Nos Corais de Veronna

Capítulo 10 – O caminho do amor e do desejo é uma trilha única que levam a diferentes destinos.

10. Capítulo: O caminho do amor e do desejo é uma trilha única que levam a diferentes destinos.

__ Está rindo de quê? – Quis saber a ruiva. Sentou-se ficando de frente para Mia. __ De mim?
__ Pra você. – Tocou-lhe a face. __ Me sinto bem ao seu lado.
__ Você é tão linda. – Delineou a face de Mia com as pontas dos dedos. __ Quantas não se perderam no azul desses olhos? – Desceu as mãos e tirou lentamente a blusa da morena. Tocou os seios arredondados fazendo-a arrepiar-se por completo. __ E nessas curvas? Quantas não se perderam sem que pudessem achar o caminho de volta? – Olhava fascinada para o corpo de Mia. __ Se eu me perdesse nesses muitos caminhos… Será que encontraria o caminho de volta?
__ Isso você só tem um jeito de saber. – Conduziu a mão de Mabhe até seu sexo. __ Me liberta. – Sussurrou no ouvido da ruiva.
__ Libertar?… Libertar de quê? – Perguntou confusa.
__ Dos traumas que me impedem de me entregar novamente de corpo e alma. – Lançou um olhar suplicante. __ Eu sei que você é a única capaz de fazer isso.
__Eu… Eu não sou a pessoa mais indicada, Mia. – Afastou-se lentamente. A fotógrafa a impediu.
__ Não Mabhe… Não faz assim. Não vai embora novamente. Para de fugir de mim. Eu sou completamente apaixonada por você… Nós…
__ Não existe “nós” Mia. – Desprendeu-se. __ Você sabe que sou uma mulher casada e…
__ E é mais cômodo apenas transar, não é? – Olhava indignada para a mulher a sua frente.
__ Pensei que fosse o que estava acostumada. – Sustentou o olhar.
__ Não. Não estou acostumada com mulheres levianas e vadias. – Caminhou até a porta. __ Saia do meu quarto.

Mabhe vestiu-se e saiu sem olhar para trás. Mia bateu a porta agressivamente. Rumou para o banheiro, ligou o chuveiro e entrou com o restante de roupa que vestia.
Não soube por quanto tempo permaneceu debaixo d´água. Pensou nas atitudes que tomara até aquele momento, no seu inesperado sentimento por Mabhe e os efeitos que ele lhe causara. Buscava uma explicação por ter se entregado tanto a alguém que mal conhecia. Sentiu raiva de si mesma.
Saiu do chuveiro decidida a tirar do peito todo aquele sofrimento e de voltar a ser a velha Mia Levien. Sabia que era preciso se reorganizar e focar-se no ponto central de sua chegada a Veronna: O trabalho.
Pegou o telefone e discou o número do escritório do irmão.

__ Samuel, serei direta. Que ideia é essa de fazer da revista o cartão de visita do hotel Lumiére La Vi? Desde quando a Levien Lugares se propõe a fazer um trabalho tão medíocre e mercenário?
__ Desde que entramos no vermelho, Mia. – Deu uma pausa. __ As pessoas estão preferindo acessar a Internet para programar suas viagens ao invés de comprar revistas. Esse trabalho é a salvação da lavoura, minha irmã.
__ Como assim Samuel? Por que você não me avisou?
__ Eu te conheço Mia. Você não permitiria isso. Faria de tudo para encontrar outro jeito, mas essa é a melhor opção que consegui.
__ E toda aquela história de “divirta-se” “aproveite sua estadia nesse paraíso” “não precisa ter pressa de me enviar as fotos” Por que não foi sincero sobre a seriedade do trabalho?
__ Porque Mia Levien trabalha bem melhor quando também se diverte. Essa é você minha irmã. Eu não podia tirar a sua essência.
__ Você não entende, Sal… Poderia ter evitado tantas coisas. – Lamentou.
__ Do que está falando? O que aconteceu? – Preocupou-se.
__ Nada, nada. Tenho que sair agora… Preciso tirar algumas fotos. Mais tarde nos falamos, Sal. Não se preocupe, vai dar tudo certo.
Despediram-se.

__ Mais essa agora. Como se trabalhar aqui já não fosse desgastante o suficiente, ainda tenho que me preocupar em salvar a revista.

Horas depois…

__ É aqui Mia. É nessa pedra que nossos turistas se divertem fazendo rapel.
__ Ok. Vou procurar os melhores ângulos daqui de baixo. Depois nós subimos.
__ Subimos? Você quer dizer… Escalamos?
__ Aham. – Disse olhando pra cima.
__ Peraí Mia… Eu… Eu nunca fiz isso. – Falou assustado.
__ É como dizem, Guto: Pra tudo tem a primeira vez. – Sorriu para o assustado rapaz.

Minutos depois, Mia e Guto estavam no meio da enorme pedra. Junto a eles, outros turistas praticavam o esporte.

__ Tudo bem com você, Guto? – Perguntou divertida ou ver o amigo tremendo de medo, mesmo ao lado do instrutor.
__ Mia, não nasci pra isso. Quero te esperar lá em baixo.
__ Tudo bem, medroso. Vou até o topo. Nos vemos no hotel.

O rapaz desceu com ajuda do instrutor. Ao chegar em terra, foi cumprimentado por Renata.

__ Guto, você fazendo rapel? Que novidade é essa?
__ A… A Mia me con…Convenceu. – Falava com dificuldade.
__ Calma, respira. Toma um pouco disso. – Ofereceu a garrafa de água que bebia. __ Onde está a Mia?
__ Ainda está lá em cima. – Disse recuperando o fôlego.
__ Me diz uma coisa, trilha está na lista de vocês, certo?
__ Está sim.
__ E a nossa fotógrafa não sabe que eu sou a instrutora de trilha, sabe?
__ Não, mas qual é o problema? – Perguntou intrigado.
__ Nenhum. – Ficou pensativa. __ É que eu gostaria de saber quando ela pretende fazer a trilha… É que a Mabhe vai precisar de uma ajudinha com a lancha e como eu sei que você morre de vontade de pilotar eu pensei que… – viu o brilho nos olhos do rapaz. __ Que você pudesse trocar comigo. Afinal, a Mia estaria em boas mãos e a lancha do hotel também… Topa?
__ Claro! – Disse empolgado. __ Não acho que a Mia verá problemas nisso.
__ Claro que não! Mas assim… Eu quero fazer uma surpresa pra ela, então faremos o seguinte…

Mia e suas amigas conversaram durante horas ao telefone. Contou-lhes detalhadamente todas as coisas que lhe aconteceram durante sua estadia em Veronna. Explicou a situação em que se encontrava ao ter em seus ombros a responsabilidade de tirar a revista do vermelho.

__ É, meninas, mas isso não seria tão difícil se eu não tivesse me apaixonado pela mulher do rei de Veronna.
__ Amiga, parece história de novela! Estamos loucas para conhecer a famosa Mabhe La Vi.
__ Fale por si só Luna, aliás é o que você está fazendo todo esse tempo. Mia, da próxima vez você me liga e conta as novidades, nada de conferência, essa loira aguada mal me deixa falar.
__ Meninas! Dá pra dar um tempo? Eu estou precisando da ajuda de vocês. O que eu quero saber é quando vocês podem aparecer por aqui?
__ Eu posso ir na próxima semana. – Disse a loira.
__ Eu vou precisar de mais duas semaninhas, Mia. Tenho que fazer umas coisas pro meu pai.
__ Ok. Meninas tenho que ir agora. Luna, te vejo próxima semana, venha vestida para matar. Tenho planos pra você! – Sorriu.
__ Sempre a postos!

Assim que desligou o telefone, a morena deitou-se na intenção de adormecer. Toda vez que ficava sem uma atividade, sua mente a levava até a pequena ruiva. Durante todo o dia, evitou ver Mabhe, ainda que de longe. Fora salva pelo cansaço, sem demora adormeceu.

A trilha…

__ Vou te deixar com a instrutora. A Mabhe vai precisar de uma ajuda minha. Tudo bem pra você?
Mia se sentiu incomodada ao ouvir o nome da mergulhadora.
__ Não… Problema algum. Mas essa instrutora vai demorar? Odeio esperar, Guto.
__ Não. Já, já ela está chegando. Até mais Mia. – Despediu-se.

Não demorou muito para que Renata chegasse com sua bermudinha caqui, mostrando suas coxas bem torneadas e uma camisetinha branca a qual Mia poderia ver além, sem que tivesse visão de raio X.

__ Pronta pra tirar as fotos dos lugares mais lindos de Veronna? – Disse sorridente.

Mia estava sentada numa pedra. Tirou os óculos escuros e olhou para garota em pé a sua frente, de baixo para cima.

__ Deixa eu ver se adivinho… Você é a instrutora de trilha? Acertei?
__ Na mosca!
__Certo… E onde está o resto do pessoal?
__ Hoje a trilha é diferenciada. Só faremos eu e você. Tenho certeza que você não quer um monte de turistas espantando os bichinhos que tão gentilmente posarão para as suas fotos.
__ Alguém já te disse que você tem um poder de persuasão incrível? – Sorriu quebrando sua resistência.
__ Pode ter certeza que meus poderes vão além da persuasão. – Sorriu maliciosa. Mia sorriu e balançou a cabeça.

Iniciaram a trilha.

O caminho era um verdadeiro paraíso. Árvores de todos os tipos e plantas de todas as espécies, formavam o cenário mais belo que Mia já tivera o prazer de fotografar.
Por alguns minutos, permaneceram caladas, até que Renata quebrou o silêncio.

__ Olha Mia… Eu procurei uma oportunidade de te dizer que o ocorrido na festa do ponche não deixou nenhum ressentimento. A Mabhe conversou comigo e me explicou o que aconteceu. Na verdade eu gostaria de te pedir desculpas por ter saído daquela forma, você só quis ajudar e eu entendi tudo errado.

Mia já esperava por aquela conversa. No caminho, entre uma foto e outra, ensaiava mentalmente uma bela resposta a dar.

__ Não se preocupe Renata. Realmente tudo não passou de um mal entendido. Eu que não deveria ter me metido nos problemas alheios, mas agora eu vou evitar me meter em confusão.

__ Poxa, mas nem uma confusãozinha gata assim como eu? – Brincou.
__ Ah… Uma confusão com umas pernas como as suas. – Alisou as pernas da instrutora. __ Quem não gostaria de se meter? – desabotoou a bermuda de Renata.
__ Então não hesite… Meta-se. – pediu com a voz rouca de desejo.

Mabhe estava ao lado de um casal de turistas ansiosos pela aula de mergulho. Aguardavam apenas a lancha que os levariam para o mar aberto. Estranhou ao ver Guto pilotando.

__ Guto, onde está a Renata? – Disse próxima a lancha.
__ Hoje ela está fazendo uma trilha e me pediu para vir no lugar dela.
__ Mas onde está a Mia? Você não deveria estar com ela agora?
__ Ela está fazendo trilha com a Renata.

Isso caiu como uma bomba para Mabhe. O desagrado pela notícia recebida estava estampado em sua face. Respirou fundo e virou-se para os hóspedes que esperavam por alguma posição.

__ Gente… Eu… Eu infelizmente não poderei dar aula de mergulho hoje. – Virou-se para o rapaz que no momento estava frustrado e confuso, assim como o casal. __ Guto, por que você não pega a lancha e vai dar um passeio com nossos turistas? – Guto voltou a sorrir.
__ Claro Mabhe! – Disse enérgico. __ Mas… Se a senhora preferir… – Hesitou. __Eu vou chamar a Renata e a senhora pode dar a sua aula, não gostaria de causar problemas.
__ Não se preocupe Guto. Não tem nada a ver com você. Pode deixar que com a Renata eu me entendo. – Disse visivelmente zangada. __ Você sabe que trilha pegaram?
__ A Renata havia comentado uma vez que o caminho mais bonito era a trilha do riacho, acredito que ela tenha levado a Mia para tirar as fotos lá.
__ “Eu sei muito bem pra quê ela levou a Mia” – Pensou. __ Mas uma vez me desculpem. Preciso ir. – saiu apressada em direção ao local onde eram realizadas as trilhas.

10. Capítulo: O caminho do amor e do desejo é uma trilha única que levam a diferentes destinos.

__ Está rindo de quê? – Quis saber a ruiva. Sentou-se ficando de frente para Mia. __ De mim?
__ Pra você. – Tocou-lhe a face. __ Me sinto bem ao seu lado.
__ Você é tão linda. – Delineou a face de Mia com as pontas dos dedos. __ Quantas não se perderam no azul desses olhos? – Desceu as mãos e tirou lentamente a blusa da morena. Tocou os seios arredondados fazendo-a arrepiar-se por completo. __ E nessas curvas? Quantas não se perderam sem que pudessem achar o caminho de volta? – Olhava fascinada para o corpo de Mia. __ Se eu me perdesse nesses muitos caminhos… Será que encontraria o caminho de volta?
__ Isso você só tem um jeito de saber. – Conduziu a mão de Mabhe até seu sexo. __ Me liberta. – Sussurrou no ouvido da ruiva.
__ Libertar?… Libertar de quê? – Perguntou confusa.
__ Dos traumas que me impedem de me entregar novamente de corpo e alma. – Lançou um olhar suplicante. __ Eu sei que você é a única capaz de fazer isso.
__Eu… Eu não sou a pessoa mais indicada, Mia. – Afastou-se lentamente. A fotógrafa a impediu.
__ Não Mabhe… Não faz assim. Não vai embora novamente. Para de fugir de mim. Eu sou completamente apaixonada por você… Nós…
__ Não existe “nós” Mia. – Desprendeu-se. __ Você sabe que sou uma mulher casada e…
__ E é mais cômodo apenas transar, não é? – Olhava indignada para a mulher a sua frente.
__ Pensei que fosse o que estava acostumada. – Sustentou o olhar.
__ Não. Não estou acostumada com mulheres levianas e vadias. – Caminhou até a porta. __ Saia do meu quarto.

Mabhe vestiu-se e saiu sem olhar para trás. Mia bateu a porta agressivamente. Rumou para o banheiro, ligou o chuveiro e entrou com o restante de roupa que vestia.
Não soube por quanto tempo permaneceu debaixo d´água. Pensou nas atitudes que tomara até aquele momento, no seu inesperado sentimento por Mabhe e os efeitos que ele lhe causara. Buscava uma explicação por ter se entregado tanto a alguém que mal conhecia. Sentiu raiva de si mesma.
Saiu do chuveiro decidida a tirar do peito todo aquele sofrimento e de voltar a ser a velha Mia Levien. Sabia que era preciso se reorganizar e focar-se no ponto central de sua chegada a Veronna: O trabalho.
Pegou o telefone e discou o número do escritório do irmão.

__ Samuel, serei direta. Que ideia é essa de fazer da revista o cartão de visita do hotel Lumiére La Vi? Desde quando a Levien Lugares se propõe a fazer um trabalho tão medíocre e mercenário?
__ Desde que entramos no vermelho, Mia. – Deu uma pausa. __ As pessoas estão preferindo acessar a Internet para programar suas viagens ao invés de comprar revistas. Esse trabalho é a salvação da lavoura, minha irmã.
__ Como assim Samuel? Por que você não me avisou?
__ Eu te conheço Mia. Você não permitiria isso. Faria de tudo para encontrar outro jeito, mas essa é a melhor opção que consegui.
__ E toda aquela história de “divirta-se” “aproveite sua estadia nesse paraíso” “não precisa ter pressa de me enviar as fotos” Por que não foi sincero sobre a seriedade do trabalho?
__ Porque Mia Levien trabalha bem melhor quando também se diverte. Essa é você minha irmã. Eu não podia tirar a sua essência.
__ Você não entende, Sal… Poderia ter evitado tantas coisas. – Lamentou.
__ Do que está falando? O que aconteceu? – Preocupou-se.
__ Nada, nada. Tenho que sair agora… Preciso tirar algumas fotos. Mais tarde nos falamos, Sal. Não se preocupe, vai dar tudo certo.
Despediram-se.

__ Mais essa agora. Como se trabalhar aqui já não fosse desgastante o suficiente, ainda tenho que me preocupar em salvar a revista.

Horas depois…

__ É aqui Mia. É nessa pedra que nossos turistas se divertem fazendo rapel.
__ Ok. Vou procurar os melhores ângulos daqui de baixo. Depois nós subimos.
__ Subimos? Você quer dizer… Escalamos?
__ Aham. – Disse olhando pra cima.
__ Peraí Mia… Eu… Eu nunca fiz isso. – Falou assustado.
__ É como dizem, Guto: Pra tudo tem a primeira vez. – Sorriu para o assustado rapaz.

Minutos depois, Mia e Guto estavam no meio da enorme pedra. Junto a eles, outros turistas praticavam o esporte.

__ Tudo bem com você, Guto? – Perguntou divertida ou ver o amigo tremendo de medo, mesmo ao lado do instrutor.
__ Mia, não nasci pra isso. Quero te esperar lá em baixo.
__ Tudo bem, medroso. Vou até o topo. Nos vemos no hotel.

O rapaz desceu com ajuda do instrutor. Ao chegar em terra, foi cumprimentado por Renata.

__ Guto, você fazendo rapel? Que novidade é essa?
__ A… A Mia me con…Convenceu. – Falava com dificuldade.
__ Calma, respira. Toma um pouco disso. – Ofereceu a garrafa de água que bebia. __ Onde está a Mia?
__ Ainda está lá em cima. – Disse recuperando o fôlego.
__ Me diz uma coisa, trilha está na lista de vocês, certo?
__ Está sim.
__ E a nossa fotógrafa não sabe que eu sou a instrutora de trilha, sabe?
__ Não, mas qual é o problema? – Perguntou intrigado.
__ Nenhum. – Ficou pensativa. __ É que eu gostaria de saber quando ela pretende fazer a trilha… É que a Mabhe vai precisar de uma ajudinha com a lancha e como eu sei que você morre de vontade de pilotar eu pensei que… – viu o brilho nos olhos do rapaz. __ Que você pudesse trocar comigo. Afinal, a Mia estaria em boas mãos e a lancha do hotel também… Topa?
__ Claro! – Disse empolgado. __ Não acho que a Mia verá problemas nisso.
__ Claro que não! Mas assim… Eu quero fazer uma surpresa pra ela, então faremos o seguinte…

Mia e suas amigas conversaram durante horas ao telefone. Contou-lhes detalhadamente todas as coisas que lhe aconteceram durante sua estadia em Veronna. Explicou a situação em que se encontrava ao ter em seus ombros a responsabilidade de tirar a revista do vermelho.

__ É, meninas, mas isso não seria tão difícil se eu não tivesse me apaixonado pela mulher do rei de Veronna.
__ Amiga, parece história de novela! Estamos loucas para conhecer a famosa Mabhe La Vi.
__ Fale por si só Luna, aliás é o que você está fazendo todo esse tempo. Mia, da próxima vez você me liga e conta as novidades, nada de conferência, essa loira aguada mal me deixa falar.
__ Meninas! Dá pra dar um tempo? Eu estou precisando da ajuda de vocês. O que eu quero saber é quando vocês podem aparecer por aqui?
__ Eu posso ir na próxima semana. – Disse a loira.
__ Eu vou precisar de mais duas semaninhas, Mia. Tenho que fazer umas coisas pro meu pai.
__ Ok. Meninas tenho que ir agora. Luna, te vejo próxima semana, venha vestida para matar. Tenho planos pra você! – Sorriu.
__ Sempre a postos!

Assim que desligou o telefone, a morena deitou-se na intenção de adormecer. Toda vez que ficava sem uma atividade, sua mente a levava até a pequena ruiva. Durante todo o dia, evitou ver Mabhe, ainda que de longe. Fora salva pelo cansaço, sem demora adormeceu.

A trilha…

__ Vou te deixar com a instrutora. A Mabhe vai precisar de uma ajuda minha. Tudo bem pra você?
Mia se sentiu incomodada ao ouvir o nome da mergulhadora.
__ Não… Problema algum. Mas essa instrutora vai demorar? Odeio esperar, Guto.
__ Não. Já, já ela está chegando. Até mais Mia. – Despediu-se.

Não demorou muito para que Renata chegasse com sua bermudinha caqui, mostrando suas coxas bem torneadas e uma camisetinha branca a qual Mia poderia ver além, sem que tivesse visão de raio X.

__ Pronta pra tirar as fotos dos lugares mais lindos de Veronna? – Disse sorridente.

Mia estava sentada numa pedra. Tirou os óculos escuros e olhou para garota em pé a sua frente, de baixo para cima.

__ Deixa eu ver se adivinho… Você é a instrutora de trilha? Acertei?
__ Na mosca!
__Certo… E onde está o resto do pessoal?
__ Hoje a trilha é diferenciada. Só faremos eu e você. Tenho certeza que você não quer um monte de turistas espantando os bichinhos que tão gentilmente posarão para as suas fotos.
__ Alguém já te disse que você tem um poder de persuasão incrível? – Sorriu quebrando sua resistência.
__ Pode ter certeza que meus poderes vão além da persuasão. – Sorriu maliciosa. Mia sorriu e balançou a cabeça.

Iniciaram a trilha.

O caminho era um verdadeiro paraíso. Árvores de todos os tipos e plantas de todas as espécies, formavam o cenário mais belo que Mia já tivera o prazer de fotografar.
Por alguns minutos, permaneceram caladas, até que Renata quebrou o silêncio.

__ Olha Mia… Eu procurei uma oportunidade de te dizer que o ocorrido na festa do ponche não deixou nenhum ressentimento. A Mabhe conversou comigo e me explicou o que aconteceu. Na verdade eu gostaria de te pedir desculpas por ter saído daquela forma, você só quis ajudar e eu entendi tudo errado.

Mia já esperava por aquela conversa. No caminho, entre uma foto e outra, ensaiava mentalmente uma bela resposta a dar.

__ Não se preocupe Renata. Realmente tudo não passou de um mal entendido. Eu que não deveria ter me metido nos problemas alheios, mas agora eu vou evitar me meter em confusão.

__ Poxa, mas nem uma confusãozinha gata assim como eu? – Brincou.
__ Ah… Uma confusão com umas pernas como as suas. – Alisou as pernas da instrutora. __ Quem não gostaria de se meter? – desabotoou a bermuda de Renata.
__ Então não hesite… Meta-se. – pediu com a voz rouca de desejo.

Mabhe estava ao lado de um casal de turistas ansiosos pela aula de mergulho. Aguardavam apenas a lancha que os levariam para o mar aberto. Estranhou ao ver Guto pilotando.

__ Guto, onde está a Renata? – Disse próxima a lancha.
__ Hoje ela está fazendo uma trilha e me pediu para vir no lugar dela.
__ Mas onde está a Mia? Você não deveria estar com ela agora?
__ Ela está fazendo trilha com a Renata.

Isso caiu como uma bomba para Mabhe. O desagrado pela notícia recebida estava estampado em sua face. Respirou fundo e virou-se para os hóspedes que esperavam por alguma posição.

__ Gente… Eu… Eu infelizmente não poderei dar aula de mergulho hoje. – Virou-se para o rapaz que no momento estava frustrado e confuso, assim como o casal. __ Guto, por que você não pega a lancha e vai dar um passeio com nossos turistas? – Guto voltou a sorrir.
__ Claro Mabhe! – Disse enérgico. __ Mas… Se a senhora preferir… – Hesitou. __Eu vou chamar a Renata e a senhora pode dar a sua aula, não gostaria de causar problemas.
__ Não se preocupe Guto. Não tem nada a ver com você. Pode deixar que com a Renata eu me entendo. – Disse visivelmente zangada. __ Você sabe que trilha pegaram?
__ A Renata havia comentado uma vez que o caminho mais bonito era a trilha do riacho, acredito que ela tenha levado a Mia para tirar as fotos lá.
__ “Eu sei muito bem pra quê ela levou a Mia” – Pensou. __ Mas uma vez me desculpem. Preciso ir. – saiu apressada em direção ao local onde eram realizadas as trilhas.



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