Anahi acordou de madrugada e percebeu que tinha dormido no quarto da filha, não sabia que horas eram mas era bem tarde já, se mexeu devagar e saiu dali após lhe dar um beijo na cabeça, foi pro seu quarto e óbvio que Dulce dormia tranquilamente. Como era tarde, não quis fazer barulho e acordar a mulher, por isso só tirou a roupa e ficou de calcinha antes de entrar embaixo do edredom, abraçou a mulher que meio se remexeu, mas Anahi a abraçou mais apertado e levou o rosto ao pescoço dela, com isso Dulce relaxou e continuou dormindo, Anahi dormiu também.

A loira acordou no dia seguinte sentindo seu corpo se arrepiar, ao abrir os olhos viu os cabelos morenos caindo sobre sua perna e a língua de Dulce a fazendo ir ao céu, fechou novamente os olhos e só aí entendeu o que acontecia…. Dulce a chupava e ela estava prestes a gozar….

– Ahhhhh….- apertou com força os cabelos da mulher.

Dulce subiu o corpo dela a beijando até chegar no ouvido e sussurrou:

– Bom dia, meu amor.

– Bom dia….- Anahi sussurrou com dificuldades e Dulce a olhou e sorriu, quando a loira abriu os olhos também a sorriu- Quanto tempo você não me acordava assim….

– Nem tanto tempo assim….

– Acordando, sim. – Dulce sorriu.

– Não resisti….você estava só de calcinha… Por que você estava só de calcinha? Aliás, eu não lembro nem de ter te visto deitar ontem….

– Eu acabei pegando no sono no quarto da Gih, vim pra cá de madrugada e não quis te acordar….

– Hum….e está tudo bem?

– Tá sim. – ela sorriu e puxou Dulce a beijando- Que horas são? – sussurrou com os lábios contra o da esposa.

– Deve ser umas nove….

– Então quer dizer que eles já foram pra escola?

– Sim. – Dulce sorriu e Anahi a virou contra a cama com uma certa violência.

– Muito bom!

Anahi a beijou e a mão foi automaticamente pra dentro da camisola da mulher, ela passava a mão possessivamente pela coxa de Dulce que se arrepiava e afastava as pernas pra dar mais espaço à ela. Dulce a agarrou pela nuca e Anahi aproveitou pra a puxar as deixando de lado na cama, levou uma das pernas entre as da mulher e subiu a camisola dela até a cintura.

– Annie…- Dulce começou a gemer…

Anahi voltou a beijá-la com fome inclinando levemente seu corpo sobre o dela e deixou uma das mãos escorregar até a calcinha por trás, penetrou Dulce e a ouviu gemer alto. Anahi meio que a prendia fazendo os movimentos em seu sexo por trás e sem tirar a calcinha dela, Dulce rebolava nos dedos da mulher a cada momento mais molhada, mas era meio torturante, uma boa tortura que ela não aguentou por muito tempo! Se virou sobre Anahi, subindo em cima dela e tirou a própria camisola, Anahi a olhou sorrindo vendo o desespero da mulher.

– Chupa….- Dulce roçou os seios no rosto dela e Anahi a olhava com aquela mesma cara de safada por qual Dulce se apaixonou, passava a língua mas olhando pra Dulce e a provocando- Anda.

Dulce sentiu um tapa em sua bunda e um puxada forte.

– O que?

– Chupa! – Anahi abriu um sorriso satisfeito e fez o que ela pediu.

Ela ouvia Dulce gemendo e roçando seu sexo ao dela mas tinha um problema, Dulce estava de calcinha ainda, então ela tratou de resolver esse problema e a abaixou, em seguida Dulce afastou levemente seus corpos só pra dar espaço a Anahi, que penetrou dois dedos dentro dela.

– Vem, amor!

– Faz mais forte! – Anahi riu realizada, amava aquilo!

– Assim?

– Não. Mais forte e põe mais um dedo! – Anahi riu mais uma vez e virou Dulce na cama com violência, parou entre as pernas dela forçando que ela se abrisse e com força, meteu três dedos dentro dela.

– Assim?

– É. – ela viu Dulce apertando os lençóis e fechando os olhos com força. Levou a boca aos seios de Dulce e alternava entre eles e o seu clitóris, fez a mulher gozar rápido e urrar.

Tirou os dedos de dentro dela e os lambeu, Dulce estava entregue na cama e completamente esbaforida!

– Caralho….quanto tempo você não fazia isso comigo? – Anahi riu e deitou sobre ela fazendo Dulce a olhar.

– Isso é pra você não me provocar mais dizendo que está fraquinho….- Dulce a olhou e riu- Posso estar velha mas ainda sei comer a minha mulher. – ela deu uma mordida no lábio inferior da ex ruiva que sorriu.

– Sabe muito bem, e você não está velha, continua uma delícia! Minha delícia….- agora Anahi quem sorriu e deu um selinho nela. Depois deitou no seu peito e ficaram assim por uns minutos, até a loira falar:

– Amor…- Dulce resmungou qq coisa- lembra que ontem quando a Gih contou do namoro ela perguntou com quantos anos a gente soube que era pra ser? – Anahi a olhou.

– Sim.

– Quando você soube?

– A primeira vez que eu ouvi você me falando eu te amo.

– Logo na primeira? – a loira a olhou surpresa.

– Sim, logo na primeira. Por isso eu entendo ela, não precisa de tempo e eu me lembro até hoje a sensação que eu senti quando você me falou….- Anahi a sorriu- como se eu tivesse nascido pra aquilo sabe? Pra ouvir você me falar “eu te amo”, eu lembro da sensação de me sentir completa naquele dia e que eu queria aquela sensação pro resto da minha vida….

Anahi sorriu.

– Eu te amo…

– Também te amo, muito mesmo, meu amor! – Dulce aproximou os lábios a beijando e mantiveram as testas coladas.

– Eu pedi desculpas pra ela, eu reagi mal né?

– Eu também me surpreendi com aquele anel….mas elas se amam, meu amor.

– Eu sei. – Anahi suspirou- Eu só acho ela tão novinha….- Dulce sorriu pra ela.

– É só isso mesmo ou é porque você está com ciúmes de ouvir da boca dela um “eu te amo” pra alguém fora da nossa família? – Anahi apenas sorriu e abaixou os olhos de leve.

– Eu só queria que o tempo passasse mais devagar….

– Mas ela cresceu, meu amor.

– Eu sei! – suspirou- Mas por que ela não pode ser igual a Gabi? Ela não namorou sério até hoje, aí daqui a pouco o Theus também…eles vão crescer e….- Dulce a interrompeu.

– E vão viver a vida deles e vai voltar a ser só nós duas, como no começo….- elas ficaram se olhando e Dulce sorriu- Até o fim. – ela sorriu e Anahi a olhou com lágrimas nos olhos.

– Até o fim! – mais uma vez colaram as testas e entrelaçaram os dedos.

– Eu vou te amar até meu último suspiro, do jeito que eu jurei quando nos casamos….

Anahi sentiu os olhos lacrimejando mais uma vez e só a puxou a beijando, em seguida se abraçaram.

– Obrigada.

– Pelo que?

– Por você existir na minha vida. – a olhou- Por me fazer sempre ver as coisas como elas realmente são…. Eu não seria nada sem você, sabia? – Dulce apenas sorriu a beijando de novo.

– Amor, sabe o que eu queria?

– O que?

– Viajar. Só eu e você.

– E vamos deixar os dois sozinhos?

– Com a Jô e a Lu ué, como sempre foi. Eles já não são mais bebês, amor.

– Eu sei. E pra onde você quer ir?

– Não sei, algum lugar de praia onde a gente pudesse relaxar e ficar uma semana fazendo nada.

– Hahahahaha. Amei essa ideia e onde seria isso?

– Não sei. Vamos pensar?

– Vamos! Vou amar passar uma semana só com você, minha vida. – Dulce a sorriu e voltaram a se beijar.

*************************************************************************************

Mel e Mari estavam no shopping procurando os vestidos, Mari já tinha gostado de alguns mas todos Mel falava que era simples, a morena já estava perdendo a paciência mas sempre ouvia a mesma coisa da amiga: quando a Giovanna te olhar, você vai me agradecer. 

Finalmente na terceira loja elas encontraram o vestido, pra ambas, e Mari sorriu feliz, realmente era deslumbrante.

– Não mostra pra ela.

– Você não está mandando foto pra Duda do seu?

– Não mostra, faz surpresa, vai por mim. – Mari revirou os olhos mas atendeu o pedido da amiga apesar de Giovanna a estar perturbando pra saber algo do vestido dela.

– Ok. Podemos ir então?

– Sim.

Pagaram e ao saírem da loja, Mari pediu:

– Vamos comer? To com fome! – Mari pediu assim que saíram da loja, a morena estava morta já.

– Nada disso, não acabamos ainda.

– Não? – Mari a olhou surpresa e Mel nem deu tempo dela falar nada, já a puxava pela mão.

– Não, falta isso. – parou umas duas lojas depois e apontou. Era uma loja só de lingerie, Mari a olhou sem entender.

– Pra que isso? – Mel revirou os olhos.

– Pra comer que não é né, Mariana. – agora foi a vez da morena revirar os olhos- Vamos comprar uma lingerie perfeita pra sábado.

– Mel…

– Nada de Mel, Mari. Do que adianta o vestido perfeito sem a lingerie perfeita? – ela olhou pra amiga e mordeu o lábio inferior meio nervosa- Confia em mim, você vai arrasar!

– Fico meio sem graça, parece que quero isso…

– Quer o que? Sexo? – sussurrou se aproximado da morena que tapou a boca dela histérica- Para de bobeira. E você não quer mesmo?

– Ah…quero, mas…- ela parou de falar sem graça e Mel riu dela vermelha.

– Você não disse que foi maravilhoso? Perfeito? Sensacional e sei lá mais o que?

– Foi…- ela suspirou ao falar.

– Então vem! – a puxou pela mão- Você vai deixar a Giovanna babando!

Mari mesmo incerta seguiu a amiga, mesmo ela meio sem graça ainda aceitou a sugestão da amiga, aliás, sugestão não né, ela praticamente impôs que Mari levasse aquele conjunto preto de renda mas só usaria a calcinha já que o vestido era tomara que caia.

– Tá louca?? Não vou levar isso! – ela entrou em pânico quando viu Mel vindo com uma cinta liga e espartilho branco, a loira só riu.

– Por que não?

– Porque não vou usar isso, Mel!

– É linda….- a vendedora disse.

– Ela vai levar sim.

– Para Mel! Como vou guardar isso lá em casa?? E se minha mãe ver? Fora que não sei nem usar isso. – a vendedora e Mel riram.

– Relaxa, eu guardo lá em casa pra você junto com as minhas. – piscou pra amiga que a olhou etada.

– Posso fechar? – a vendedora.

– Pode, claro. – Mel respondeu. Ela também tinha comprado algo pra sábado, só que a dela era branca por causa do vestido e bastante fio dental, do jeito que ela sabia que Duda gostava.

Depois dessa elas puderam finalmente ir comer. Mari estava distraída conversando com a namorada pelo celular assim como Mel, quando a loira fala:

– Você realmente não sabe como usar aquilo? – falou baixo e Mari a olhou assustada por medo de alguém ouvir.

– Não. – respondeu meio sem graça e abaixou os olhos.

– Se eu soubesse tinha te dado umas aulas também, ao invés de só beijos…- Mari a olhou séria e Mel riu- Relaxa, to falando sério hahah. Tenho certeza que a Giovanna iria amar te ver nela.

– Tenho vergonha, Mel….

– Eu posso te ajudar, te mostro como é ou você procura no google hahah, mas usa. Você vai ver como será maravilhoso! – Mari a olhou e deu uma mordida no lábio inferior, meio nervosa e sem graça ao mesmo tempo.

Mari suspirou e mudou de assunto.

– Tá tudo certo pra nossa praia domingo?

– Tá. Bom, se nada mudar né….tipo a Bruna não mudar os planos dela.

– Mel, ela não vai se separar não?? Você não disse que ela falou que está apaixonada por você também?

– Vai. Ela diz que vai….que só precisa de um tempo. – Mari a olhou meio séria e Mel deu de ombros e comeu uma batata. A morena respirou fundo- Ok, você que sabe. Só não deixa ela te enrolar tá?

– Ela não está me enrolando. – olhou pra amiga.

– Que bom! Então não deixa começar….- Mel a olhou e Mari sorriu, não queria brigar com a amiga mas não gostava daquilo.

Mais tarde, já em casa, Mel mandou uma mensagem pra Duda.

“Vc nem deu bola pro meu vestido…”

“Desculpa, linda. Estava meio enrolada aquela hora, mas eu disse sim que vc tava linda…”

“Enrolada virou codinome pra Bruna agora?”

“Nada a ver, Mel. Eu tava mesmo ocupada aquela hora.”

“Sei….”

“Para com isso, não vamos brigar vai…. Vc tava linda no vestido, vai ser a mais linda da festa, tenho certeza!”

Duda percebeu ela visualizando mas não teve resposta, então mandou outra.

“Que foi, Mel?”

“Nada. Só tentando entender como vc consegue se apaixonar por duas pessoas ao mesmo tempo!”

“Que duas??”

“Bom, há uns dias atrás vc me disse que tava apaixonada por mim. Era mentira??”

“Claro que não. Eu to! Vc sabe. Eu que não sei quem é a outra.”

“Sua mulher talvez??”

“Eu não sou apaixonada pela Bruna, não mais, pelo menos….”

Mel sorriu e suspirou mas não deu o braço a torcer.

“E vc ainda tem dúvida se a ama?”

“Não.”

“Não o que?”

“Não tenho dúvidas e não amo.”

“Então pq vc ainda tá casada com ela??”

“Mel, eu já te expliquei, te pedi um tempo… A gente não conversou?”

“Sim, mas seu tempo nunca chega, Duda! Não aguento mais isso!”

“Minha linda, por favor? Não vamos brigar, eu to com saudades de vc, contando as horas pra te ver amanhã…”

“Eu também mas não sei mais quanto tempo vou aguentar isso!”

Mel secou uma lágrima que escorreu e jogou o celular na cama, parou de responder Duda e nem atendeu as duas ligações dela, estava frustrada e com o coração apertado. A conversa com Mari não saía da sua cabeça….

Mais tarde, um pouco mais calma, Mel estava arrependida e sentindo saudades de Duda, resolveu ligar pra ela mas dessa vez Duda não atendeu pois Bruna estava com ela e não poderia mesmo, Mel imaginou que seria isso e desligou o celular meio frustrada.

– Cris, você acha que eu seria muito louca se eu te falasse que to pensando em me separar?

Cris parou a cerveja no meio e arregalou os olhos, olhou na direção do banheiro por onde Bruna e Luísa tinham ido.

– Por que você está perguntando isso?

– Porque não to aguentando mais!

– O que? – a olhou nos olhos e Duda respirou fundo antes de falar.

– Eu sei que você deve me achar uma louca, que eu to completamente errada mas eu nunca senti isso com ninguém, Cris! Eu não consigo parar de pensar nela, chega a sufocar às vezes a vontade que eu tenho que reprimir….

– Posso imaginar….- Duda olhou pra amiga surpresa pois não esperava essa resposta mas sim alguma crítica do tipo: sua louca!- Eu não sei como você ainda não fez isso, Duda, está na sua cara e não sei como a Bruna não se tocou ainda.

– Do que?

– Que você está completamente apaixonada e não é por ela! – Duda só a olhou e suspirou- Separa logo Duda, vai ser o melhor pras duas. – mais uma vez ela suspirou- Que foi?

– Fico sem saber o que fazer ou como fazer, não queria magoar ela. Apesar de tudo eu gosto dela.

– A Bruna supera Duda, melhor do que o que você está fazendo….- Duda apenas a olhou e Cris viu elas voltando, então falou rápido antes delas chegarem a mesa: Faz logo!

Duda apenas sorriu quando Bruna voltou pra mesa se sentando ao seu lado, Cris a olhou e ela apenas desviou o olhar.

*************************************************************************************

Duda tinha ído ao banheiro e quando voltava pro lugar onde estava sentada junto com os outros professores também responsáveis pelo ciceroneamento dos alunos quando viu Mel entrando, ela estava junto com o irmão e a cunhada, mas os olhos de Duda foram fixos pra loira, e foi o olhar fixo dela que fez Mel a olhar, ao reconhecê-la sorriu, Duda sorriu de volta sem se dar conta que estava parada no meio do salão. Viu Mel sussurrando algo pro irmão e logo em seguida vindo em sua direção, Duda ficou meio nervosa mas ela parou numa distância segura.

– Oi. – sorriu pra ela.

– Oi Mel. – Duda sorriu de volta.

– Você está linda.

– Você que está….- elas ficaram se olhando e então Duda suspirou- Acho melhor…

– Eu sei, já to indo. Só queria falar com você. – a mais velha sorriu- Aliás, como você me reconheceu? Eu achei que estava bem disfarçada com essa máscara….- Duda riu antes de a responder.

– Te reconheceria no meio de uma multidão, pequena. – Mel apenas sorriu e Léo apareceu ali ao lado delas, estava com medo de estarem dando muito na cara.

– Oi Duda, tudo bem? – ele esticou a mão pra ela que o olhou meio em dúvida ainda, ele então subiu a máscara- Sou eu, o Léo.

– Ah, oi Léo. Tudo bem? – ele sorriu pra ela e ela pode ver Amanda parada lá atrás os olhando.

– Tudo ótimo. Mel, melhor a gente ir né…- olhou pra irmã.

– Claro. A gente se fala depois?

– Claro. Boa festa pra vocês….- sorriu pra eles que se afastaram mas porque Léo puxava a irmã pela mão que olhava pra trás, pra Duda, a professora sorriu da cena, olhou pra baixo balançando a cabeça enquanto voltava pra sua mesa. Parecia uma adolescente quando estava com ela….

Voltou entrando na conversa e recusou dois convites de Rodrigo pra dançarem, estava começando a estranhar a insistência dele, nunca foi disso fora que ele sabia que ela era casada e lésbica! Mas enfim, não ía deixar isso estragar a sua noite, conseguia ver Mel pelo salão mas sempre de longe, mas mesmo assim percebia os sorrisinhos que a menina lhe lançava, estava morrendo de saudades dela e aliviada por não estarem mais brigando como foi pelo telefone, um tempo depois ela recebeu uma mensagem no telefone de Mel pedindo pra a encontrar lá fora, ela já ía digitar pra negar pois era muito arriscado quando veio outra:

“Relaxa, ninguém vai ver nada aqui e as meninas estão de vigia pra gente.”

“Quem?”

“A Gih e a Mari.”

Duda apagou a tela e suspirou, isso era errado? Muitoooo! Mas ela se sentia uma adolescente sempre que estava com ela e a vontade sempre falava mais alto, então inventou uma desculpa qualquer e seguiu pra lá, mesmo seu cérebro mandando as mensagens que ela estava errada e devia voltar! Não voltou e no caminho percebeu que não tinha ponderado nada, porque qualquer um saberia do risco eminente que estava correndo mas ela simplesmente não conseguia dizer não a Mel…. Talvez a bebida tenha ajudado a se resolver também, assim como a máscara que levava a um pseudo mistério, as pessoas não tinham como ter certeza, né? Ela esperava que não….pois já estava naquele jardim em busca daquela menina que tinha virado sua vida de pernas pro ar em poucos meses. Duda teve que andar um pouco mais pra encontrá-la, mas viu Mari e Giovanna sentadas num banquinho, sorriu pra elas e vários passos mais à frente percebeu um vestido branco se destacar entre aquela escuridão que só aumentava devido às inúmeras árvores, talvez tenha feito barulho ou Mel apenas sentiu mesmo, mas fato é que ela a olhou e sorriu. Duda respirou fundo e caminhou até ela que estava próxima à uma das árvores, se aproximou e pode notar melhor o sorriso que ela lhe presenteava, foi impossível não sorrir de volta.

– Oi…- Duda sussurrou quando chegou perto dela.

– Oi. – Mel respondeu do mesmo jeito mas a puxou pela mão até a abraçar pela cintura as deixando com as testas quase coladas.

– Mel…- ela respirou fundo- alguém pode aparecer….

– Não vão, está vazio aqui. – ela disse olhando em volta e realmente, estava praticamente um breu ali, só iluminado por poucas tochas que haviam no chão- Fora que você está de máscara, ninguém vai saber que é a gente.

Algumas pessoas me reconheceram e à você também, provavelmente…

– Relaxa meu amor, só tem a gente aqui. – ela falou e subiu o olhar pra máscara da outra que ela levantou e viu um sorriso nos lábios da mais velha.

– Do que você me chamou?

– De meu amor….- passou os braços pelo pescoço dela e colou as testas- Posso te chamar assim? – ela só viu Duda fechar os olhos, ela não sabia mas a professora estava com o coração batendo forte- Você é meu amor? – Duda só conseguiu balançar a cabeça ainda de olhos fechados e sentiu a menina a beijar.

Automaticamente as mãos de Duda pousaram na cintura da mais nova e durante o beijo, elas encostaram na árvore que tinha ali atrás. O beijo de vez em quando ficava mais urgente mas Mel ainda mantinha as mãos na nuca da outra fazendo carinho entre o beijo, elas respiravam fundo entre o beijo e ao se separarem ofegantes, mantiveram as testas coladas. Duda teve que respirar fundo mais uma vez antes de abrir os olhos, mas não desencostou as testas ao falar:

– Eu já te disse hoje que você está linda? – Mel sorriu.

– Não mais que você….- Mel falou dedilhando o ombro da outra desnudo pelo vestido tomara que caia provocando arrepios na mais velha. Duda balançou a cabeça.

– Você está uma princesa, Mel….- tocou envolta dos lábios da menina ao falar- Minha….- levou os beijos ao rosto e então ao pescoço dela- minha pequena….- Mel a abraçou apertado pela nuca sentindo os beijos em sua nuca- To com tanta saudade de você….

– Eu também, meu amor. – Mel distribuía os beijos pelo pescoço da outra também.

– Queria tanto dormir com você….

Mel respirou fundo se controlando ou ao menos, tentando.

– Não fala isso….maldade. – elas voltaram a se olhar de testas coladas- Amanhã a gente vai na praia com elas né?

– Vamos. – Duda suspirou.

– Mas agora a gente ainda está aqui. – ela puxou Duda pela nuca e voltaram a se beijar.

– O que você fez comigo hein? – Duda perguntou após o beijo, as duas com as testas coladas e a respiração pesada pelo beijo, Mel apenas sorriu fazendo carinho no rosto dela e Duda trouxe a mão dela até seu peito e Mel sorriu ao sentí-lo disparado- Eu sei que você está puta com essa situação…- a olhou ao começar a falar- eu vou mudar isso pequena, eu juro pra você, não tem nada no mundo que eu queira mais do que ficar contigo. Eu to aqui nessa loucura correndo o risco de alguém nos pegar porque eu não aguentava mais ficar de longe de você….- Mel sorriu sentindo o carinho em seu rosto, em seguida fechou os olhos- Confia em mim, por favor?

– Eu confio. – Duda sorriu a beijando novamente, estava a ponto de cometer uma loucura.

– Que se dane! – Mel abriu os olhos a olhando assustada e viu Duda respirar fundo antes de falar- A gente já está na chuva né? Vamos nos molhar!

– Do que você está falando, Duda?

– Fala pras meninas que elas não precisam mais vigiar.

– Por que? Você já quer voltar lá pra dentro?

– Não. Vamos pra outro lugar.

– Que lugar? – Duda não a respondeu, apenas a pegou pela mão a puxando- Calma. Deixa eu mandar a mensagem então.

Ela esperou por isso e então voltou a puxá-la, Mel reconheceu que ela a puxava pro estacionamento.

– Duda….

– Relaxa, está vazio aqui agora.

– Mas não tem ninguém vigiando?

– Deveria, mas você está vendo alguém aqui? – olhou em volta e as duas riram- Deve estar dormindo ou comendo hahaah. Vem, vamos! Entra rápido. – ela abriu o carro e as duas entraram no banco de trás.

– Isso é uma loucura!

– Aham. – Duda respondeu se aproximando da loira- O que não é uma loucura quando eu to com você? – Mel sorriu vendo os lábios se aproximarem e levou a mão ao rosto da outra, Duda a puxou pela cintura e se beijaram enquanto Mel sentava no colo da mais velha.

Conforme o beijo ía ficando mais urgente Duda desceu os beijos pelo pescoço da menina.

– Devagar….eu ainda tenho que voltar pra festa…

– Eu sei, desculpa. – Duda voltou a beijá-la, mas nenhuma das duas conseguia controlar o beijo e tudo que ele provocava, por isso as mãos da mais velha já estavam na cintura de Mel, apertando e provocando arrepios na loira.

Duda levou as mãos por dentro do vestido dela subindo pela coxa e Mel se arrepiava gemendo contra os lábios dela, rebolando em seu colo.

– Saudades de ouvir você gemendo assim no meu ouvido….- Duda sussurrou com o rosto colado ao ouvido de Mel. Voltou a sugar o pescoço da mais nova.

– E eu to com saudades de sentir você dentro de mim…

– Ahh….não fala isso….

– Eu quero você, Du.

– Também quero, minha linda! – Duda voltou a beijá-la enquanto as mãos foram até as costas dela na tentativa de baixar o vestido, como era tomara que caia foi fácil e assim que o desceu levou as duas mãos aos seios de Mel que gemeu mais alto.

Duda via ela jogando a cabeça pra trás e gemendo conforme seus dedos agarravam os seios dela, não aguentou por muito tempo e levou a boca à eles, amava chupá-los e amava como ela ficava quando fazia isso….

– Ahh Duda…isso…chupa gostoso meu amor!

Duda também estava excitada e se sentia molhada.

– Eu quero tirar a sua roupa.

– Tira…- sussurrou em meio a gemidos.

O vestido saiu por cima, assim que tirou Duda o colocou lá na frente, não queria que amassasse, desceu os olhos pelo corpo da loira e a viu só de calcinha, uma branca de renda, Duda mordeu o lábio inferior olhando pro pequeno tecido.

– Gostou? – Mel sussurrou o que fez Duda a olhar.

– Eu amei! Você sabe que eu amo ver você de calcinha branca.

– É? – Mel a provocou dando uma reboladinha em seu colo e a segurando pela nuca, o que fez Duda morder o lábio de novo- Você nem viu como é atrás…- se inclinou sussurrando no ouvido da mais velha. Duda suspirou controlando o arrepio que sentiu e desceu as duas mãos até o bumbum dela e passou o dedo por onde a calcinha ía, Mel gemeu se agarrando mais à ela.

– To sentindo….- sussurrou do mesmo jeito e pra provocar, deu uma lambidinha na borda da orelha dela e ouviu Mel gemer- quero te chupar, gostosa…- deu uma mordidinha agora e Mel gemeu mais alto ainda- quero sentir você rebolando na minha boca….

– Aii Duda!

Duda sorriu vendo como ela estava….

– Levanta. – Mel a olhou confusa- Levanta, pequena. – ela fez o que Duda pediu se sentando ao lado dela, então a professora se ajoelhou no banco e tirou o próprio vestido sem deixar de olhá-la, Mel esquadrinhava seu corpo, Duda ficou só de calcinha e sutiã e a olhou: Agora vem.

Ela deitou de barriga pra cima e então Mel entendeu, sentou no rosto da outra e Duda a agarrou pelas pernas. Estava erótico demais pensar que ela estava ali completamente pelada com os peitos na janela, ok que o carro era escuro, mas mesmo assim estava…. Duda subiu as mãos até os seios dela os massageando enquanto sua língua explorava o sexo daquela menina e ela sentia que ela ficava cada minuto mais molhada, assim como a sua própria calcinha.

Duda gemia mesmo com a boca abafada pelo sexo babado da loira que se inclinou um pouco pra trás até conseguir tocar na calcinha da mais velha e escorregou a mão por dentro até tocar seu sexo e ver como ela também estava molhada, deu uma gemidinha só não foi mais alta do que de Duda. Mel levou dois dedos pra dentro dela enquanto sentia sua língua a provocando loucamente…. As duas rebolavam ao mesmo tempo e sem aguentar muito mais, Mel se virou sobre ela ficando com a boca na altura do sexo da mais velha, com a ajuda dela abaixou sua calcinha e começou a chupá-la também…

Os gemidos eram altos e o vidro estava embaçado e elas não estavam nem aí, Duda chupava tanto o sexo quanto a parte de trás da loira que gemia enlouquecida em sua boca.

– Vou gozar Dudaaaaa…..- avisou sem deixar de a penetrar ao mesmo tempo que chupava seu clitóris.

– Goza gostosa! Vem! – Duda apertava com vontade a bundinha da outra e forçava seu quadril contra seu rosto. Sentia seu próprio clitóris duro e com certeza não iria durar muito….

Mel gozou e logo depois Duda.

Ainda estavam na mesma posição e uma fazendo carinho na outra, Mel olhou pra cima e viu como o vidro estava embaçado, riu da loucura que fizeram.

– Que foi?

– Nós somos loucas! – ela se virou deitando sobre Duda que se ajeitou pras duas caberem ali, a deixando meio de lado e uma das pernas sobre a sua cintura. Mel sentia os batimentos da professora se acalmando aos poucos.

– Eu não aguentei, estava morrendo de saudades de você! – ela sorriu a olhando e falou:

– Nem eu. – a beijou e Duda foi se virando até ficar de frente pra ela, as duas ficaram se olhando, Duda fazia carinho em seu rosto e Mel havia fechado os olhos e sorria, ouviu Duda suspirar e colou as testas, então sussurrou: Eu te amo.

Duda abriu os olhos ao ouvir e encontrou os olhos de Mel fixos no dela.

– Ama? – a loira só balançou a cabeça após ouvir o suspiro e Duda sorriu- Então eu não preciso esconder mais?

– O que? – Mel a olhou confusa.

– Como eu to completamente alucinada por você! Eu acordo pensando em você, durmo pensando em você, passo o dia contando as horas pra quando vou te ver de novo, olhando pro celular pra ver se você mandou alguma mensagem…. Meu coração bate enlouquecido só de te ver e eu to morrendo de medo de te perder….de você mudar de ideia e não me querer mais, de ser só uma paixão de adolescentes….

– Você acha isso?

– Não. – balançou a cabeça junto- Mas eu to com medo, eu tenho medo de você conhecer outras pessoas, das suas mães serem contra e você desistir….- Mel balançou a cabeça com um sorriso no rosto- Eu to apavorada, meu amor. – Mel sorriu toda boba.

– Olha pra mim….- pediu a olhando nos olhos- quem tem que ter medo aqui sou eu, você que é casada e pode desistir à qualquer momento, você que é uma mulher incrível que pode ter quem quiser e não uma adolescente como eu, como você disse. Você é inteligente, linda, interessante….como você pode achar que eu te largaria?! Que eu mudaria de ideia? Eu até hoje não sei como você me deu bola hahah.

– Porque ninguém mexeu comigo do jeito que você fez, quando eu te vi pela primeira vez, eu senti uma atração louca por você, por isso eu fugia….- Mel riu.

– Você me fez cortar um dobrado, sabia? – as duas riram- Mas valeu a pena. – as duas pararam de sorrir- Faria tudo de novo. – Duda voltou a sorrir.

– Eu amo você. – Mel sorriu. Tanto….que chegou a sentir os olhos lacrimejarem, ao olhar pra Duda ela também estava assim- Eu quero você, de verdade. Eu sei que você pode achar que eu to te enrolando mas eu não to, eu vou me separar da Bruna e quero você, Mel. Eu sei que agora ainda não dá, mas eu quero que você seja minha namorada, minha mulher. – Mel sorria e agora a lágrima rolou- Eu não quero nada menos que isso, é sério, é muito sério e se não for isso que você quer, eu prefiro saber agora.

– Você não acredita no que eu sinto por você?

– Acredito. Eu só quero que você saiba disso.

– Eu quero a mesma coisa que você, meu amor. – falou com os lábios colados e a mão na nuca da outra fazendo carinho, Duda suspirou de olhos fechados e a puxou a beijando. Elas se viraram e Mel deitou sobre ela.

– Você virou a minha vida de cabeça pra baixo, sabia? – Mel apenas sorriu com as testas coladas.

– Ruim ou bom?

– A melhor coisa da minha vida! Eu amo muito você! Muito mesmo.

– Eu também, meu amor. – falou e deitou o rosto na curvatura do pescoço da outra- Não vejo a hora de ter você só pra mim…- Duda suspirou a abraçando e depois de um tempo falou:

– Suas mães vão me matar né? – Mel riu e a olhou.

– Vai ser tenso, mas seria pior se fosse meu pai. – Duda a olhou surpresa e confusa, Mel nunca falava do pai ou da mãe biológica, ela nem sabia que ela os conheceu, até agora.

– Você conheceu seus pais? Os biológicos, eu quero dizer….

– Sim. Nunca te contei isso né? – Duda só balançou a cabeça- Quer ouvir? – mais uma vez meneou a cabeça e Mel se apoiou nos cotovelos pra começar a contar: Bom, eu tinha quatro anos quando tudo aconteceu, eu e o Léo, obviamente. – ela sorriu- Eu não lembro de muita coisa de antes, mas disso eu lembro, nunca esqueci aquele dia, a primeira vez que eu vi minha mãe, a Sophie. – Duda sorriu vendo os olhos dela brilhando e Mel suspirou antes de continuar- Eu lembro que eu estava dormindo, a gente dormia na mesma cama, quando ouvimos um barulho muito forte, tipo um estrondo, acordei assustada e olhei pra ele que ainda dormia, comecei a ouvir uns gritos e a voz do meu pai, aí o Léo acordou e me olhava assustado. Mais estrondos e mais gritarias, a gente estava morrendo de medo e eu lembro de ver a Joana, minha mãe biológica..- olhou pra Duda explicando, Mel nunca a chamava de mãe- passando de um lado pro outro gritando e juntando as coisas, eu a olhava a chamava mas ela não me ouvia ou fingia que não….não sei. – Mel deu de ombros e desviou o olhar- Enfim…- suspirou e voltou a olhar pra Duda- ouvi mais vozes e um barulho da porta sendo arremessada, nesse momento eu pulei da cama e puxei o Léo pro nosso esconderijo. – olhou pra Duda com um leve sorriso e então explicou: o armário do quarto tinha um fundo falso e nós corremos pra lá. Eu não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo, só sei que eu tremia de medo mas eu precisava proteger o Léo que chorava baixinho agarrado à mim, não faço ideia de quantas horas nós ficamos ali. A gente ouviu alguns tiros….- ela voltou a abaixar a cabeça.

– E vocês só tinham quatro anos….- Duda falou a olhando, estava em choque! A mão cobria a boca.

– Uhum. – Mel suspirou ao falar.

– Eu nem imagino amor….eu….- Mel fungou limpando as lágrimas do rosto.

– Quando a porta do armário se abriu eu fiquei apavorada e tapava a boca do Léo porque eu não sabia o que podia ser, eu estava morrendo de medo e sem saber o que fazer…. Foi quando eu ouvi uma voz diferente e lembro de começar a chorar, sem olhar, eu estava com muito medo….

– Era a sua mãe? – Mel a olhou e só balançou a cabeça, o rosto banhado em lágrimas.

– Ela começou a conversar com a gente e eu demorei algum tempo pra a olhar e o Léo pra parar de chorar, eu não sei quanto mas ela ficou horassss sentada junto com a gente naquele armário mínimo, a gente comeu lá. – Mel a olhou e riu, um riso de felicidade agora mas ainda assim banhada em lágrimas, Duda sorriu pra ela. Estava com o coração partido- Eu lembro que quando ela perguntou se a gente podia sair dali eu fiquei com medo, ela me olhou nos olhos e falou: confia em mim? E eu não sei porque, mas eu senti que podia, eu senti uma coisa que nunca tinha sentido, eu me senti segura pela primeira vez na vida e eu nem sabia quem ela era, a gente saiu do armário e vi que estava cheio de policias ali, ela nos olhou e disse que nada de ruim ía acontecer com a gente e eu acreditei. – Duda a olhava e sorria- Você deve estar me achando uma besta né de ficar chorando assim….

– Óbvio que não meu amor! Pode contar o que você quiser, eu to aqui pra ouvir. – Mel sorriu e deitou no peito dela e continuou falando.

– Ela dormiu com a gente aquele dia, bom, ela deitou até a gente dormir né….e eu me senti segura, do mesmo jeito que eu me sinto com você. – a olhou e Duda fez um carinho em seu rosto pondo uma mecha atrás da orelha dela- Como se eu tivesse achado um lugar no mundo sabe? Eu era muito nova mas com meus pais….biológicos, eu não me sentia pertencente a nada daquilo, eu lembro que via meus amiguinhos com os pais e queria aquilo, meu pai era grosso, não nos abraçava, a minha “mãe” – fez aspas com os dedos- nunca falou um “eu te amo” pra mim, sabia? – Duda a olhou fazendo carinho nela.

– Não queria te deixar triste, amor. – Mel balançou a cabeça.

– Não, está tudo bem. Eu tive tudo isso, eu tenho! Eu não trocaria a minha família por nada nesse mundo, foi a melhor coisa que me aconteceu, nos aconteceu…. Eu amo as minhas mães mais que tudo e sou completamente realizada, hoje eu sei qual o meu lugar no mundo, com elas, meu irmão e você. – Duda sorriu.

– E a sua outra mãe? Você conheceu quando?

– No dia seguinte. – Mel abriu o mesmo sorriso ao falar- O Léo estava todo desconfiado hhaha, ele era muito medroso rs, mas eu lembro que eu fiquei encantada porque ela tem olhos verdes igual o meu, e meus pais não tinham, então eu achava o máximo! Lembro de pensar: ah ela é igual a gente então eu posso ficar segura aqui…- Mel riu dela mesma- Eu só tinha quatro anos e estava doida pra alguém me dizer o que eu devia fazer e parar de sentir medo…- Duda a olhou com carinho- e ela fez, elas fizeram. Foi com elas a primeira vez que fui ao Mc Donalds. – as duas riram.

– Às vezes as coisas acontecem de uma forma torta né? Mas da certo no final….- Mel sorriu pra ela- Olha pra gente, quando eu ía imaginar? – mais uma vez Mel sorriu e Duda a beijou, em seguida Mel deitou no peito dela e Duda ficou fazendo carinho- Obrigada…

– Pelo que? – Mel a olhou mas sem tirar o rosto do peito da mais velha.

– Por confiar em mim o suficiente pra me contar sobre você. – Mel sorriu.

– Contei pra te mostrar que eu também quero você de verdade, eu quero algo sério e não to brincando quando eu te digo isso.

– Eu sei…- Duda sussurrou quase sem som a olhando.

– Mas não me faz mais falar disso tá? – Mel tinha os olhos úmidos ao pedir.

– Desculpa, não queria te deixar mal…

– Não deixou. – ela deu um beijo no colo dela e ao falar a olhou: Você só me faz bem meu amor, o mal ficou lá pra trás, com eles.

– Você não sente falta deles? – Mel só balançou a cabeça- Você os vê?

– A última vez que os vi foi nesse dia, quando eu conheci a minha mãe.

– Sério?? Nunca mais? – Mel só balançou a cabeça- Você não quis?

– Nem eu nem o Léo.

– E onde eles estão?

– Meu pai foi morto nessa operação e minha mãe, pelo que eu saiba, está presa. – Duda a olhava de olhos arregalados- Não precisa ficar assim amor, eu to bem, aliás eu to ótima! Eu tenho duas mães apenas: a Sophie e a Fernanda, o resto eu nem lembro. Eu tenho tudo e muito mais que eu poderia querer e se eu aprendi a amar e ser uma pessoa boa, devo exclusivamente a elas, aliás, eu e o Léo devemos a elas tudo que nós somos hoje. – ela sorriu emocionada- E quando a gente tiver filhos, elas serão as únicas avós que eles vão conhecer, bom, seus pais também.

– A gente vai ter filhos? – Duda a olhou sorrindo.

– Sim, claro. – Mel falou subindo o corpo dela e a beijando- Você não quer?

– Quero. Vou amar ter uma ou um mini você com esses olhos lindos me alucinando….- as duas riram mas então depois o sorriso morreu e continuaram se olhando. Mel voltou a colar a testa das duas.

– Eu te amo.

– Também te amo e prometo sempre cuidar de você, não vou deixar ninguém mais te fazer mal. – Mel sorriu e Duda a abraçou- Minha pequena….- a encheu de beijos.

Ficaram mais alguns minutos ali até que Duda se lembrou que precisava voltar pra festa e entregar o prêmio de rei e rainha do baile, então tiveram que sair dali e voltaram separadamente e disfarçando.



Notas:



O que achou deste história?

6 Respostas para Capítulo 53: Meu amor.

  1. Ainda posso ter fé que Gabi e Ana Paula se acertam nesta temporada?! Pq tah todo mundo encaminhado, só essas duas q nossa senhora… No mais continuo aqui acompanhando e torcendo por essas mulheres e meninas enroladas!! Bom final de semana, Escritora! Obrigada por não desistir!!

  2. Podia ter um capitulo focado na anahi e dulce junto com a fernada e a sophie né, sdds das briguinhas bestas delas kkkk

  3. Ola.Duda precisa se separar logo, passou da hora, ruim traição. Em cada capítulo você podia sempre relatar todos os casais.

    • Oi Ângela, bem-vinda! Acredito que é a primeira vez que comenta…..
      Se eu fizesse isso os capítulos seriam enormessss kkkkk, por isso optei em dividir assim…
      Se vcs soubessem como tá difícil postar hahahah, sem tempo algum! Só não desisti por respeito à vcs….mas eu não consigo escrever mais, totalmente sem tempo ?
      Segunda temporada só tem 6 capítulos ?
      Mas eu to tentando, não desistirei!
      Obrigada a todas que ainda continuam por aqui! É muito especial e gratificante pra mim!! ????
      Bom FDS meu povo!!! E obrigada a todos os comentários, eu amo lê-los e to sempre lendo…
      ???

  4. Aaah como amo essa história , esperando a Duda se separar pra resolver essa história , que a Mari e a Gio fiquem bem agora , esse casalzao Dulce e Anahi??

Deixe uma resposta

© 2015- 2020 Copyright Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem a expressa autorização do autor.