Nightingale

Sinopse:

Às vezes, é onde a gente menos espera que encontramos tudo aquilo que estávamos  procurando e nem sabíamos. Eu encontrei ela em uma noite qualquer; uma noite ruim. Que veio em seguida à um dia péssimo e que antecedeu uma manhã horrível. Mas nada disso supera os dias impossíveis de serem suportados que antecederam àquela fatídica noite. A noite em que conheci aquela destinada a livrar minha vida e minha existência da solidão em que outra havia me atirado.

Mas…será que ela seria mesmo capaz disso? Era ela….mas eu a deixaria me resgatar??Eu conseguiria confiar novamente a ponto de deixa-la me segurar e me tirar daquele buraco escuro, frio e solitário onde eu mesma me enfiei depois de ter sido feita em pedaços??? Será que ela conseguiria mesmo me concertar?? Ou eu não conseguiria deixar que isso acontecesse???

 
Prólogo 
Ela entrou naquela casa de shows se sentindo completamente contrariada e irritada por ter sido arrastada pelas duas colegas de treinos e alguns dos rapazes que também treinavam com ela. Boates e casas noturnas não eram um ambiente no qual Erika conseguia se sentir confortável, por isso mesmo já fazia mais de anos que não entrava em um lugar desses. E agora estava ali, numa casa de shows para assistir à uma banda da qual uma de suas colegas, Melissa, era incrivelmente fã.

Ela mesma nunca havia sequer ouvido uma musica da tal banda, tão novos e desconhecidos eles eram. Mas Erika também não era do tipo que acompanhava as mudanças do mundo musical de toda forma. Fora que ela se sentia completamente desconfortável naquele tipo de ambiente. Muita gente em um espaço pequeno, som alto demais para uma boa conversa, cheiro de bebida e perfumes misturados no ar; além do que Erika sabia que isso era só o começo, em pouco tempo o ar teria também cheiro de suor.

E, além de tudo, ela não parecia se enturmar; sempre se sentindo deslocada. Enquanto todos usavam roupas novas e bonitas, todos arrumados e bem vestidos, Erika usava apenas um casaco de moletom verde escuro com capuz por cima de uma regata azul marinho, uma calça jeans desbotada e esfarrapada com os joelhos rasgados, um cinto de couro marrom escuro com uma fivela simples de metal preto e um tênis Adidas marrom. Fora isso o único detalhe a mais era um colar com placas de metal que estava no pescoço dela.

Enquanto isso Melissa e Katerine usavam blusas coladas, uma com uma saia de comprimento médio e a outra com um jeans colado e ambas com sapatilhas, cabelos bem penteados e com maquiagem, unhas feitas e bem perfumadas. Os dois rapazes que acompanhavam as três também estavam com roupas bonitas, calças novas, sapa-tênis, um com uma camisa de social marrom e o outro com uma polo cinza; ambos bem perfumados e arrumados.

Vale descrever um pouco mais os acompanhantes e a própria Erika. Melissa, 23 anos, com seus 170 cm, olhos verdes, cabelos castanhos mel encaracolados e num corte abaixo dos ombros, cuja cor ajudava a manter seu apelido e com a pele levemente bronzeada. Katerine tinha 25 anos e 175 cm, cabelos num tom loiro e lisos que chegavam até a metade das costas e incríveis olhos azuis junto à uma pele muito clara. Henry, 24 anos, também tinha a pele mais clara, mas não tanto quanto Katerine, cabelos castanhos escuros e olhos azuis completavam a descrição do rapaz que tinha 178 cm e era muito forte. O outro rapaz era Frederick, 22 anos, negro, com olhos castanhos de um tom escuro e com a cabeça raspada, mas com uma sombra de barba; 185 cm e ainda mais forte do que Henry.

Já Erika, 24 anos, além de forte era alta, 180 cm, pele bronzeada e morena, seus cabelos negros cortados num corte curto e sem linha deixando-os bagunçados e com as mechas cada uma de um tamanho diferente. Junte à descrição os olhos extremamente azuis de um tom muito escuro que quase chegava ao preto naquela iluminação baixa. Entretanto, ao contrário das outras duas garotas que tinham curvas definidas, mas seios pequenos, Erika tinha os seios de tamanho médio junto a todas as outras curvas das outras garotas. Era isso o que dizia claramente a qualquer observador que, apesar do visual masculino, se tratava de uma mulher.

Mas vamos voltar ao motivo de estarem os cinco ali naquela casa de shows. O lugar já estava quase cheio, mesmo sendo uma banda desconhecida era sexta-feira e as pessoas queriam se divertir independente da musica que tocasse. Mas aquele grupo de amigos havia comparecido ao local para ver a banda já que Mel estava tendo um rolo que, segundo ela, “ainda não dá pra chamar de namoro” com o baterista da banda. Tudo parecia correr bem, apesar de Erika estar irritada por causa da quantidade gente. Mal sabia ela que quando a noite terminasse ela ficaria em dúvida se teria sido uma noite muito boa ou incrivelmente ruim.