It´s a love story, baby, just say yes

Quando Alice soube pela melhor amiga que Matheus ía com elas ver a roupa, ficou meio nervosa mas logo depois achou que não tinha nada a ver, era só eles manterem a pose, é que ela sempre achava que alguém iria descobrir rs…. Foi tomar banho pra se arrumar e quando saiu do banho e pegou o celular viu que tinha uma mensagem dele:

“Ansioso pra te ver…”

Ainda mandou uma carinha com um coração que fez ela sorrir como boba, respondeu com a mesma carinha e suspirou ao largar o celular na cama e ir se arrumar, teve que se trocar três vezes até escolher a roupa que achou ideal, se sentia cada dia mais nervosa ao lado dele…

Chegou antes deles lá, já imaginava quando Gih disse que sua madrinha iria…foi ficando cada vez mais nervosa, quando os viu seu coração disparou ao ver Matheus sorrindo pra ela, ele estava atrás delas e de óculos escuros, Alice sorriu enquanto era abraçada por Giovanna. Mal se falaram naquele momento pois iria ficar estranho, só deram dois beijinhos e logo a moça o puxou pra outro canto. Então, mais tarde Alice se ofereceu pra ir lá chamar Dulce porque na verdade queria ver Matheus, foi só uma desculpa, mas ao chegar lá não esperava vê-lo sem camisa, paralisou e só se tocou do que fazia quando ouviu a voz de Dulce, Matheus percebeu e deu um sorriso de lado.

– Tia, a Gih quer que você vá lá ver o dela pra dar uma opinião.

– Ah tá. E você já escolheu o seu?

– Já sim. – ela sorriu.

– Ok, eu vou lá ver a sua irmã e já venho tá?

– Tá bom, chama a mamãe também.

– Pode deixar, já venho. – ela sorriu pros dois e foi até o outro ponto onde Giovanna estava com Anahi.

Assim que se viram a sós, Matheus a puxou pra dentro da cabine, por ela não esperar tomou um susto e deu um gritinho que só foi calado pelo beijo que ele lhe deu.

– Theus….- suspirou entre o beijo. Ela passava a mão pelos cabelos dele tentando se controlar mas estava difícil com ele a imprensando assim ainda mais sem camisa.

– Matheus, eu trouxe….- a moça falou abrindo a cortina e os dois tomaram um susto e Alice o empurrou pra longe- Ah, desculpa. – os três ficaram se olhando, a mulher nervosa- Desculpa atrapalhar, mas trouxe a preta no tamanho que me pediu.

– Ah sim, obrigada. – ele pegou a camisa e então ela saiu.

– Que susto! – Alice falou assim que ela saiu e ele fechou novamente a cortina- E se fosse as suas mães ou a Gih?? – ele só riu.

– Então, qual você prefere? – ele estendia duas camisas pra por embaixo do terno, uma branca e uma preta.

– Preta. Eu gosto de você de preto. – ele sorriu e pendurou as camisas atrás dele.

– Ah é? – voltou a puxá-la pela cintura- Bom saber….

Ele voltou a beijá-la e rapidamente o beijo foi ficando urgente, Matheus a imprensou contra a parede e ela o puxava com as unhas em sua nuca.

– Para….não faz isso….- ele tinha pressionado a perna entre as dela.

– To com vontade de você….- sussurrou.

– Também, ainda mais com você sem camisa me agarrando, mas melhor pararmos…- ela o olhou e respirou fundo.

– Ok. – se afastou um pouco respirando fundo também- Preta então? – a olhou enquanto pegava a camisa pra vestir.

– Sim. – ela sorriu- Melhor eu ir lá chamar a sua mãe. – ele apenas sorriu, ela fez o mesmo e estava saindo quando ele a puxou lhe dando um selinho. Ela sorriu e então saiu.

No sábado, um pouco antes da festa Matheus descobriu pela irmã que ela iria no dia seguinte a praia com Mari, Mel e Duda, ele perguntou se Alice iria e ao receber a negativa da irmã, resolveu ele mesmo chamar ela pra ir com ele a praia.

Chegou no baile com Giovanna mas logo ela foi até Mari e ele se viu “sozinho”, achou alguns amigos logo depois, entre eles Rick e Dani, ficou ali com eles por um tempo. Mais uns minutos e Léo chegou com Amanda e Mel, ficaram conversando ali mas logo Mel foi procurar as meninas e Amanda também foi atrás das amigas e Léo foi junto, Matheus estava ficando cada segundo mais nervoso a procura de Alice. Só a viu uma meia-hora depois mas não teve certeza se era ela, mas devia ser, mas a garota era gata demais e aquele vestido vermelho tomara que caia junto com a maquiagem e a máscara o estavam atraindo, só podia ser Alice! Mas ele ficou com medo de ir lá e não ser ela e só ficava olhando de longe e sorrindo pra ela. Estava se sentindo um idiota, então foi ao bar pois soube por Dani que o ponche já estava batizado rs, então foi lá pegar um pra ver se aquilo o dava coragem pra ir até a menina, porém não deu tempo….

– Oi…- Matheus se assustou ao ouvir o sussurro atrás de si e se virou pra pessoa que o sorria- Fiquei esperando você falar comigo….- ele demorou alguns segundos pra responder a olhando, literalmente babando, mas aqueles olhos verdes nem a máscara seria possível de camuflar! Óbvio que era ela!- Vai dizer que não está me reconhecendo? – ele sorriu.

– To. Eu só….- riu mais uma vez dele mesmo- Desculpa, to.

– To tão diferente assim que você não me reconheceu?

– Não. Você está…- ele a olhava atento- está muitoooo linda! – ela sorriu meio envergonhada.

– Obrigada. Você também está. – ela se aproximou dele fazendo carinho em seu cabelo- Um gato! – ele quem sorriu agora.

– Desculpa não ter ído falar com você mas eu fiquei com medo de não ser você mesmo e levar um fora….- os dois riram.

– Te desculpo com uma condição….

– Qual?

– Dança comigo?

– Aqui?

– Não quer?

– Não é isso, mas e se alguém ver…. Você disse pra não contarmos nada a ninguém….

– Ninguém vai ver, está escuro e estamos disfarçados….- ele sorriu.

– Minha irmã me viu saindo de casa, sabe a minha roupa e a sua né?

– Ela não está aqui. – ele sorriu.

– Dane-se eles né….- ergueu a mão pra ela segurar- Vamos. Prometo que não piso no seu pé. – ele sorriu enquanto eles iam até onde era a pista.

– Até parece Theus, você dança muito bem. – ele apenas sorriu enquanto a abraçava.

Estava tocando música lenta, tinham varios casais dançando e o lugar cheio. Matheus a abraçou pela cintura e ela o abraçou afundando o rosto em seu pescoço.

– Você está cheirosa….

– Você também está, aliás, como sempre. – Alice o olhou ao falar, eles estavam com as testas coladas. Ela sentiu a mão dele em sua nuca e fechou os olhos.

– Eu senti saudades de você…- sussurrou antes de a beijar, sem se importar se iriam reconhecer eles ali ou não.

– Eu também senti, Theus….- eles ficaram se olhando nos olhos, intensamente, então Alice o puxou o abraçando e dançavam no ritmo lento da música, Matheus pousou o rosto na curvatura do seu pescoço e aspirou o cheiro fazendo ela se arrepiar e ele suspirar. Não demorou muito pra outro beijo se iniciar, os dois sentiam o coração bater acelerado no beijo mas ninguém teve coragem de falar nada.

– Vamos lá pra fora? – ele sussurrou e ela só balançou a cabeça, então Matheus pegou em sua mão a guiando até lá fora.

Pararam numa espécie de coreto que tinha ali, estava vazio, subiram as escadas.

– Aqui?

– Tá com frio? – ele perguntou se virando pra ela o que a fez se encostar no parapeito.

– Não. – ela sorriu e levantou a própria máscara.

– Posso? – ela fez que sim e ele subiu a dela também e os dois sorriram- Você está tão linda sabia….

– Você também está…- ele só balançou a cabeça e desceu a ponta dos dedos pelo pescoço dela até o ombro fazendo Alice se arrepiar e fechar os olhos ao sentir o toque….

– Eu amei fazer amor com você….- ele sussurrou com a boca colada ao ouvido dela.

– Amor? – Alice deu um leve sorriso gostando do que ouviu e eles se olharam.

– Foi sexo?

– Não.

– Foi o que então? – as testas estavam quase coladas.

– Foi amor. – ela passou os braços pelo pescoço dele o trazendo mais pra perto ainda, ele sorriu e a beijou.

O beijo era intenso porém não urgente, os dois se entregando ao beijo sem deixar de fazerem carinho um no outro durante o beijo.

– Eu também amei….- ela falou após o beijo arrancando um enorme sorriso dele.

– Que bom, porque eu não me canso de te beijar, de ficar com você….mas isso está me incomodando.

– O que? – o olhou confusa.

– Odiaria saber que você beija mais alguém assim, que alguém te toca e….- ela o cortou.

– Mas eu não….- agora foi a vez dele ao ver a expressão dela.

– Desculpa, eu falei errado! Não foi nada disso que quis dizer. – respirou fundo- Deixa eu começar de novo…- ele sorriu mas ela só o olhava, sem nada dizer- O que eu quero dizer é que eu adoro ficar com você e sei que ainda não confia em mim, que acha que eu gosto da Mari ainda mas eu não gosto, não mais, eu juro! Eu sei que combinamos de irmos devagar, mas está cada vez mais difícil ir devagar com você….

– Tá? – ela perguntou sorrindo, toda boba com o que ele dizia.

– Muito Alice! – a olhou- Eu quero te beijar o tempo todo, te ver, ficar com você… e pensar que seus beijos, seu toque, seu abraço….você…não é só minha está me incomodando, bem mais do que eu imaginei…. Você está maravilhosa hoje e tudo que eu queria era andar com você por esse baile de mãos dadas e dizer pra todo mundo que você está comigo….- ela sorriu mais largamente ainda! Fez um carinho no rosto dela.

– O que você está querendo dizer com isso tudo? – ele respirou fundo pra manter a coragem e se aproximou mais ainda dela a segurando pela cintura, e ao falar a olhou nos olhos:

– Quero saber se você quer ser minha namorada? – o sorriso se alargou mais ainda se é que era possível, mas foi. Ela não respondeu, o puxou o beijando com toda o sentimento que tinha por ele. Os dois ficaram ofegantes.

– Sim, óbvio que sim! – ela falou e ele sorriu ainda ofegante com o beijo e sentindo o carinho dela em sua nuca.

Mais beijos se seguiram e eles só entraram muito tempo depois, passaram por onde estavam tirando as fotos e ela falou:

– Posso te pedir uma coisa? – se virou pra ele toda animada como uma criança.

– Claro, linda.

– A gente pode tirar uma foto juntos? Só nós dois? Ninguém precisa saber.

– Claro! Vamos. – ele a puxou pela mão e tiraram varias.

Logo ouviram os chamados pra entrega do prêmio do rei e rainha do baile e foram pra perto dos amigos, viram Giovanna ganhando e depois ficaram juntos aos amigos então não puderem se curtir mas a todo momento se olhavam.

Quando Matheus chegou em casa tinha uma mensagem dela em seu celular:

“Chegou?”

“Oi linda, cheguei sim.”

“Ah tá. Que bom, estava esperando pra ir dormir.”

Ele mandou uma carinha com coração.

“Vou tomar banho pra dormir também. Amanhã tá tudo certo pra nossa praia?”

“Ta sim. Já até avisei meus pais.”

“Que bom! Eu passo aí então. 9h ok?”

“Tá bom. Vou esperar.”

Agora foi a vez dela de mandar uma carinha com coração.

“Esse foi o melhor baile da minha vida! E eu to muito feliz que vc aceitou ser minha namorada!”

“Eu também to Theus! Nunca tinha sido pedida em namoro num baile e eu amei! Aliás, foi a primeira vez que eu fui pedida em namoro e eu amei que tenha sido vc.”

“Só mostra como os outros são um bando de idiotas, uma gata linda dessas eles deveriam estar fazendo filas! Mas agora vc é minha, só minha né?”

“Só sua.”

Agora ela mandou um coração mesmo e depois ficou meio incerta se exagerou mas ao ver a resposta dele que foi um coração também, sorriu feliz.

“Não vou te prender mais, vai lá tomar banho e até manhã. Não vejo a hora de te ver de novo….”

“Nem eu, minha linda. Até amanhã, dorme bem e sonha comigo.”

“Vc também.”

“Óbvio. Uma gata dessas….vou sonhar o tempo todo, louco pra te beijar de novo!”

Alice sorriu mordendo o lábio.

“Também to. Até manhã…”

“Até, bjs minha linda.”

“Bjs Theus.”

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No sábado de manhã, Giovanna pegou um táxi e foi pegar a namorada e depois pra casa de Mel, na verdade estavam na esquina que era onde Duda iria as encontrar por causa das mães da loira, pra elas não verem o carro e iniciarem as perguntas. Duda chegou logo depois delas e logo Mel apareceu.

– Desculpa gente mas minha mães….

– Sem problemas, acabamos de chegar. – Giovanna falou e sorriu pra ela.

– Acabei de chegar, amor. – Duda falou e Mel foi até ela a beijando, as outras duas se olharam e sorriram, afinal….”amor”?

– Vamos então? – Mel se virou pras amigas.

– Vamos. – as duas responderam.

O caminho até a praia no início foi meio em silêncio porque Giovanna e Mari ainda estavam meio sem graça com a ex professora ali, afinal era só a primeira vez que saíam as quatro assim….mas Mel tratava de puxar assunto e aos poucos o clima foi melhorando, afinal Duda não era tão mais velha assim que elas…. Como tinham escolhido uma praia afastada pra ninguém ver Duda com Mel, estava vazia e puderam escolher o lugar que queriam sentar. Mari estendeu a canga na areia enquanto Duda e Mel pediram duas cadeiras e Giovanna deitou ao lado da namorada. Logo viram um ambulante passando e ele veio na direção delas.

– Vocês vão beber? – Duda perguntou pra Giovanna e Mari, elas se entre olharam e quem respondeu foi Mari.

– Não.

– Você também não? – Duda olhou pra Mel.

– Você vai?

– Eu não posso, to dirigindo.

– Então também não vou….- sorriu pra Duda ao falar que sorriu de volta.

– Então ninguém bebe pra te acompanhar, Duda….- Mari falou.

– Vocês vão querer o que? – Duda perguntou porque o ambulante estava ali já. Então pediram uma coca, duas águas de côco e Mel quis um mate.

Mel havia sentado na cadeira com Duda e elas conversavam baixinho assim como Giovanna e Mari na canga, bem casal, um tempo depois Mel chamou Duda e elas foram na água, após chamar as meninas e elas dizerem que não queriam.

– Elas parecem bem né….- Giovanna falou enquanto observava as duas andando até a água de mãos dadas.

– Sim. A Mel está caidinha por ela…- olhou pra namorada sorrindo.

– Ela também parece estar gostando da Mel….

– Sim, acho que está. – elas conversavam olhando pras duas na água.

– Você não gosta muito dela né? – olhou pra namorada.

– Não é isso, ela parece ser legal, meu único problema com ela é o fato dela ainda não ter se separado….a Mel diz que ela vai se separar….enfim…- ela suspirou.

– Isso é ruim mesmo, mas eu acredito que ela não iria enrolar ou mentir pra Mel, ela parece estar apaixonada também….

– Sim. – Mari suspirou voltando a deitar a cabeça na canga- Tomara. – Giovanna a olhou e sorriu, ela continuava apoiada em um dos cotovelos e olhando pra morena.

– Que foi?

– Nada, só to te olhando…- Mari sorriu e viu Giovanna se aproximar dela, segurou a loira pela nuca e se beijaram, um beijo comportado mas que deixou as duas sem ar porque elas não queriam apartar os lábios.

– Eu posso ficar o dia inteiro assim? Te beijando? – a loira sorriu e voltou a beijá-la, agora Giovanna tinha deitado na canga de lado assim como Mari, os toques pelas costas e barriga começavam a fazer as duas suspirarem- Melhor você parar de me beijar assim….

– Por que? – os beijos de Giovanna estavam no pescoço da namorada agora.

– Porque a gente está na praia com a Mel e a Duda e eu preciso me comportar….- Giovanna riu mas continuou a trilha pelo pescoço alheio, ouvia Mari suspirar e o arrepio pelo seu pescoço.

– Aposto como elas vão demorar na água….- Mari respirou fundo tentando obter um auto controle enquanto sentia a namorada passando a ponta da unha pelas suas costas.

– Para Giovanna, de me atentar! – a loira riu alto e a abraçou.

– Quem manda ser viciante assim? Não consigo parar….- a olhou e Mari sorriu.

– Você que é. Meu vicio! Minha linda e meu amor! – voltaram a se beijar mas dessa vez Mari se controlou no beijo.

– Eu quero te perguntar uma coisa….- a loira se afastou só um pouquinho pra a olhar nos olhos.

– Diga….

– Você acha que sua mãe deixa você viajar comigo?

– Viajar? Pra onde?

– Eu vou participar de um festival com a banda e queria muito que você fosse comigo.

– Quando?

– No próximo fim de semana. Vai ser em Tijuana, de sexta a domingo. – Mari ficou a olhando e parou um pouco antes de a responder.

– Adoraria amor, mas não sei se ela e meu pai deixariam não….

– Será que a tia Dani não nos ajuda a convencer eles? – Giovanna deu uma mordidinha no lábio que quase fez Mari perder o raciocínio.

– Posso tentar…mas não garanto.

– Tenta, pelo menos? – Mari balançou a cabeça- Eu ía amar!

– Eu também até porque não gosto da ideia de você três dias sozinha com aquela lá! – Mari revirou os olhos e desviou o olhar.

– Não tem com o que você se preocupar. – tocou no rosto dela a fazendo olhá-la- Eu amo você, não tem nada no mundo que vá mudar isso, é só você que eu quero.

– Eu sei. – ela deitou a cabeça no pescoço da outra e suspirou- Mas eu não gosto. – Giovanna riu mas Mari não viu porque estava ainda na mesma posição- Vou falar com eles tá?

– Tá bom. – Mari a olhou- Quer ir na água agora?

– Vamos.

Ficaram as quatro conversando por um tempo na água, mais tarde resolverem sair pra almoçar, um restaurante ali perto que tinha uma vista incrível assim como a comida, frutos do mar, basicamente. Na hora de pagar, Duda pagou a de Mel e Mari insistia em querer pagar mas Giovanna não deixou.

– Por que você nunca me deixa pagar?

– Porque não. Toma moço, pode passar aqui. – entregou o cartão.

– Aff! – Mari revirou os olhos e recebeu um beijo na bochecha da namorada, Mel e Giovanna se entre olharam e riram. Duda também sorriu mas disfarçando, Giovanna digitou a senha e então o rapaz se foi.

– Bom, eu vou ao banheiro antes de irmos. Já venho. – Duda.

– Vou com você. – Mel se levantou atrás dela.

– Por que você nunca me deixa pagar?? – Mari a olhou contrariada ainda.

– Porque não ué, você é minha namorada. Por que não posso pagar pra você?

– Você também é minha namorada. Por que não posso pagar?? – Giovanna sorriu.

– Ok, vamos tentar dividir às vezes?

– Você sempre fala isso e nunca deixa. – ela ainda estava emburrada e a loira a abraçou.

– Prometo que vamos fazer isso daqui pra frente tá? Mas só às vezes….- Mari a olhou revirou os olhos, a loira riu e lhe roubou um beijo- Me deixa cuidar de você, bebê…- Mari só balançou a cabeça ainda entorpecida com o beijo e o cheiro e o gosto….tudo!

Logo as meninas voltaram e elas se foram, Duda deixou Mari primeiro, depois Giovanna e por último Mel, na verdade parou um pouco antes da esquina pois queria conversar com ela.

– Queria conversar com você…- Duda se virou pra loira ao falar.

– Aconteceu alguma coisa? – ela fez o mesmo.

– Não, está tudo bem. – sorriu pra ela- Só queria te falar uma coisa que eu decidi.

– O que?

– Vou conversar com a Bruna, vou me separar dela. – Mel abriu um sorriso enorme.

– Sério??

– Sério. Não aguento mais Mel. – suspirou- Eu quero o que aconteceu hoje, eu quero poder ir à praia com você, ao cinema, sair como saímos hoje com as minhas amigas também, eu quero poder passar a tarde com você sem ter que ficar me escondendo dentro de um carro…. Eu quero que todo mundo saiba que você é só minha! – Mel sorriu a puxando pela nuca e a beijando- Bom, nem tudo eu vou conseguir, eu sei. Tem as suas mães e você é menor de idade, mas pelo menos eu não vou ter que ir todo dia pra casa e mentir pra Bruna, isso está me matando também….

– Vamos com calma, ok? Uma coisa de cada vez? – Duda respirou profundamente e então balançou a cabeça concordando com ela- Quando você vai falar com ela?

– Hoje, se eu conseguir….não sei se ela já estará em casa agora mas acho que não. Senão, amanhã. Eu prometo, não passa dessa semana, amor. – Mel apenas sorriu e dessa vez Duda quem a beijou.

Mas já eram quase seis da tarde e Mel estava desde de manhã na rua e suas mães começaram a ligá-la, por isso se despediram com a promessa de se verem amanhã na escola com a expectativa de Duda já estar separada…..

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Matheus tinha levado Alice numa praia que ele surfava e que sabia que não ficava cheia, afinal ainda estavam meio se escondendo…

Ela estava deitada na canga pegando um sol enquanto ele surfava, Alice não cansava de o admirar, não sabia quando mudou mas em algum momento algo mudou pois até pouco tempo atrás não o olhava assim, ele era apenas o irmão mais novo da sua melhor amiga, que ela conhecia há anos, desde que se entende por gente, ele era apenas o Theus, e agora era esse garoto que estava mexendo com os seus sonhos e pensamentos, o mesmo que saía da água agora a sorrindo e ela não conseguia desviar o olhar do corpo sarado dele por onde os pingos d’água escorriam, desviou o olhar pros braços que mesmo não sendo muito forte tinham alguns músculos ali e ela achava lindo, sorriu pra ele enquanto via ele se aproximando dela carregando sua prancha em uma das mãos.

– A água está ótima. Não vai entrar? – ele sentou ao lado dela na canga.

– Daqui a pouco….- sorriu pra ele que não teve outra opção a não ser sorrir pra ela e lhe roubar um selinho.

– Quer beber alguma coisa?

– Não tem ninguém passando por aqui…- olhou em volta e realmente não tinha.

– Eu compro lá no quiosque. – apontou pro calçadão.

– Não precisa, daqui a pouco passa alguém….

– Eu compro. – ele se levantou pegando o óculos escuros e a carteira- Você quer o que? – ela subiu novamente o olhar babando no corpo do menino, pra sorte dela estava de óculos escuros e ele não percebeu….- Alice?

– Ah, quero uma água só.

– Tá bom, já venho. – se abaixou dando um selinho nela e sorriu antes de sair.

Ela ficou observando ele andar até o calçadão e como ele passou a mão nos cabelos o ajeitando, percebeu também umas duas meninas arrastando sorrisos pra ele perto do quiosque, pareciam surfistas também…. Não gostou mas ficou na dela! Matheus voltou alguns minutos depois e o beijo que ele lhe deu a fez esquecer o pequeno ciúmes que sentiu….

– Eu não conhecia essa praia….

– Gostou? – estavam abraçados e ele a olhou ao perguntar.

– Sim, é linda! Você vem sempre aqui?

– Já vim, mas não muito….

– Ah tá. Pensei….vi você falando com aquelas meninas….

– Lá no quiosque? – ela só balançou a cabeça- Elas são amigas de um amigo….

– Hum. – Alice desviou o olhar pra frente.

– Que foi?

– Nada. – continuava olhando pra frente.

– O que você acha se eu malhar? – ela o olhou surpresa.

– Por que?

– Porque eu to querendo. Você acha feio?

– Não, se não for muito, não.

– Não vai ser, até porque minhas mães vão ficar em cima. – ele revirou os olhos arrancando riso dela.

– Elas deixaram?

– Sim.

– Não falaram nada? – o olhou achando estranho.

– Perguntaram se eu to namorando…- ele riu.

– E você falou o que?

– Que não, na época não estava….- sorriu pra ela.

– Sua mãe, a tia Dulce disse que você estava diferente….- ele sorriu.

– Elas cismaram com isso. – Alice sorriu meio sem graça- Talvez elas estejam certas….- o olhou e ela sorriu- Vamos na água comigo?

– Não sei Theus, está meio forte….

– Não está nada, linda. Só aqui na ponta porque está quebrando aqui embaixo.

– Mas lá pra baixo fica fundo….

– Eu levo a prancha e você senta na prancha, quer? – a olhou e ela na dúvida- Ah vai? Quero entrar com você…

– Ok. – acabou se rendendo porque ele fez uma carinha fofa.

Então fizeram como ele falou…. Passaram a arrebentação e Alice estava sentada na prancha e ele apoiado nela.

– Senta aqui comigo. Não dá?

– Da. Vai mais pro meio só pra eu subir.

– Isso vai dar certo? Não é melhor eu descer?

– Não, eu consigo, só chega pro meio. – ela fez o que ele pediu e quase que caíram mas deu certo rs.

Estavam os dois sentados um de frente pro outro e com as pernas afastadas, Alice tinha deitado a cabeça no peito dele que a abraçou e eles estavam só assim, sentindo o ventinho e a calmaria do mar e da praia, não tinha quase ninguém lá. O mar praticamente vazio…. Matheus ouviu ela suspirar.

– Aqui é muito lindo….- ela disse e o olhou.

– Muito! A paisagem fica perfeita agora que você está aqui….- ela sorriu toda apaixonada e Matheus a beijou.

O beijo era lento, apaixonado mesmo, ele fazia carinho nas costas dela e ela na nuca dele, de vez em quando suspiravam entre o beijo e aumentavam a velocidade do beijo, depois diminuíam e só faziam carinho um na língua do outro. Mas com o tempo foi difícil conseguirem diminuir a intensidade do beijo e se controlarem, Matheus deu uma apertada mais forte na cintura dela o que fez Alice respirar mais forte e com isso o beijo ía ficando mais sensual…. Os dois davam pequenas pausas nos beijos em busca de ar….

Matheus a puxou pela cintura ao sentir o beijo se intensificar de novo, a colocando em seu colo, Alice gemeu mais forte ao sentir a pegada mais forte em sua cintura e os beijos no pescoço.

– Theus….

– Oi…- ele respondeu sem deixar de fazer o que fazia.

– Melhor a gente parar….

– Por que? – ele perguntou descendo os dedos pelo colo dela até a parte de cima do biquíni dela e tocou na parte interna do seio da namorada. Ela não respondeu porque fechou os olhos contendo um gemido.

Matheus aproveitou que ela estava em seu colo e por isso ligeiramente mais alta e levou a boca a parte descoberta do seio da namorada, Alice o segurou pela nuca e pelos cabelos curtinhos mas que dava pra aliviar o tesão, mas ao sentir a língua dele sendo abusada e tocando seu bico ela gemeu alto sem se controlar.

– Matheus….por favor….- pediu arfando.

Ele nem ligou. Com uma das mãos afastou levemente o biquíni e assim pode a tocar livremente e sem restrições, ela rebolava no colo dele e podia sentir a ereção crescendo. Estavam a ponto de cometer uma loucura e no meio da praia….

– Theus…- ela o puxou o beijando, tentava aliviar o tesão, os dois na verdade- Isso é uma loucura….

– Tem ninguém aqui, linda….- ela respirou fundo tentando se acalmar mas era impossível!

Ele desceu a mão que antes a tocava pela barriga dela até chegar na sua cintura, fazendo ela morder o lábio segurando o tesão, os dois olharam pra baixo juntos e a ereção dele agora estava aparente, Alice desceu a mão até a bermuda dele que fechou os olhos gemendo. Seu cérebro mandava ela parar mas suas mãos ganharam vida e abriram a bermuda dele tocando em seu volume, ele gemeu a puxando pra um beijo. Alice fazia movimentos de vai e vem mas ali a movimentação estava restrita, por isso o pôs pra fora, Matheus gemeu alto e olhou em volta, eles continuavam sozinhos ali, então também tomou coragem e a tirou de seu colo pra que ele pudesse a tocar também…. Estavam os dois se tocando, no meio daquele mar e o tesão só crescia!

– Você trouxe camisinha? – ela falou.

– Na minha mochila. – os dois suspiraram com pesar. A mochila estava na areia e ninguém pretendia sair dali.

– Melhor parar então….- ela falou com uma quase dor, sentia que poderia gozar logo….

– Não Alice, não me pede isso, por favor….- ele sussurrou contra os lábios dela- Você está quase gozando….eu também…

– Mas como? Sem camisinha….

– Deixa eu por, eu tiro antes.

– Matheus, não. Isso não dá certo e…- ele a interrompeu.

– Não confia em mim?

– Confio, mas….- ele a calou com um beijo.

– Deixa vai….- sussurrou contra os lábios dela e Alice mesmo sabendo que não devia, não conseguiu dizer nada, mal conseguia pensar! Fechou os olhos e Matheus que tomou a iniciativa, a puxou pro seu colo, escorregou a calcinha dela pro lado e a penetrou.

Os dois gemeram alto sentindo o contato da pele um do outro, Alice buscou o beijo dele enquanto rebolava em seu colo, mas os movimentos eram contidos, primeiro porque ninguém poderia perceber e segundo pra não caírem da prancha….

Matheus levou a mão a sua cintura a apertando e Alice o abraçou literalmente quicando no colo dele que estava em êxtase! Quase esqueceu mas conseguiu a tirar antes de gozar, Alice ficou o olhando enquanto ele gozava….o grito não foi nem um pouco disfarçado. Ele a olhou e sorriu, em seguida a puxou pro seu colo e terminou o que seu pênis fazia, a fez gozar com dois dedos.

Os dois estavam abraçados tentando se acalmar….

– Que loucura! – ela falou já mais calma e ele a olhou e os dois riram- Não faz mais isso. – falou séria.

– Você deixou….

– Eu nem estava raciocinando, Theus…. Sério, não faz mais.

– Ok. Da próxima vez eu trago a camisinha quando viermos pra água.

– Palhaço! – ela deu um tapinha nele porque ele ria, acabou rindo também e o abraçando.

– Foi tão ruim assim?

– Não, foi maravilhoso! – o olhou e sorriu, deu um selinho nele antes de continuar- Mas eu fico com medo, pode dar merda né….

– Eu não ía fazer isso com você. Em mim, você pode confiar.

– Eu sei, eu confio, meu lindo. – mais sorrisos e mais beijos.

Um tempo depois voltaram pra areia.

– Que foi? – ele estava de lado apoiado em um dos cotovelos e Alice o olhava sorrindo.

– Nada. Não posso olhar pro meu namorado? – ela fazia carinho no rosto dele que a cada momento se aproximava mais.

– Pode. – ele se virou colocando uma das pernas entre a dela mas se apoiava nos cotovelos pra não fazer peso nela. Roçou os lábios- Você deixa?

– O que?

– Me apaixonar por você? – a olhou nos olhos ao falar sem desgrudar os rostos e Alice sorriu, fazia carinho no rosto dele.

– Você precisa da minha permissão pra isso? – sussurrou.

– Sim. Porque eu não quero me decepcionar de novo….

– Eu não sou a Mari, Matheus. – falou séria e meio brava.

– Não to falando dela, to falando da gente. Eu não quero me decepcionar com a gente. – a olhou nos olhos ao falar.

– Então eu vou te contar uma coisa que eu não tinha falado ainda por medo do que você ía achar, mas como me pediu em namoro ontem não pode terminar comigo hoje né?

– Por que eu terminaria com você? – a olhou ao perguntar afastando minimamente os rostos. Ela sorriu antes de falar.

– Eu to.

– O que?

– Apaixonada por você. – ele sorriu e a beijou.

– Eu quero contar pra todo mundo, Alice. – a olhou ainda em cima dela e com os rostos próximos- Não quero mais esconder, não tem porquê. Quero falar pra todo mundo que você é minha namorada, te apresentar pros meus amigos….- ela sorria o olhando- Quero que todo mundo saiba que eu to muito feliz e que você me faz muito bem!

– Eu também to muito feliz, meu príncipe. – ela passou a mão nos cabelos dele o jogando pra trás.

– A gente pode contar então? Eu posso contar pra todo mundo que eu tenho a namorada mais gata dessa cidade? Minha loirinha de olhos verdes….- ela sorriu toda boba.

– Você pode fazer o que quiser…- ela o beijou e eles rolaram na canga ficando de lado, ao terminarem o beijo ficaram se olhando, os narizes se roçando e ambos com um sorriso bobo nos lábios.

– Acho que não vai ser difícil….

– O que?

– Me apaixonar por você….- ele falou de olhos fechados e com a mão fazendo carinho na nuca dela, Alice estava de olhos abertos o olhando- Talvez eu até esteja já…- ele abriu os olhos ao fim da frase vendo o sorriso dela e a beijou, mais uma vez.

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Ana Paula batia incansavelmente na porta, estava transtornada com tudo que tinha a assolado assim que Gabi saiu e aquela garota a puxou a beijando. Que ridículo né? Cair no choro no meio do beijo! Mas isso não ficaria assim! A porta chegava a tremer de tão forte que eram as batidas.

Gabi levantou assustada da cama, não dormia, estava se sentindo suja, tinha tomado um banho assim que chegou, esfregou o rosto e os lábios como se assim fosse tirar o cheiro e o gosto de Ana Paula dela. Tudo em vão, mas não se permitiu derrubar nenhuma lágrima no caminho até a porta, estava cansada daquilo tudo!

Foi até a porta e a abriu assustada, viu Ana Paula ali e quando os olhares se cruzaram, percebeu como Ana Paula a olhava com raiva.

– Que foi? – perguntou sem saco e Ana Paula deu um passo à frente pra entrar mas Gabi não deixou- O que você pensa que está fazendo?

– Eu quero falar com você.

– Nós não temos nada pra falar Ana Paula. Sai daqui! – Gabi tentou fechar a porta mas Ana Paula botou o pé na frente impedindo.

– Você vai me ouvir! Você pensa que é quem pra chegar lá, atrapalhar tudo e sair assim?!

– Atrapalhei o que Ana Paula?? Quando eu saí de lá você parecia muito bem, por sinal! – ela conseguiu empurrar a porta e com isso Gabi foi pra trás, e Ana Paula entrou batendo a porta em seguida- Você vai acordar o prédio todo!

– Dane-se! Você vai me ouvir!

– Ah não enche! Não tenho nada pra falar com você!! – dito isso ela foi pra cozinha mas Ana Paula a seguiu- O que você quer?! – ela perguntou ainda de costas, mas se virou logo depois. Gabi deixou o copo d’água que ela tentou beber pra ver se acalmava um pouco, em cima da pia.

– Falar com você, já disse!

– Fala então. – Gabi se rendeu suspirando. Não aguentava mais discutir com ela.

– Você não devia ter ido lá!

– Ai tá, já ouvi essa parte. – ela disse revirando os olhos.

– Cala a boca, eu to falando! Você não devia ter ido lá, por que não me ouviu?? – Gabi apenas a olhou e respirou fundo, de saco cheio- Aquilo não é lugar pra você, me atrapalhou!

– Atrapalhei em que?! Em você dar pra cinco numa noite só?? Ah não enche! Volta lá e faz ué!

– Se eu quiser dar pra cinco numa noite só, eu dou Gabriela! Quem você pensa que é pra se meter??

– Ninguém, não sou ninguém. – ela se virou de costas.

– Eu sempre disse, você sempre soube! Eu sou assim! Eu fico com quem eu quiser, na hora que eu quiser, do jeito que eu quiser, você nem ninguém tem nada a ver com isso!!

– Ok Ana Paula. Se era só isso, você pode por favor….- apontou pra porta.

– Não, eu não posso!! – ela gritou indo na direção da menina- E você vai me ouvir!!

– Pra que? Pra você me machucar um pouco mais? Já não basta?! – elas estavam perto e os olhos de Gabi lacrimejaram ao falar.

– Sim! Eu quero te machucar!! Eu quero! – ela bateu no peito de Gabi logo acima dos seios- Você não tinha o direito de fazer isso comigo, não tinha, ouviu??

– Tudo isso é por causa de uma foda? Tá puta por isso??

– Não! Eu to puta porque você podia ter enfiado uma faca e rodado, rodado….varias vezes! Muitas Gabriela! Seria melhor, doeria menos! – Gabi a olhou assustada, sem entender do que ela falava.

– O que doeria menos?

– O que você fez. – ela fechou as mãos no pescoço de Gabi que não fraquejou, a olhava nos olhos tentando entender. Ela então pegou uma mão de Gabi e colocou sobre seu peito que ouviu como o coração estava disparado, associou ao claro destempero dela- Você não podia! – apontou o dedo pra ela e Gabi viu seus olhos lacrimejados.

Então ela se afastou e encostou na parede oposta, bateu a cabeça ali de olhos fechados e em seguida deslizou até o chão. Gabi a olhava sem entender nada, até um pouco preocupada, nunca tinha a visto tão desequilibrada assim…

– Você….você. A culpa é toda sua! – ela abaixou a cabeça enterrando a nas mãos.

– Afinal de contas o que eu fiz pra você estar desse jeito, Ana Paula?? Não to entendendo nada! – ela se aproximou ao falar e quando Ana Paula levantou o olhar, ela viu as lágrimas em seu rosto. Entendeu menos ainda agora.

– Você entrou na minha vida mesmo eu te mandando ficar longe! – ela se levantou de supetão ficando frente a frente com ela.

– Nossa, sou tão horrível assim que você precisa ficar nesse estado por isso?

– Porque você não me ouve Gabriela! Eu mando você ficar longe e você não me ouve!

– Vai embora então Ana Paula! Porra, que merda!

– Por que? Me diz, por quê? – Ana Paula voltou a se aproximar. Gabi ainda estava encostada no móvel da pia- Por que você não me ouviu e se afastou?

– Porque eu te amava….- sussurrou.

Ana Paula abaixou a cabeça a balançando irritada, as mãos cobrindo o rosto, parecia uma criança birrenta!

– Não! Ouviu? Não!!! Você não podia me amar, que droga! Eu sou toda errada, será que não vê? – a olhou, ela realmente estava com os olhos sofridos. Gabi apenas balançou a cabeça indicando um não- Mas eu sou Gabriela, que droga!! Eu sou…- sussurrou se virando de costas- Eu faço isso que você viu, eu fico com quem eu to afim, na hora que eu to afim, quando enjoo ou não quero mais, eu vou embora, porque nada me prende, porque não sou obrigada a seguir as regras! Eu sou assim e dane-se o que os outros estão pensando! – a olhou- Não to procurando carinho nem amor, é sexo, só sexo! Amor eu tenho com a minha família e amigos. Na rua é só usar e jogar fora. – Gabi apenas meneou a cabeça, ela já sabia, além dela já ter dito isso varias vezes, ela viu e sentiu também- Então por que você não ficou longe?

Gabi respirou fundo antes de responder.

– Acho que sou burra….- ela limpou uma lágrima que rolou do seu rosto mas permaneceu de cabeça baixa.

– Sim, você é, muito burra. – Gabi a olhou e ela estava próxima novamente.

– Por que você está me contando tudo isso Ana Paula? Eu já sei, eu já ouvi. Está querendo me fazer sofrer mais? É isso? – Gabi também não controlava as lágrimas. Ana Paula apenas deu mais um passo na direção dela e pegou sua mão novamente, a colocando sobre seu peito, mais uma vez estava disparado.

– Você não podia ter feito isso comigo.

– O que eu fiz com você? – as duas se olhando nos olhos agora, Gabi fechou os olhos ao sentir as duas mãos segurando seu rosto e as testas quase coladas.

Ana Paula balançou a cabeça e tinha um sorriso que beirava o desespero, ainda sem a olhar e de olhos fechados, falou:

– Me devolve a minha vida. Devolve o controle que eu tinha dela. – ao ouvir, Gabi levantou o olhar e a olhou mas Ana Paula continuava de olhos fechados agarrada à ela.

– Me devolve a minha então….- nisso Ana Paula abriu os olhos mas não tirou as mãos do rosto de Gabi.

– Por que você fez isso? – sussurrou e Gabi apenas suspirou.

– Foi você quem fez, meu amor. – nisso, ela apoiou as mãos na cintura da outra a puxando levemente pra ela, pela primeira vez tocando em Ana Paula. Ela ouviu a loira respirar fundo de olhos fechados e morder o lábio.

– Eu não sei fazer isso….- abriu os olhos ao falar- Você…- ela parou e balançou a cabeça.

– Me diz o que quer….

Ana Paula voltou a colar suas testas e respirar fundo.

– Me desculpa, me desculpa….- a abraçou se agarrando à ela como se dependesse dela pra viver. Gabi a abraçou com toda a calma e carinho.

– Tá tudo bem….

– Não, não está. – ela balançava a cabeça e então olhou pra Gabi- Eu não sei fazer isso, eu não sei nem como você tem paciência comigo, eu sou toda errada e….- Gabi a cortou colocando o dedo sobre seus lábios.

– Você não é errada, é tudo que eu quero. – Ana Paula levantou o olhar pra ela e ficou a olhando.

– Ainda? – Gabi fez que sim com a cabeça- Por que?

– Porque eu te amo. – Ana Paula fechou os olhos sentindo cada célula do seu corpo reagir àquela frase, seu coração mais uma vez disparou loucamente. Um frio na barriga que ela nunca tinha sentido, não se entendia e isso a irritava um pouco.

– Me desculpa tudo que eu fiz, tudo que eu fiz você ver e fazer hoje…. Eu não queria, eu queria parar.

– E por que não parou?

– Porque eu não sabia, eu senti medo e o meu orgulho…. Quando eu vi eu já estava sendo a Ana Paula de antes, eu só não admitia que eu perdesse o controle assim, Gabi. Que você me fizesse perder o controle assim!

– Eu? – Gabi perguntou meio surpresa.

– Sim, você. – Ana Paula viu a expressão dela perdida e deu um leve sorriso.

– Não to entendendo, do que está falando?

– Você vai mesmo me fazer falar, Gabi? – esta só balançou a cabeça.

– Se você quiser que eu entenda, sim.

Ana Paula respirou fundo mais de uma vez, sentia sua perna mole, seu corpo meio tremia de tanto nervoso. Sentia uma dor ao deixar aquelas palavras saírem da boca dela, mas falou:

– Eu amo você. – sentiu-se leve ao falar mas ao olhar pra Gabi e ver a cara dela assustada panicou, teve que se segurar no móvel atrás dela pra não cair. Vendo a cara de paisagem de Gabi e como não a olhava começou a dar passos pra trás, Gabi só acordou quando ela estava na porta da cozinha saindo.

– O que você disse?

– Nada. Eu vou embora. Desculpa. – estava se virando pra sair.

– Era mentira? – Gabi falou mais alto e ela parou e se virou- Hein? – Ana Paula abaixou a cabeça- É mentira Ana Paula? – parou na frente dela e o máximo que a loira conseguiu fazer foi balançar a cabeça e arrancou um sorriso gigante de Gabi- Fala de novo?

– Não. – ela abaixou a cabeça a balançando- Não consigo, não me faz falar de novo.

Gabi se aproximou dela, a abraçou pela cintura e com o sorriso maior do mundo pediu:

– Por favor meu amor, fala de novo? – Ana Paula a olhou no fundo dos olhos e viu a emoção da outra, por isso não resistiu, a abraçou e sussurrou:

– Eu te amo.

Gabi a olhou, o sorriso bobo e largo não saía dos lábios dela.

– Será que agora você pode me beijar? – Gabi sorriu- Eu to realmente com medo.

Gabi com toda a sua fofura tocou no rosto da mulher à sua frente e a beijou.