boca da outra que fechou os olhos, com isso, Letícia zerou a distância entre elas e a beijou.

Camila a puxou pela nuca e conforme o beijo ficava mais intenso, Letícia a imprensou contra a parede sem pararem o beijo, as duas já ofegavam e Letícia desceu as mãos pra cintura da outra ouvindo seu gemido, baixo ainda, mas pela primeira vez. Isso a enlouqueceu e então adentrou a mão por baixo da blusa da outra e viu como ela se arrepiou, Camila a puxava pela nuca com necessidade, as duas ofegavam entre o beijo mas não queriam parar….

Letícia ousou, pois não estava aguentando mais, deixou sua mão ir até os seios de Camila ainda sobre o sutiã e a ouviu gemer agarrada à ela.

– Gostosa….- sussurrou contra os lábios dela que só ofegou mais uma vez.

Letícia tirou a mão e abriu a blusa de botão de Camila até expor o que queria, tirou o seio pra fora e colou sua boca ali, Camila gemeu altíssimo e Letícia sentiu sua calcinha mais molhada ainda! Variou os dois seios e via Camila rebolando pra ela, levou sua mão ao sexo da menina sobre a calça e ouviu ela gemer seu nome, achou que ía gozar….

Letícia desceu os beijos pela barriga dela e depois subiu dando novamente atenção aos seios de Camila que estavam tesos.

– Le….ahhh….- Camila apertava os cabelos da amiga tentando aliviar o tesão. Ela viu Letícia se agachar na sua frente e isso a fez gemer mais ainda.

Letícia a olhava maravilhada! Abriu a calça dela e grudou a boca na sua calcinha, gemeu ao perceber como ela estava molhada.

– Letícia, por favor….- Camila gemia apertando na nuca dela- Alguém pode….- ela parou de falar ao sentir Letícia abaixando a sua calcinha- Ahhh….Letíciaaaaa….

Camila gozou na boca dela e Letícia também gozou, sem sequer ser tocada.

Letícia subiu o corpo da amiga que estava de olhos fechados e ofegante, a cabeça contra a parede e Letícia achou a cena perfeita! Deu um selinho nela e sussurrou:

– Melhor do que eu sequer pudesse imaginar….- Camila abriu os olhos e viu Letícia a olhando com um sorriso enorme e as testas coladas. Só conseguiu sorrir, estava sem ar ainda.

Não deu tempo de conversarem muito pois ali era arriscado de alguém entrar, estavam com tanto tesão que nem se importaram com isso antes….

Mais tarde, Letícia tomada de uma coragem, resolveu arriscar e a mandou um WhatsApp:

“Vai lá pra casa hj?”

“Sua casa?”

A resposta veio rápido.

“Sim. A gente pode conversar….”

“Vc quer conversar na sua casa? Rs…”

“A gente pode conversar também…. Fazemos o que vc quiser, Mila.”

Camila olhou mas não respondeu por não saber o que responder, então cinco minutos depois, Letícia mandou outra:

“Vai?”

“Tá bom.”

“Te espero às 20h, ok?”

“Ok.”

“Bjs.”

Camila mandou uma carinha mandando beijo, a verdade é que não sabia muito bem o que estava fazendo, mas não conseguia tirar da cabeça o que haviam feito mais cedo, não imaginou que poderia ser tão bom…. Então estava apenas aproveitando…..

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Elas estavam deitadas no banco de trás do carro, Mel encostada em Duda que a abraçava com uma mão na sua cintura e a outra estava entrelaçada, a mesma do braço que estava sobre o ombro da mais nova, nada era dito, algumas músicas rolavam na rádio, uma rádio que tocava músicas mais antigas, clássicos. Pararam aí por acaso. Do nada, Duda suspirou.

– Tá pesado? – Mel a olhou perguntando pois estava meio em cima dela. Duda apenas balançou a cabeça e só aí se tocou do que fez- Quer que eu saia?

– Fica. – a abraçou mais- Tá maravilhoso. – o sorriso encantador que Mel a deu fez um sorriso brotar em seu rosto também.

Então elas continuaram abraçadas ouvindo as músicas. Um tempo depois, Mel virou o rosto a beijando que correspondeu a segurando firme pela nuca e aos poucos Mel foi se virando até ficarem de frente, Duda desceu as mãos pra cintura dela e deslizou a mão por dentro da blusa, mas o beijo não tinha conotação sexual, elas apenas estavam se beijando deixando o sentimento extravasar….. Nenhuma das duas queria ir além. Aquelas músicas que na maioria eram românticas estavam mexendo com a cabeça da mais velha, chegou a pensar em se afastar dela e parar com aquilo mas ao sentir os lábios de Mel nos seus, foi impossível. Eles deslizavam perfeitamente, se sentiu tão certa ali que na verdade a vontade que teve foi de não a deixar ir mais, isso sim a assustou. Mel parou o beijo nessa hora lhe dando alguns selinhos e a presenteando com um sorriso, Duda sorriu de volta sem saber o que fazer. Foi Mel quem tomou a primeira atitude, deitou abraçada à ela e Duda agradeceu por ela não querer conversar agora pois não saberia o que dizer….

Duda sentia os carinhos da menina em seus braços, costas…..depois de um tempo, ouviu sua voz.

– Tá tudo bem, Duda?

– Claro. – deu graças a Deus por ela estar com a cabeça em seu ombro e ela não ter que fingir um sorriso.

– Tá quietinha…..

– É que está gostoso assim….- passou a mão em suas costas ao falar e ouviu um sorrisinho da outra.

– Tá. – Mel mais uma vez roçou o rosto contra a blusa de Duda e voltou a ficar quietinha.

Um tempo depois, seu celular tocou e ela se desgrudou do abraço só um pouco pra falar.

– Pode ser uma das minhas mães. – ela disse pondo a mão no bolso de trás da calça.

– Claro, atende. – Duda falou e Mel atendeu o celular com um sorriso.

Duda encostou a cabeça na porta e ficou ali a olhando, não prestava atenção em nada da ligação, só a olhava, de vez em quando ela olhava pra Duda e sempre que olhava sorria, a mais velha tentava retribuir mas estava tão imersa no seu desespero que não conseguia sempre.

“Não, não pode ser. Isso não!”

Era só o que ela repetia.

“Isso é coisa da Cris que fica colocando coisa na minha cabeça.”

Mel desligou o telefone e a olhou sorrindo se aproximando dela e instantaneamente tudo se dissipou e Duda sorriu de volta.

– Posso voltar a deitar aqui?

– Claro, minha linda. – Duda abriu os braços e ela deitou em seu peito, a professora deu graças a Deus por ela estar do lado direito e não estar ouvindo o descontrole do seu coração batendo daquele jeito.

Mas Mel a abraçou e elas tornaram a ficar de lado, uma de frente pra outra, o abraço era apertado e Duda só queria estar interpretando errado aquela bateção toda em seu peito. Os beijos que ela recebia em seu pescoço não ajudavam também, mas nem eram beijos que arrepiavam, eram carinhos, só faziam seu peito se encher e ela teve que controlar mais de uma vez que ela quase suspirou de tão bom que estava….. Mel resolveu trazer esses beijos pro rosto dela, na direção da boca, mas não se beijaram, a menina passou a fazer o desenho do rosto da outra com a ponta dos dedos, Duda fechou os olhos no automático, ela descia e subia, contornando tanto os lábios quanto o rosto, volta e meia Duda abria os olhos e encontrava aquele par de olhos verdes a olhando, elas colaram as testas e ficaram ali naquele carinho….. Duda também fazia carinho no rosto da menina.

– Minha covinha….- ela falou e sorriu, Mel sorriu também pois Duda sempre falava das suas covinhas. Ela até passou a gostar, antes nem ligava.

Elas estavam ali se olhando e as músicas completavam aquele enredo romântico, as duas sentiam o coração acelerar mas estavam ignorando até o momento. Mel começou a cantarolar parte da musica que ouviam na rádio:

“I need you by my side

To tell me it’s alright

‘Cause I don’t think I can take anymore”

Whitesnake- Is this love?

As duas se olhavam intensamente, os olhos chegavam a brilhar.

– Você conhece essa música? – Duda sussurrou, afinal de contas era um clássico, mas não era da época dela. Mel apenas fez que sim com a cabeça sem contar que a sua mãe já teve uma banda e ela quem a apresentou esse e outros clássicos. Voltaram a se olhar.

“Is this love that I’m feeling? Is this the love that I’ve been searching for?”

A música continuava e elas se olhando. Quando Mel ía abrir a boca, Duda não deixou.

– Não fala. – pediu desesperada.

– Você sabe que é. – Mel sussurrou sem som, elas ficaram se olhando e Duda a beijou.

Foi puxada pela nuca durante o beijo ardente e quando percebeu Mel a puxava pra cima de si, ela apoiou uma das pernas entre a da mais nova, mas foi só isso, Mel foi diminuindo o beijo, na verdade, só queria ela ali, junto de si. E foi o que fizeram, Duda deitou a cabeça no ombro dela e ficou ali recebendo os carinhos e nenhuma das duas teve coragem pra mais nada!

Duda a deixou perto da casa dela mas não tinha como ir pra casa, foi pra casa da amiga. Cris abriu a porta e não disfarçou a surpresa de ver a amiga ali.

– Posso entrar?

– Claro, entra. – deu passagem e não pode deixar de perceber a cara péssima de Duda.

– A Lu está aí?

– Não, só eu. Senta Duda. – apontou o sofá- Quer beber alguma coisa?

– Não, obrigada. – sentou de cabeça baixa e suspirou.

– Tá tudo bem, Duda? – ela só balançou a cabeça escondida entre as mãos- O que houve?? Você e a Bruna brigaram?

– Não. – a olhou e então suspirou, ao responder olhou pro lado- Não é a Bruna.

– É a novinha então? – Duda só a olhou, não gostava quando ela chamava Mel assim. A amiga riu- Me diz, o que ela fez agora?

– Ela não fez nada, eu que fiz. – Cris a olhou interrogativa- Eu to fudida Cris! Não acredito nisso! Não acreditoooo!

– Não acredita em que? O que houve?? – Cris começava a se desesperar ao ver o estado dela.

– Você estava certa. Eu to….- a olhou e parou de falar, tinha medo de verbalizar.

– Você está? – Cris a olhou ao perguntar.

– Você sabe. – ela abaixou a cabeça enfiando entre as mãos e suspirou- Como eu fui deixar isso acontecer? – a olhou- Eu apaixonada por uma menina de 16 anos. – Cris riu, já sabia. Deu uns tapinhas na perna dela e então se levantou pegando dois copos de whisky e servindo, ficou com um e pôs o outro na mesinha de frente pra Duda- E agora? O que eu faço?

– Você tem duas opções, minha amiga. Ou você ignora isso, sofre calada ao lado da Bruna ou você joga tudo pro alto, enfrenta tudo e vai ficar com a novinha. – Duda a olhou- Com a Mel.

– Você fala como se fosse fácil né? – Cris a olhou e ergueu uma das sobrancelhas- Ela tem dezesseis anos, Cris! Dezesseis! Fora que eu sou professora dela, eu tenho sete anos a mais que ela, não tem como isso dar certo! Imagina quando as mães dela descobrirem isso?? – Duda se levantou falando, estava desesperada!

– Mães?

– Sim. – ela sorriu- Elas são casadas.

– Não sabia dessa. – Cris deu um gole do seu whisky e sorriu. Duda não disse mais nada, voltou a se sentar no sofá ao lado da amiga. Pegou o copo e virou quase na metade- Sabe….- Cris começou a falar e Duda a olhou- você deu varias complicações, concordo contigo, mas sabe do que não falou? – Duda ficou a olhando esperando ela concluir- Da Bruna. – Duda apenas revirou os olhos- Por que você não termina logo, Duda?

– Eu gosto dela.

– Não gosta nada. – Duda a olhou- Sabe o que eu acho? Você só está com ela porque assim te impede de viver essa loucura. – Duda apenas a olhava- Porque concordo com você, é uma loucura….- Duda suspirou- Mas se está apaixonada não tem jeito mais….- a olhou e Duda nada disse, bebeu. Depois de um tempo em silêncio, Cris perguntou o que queria saber: Como você se tocou?

Duda respirou fundo, apoiou o copo na mesinha e ao falar ainda olhava pra baixo.

– Estava com ela agora. A gente estava conversando e estava tocando umas músicas e….- Cris a cortou.

– Conversando e tocando música? Onde vocês estavam?

– No meu carro. – a olhou ao falar mas Cris nada disse, então Duda continuou- Eu não sei o que aconteceu….não sei se foi a música ou….- ela suspirou, passou a mão no rosto- o jeito que ela cantou….eu só sei que quando eu vi eu estava quase falando….

– Você falou?

– Não. Nem ela. – a olhou- Mas acho que ela percebeu, ela ía falar algo mas não deixei. – Cris a olhou reprovando- Eu fiquei apavorada, tá? – se levantou- Mas com certeza, ela percebeu, meu coração bateu tão alto que era capaz de quem estava na rua ouvir. – Cris riu alto e Duda a olhou brava.

– Desculpa, mas foi engraçado o que você disse.

Duda bufou e voltou a se jogar no sofá.

– Enche meu copo aí.

– Não vai chegar bebada em casa né? – Duda nada disse, estava de cabeça afundada nas mãos e inclinada pra frente enquanto Cris a servia.

Depois de um tempo em silêncio, mais uma vez, Cris falou:

– Posso perguntar qual era a música? – Duda a olhou antes de responder.

– “Is this love” do whitesnake. – Cris arregalou os olhos.

– Eita que a bichinha te pegou de jeito mesmo hein….- Duda a olhou de cara feia e mais uma vez, Cris riu alto.

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– E aí, cara, tudo bem? – Léo sentou ao lado de Matheus que estava ali perto da quadra sozinho.

– Tudo e você?

– To bem. Tá fazendo o que aqui sozinho?

– Nada não….só pensando….

– Pensando em que? – Léo o olhou e ele deu de ombros- Você está bem mesmo, Theus? Você anda meio avoado….

– Eu? Por que?

– Pow, nunca vi você perdendo um gol igual aquele ontem…

– Ah, só me distraí…- ele desviou o olhar.

– É o que eu to dizendo….você anda muito distraído, ultimamente…

Ele suspirou desviando o olhar.

– O que está havendo, irmão? – Matheus o olhou e resolveu falar.

– Fica só entre nós?

– Óbvio!

– Ok. Conheci uma garota….quer dizer, eu já a conhecia há muito tempo….mas…- ele sorriu.

– Tá explicado porque está avoado hahah. Tá apaixonado, cara?

– Não, apaixonado não, mas to gostando dela….

– E por que essa cara então?

– Sei lá….não sei se ela está na mesma…

– Pergunta ué… Você já falou como se sente pra ela?

– Não. – ele olhou pra frente- Não tive coragem.

– Por que não?! – Matheus deu de ombros.

– Sei lá….e se ela me der um fora? – ele deu de ombros.

– Cara, nem todas as garotas são a Mari…e olha, com ela não era pra acontecer….

– É, eu sei. Já desencanei disso, mas eu tenho medo de falar e ela não sentir a mesma coisa e querer parar de ficar….

– Você acha? – Léo franziu a testa.

– Não sei…- mais uma vez ele deu de ombros.

– Você tem que arriscar, Theus. Não vê eu com a Amanda? Eu tinha tudo pra levar um não também, ela nem olhava na minha cara hahah, só reparava em você, lembra?

– Nada a ver. A gente era só conhecidos….

– Eu sei, mas ela tinha uma queda por você, ela já me disse isso….- Léo riu e Matheus arregalou os olhos pois nunca soube- O meu ponto é: você tem que ir atrás do que quer. Vale a pena? Essa menina, vale a pena?

– Vale. – ele sorriu todo bobo.

– Então fala, cara! Por que não chama ela pro baile?

– Vou ver….- Matheus desviou o olhar ficando pensativo.

– E quem é ela? Eu conheço? É aqui da escola? Você disse que já a conhece há um tempo….- Matheus o olhou pensativo pois tinha prometido pra Alice mas não aguentava mais guardar isso só pra ele, então falou, pois confiava em Léo e sabia que ele não falaria nada.

– Conhece….- Léo ficou o olhando pra esperar ele concluir- É a Alice. – Léo arregalou os olhos meio em choque.

– Tá me zoando??? – Matheus riu balançando a cabeça e começou a contar pra ele como tudo aconteceu mas sempre pedindo segredo máximo!

Mais tarde, na aula de educação física, Mari estava percebendo a amiga meio pensativa e na dela, o que era totalmente fora do comum pra Mel, por isso foi a perguntar:

– Mel, você está bem? – a loira a olhou e suspirou.

– Não sei.

– Que foi? Aconteceu alguma coisa? Você e a Duda brigaram?

– Não brigamos, mas….

– Mas? – Mari a olhou mas foi na hora que a professora passou então elas disfarçaram. Já tinham acabado a aula mas não dava pra falar ali, até porque estava cheio de gente por perto.

– Depois a gente conversa….é melhor. – ela só balançou a cabeça e ao olhar pra frente, Mel viu Giovanna ali, não conseguiu esconder a surpresa e por isso Mari percebeu a cara dela e seguiu seu olhar, se surpreendeu ao ver a loira ali que quando a viu, sorriu e foi até elas.

– O que você está fazendo aqui? – Mari a olhava sorrindo e sem conseguir esconder a felicidade. Giovanna deu um beijo longo na bochecha dela.

– Vim te ver. Oi Mel….

– Oii… Você não tinha que estar em aula?

– Tinha, mas o professor não veio, então vim aqui ver vocês. – Mari a olhava sorrindo- Já acabou né?

– Sim. – as duas falaram e foi na hora que a professora passou de novo.

– Giovanna, não sabia que fazia parte dessa turma….

– Não faço, só vim falar com elas.

– E você não devia estar em aula?

– Nosso professor faltou….

– Sei… Não sabia que você gostava tanto assim de educação física. – ela riu, aliás todas riram e a professora se foi. Giovanna as olhou e riu.

– Vamos né? – Mari.

– Vão indo….eu vou trocar de roupa. – Mel.

– Vamos passar na cantina? – Giovanna olhou pra Mari- Eu vi que elas estão fazendo aquela bolo de cenoura com chocolate que você gosta….

– Vamos. – Mari sorriu pra ela.

– Sei bem o bolo que vocês vão comer hahaha. – as duas riram- Se comportem hein….

– Sempre! – Mari falou a olhando e Giovanna apenas sorriu- Depois a gente se fala tá? – Mel apenas concordou com a cabeça e Mari deu um beijo no rosto dela e então se virou pra Giovanna- Vamos?

– Vamos. Tchau Mel.

– Tchau Gih.

Giovanna pegou na mão dela e foram na direção da cantina.

– Amor, está tudo certo pra hoje mais tarde né?

– Tá. – Mari a olhou e sorriu, mas por dentro estava uma pilha.

– Que bom. Você sabe chegar lá na Gabi mesmo? Tem certeza?

– Tenho, Gih. Mas eu vou de táxi.

– Ok. – a menina loira sorriu e elas continuaram andando.

Mel tinha acabado de se trocar e guardava o uniforme da aula na mochila quando ouve um barulho, se virou pra ver Rafa, uma “amiga” dela se aproximando, a menina sorria e ela ficou sem saber o que fazer.

– Oi Mel…

– Oi Rafa. O que você está fazendo aqui?

– Vim falar com você….anda tão sumida…. Te mando mensagem e não responde….

– Não to sumida, só um pouco ocupada, Rafa….- a menina se aproximava de Mel conforme falava.

– Sei…. Eu sinto falta das nossas tardes…- se aproximou mais tocando em sua cintura e aproximando o rosto do pescoço da loira.

– Rafa. Melhor parar, estamos na escola….

– Você nunca ligou pra isso. – a olhou e antes que Mel pudesse falar qualquer coisa, a menina tentou a beijar mas ela desviou- Que foi? Não quer mais? – ela havia segurado no rosto da loira com as duas mãos, Mel a olhou e ficou pensando em tudo que estava acontecendo….no que estava sentindo por Duda ultimamente, a confusão que isso trazia à ela, mas também lembrou do fato dela ser casada e isso a irritou, pois ela estava ali nutrindo esses sentimentos e Duda era casada e beijava a mulher todos os dias, isso e coisa pior, ela pensou! Por isso ficou parada e Rafa a beijou.

Mas não durou muito pois elas ouviram um barulho e se separaram assustadas, pois podia ser algum professor, e não deu outra, Duda as olhava em choque próxima a porta. Rafa ficou nervosa e começou a gaguejar e tentar se explicar mas os olhos da professora estavam fixos em Mel que desviou o olhar.

– Professora, desculpa. Mas não é nada disso que está pensando e….- Duda a interrompeu sem saco pra ouvir a garota.

– Acho melhor vocês irem embora né?

– Sim, desculpa! – a menina passou por ela como um furacão, de cabeça baixa. Assim que ela saiu, Duda olhou pra Mel que limpava os lábios, só conseguiu balançar a cabeça e em seguida deu as costas pra Mel.

– Duda, espera! Dudaaa! – a chamou mas a professora a ignorou completamente. Mel pegou sua mochila e correu atrás dela, só que aí estavam no pátio da escola e ela teve que disfarçar, mas foi a seguindo, viu que ela entrava no estacionamento. Mel a seguiu e quando a ouviu destravando o carro, falou de novo: Duda, para. Me ouve! – ela só a olhou com um olhar frio e abriu a porta do carro, mas Mel não pretendia deixar aquilo assim, então também entrou.

– Da pra você me ouvir??

– Sai do meu carro, Melissa! – não a olhou, mantinha uma das mãos sobre o volante, o apertando.

– Não vou sair. Vamos conversar?

– S A I do meu carrooooo! – gritou a olhando mas não fez efeito.

– Eu não vou sair e a gente vai conversar. – Duda a olhou com raiva.

– Não quero falar com você!

– Mas vai! – Duda bufou- Para. Me ouve!

Nisso Duda perdeu a paciência e ligou o carro, saindo da escola.

– Pra onde você está indo? Para com isso. – a olhava tentando manter a calma.

– Pra minha casa. Mandei você sair! Não quer, problema seu!

– Eu quero conversar com você. Te explicar….

– Explicar o que? Que você estava me traindo?? – a olhou.

– Te traindo, Duda? – Mel mantinha a voz calma, chegou até a rir de leve e Duda se irritou mais ainda! Jogou o carro no primeiro estacionamento que viu, era perto de um parque. Saiu do carro batendo a porta forte, Mel foi atrás- Duda, da pra você parar??

– Me deixa em paz!! – ela gritou pondo as mãos na cabeça, de costas pra Mel.

– Você pode me ouvir, por favor? – como Duda tinha parado, Mel foi até ela e tocou em seu braço ao falar.

– Você ía me enganar até quando??

– Eu não to te enganando. – Mel tentava manter a voz calma.

– Ah não?? – Duda se virou quase gritando, abriu os braços- O que foi aquilo que eu vi então??

– Um beijo….- Duda chegou a ficar vermelha mas nada disse, se virou de costas antes que perdesse a razão- Não sei porque está assim….- Mel se aproximou dela falando.

– Ah não sabe?? – Duda se virou pra ela puta.

– Não, não sei. Você não é casada? Você deve beijar a sua mulher todos os dias né?

– Então é isso? É uma vingança?

– Não, claro que não.

– Então por que você fica com ela?

– Porque você é casada. – Duda riu- E eu não fico com ela, foi hoje, ela que me beijou. A gente ficava mas já tem tempo que não fico mais….

– Então você ficou com ela só por que eu sou casada?? – Mel deu de ombros- Isso não é motivo, Mel! – a loira só abaixou a cabeça pois não queria se entregar- Desde quando isso??

– Já disse que não fico com ela há um tempo…..

– Mel!

– É verdade! E ela não tem nada com isso e você é casada, faz isso todos os dias com a Bruna e não me vê dando escândalo!

– Eu não to dando escândalo! Quantas mais que eu não sei?

– Mais ninguém Duda….- Mel suspirou.

Duda riu sarcasticamente e se virou de costas, um silêncio se estabeleceu até ela se virar novamente e perguntar:

– Você gosta dela?

– Claro que não! Somos só amigas, e a gente não fica, ficamos algumas vezes….

– Por que? Você disse que não ficava há um tempo, por que hoje então? – a olhou- E se me responder que é porque eu sou casada, eu juro que vou embora….

Mel deu uma riso baixo antes de responder.

– Não sei, não deu tempo de perguntar….

– E você? – Mel a olhou nos olhos.

– Provavelmente porque eu estava frustrada….com você. – agora ela deu um sorriso de canto e desviou os olhos.

– Comigo? Mas por quê?

– Porque não é legal ser sua amante, Duda. Eu só posso te ver na hora que você quer.

– Não é assim….

– Óbvio que é! Só te vejo quando você consegue se livrar da Bruna, ou ela viaja e você me avisa, ou seja, é só quando você quer….- Duda ficou a olhando, ponderando e ela estava certa, ela não tinha direito nenhum de cobrar nada de Mel. Respirou fundo e sentou no banco que tinha ali.

– Desculpa….- sussurrou- Você tem razão, eu não posso te cobrar nada.

Mel suspirou e a olhou, mas Duda olhava pra frente, sentou ao lado dela e pegou em sua mão entrelaçando os dedos.

– Eu e a Rafa não temos nada. – Duda a olhou- Ela é só minha amiga, digamos assim…. – agora ela apenas balançou a cabeça- Eu não quero brigar com você.

– Não estamos brigando….- Duda voltou a olhar pra frente e meio que abaixar a cabeça- Eu só….- suspirou e parou de falar, ainda olhava pra baixo e agora fez carinho nos dedos de Mel que estavam entrelaçados aos seus- Eu não tenho direito de ficar chateada contigo por isso, você está certa.

– Duda, olha só, eu disse que não é legal ser sua amante e não é mesmo, mas eu também não tenho direito de te cobrar nada porque eu já sabia que seria assim….. Você nunca me enganou que não era casada, eu sempre soube.

– Então por que isso? – a olhou- Por que a gente está assim brigando?

– Talvez porque o que eu sentia por você quando tudo isso começou não seja a mesma coisa que eu sinta agora….- Duda ficou a olhando mas Mel não disse mais nada e ela foi covarde e não teve coragem de perguntar.

– É, talvez….- assumiu olhando pra frente- Mas você disse que a gente só se vê quando eu quero….- a olhou- Isso não é verdade. Eu quero muito mais, se eu pudesse eu te veria todos os dias…. Mas eu sei que é errado e mesmo eu não aguentando de saudades de você, eu me martirizo todos os dias por magoar a Bruna, porque sei que ela não merece….ela é uma pessoa maravilhosa!

– Deve ser, pra você gostar dela….- Mel não conseguiu a encarar ao falar isso.

– Ela é. Mas…- ela puxou a mão que ainda estava entrelaçada pra fazer Mel a olhar- eu não consigo parar de pensar em você. – Mel sorriu e sentiu o toque em seu rosto- Ficar sem te ver é um martírio!

– Eu também morro de saudades, Du…- Mel sussurrou próximo aos lábios da outra, os narizes se roçando e elas se beijaram.

Um beijo apaixonado assim como todos os outros, mas dessa vez tinha muito mais carinho e sem segundas intenções.

– Eu quero você.

– Também quero você, Duda.

A professora a abraçou e sussurrou:

– Desculpa ter brigado contigo, eu só fiquei com ciúmes….- Mel sorriu.

– Eu também fico com ciúmes da Bruna todos os dias, sabendo que ela te beija, te toca à todo momento….- foi fazendo carinho em seu rosto conforme falava porque Duda tinha a olhado.

– Então não precisa, porque ela não faz nada disso.

– Como não? – Mel a olhou desgrudando as testas.

– Não fazendo, ela não me toca mais, já tem um tempo.

– Tá me dizendo que você não transa mais com a sua mulher? – Duda apenas fez que sim com a cabeça- Por que??

– Porque eu não consigo mais, já tem um tempo que eu evito. A única pessoa que eu deixo me tocar, é você. – Mel sorriu toda boba pra ela- Eu to apaixonada por você, Melissa.

Mel a olhava sorrindo, não sabia se respondia, se sorria ou se a beijava, queria fazer tudo ao mesmo tempo. Optou por a beijar e sussurrar entre os beijos:

– Também estou apaixonada por você, prof. – Duda sorriu assim como Mel pelo apelido e voltaram a se beijar- Agora será que a gente pode sair daqui? – Mel sussurrou entre o beijo.

– Vamos. – levantou a puxando pela mão- E pra onde você quer ir? – Duda perguntou assim que as duas entraram no carro.

– Lugar nenhum. – Mel levantou sentando no colo da mais velha ao falar, Duda deu uma gemidinha de leve o que fez Mel sorrir antes de a beijar.

O beijo se tornou urgente em pouco tempo, Duda tentava se controlar até porque estavam no meio do estacionamento, mesmo o vidro sendo escuro…. Mas era difícil, a forma como Mel a beijava e como fazia seu corpo se friccionar ao da professora…. Duda não aguentou mais e levou as mãos por dentro da blusa do uniforme.

– Tá difícil me controlar com você assim….no meu colo….- Mel sorriu mordendo o lábio inferior dela- Para com isso Mel….a gente está no meio da rua….

– To com saudades de você….

– Também to pequena, mas melhor pararmos….- Mel sorriu quando a chamou assim. Duda levou os dedos ao seu rosto fazendo carinho e a menina a abraçou.

– Posso roubar você pra mim? – Mel sussurrou e Duda apenas sorriu e balançou a cabeça ainda abraçada à ela- Olha que eu roubo hein….- a olhou, ambas com as testas coladas. Duda sorriu e então a beijou.

Um beijo calmo agora.

– Eu não consigo parar de pensar em você….

– Nem eu. Nunca senti isso com ninguém, Duda. – a professora sorriu e elas voltaram a se beijar.

Duda levou as mãos à cintura da loira e sentia a forma como ela a segurava pela nuca mas estava tentando se controlar. Foi quando ouviram o barulho de um celular tocando.

– Deixa eu atender. – quando ela pegou viu varias mensagens do irmão querendo saber onde ela estava- Meu deus! Esqueci do meu irmão. Ele está na escola me esperando hahah. – ela falou enquanto punha o celular no ouvido- Desculpa Léo! To indo, tá, calma. Dois minutos….- ela desligou e olhou pra Duda- Desculpa hahah. Ele está me esperando lá, tenho que ir porque não avisei nada em casa.

– Tudo bem, eu te levo lá.

– Obrigada! – ela deu mais um selinho em Duda enquanto voltava pro seu banco e se arrumava.

Quando o primeiro sinal fechou, Mel falou:

– Fala de novo….- sussurrou no ouvido dela que a olhou sorrindo, toda boba.

– Eu to apaixonada por você. – se beijaram e só pararam quando ouviram as buzinas.

Duda parou alguns metros antes como sempre fazia e voltaram a se beijar pra se despedirem mas um beijo virou varios e nenhuma das duas conseguia parar.

– Eu preciso ir….- Mel sussurrou e Duda só balançou a cabeça mas voltou a puxá-la pela nuca.

Mel beijava o pescoço da mais velha a fazendo arrepiar e gemer baixinho.

– Seu irmão….Mel…- Mel subiu os beijos até sussurrar quase dentro do ouvido da outra.

– To com vontade de você….- Duda gemeu, apertando a cintura da menina e respirou fundo tentando se controlar- Mas eu tenho que ir. – a olhou e riu- A gente pode se encontrar amanhã ou qua….- Duda a cortou agoniada.

– Pode. – Mel sorriu.

– Tchau então, minha linda. – mais um beijo e Mel se afastava quando Duda a segurou pelo braço pra perguntar:

– Fala que você é só minha? – grudou as testas novamente.

– Só sua, minha linda.

– Jura?

– Juro, Du….só sua. Eu só quero você. – fez um carinho em seu rosto antes de a beijar, demorou a conseguir sair, pois não conseguiam parar o beijo.

Ao sair encontrou seu irmão a esperando junto com Amanda, pediu desculpas e disse que depois o explicava, a menina revirou os olhos irritadinha, mas Léo como sempre contornava a situação entre as duas.

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Matheus e Alice tinham aproveitado que Giovanna ía encontrar Mari e tinham saído juntos, ele queria conversar com ela.

– Vamos lá pra casa.

– Tá doida?? E seus pais?

– Não estão em casa, vão chegar de noite só.

– Não sei Alice….

– Não quer? – ela parou e se virou pra ele.

– Óbvio que quero, só fico com medo deles ficarem chateados.

– Mas a gente não vai conversar? – o olhou que só balançou a cabeça- Então….fora que eles te conhecem desde bebê, por que iriam implicar?

– Porque agora é diferente né….

– Mas eles não sabem…- ela se aproximou dando uma piscadinha pra ele.

– Mas e a Maria? Ela está lá né? Não vai falar pra eles?

– Relaxa que a Maria é minha parceira. – ela riu e Matheus acabou se rendendo. Seria uma vez só né?

– Ok, mas vamos almoçar no shopping pra não dar muito trabalho pra ela e eu pago.

– Se eu tentar argumentar, vai adiantar algo?

– Não. – ele disse e sorriu, em seguida sem pensar muito a puxou pela mão e eles foram assim, de mãos dadas, até o ponto de ônibus.

Alice percebeu e olhava sorrindo pras mãos juntas. Eles foram ao shopping almoçar e depois foram pra casa dela.

– Melhor a gente ficar aqui embaixo na sala de vídeo né?

– Não, vamos pro meu quarto, lá eu posso trancar. – ela nem deu tempo dele falar e o saiu puxando pela mão, quando estavam na escada, Maria apareceu na sala.

– Alice, chegou? – ela tentou ficar na frente de Matheus mas a senhora viu.

– Ah, cheguei.

– Oi Matheus.

– Oi Maria, tudo bem? – ele falou meio sem graça.

– Tudo bem sim. Quanto tempo não te vejo por aqui….- antes que ele pudesse responder, Alice falou:

– Ah, é que vamos fazer um trabalho da escola.

– E vocês não querem almoçar?

– Já almoçamos, Maria. Obrigada.

– Ok, qualquer coisa me chamem.

– Tá bom, obrigada. – ela sorriu e então saiu empurrando Matheus escada acima.

Eles largaram as mochilas no chão e Alice o puxou pra sentar na cama.

– Relaxa Theus….

– Essa porta está fechada mesmo? – a olhou e ela só confirmou com a cabeça, então ele se aproximou dela a beijando.

Ele a segurava pela nuca enquanto ela desceu a mão pelos braços dele, o beijo ía ficando urgente, Matheus desceu a mão da nuca até a cintura de Alice que agora o segurava pela nuca e dava leves apertões, a respiração dos dois acelerava e os corpos buscavam contato…. Matheus deu uma apertadinha na cintura dela, fazendo ela soltar um gemido baixinho. Alice tirou a gravata dele e ele a sua, voltaram a se beijar com muito mais urgência agora, Matheus levou os beijos ao pescoço dela agora, sugando e fazendo Alice levar a cabeça pra trás, ele foi descendo os beijos até onde começavam os botões da blusa, ela o arranhava por baixo da blusa provocando gemidos nele também…. Voltaram a se beijar e Matheus voltou a segurá-la pela nuca só que agora com mais intensidade, deslizou a mão por baixo dos cabelos dela e Alice se sentia excitada já, foi isso que a fez sentar no colo dele. Matheus a olhou a segurando pela cintura, os dois ofegantes! Alice desabotoou a blusa dele até que a retirou a jogando em qualquer canto, enquanto ela arranhava suas costas, ele levou novamente os beijos ao pescoço dela e aos poucos a livrou da blusa também e parou ao ver o sutiã dela, era de renda, num rosa claro, ele subiu o olhar devagar até encontrar os verdes dos olhos dela, os dois com as pupilas dilatadas de excitação, Alice gemeu baixinho ao sentir os dedos dele subindo pela sua pele até atingir seu pescoço….

– Você é muito linda….- sussurrou no ouvido dela que se arrepiou toda.

Ele voltou a sugar seu pescoço enquanto deixava a mão deslizar sobre os seios dela e ir até a barriga pra depois subir novamente. Alice rebolava timidamente no colo dele enquanto soltava baixos gemidos, podia sentir Matheus excitado também…. Os dois queriam mais!

Por isso, Alice o empurrou contra a cama caindo por cima dele, Matheus desceu as mãos até o bumbum dela sobre a saia ainda enquanto sentia os beijos em seu pescoço, Alice roçava o sexo sobre o membro dele, Matheus não aguentou por muito tempo e se virou sobre ela, uma das pernas entre as dela e ele fixou o olhar nos seios da loira que ainda eram cobertos pelo sutiã, ele desceu a boca até eles e os chupou por cima do sutiã, Alice agora gemeu sem tentar esconder enquanto sentia as mãos dele deslizarem pela sua coxa, se sentia com a calcinha molhada já….queria muito sentir Matheus dentro de si!

Por algum motivo a mochila deles que estava em pé no chão, se moveu e caiu no chão fazendo um leve barulho mas que foi suficiente pra assustá-los.

– O que foi isso? – ele perguntou assustado, afinal estavam escondidos ali.

– Acho que foi só a sua mochila que caiu….- ela falou o puxando novamente pela nuca mas ele parou.

– Não, espera Alice.

– O que foi?

Ele respirou fundo e depois a olhou, se dando conta de como estavam e do que estavam fazendo….

– Acho melhor a gente parar….

– Por que?? – ela se apoiou nos cotovelos porque ele tinha sentado.

– Porque olha onde a gente está….e você…- apontou pra ela- desculpa, eu me empolguei, não devia.

– Você não quer? – ele a olhou e viu a expressão dela meio decepcionada.

– Quero muito! – voltou a se inclinar tocando em seu rosto fazendo carinho- Mas você merece mais que isso….

– Mais que o que, Theus? A gente está no meu quarto e não é como se eu fosse virgem nem você.

– Ok, mas mesmo assim você é especial. – ela sorriu. Ele ainda fazia carinho no rosto dela.

– Então me faça me sentir especial, nem que seja por alguns momentos….

– Eu não quero que sejam só alguns momentos…

– Não? – ela o olhou sorrindo vendo ele aproximar os rostos e em seguida balançar a cabeça- E eu quero você, quero que me faça sua…

– Tem certeza?

– Tenho. Eu sei que vai ser incrível porque você é o cara mais sensacional que eu já conheci, Theus. Você é o sonho de qualquer garota, sabia? – ele sorriu a olhando e então desceu a mão deslizando pelo corpo dela, voltou a olhá-la e Alice viu o olhar que ele a dirigia. A queria também!

Voltaram a se beijar e dessa vez ela se virou sobre ele retirando a sua blusa por completo dando a Matheus a visão completa do seu sutiã, ele parou os beijos por alguns segundos e levou a mão aos seios da menina, ela mesma o retirou e ouviu o gemido dele ao vê-los sem que nada pudesse o atrapalhar, Matheus levou as mãos até eles os massageando e agora foi dela o gemido mais alto, ainda bem que Maria estava no andar de baixo….senão ouviria….

Matheus a puxou fazendo com que os seios dela encontrassem seus lábios, ele chupava arrancando gemidos cada vez mais altos dela que rebolava contra seu quadril, fazendo com que seu membro se excitasse mais, estava ficando impossível se controlar! Ele alternava os dois seios, por ele ficava ali por horas mas Alice queria mais, sentir a excitação de Matheus contra sua saia estava a enlouquecendo, ela estava com a calcinha molhada já….por isso desceu pelo corpo dele o beijando até que chegou na altura do cinto, ía abrir quando sentiu a mão dele sobre a sua, então o olhou.

– Não quer? – ela perguntou e Matheus só conseguiu se focar na visão que estava tendo: Alice meio de quatro entre as suas pernas só com a saia do uniforme e a bota. Queria, queria muito!

– Quero….- sussurrou de olhos fechados.

Ela então desceu a calça dele que a ajudou tirando o tênis e a meia e os jogando longe, ela sorriu da pressa dele e ao subir o olhar viu a cueca boxer branca que ele usava, mordeu o lábio instintivamente principalmente ao ver o pênis dele apertado na cueca. Voltou a subir os beijos pelo corpo dele até deitar novamente sobre ele, os dois gemeram e Matheus levou a mão até o fecho da saia, Alice se afastou levemente pra que ele pudesse a tirar e então ele pode ver o conjunto que a calcinha fazia com o sutiã, mordeu o lábio também passeando as mãos pelo corpo da loira. Alice sorriu e se levantou só pra tirar a bota e então a meia, voltou a deitar sobre ele e trilhou seu corpo com os beijos.

Matheus estava de olhos fechados sentindo ela deixar um rastro molhado dos beijos, estava maravilhado com ela! Ele já tinha feito sexo duas vezes, tudo começou após a briga toda, após descobrir de sua irmã e Mari, perdeu a virgindade bebado com uma garota qualquer que ele nunca mais viu na vida e depois ficou com uma outra garota da escola numa festa, mas foi só sexo, nada demais! Agora não, Alice além de linda sabia bem o que fazia com a boca, os lábios, os toques….ele estava excitado como nunca tinha ficado e além de tudo ainda o olhava sorrindo e o desejando….estava se sentindo o máximo! E pra melhorar, ela era muito gostosa, já tinha ficado com garotas lindas mas ela era diferente….

– Ahhhh….- ele sentiu a língua dela sobre sua cueca, o chupando- Alice…- a olhou ao sentir que ela descia sua cueca.

– Me ajuda…- ele fez o que ela pediu e finalmente ela liberou seu pênis da cueca e Alice foi diretamente à ele.

Matheus gemeu alto, ela estava fazendo sexo oral nele sem que ele sequer tivesse pedido, e era sensacional ver ela o engolindo, ele estava de olhos fechados a segurando pelos cabelos mas sem força.

– Vai Alice! Continua….- pediu forçando levemente a cabeça dela contra seu membro. Abriu os olhos e viu ela lhe pagando um boquete maravilhoso! A cabeça dela subia e descia com rapidez, iria gozar logo assim….- Vem cá…- pediu com a voz rouca. Alice o olhou sem entender bem- Vira pra cá. – agora sim ela entendeu e ficou meio de quatro na cama só que na perpendicular, desse modo Matheus podia a tocar também, e foi o que ele fez, afastou levemente a calcinha e penetrou um dedo nela que quase gritou! Ele se excitou mais ainda ao ver como ela estava….

Matheus estava numa luta pra manter os olhos abertos pra poder ver ela rebolando daquele jeito em seu dedo. Que tesão! Mas precisava gozar dentro dela, ela parecendo ler seus pensamentos, parou e o olhou.

– Você tem camisinha, Theus?

– Tenho. – respondeu ofegante assim como ela- Na minha carteira. – ele fazia o movimento pra se levantar quando ela falou:

– Posso pegar? – ele só balançou a cabeça e ficou a observando ir até a sua mochila e depois voltar com a camisinha na mão. Ela estava completamente pelada! Ele não conseguia conter o tesão ao olhá-lá- Posso? – ela subiu na cama ficando entre as pernas dele e só assim Matheus percebeu que fazia movimentos de vai e vem em seu pênis, Alice o olhava com tesão também, doida pra sentir aquele membro dentro dela.

– Pode. – ele ficou a olhando abrir a camisinha e colocar nele.

“Que mulher, meu Deus!”

– Agora vem…- ele a puxou colocando em seu colo ao mesmo tempo que sentou.

Alice fez o que ele pediu, encaixando a cabecinha e depois o resto, gemeu ao sentir ele entrando, Matheus a agarrou pela cintura e Alice deixou que ele a penteasse completamente! Os dois gemeram alto e voltaram a se beijar enquanto ela rebolava no colo dele.

A loira sabia que Matheus tinha um corpão pelas poucas vezes que viu ele surfando, mas estava impressionada como ele era mais gato do que ela imaginava…. A forma como ele a estava beijando agora, o tesão que surgiu em ambos, as pegadas dele como agora em sua cintura só a faziam querer mais, principalmente quando ele a olhava com aqueles olhos azuis quase verdes, nunca viu eles tão intensos como estavam agora. Ela sempre achou que Matheus era o sonho de qualquer garota e o genro que qualquer mãe adoraria ter, mas agora tinha mais certeza ainda disso, bom, no caso dela, qualquer pai, além de um príncipe era bom de cama! Ela estava gemendo como nunca antes, nem com Diego que ela achava que tinha sido o melhor de todos e tinha sido apaixonada por ele, não havia sido isso tudo!

Alice grudou as testas, ambos suavam e os lábios se roçavam mas sem conseguir se beijarem. Ele, mais uma vez, a puxou com força pela nuca e Alice gemeu ao sentir os dedos deslizarem pelos seus cabelos, Matheus a beijou e enquanto a levantava do seu colo até deitar sobre ela.

– Vem…- ela disse segurando em seu rosto e sentindo as estocadas fortes que ele dava.

Os olhares se encontravam enquanto Matheus investia contra ela, Alice passou as pernas pela cintura dele e não demorou muito pra que ambos gozassem! Ela fincou as unhas nas costas dele que apertou os lençóis pra não a morder. Só se ouvia as respirações fortes dos dois.

Matheus estava deitado sobre ela e ao tentar sair por achar que estava pesado, sentiu ser puxado pela nuca.

– Fica….

– Não está pesado?

– Não. Fica. – o puxou o beijando.

Matheus relaxou sobre o corpo dela e o beijo era carinhoso agora, nenhum dos dois queria parar….

Alice foi sentindo os beijos pelo pescoço que aos poucos foram descendo pelo seu corpo, Matheus saiu de dentro dela jogando a camisinha no chão e continuou o trajeto, queria a sentir…. Grudou a boca em seu sexo e mesmo ela tendo gozado a pouco, deixou….e aos poucos foi sentindo os arrepios pelo seu corpo novamente.

– Faz aqui….- o puxou pela nuca posicionando em seu clitóris.

Ele fez o que ela pediu aprendendo o que ela gostava, Alice rebolava com as mãos grudadas no cabelo dele, até nisso ele era bom….

– Aiii Theus….vaiiii…..

Ele deitou na cama colocando as pernas dele sobre seu ombro e grudando a boca no sexo de Alice como ela queria….

– Ahhhhhhh…..- a ouviu gemer longamente e pela primeira vez sentiu o o gosto dela em sua boca.

“Primeira de muitas! Que delícia…”

Ele deitou ao seu lado a puxando pro seu peito e ficou ali a esperando se acalmar enquanto fazia carinho nela, Alice estava em êxtase…. Ele era perfeito!

Já mais calma, ela se virou ligeiramente sobre ele e ambos se olharam, as testas coladas e o sorriso no rosto dos dois, surgiu….

– Eu adorei a nossa conversa…- ele riu.

– Desculpa, não consegui resistir. – Alice sorriu ao ouvir, fez carinho no rosto dele e em seguida o beijou.

– Que bom! – ao pararem o beijo, continuaram se olhando com as testas coladas e Alice não conseguiu segurar o suspiro.

Ao abrir os olhos viu como ele a olhava, sentia o carinho no seu braço e Matheus a beijou de novo, um selinho longo.

– Você é tão linda….muito mais que eu pudesse imaginar….

– Você…- ela sussurrou e ele só balançou a cabeça.

– Eu quero te pedir uma coisa….- ele fazia carinho no rosto dela a olhando.

– Pede.

– Vai no baile comigo? – Alice o olhou surpresa.

– Com você?

– Não quer? Ou você já vai com alguém?

– Não, claro que não. Eu quero, eu só achei que não queríamos que ninguém soubesse por enquanto….

– Mas é um baile de máscaras….- ele sorriu- e eu não quero me esconder de ninguém, eu só pedi pra gente ir devagar….- ela deu um sorriso de leve- mas eu….

– Você? – ela o olhou pois ele parou.

– Iria odiar saber que você vai com outra pessoa….eu não quero que vá com outra pessoa, Alice.

– E nem eu quero ir. – ela voltou a abraçá-lo deixando as testas coladas. Ele sorriu e respirou fundo tomando coragem pra falar.

– Eu to gostando de você….- ela sorriu e o beijou.

– Eu também to, Theus….- sussurrou em seu ouvido já se virando sobre ele.

Se beijaram e mais uma vez rolou o que ambos ansiavam, mesmo com o perigo do proibido, não conseguiam parar.

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Olaaa

A partir de semana que vem voltamos aos posts terças e quintas!

Ah desculpem pelo sexo hetero, não sei escrever direito rs….

Bjssss e bom fds!



Notas:



O que achou deste história?

2 Respostas para Capítulo 49: Eu to apaixonada por você.

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