Nightingale

Capítulo 101 – Alex sendo Alex

N/A: Eu fiz uma playlist no spotify pra Nightingale:

https://open.spotify.com/user/anonimo403998/playlist/2WAHrqQ78rlGNuualHDeT5

Espero que o link funcione =P (realmente não sei se vai, mas se não funcionar alguém me avisa pfvr!!!). De toda forma essas são as músicas da surpresa na ordem:

He Is We – All About Us (Live/Acoustic)

Lady Antebellum – Can’t take my eyes off of you

Brooke Fraser – Love is waiting

Blake Shelton – Who are you when I’m not looking

Ed Sheeran – Thinking out loud

Bruno Mars – Count on me

Birdy – Tee Shirt

Jessie J – L.O.V.E

 

POV Erika

Saio de um longo e relaxante banho enxugando meus cabelos e usando apenas uma calcinha. Olho ao redor e nem sinal de Alex, como esperado já que ela deveria estar esperando a nossa comida que já era para estar chegando. Abro a porta do nosso closet (que eu achei extremamente desnecessário, mas como Alex e eu o compartilhávamos, acabei que não me arrependendo tanto), rapidamente acho uma regata preta larga com UFC escrito em azul claro na frente. Visto um top verde escuro antes da regata e pego um short curto preto que vou usar também para dormir.

Volto para o quarto e vejo a toalha de Alex jogada em cima da cama, ela deve ter ido tomar banho no quarto de hóspedes e voltou largando a toalha em cima da cama. Rolo os olhos, ela sabe que peço para não fazer isso, mas sempre faz para me provocar. Vou até a cama e pego a toalha, mas algo chama a minha atenção. Bem no centro da cama estão vários papéis pequenos com frases curtas escritas. Eu os conheço muito bem, deveriam estar dentro de um pequeno envelope dentro de uma das minhas gavetas, mas estavam ali.

Olho para eles e pego um franzindo o cenho, só metade deles e o envelope estavam ali. Olho em volta procurando o resto deles e percebo outro montinho perto da porta entreaberta. Me aproximo, mas não os pego. Não preciso pega-los para saber o que está escrito em casa um, o tempo deixou marcas diferentes em cada pedaço de papel e eu reconheço todas elas. Abro a porta e vejo uma trilha deles indo pelo corredor na direção da sala que tinha as luzes apagadas.

Ando até a sala e encontro todo um cenário montado. A mesa de centro estava afastada deixando mais espaço entre ela e o sofá. Sobre ela havia comida, italiana pelo que notei já que eram massas, vi a lasanha e minha boca salivou, era a minha comida preferida entre massas, depois de pizza claro. Vi também uma garrafa de vinho. Eu não tinha o costume de beber, mas Alex sempre gostava de algumas cevejas. Os talheres estavam ali, taças também, eu nem me lembrava de que tínhamos taças. O cheiro de lavanda finalmente foi notado por mim, olhei em volta e vi velas aromatizadas pelos cantos ajudando a manter a meia luz criada pela luz baixa.

Uma música começou a tocar e eu notei Alex atrás da bancada da cozinha colocando sobre a mesma o controle do aparelho de som. Ela tinha um sorriso no rosto enquanto me olhava e eu só consegui sorrir de volta. Ela andou na minha direção e parou a minha frente, as mãos dela na minha cintura e as minhas nos seus ombros. Ela me puxa, deixando-nos bem próximas, e começa a se mover no ritmo da musica. Eu odeio dançar, sou péssima nisso, mas Alex não é muito melhor que eu. Por isso mal saímos do lugar e a musica nem está na metade quando começamos a rir de nós mesmas.

– Ok, essa parte não deu certo mesmo – ela fala rindo e me olhando.

– Essa? Tem mais ‘partes’? – pergunto sorrindo e ela se estica para me beijar.

– Tem várias partes a mais – ela fala rindo e me segura pela mão me trazendo para o tapete da sala.

Nos sentamos de frente uma para a outra com a mesa ao nosso lado e eu olho aquela comida toda. Eram porções para três pessoas, o que para nós duas seria talvez até pouco, mas estava bom. Olho para a minha guitarrista que está com um sorriso bobo olhando para mim. A musica de fundo deixava um toque muito intimo naquele cenário todo.

– Pediu uma das minhas comidas favoritas – falo encarando a lasanha e voltando a olhar para Alex que está rindo um pouco.

– Sei que você também gosta de ravióli então achei que eram a combinação perfeita – diz ela beijando as costas da minha mão que ela ainda não tinha soltado.

Quando me solta Alex pega a garrafa de vinho que já estava quase aberta e termina de abrí-la servindo meia taça para cada uma antes de recolocar a garrafa no lugar inicial. Eu pego a minha taça e dou um pequeno gole, é doce, bem doce. Eu não gosto muito de bebidas alcólicas, mas vinho é o que eu ainda aceito tomar por causa do cheiro agradável que um bom vinho costuma ter, só que isso me torna bem exigente.

– Preparou isso tudo por que? – pergunto colocando a taça na mesa imitando Alex que tinha tomado um gole bem maior que o meu deixando apenas metade da quantidade inicial o que me faz notar que ela estava nervosa.

– Só queria fazer uma surpresa – diz ela sorrindo e puxando o prato com o ravióli para mais perto de nós deixando a lasanha um pouco mais afastada – Aproveitar que podemos ficar essa noite sozinhas e curtir a minha namorada – ela completa me entregando um garfo.

Não falo nada sobre isso. Alex romântica não é algo incomum, mas fico quieta pensando se por algum acaso eu não esqueci alguma data importante, o que faria ela estar rindo de mim agora por eu não lembrar. Mas nada me vem a mente. Nosso aniversário de dois anos foi a dois meses e meio, não há aniversários nem nada do tipo. Chegamos ainda mais perto uma da outra, as pernas dela passando pelo meu lado direito por baixo da mesa e as minhas pelo lado esquerdo dela. Tomo mais um pequeno gole do vinho antes de começar a comer e só então ela faz o mesmo.

Dividimos o mesmo prato comendo devagar, hora ou outra bebendo um pouco do vinho. Não sei de que restaurante ela pediu isso, mas era um dos melhores raviólis que eu já havia comido. As vezes ela parava tomando um pouco do vinho e depois me encarava sorrindo. Quando eu a olhava de volta e sorria também ela se aproximava e me beijava carinhosamente, nunca era só um selinho e eu sempre ficava com o gosto do vinho misturado com o molho vermelho do ravióli na boca.

Eu estava no final da minha segunda taça e Alex da terceira quando começamos a comer a lasanha. Era de presunto e queijo, a minha favorita. Alex está me encarando e eu a encaro de volta com o mesmo tipo de olhar que ela tem. Admiração, devoção, carinho, amor, tudo apenas num olhar. Ela se aproxima e me beija mais uma vez.

 

POV Alex

Eu a olho, o cabelo ainda molhado, os lábios um pouco vermelhos por causa do molho do ravióli e do vinho, tão linda como sempre. Quando ela me encara de volta eu não resisto e a beijo de novo, mas dessa vez solto meu garfo e coloco uma mão na cintura dela e outra no pescoço puxando-a para mais perto, aprofundando o beijo. É lento, torturante, com o passar do tempo nós duas descobrimos que gostávamos mais assim, sempre com calma, sem pressa.

Esse beijo foi longo e delicioso. Há muito que Erika não tinha mais receio de nada e me beijava sem medo nem pudores ou controle de si mesma. Nossos lábios estavam mais vermelhos quando esse beijo terminou, mas era por causa das pequenas mordidas que uma deu nos lábios da outra entre provocações e sorrisos. Quando nos separamos eu mordi o queixo dela fazendo-a rir antes de suspirar por eu ter começado com beijos no pescoço dela. Eu queria continuar, mas me fiz parar voltando meu rosto de frente ao dela e dando mais um selinho demorado que foi correspondido enquanto a mão dela fazia pressão no meu braço que estava em sua cintura.

Não falamos nada, apenas sorrimos e continuamos a comer. Ainda não era a hora certa, eu queria esperar mais. Comemos a lasanha entre goles de vinho e beijos com as mãos livres sempre em contato uma com a outra, a minha parada na cintura dela, a dela apenas apoiada sobre a minha coxa. Terminamos a lasanha e, apesar de não estarmos cheias ficamos satisfeitas. Eu peguei o vinho e as taças vazias com uma mão e me levantei puxando Erika até o sofá.

Parei e pensei em nos fazer sentar no sofá, mas antes que eu pudesse me decidir Erika se senta no chão com as costas contra o sofá e me puxa para baixo. Penso em me sentar ao lado dela, mas isso quase me faz rir então me sento sobre as coxas da minha morena, ficando no colo dela. Erika ri de mim e se arruma me fazendo ficar sentada entre as pernas dela, as minhas sobre a perna esquerda dela enquanto que a direita ela dobra e eu me encosto nela como se eu estivesse numa cadeira ou sofá, mas tenho certeza de que nenhum seria tão bom quanto estar ali.

– Você quer me embebedar, só pode – comenta ela rindo de mim enquanto sirvo mais vinho para nós duas e entrego a taça dela nas suas mãos.

– Não quero não – respondo segurando o riso, embebedá-la eu não queria mesmo, a mim eu já não tinha tanta certeza, talvez se eu me embebedasse tivesse mais coragem de fazer o que planejei tanto.

– Então porque estamos quase terminando uma garrafa de vinho? – ela pergunta me abraçando pela cintura com um braço e bebendo um pouco do líquido roxo da sua taça.

– Porque eu estava com vontade de tomar um vinho e curtir a presença da minha mulher – respondo dando de ombros e me virando para beijá-la outra vez, o gosto do vinho se misturando com o gosto, já bem conhecido por mim, da boca de Erika e deixando tudo ainda melhor – Mas se quiser podemos deixar o vinho para depois – falo contra os lábios dela afastando as nossas taças e me ajoelhando sobre o colo dela – Tenho certeza de que posso achar outra coisa muito interessante para fazermos agora – digo em um sussurro perto do pescoço dela antes de colocar minhas nãos no meio daquele cabelo preto e macio.

Sinto as mãos de Erika me puxarem para mais perto colando nossos corpos enquanto a boca dela se abre me dando toda a liberdade que eu quisesse ter. Sinto vontade de leva-la para o nosso quarto e nos jogar sobre a nossa cama só para poder tirar todas essas peças de roupa que já me incomodavam, mas me controlo. “Ainda não, Alex”, digo a mim mesma, “ainda não”. Vou diminuindo o ritmo do beijo até estar dando só selinhos longos; minhas mãos agora fazendo um carinho discreto no pescoço de Erika.

– Ok – ela diz ainda de olhos fechados e com as mãos na minha cintura – O que você está aprontando, dona Alex? – ela pergunta abrindo os olhos e apertando um pouco as mãos na minha cintura – Eu te conheço, nem adianta dizer que não é nada, a Alex de sempre ia estar querendo tirar minhas roupas aqui mesmo.

– Sobremesa – falo simplesmente, eu não teria condições de articular uma frase inteira encarando aqueles olhos azuis profundos e escuros de desejo.

Me levanto e vou até a cozinha, aproveitando para levar as taças e o resto do vinho. Aproveito o ar frio que sai da geladeira para tentar me acalmar enquanto pego um pedaço grande de bolo que eu tinha deixado separado num prato. Respiro fundo e volto para Erika, não me sento em seu colo dessa vez. Coloco o prato com o bobo entre nós duas e me sento de frente para ela. Erika está me encarando com uma expressão suspeita, o que não a culpo. Eu não sou de negar fogo desse jeito. Quando a coisa começa a esquentar sou sempre eu que coloco ainda mais lenha na fogueira e hoje eu a abafei.

Comemos em silêncio, ela diz que estava bom depois de acabarmos e ficamos a nos encarar. Ficamos nisso por quase dois minutos quando ela balança a cabeça rindo de mim e pega o prato com os garfos dizendo que vai leva-los para a pia. Eu digo que não precisa e ela dá de ombros me ignorando.

– Amor, deixa na mesinha que depois a gente guarda – falo vendo ela se aproximar da mesa de centro e começar a pegar o resto dos pratos.

– Não, vou pelo menos levar tudo para a pia, depois começamos a conversar e…outras coisas – ela murmura mais baixo – Não quero esquecer isso aqui.

– Me deixa ajudar então – falo me levantando e ela ri me mandando ficar sentada.

– Pode ficar ai – ela diz pegando tudo sozinha – Fica e pensa. Tem algo acontecendo e eu quero saber, então tem que decidir como me contar até eu vontar.

“Mal sabe ela”, é o que eu penso ao vê-la indo para a cozinha. Não é decidir contar ou não, é tomar coragem para falar de uma vez. Aproveito que ela não está aqui e coloco a mão no meio do estofado do sofá pegando a pequena caixa de veludo preta que estava escondida ali, atrás de algumas almofadas. Seguro ela com firmeza. Eu não posso falar merda, tenho que fazer tudo certinho, não posso fazer besteira logo nesse momento, é importante demais para algo dar errado!

Mas eu sou a Rainha do “Fazer merda na hora errada”. Como posso não ficar nervosa com isso tudo?!?!

Caralho!! Eu nem sei o que pode dar errado nessa situação!!!

Ela me ama. Eu a amo. Já moramos juntas. Já somos mais ligadas do que casais que estão juntos a décadas. Nos entendemos por olhares, toques, gestos. Eu sei dizer se ela está bem ou não só ouvindo o som da voz dela!!!

Não existe motivo para essa insegurança nem para esse nervosismo. Eu não sou mais aquela Alex que não acreditava em amor e relacionamentos para vida inteira. Já faz três anos que eu conheci o amor da minha vida e que eu sei, desde aquele dia, que eu não quero viver sem ela.

Meus pensamentos são interrompidos quando vejo Erika voltando para a sala. Disfarço a caixa atrás de mim e quando ela vai se sentar eu a puxo para o meu colo. Ela se senta com as duas pernas sobre as minhas e meio virada de frente para mim. Aqueles olhos azuis me encaram como se pudessem ler a minha mente….talvez possam.

Seguro o rosto dela com as duas mãos e a puxo pra mim. Nos beijamos daquele mesmo jeito de antes, enquanto ainda estávamos comendo e eu tive que largar os talheres para beijar essa mulher. A minha mulher. Ela já é minha, assim como eu sou dela. Nos pertencemos sem a necessidade de alguém reconhecer isso. Reconhecimento é só uma formalidade, mas hoje eu sinto que é uma formalidade da qual eu não quero abrir mão.

Me separo dela ainda segurando o seu rosto. Erika me encara com um olhar entre a dúvida e a diversão. Eu não costumo fazer a indecisa assim, eu não costumo dar pausas. Mas eu preciso dessa pausa, preciso olhar para o rosto dessa mulher porque fazendo isso eu vejo todo o meu futuro nos detalhes dessa face.

– Eu te amo – sussurro de um jeito em que consigo colocar toda a importância desse sentimento nessas três palavras e isso me assusta e assusta ela também, porque a intensidade com que minha voz sai da minha boca deixa claro que o que vem a seguir é algo sério.

– Eu também te amo – ela responde, ela sempre responde, ela nunca deixa de me dizer o mesmo quando eu me declaro pra ela assim, posso sentir na voz dela a intensidade do que ela sente por mim também, o meu jeito de falar fez o dela ficar sério, tenso e profundo também.

– Você sabe que é a mulher da minha vida não sabe? – pergunto num tom divertido e sorridente, o que eu faria era importante, mas não precisava ser tenso.

– Sei – ela diz respirando mais aliviada por eu estar sendo mais eu mesma – E você é o amor da minha vida – ela diz beijando a minha testa.

– Como é que você consegue amar essa coisa doida e inconsequente que eu sou hein? – pergunto em tom de brincadeira – Eu sei que sou linda. E gostosa também. Não sou de se jogar fora e faço um bom sucesso com as mulheres. Mas você me ama? Como pode?!? – falo rindo quando ela rola os olhos.

– É por causa dessa sua humildade sabe – diz Erika dando de ombros e me fazendo rir.

Ela ri também e logo estamos as duas gargalhando da minha idiotice. Afinal, eu sou eu e não posso deixar uma conversa séria por muito tempo. Esse era o problema até agora, eu tentei ser romântica, mas romântica de uma forma séria e eu não sou assim. Tá, eu posso ser, mas não por muito tempo.

– Espero que essa minha humildade seja o bastante para você me aturar a vida toda – falo olhando no fundo dos olhos dela.

– Você é uma grande idiota. Se acha demais. Faz tanta palhaçada que deveria ser artista de circo e não guitarrista – ela fala ainda rindo – Mas eu te amo. Te amo e, pode acreditar, vai ter que me ter do seu lado até o final das nossas vidas – ela completa me dando um selinho demorado.

– É bom não esquecer que me disse isso Senhorita Anderson – digo contra os lábios dela enquanto Erika ainda está de olhos fechados e ela sorri pra mim.

Eu tiro uma mão da cintura dela e puxo a caixa preta que estava atrás de mim. Sentindo a falta da minha mão Erika se afasta um pouco e abre os olhos no momento em que eu ergo a caixa abrindo-a e deixando a mostra o par de alianças de ouro. Vejo os olhos azuis se arregalarem e ela ficar sem expressão. Eu deveria fazer o pedido, mas essa reação dela me deixa nervosa.

– Espero que não esteja querendo voltar atrás nessas suas palavras sobre me ter do seu lado até o final das nossas vidas – falo com um sorriso sem graça e Erika me encara com aquela expressão surpresa.

– Você está brincando comigo não é? – ela pergunta ficando séria o que me assusta ainda mais.

– Bem – falo forçando um riso sem jeito – Depois de um jantar romântico e trocar juras de amor, eu não acho que brincar com você seria inteligente.

– Alex Lancaster – disse ela num tom ainda mais sério.

– Essa sou eu – falo num sussurro enquanto fecho um pouco os olhos.

Ouço ela rir e abro os olhos encarando-a de um jeito indignado e confuso. Ela me dá um selinho ainda rindo.

– Sua idiota – diz ela em meio ao riso – Não acha que está esquecendo de fazer a coisa mais importante?? – ela pergunta me encarando e ficando apenas com um sorriso divertido, minha expressão confusa faz ela rir de novo.

– Poxa Erika, dá um desconto – falo ficando emburrada e cruzando os braços em frente ao peito – Eu estou nervosa pra caramba aqui, né!

– Alex – ela me chama e eu a encaro, sinto ela tomar a caixa das minhas mãos, mas continuo encarando-a enquanto ela analisa o par e então me olha com a caixa na minha direção, um sorriso surge nos lábios dela me distraindo por um segundo antes dela colocar os lábios no meu ouvido e sussurrar – Alex Lancaster, você quer se casar comigo? – ela pergunta e eu me dou conta da burrada.

– Puta merda – falo batendo com a palma da mão na testa enquanto ela se afasta rindo – Não acredito que você fez de novo! – falo desesperada enquanto Erika começa a gargalhar – Caralho Erika! Porque você faz isso? Eu compro as alianças, mas é sempre você que faz o pedido!

– Eu não tenho culpa se você é lerda – ela diz gargalhando e meu olhar fica sério.

 

POV Narradora

Erika para de rir ao sentir o jeito de Alex mudar. A guitarrista está séria, os olhos estreitos e com um olhar perigoso que faz um arrepio percorrer a coluna da lutadora. Num pulo Erika se levanta e começa a correr com as alianças ainda na caixa que agora se fechou. Alex levanta e corre atrás dela impedindo a morena de fechar a porta do quarto. A menor empurra a madeira fazendo Erika se afastar enquanto continuava a rir, mas de repente o riso dela some após um grito baixo de susto. Isso por que Alex a joga na cama de bruços e sobe em cima das costas da morena.

– Agora você vai pagar por rir de mim – ela sussurra tirando a caixa com as alianças da mão de Erika e jogando-a para os pés da cama.

A guitarrista prende Erika abaixo de sí impossibilitando a morena de conseguir se virar. Depois de dois anos juntas Alex acabou por aprender algumas coisinhas que a ajudavam a quebrar a marra da lutadora quando estavam na cama. Com as mãos espalmadas a guitarrista ergue a regata da morena enquanto deixa suas palmas deslizarem pelas costas largas da namorada. Erika tenta se erguer e se virar, mas isso só ajuda Alex que aproveita o movimento para empurrar a regata e o top para cima deixando os seios da morena expostos.

Alex se deita sobre as costas da morena, suas mãos entrando entre o corpo dela e o colchão indo em direção aos seios da outra que fica paralisada ao sentir as mãos da guitarrista tocarem aquela região provocando um arrepio na lutadora. Alex massageia os seios da namorada, a falta de espaço não é impedimento para que ela consiga deixar a maior excitada apenas com aquele toque.

Quando sente que Erika começa a ficar com a respiração irregular Alex retira as mãos provocando um resmungo de desgosto que a menor acompanha com uma risada fraca. A guitarrista tira sua camisa e então se inclina para baixo colocando a boca na nuca descoberta da lutadora e deixando ali uma mordida um pouco mais forte.

– Tira essa camisa vai – sussurra a menor no ouvido da morena provocando um suspiro.

Erika dobra os braços, segura a camisa e, mesmo deitada, termina de passa-la pela cabeça e a tira de sí.

– Boa menina – murmura Alex beijando o espaço entre os ombros da maior – Agora, eu vou te soltar um pouquinho, mas você não está autorizada a se levantar – diz ela num tom sedutor que provoca arrepios em Erika.

– E quem disse que você pode mandar em mim?? – pergunta Erika de um jeito petulante que faz Alex rir.

A menor abaixa o short e a calcinha da morena de uma vez e então se afasta tirando o próprio short enquanto termina de retirar as ultimas roupas da lutadora. Erika se apoia na cama e fica de joelhos assim que sente o peso de Alex se afastar. A menor logo volta a colocar o corpo dela sobre o da namorada, mas não consegue derrubá-la de volta na cama.

– Eu falei que não manda em mim – murmurou Erika rindo baixo por estar de joelhos, apesar de Alex estar atrás de si a abraçando pela cintura firmemente.

– E quem disse que eu não queria que ficasse desse jeito? – pergunta a guitarrista descendo uma mão e subindo a outra enquanto começa a morder as costas da lutadora que arregala os olhos ao entender o que a namorada estava fazendo.

Alex toca a intimidade de Erika e sente o quanto aquelas pequenas provocações já fizeram a maior ficar excitada. Ela sabe que está num estado idêntico, mas se concentra em provocar a outra movendo seus dedos lentamente sobre o clitóris da morena que fecha os olhos sentindo suas forças sumirem. A outra mão da guitarrista está nos seios da lutadora, apertando, massageando e excitando os mamilos com toques firmes e decididos.

Quando Erika começa a gemer baixinho Alex para e a joga de costas sobre os travesseiros assustando a morena que não esperava aquele movimento brusco. A guitarrista sobe em cima da outra se sentando sobre o quadril da maior provocando um leve tremor em Erika ao causar pressão contra a intimidade da morena. Alex se inclina e beija a boca da namorada com desejo. Erika aproveita para soltar o feicho frontal do sutiã da namorada e tirá-lo do corpo de Alex antes de expalmar suas mãos sobre os seios da menor fazendo-a suspirar contra sua boca.

Mas Alex não deixa ela continuar por muito tempo. Logo depois ela agarra os pulsos da morena e os coloca para cima. Então para e elas se encaram com suas respirações irregulares se misturando

– Eu nunca faço nada certo mesmo – diz a menor com um sorriso cafajeste – Mas acho que acabar com você nua na minha cama é um castigo muito bom pra ser classificado como tal.

– Cale a boca logo Alex – diz a morena rindo e tentando beijar a menor.

– Shhh – diz Alex afastando a boca – Fica ai ou eu te faço chegar no limite só para depois te impedir de gozar.

– Você não faria isso – fala Erika surpresa vendo a guitarrista se afastar e ir para os pés da cama.

– Experimenta sair dai então – provoca Alex, mas Erika prefere não arristar.

Quando Alex volta ela está com a caixa na mão aberta e mostrando as duas alianças.

– Erika Anderson – diz a menor puxando a outra para se sentar – Eu sou uma louca, tenho todos os defeitos do mundo. Mas eu te amo. Te amo de verdade e sei que vou amar pro resto da minha vida. Quer casar comigo? – ela pergunta mostrando os anéis.

– E quem foi que disse que você não faz nada certo hein? – pergunta Erika sorrindo e dando um selinho na guitarrista – Sim, eu quero – ela fala depois.

Com o maior sorriso do mundo Alex retira as duas alianças e coloca uma na mão esquerda de Erika que logo depois coloca a outra na mesma mão da menor. Alex segura a mão da morena, sua noiva, sua mulher e beija a mão dela exatamente sobre a aliança.

– Agora sim – sussurra a menor e Erika a encara sorrindo enquanto ela joga para qualquer canto a caixa vazia das alianças – Agora podemos continuar – diz ela antes de surpreender Erika colocando uma mão na intimidade da morena e empurrando-a contra os travesseiros antes de começar a atacar o pescoço da lutadora com beijos e mordidas – Já sei que vou adorar a noite de núpcias – provocou Alex antes de descer o rosto para os seios da maior.

Erika só conseguiu gemer enquanto sentia a menor trabalhar. Naquela noite Alex deu tanto prazer à lutadora que, quando parou Erika mal aguentava se mover de tão exausta que estava. E Alex também teve sua cota de orgasmos provocados pela morena, mas Erika não teve muita chance de comandar as coisas. Quando queria, a guitarrista acabava com a marra da lutadora em poucos toques, beijos e carícias. No fim elas adormeceram abraçadas, Erika com o rosto no pescoço de Alex e a guitarrista com um sorriso enorme no rosto. Naquela noite elas não quiseram sonhar, a realidade era melhor do que qualquer sonho que a mente delas poderia proporcionar.



Notas:



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