Nosso Estranho Amor

31. Por que essa morena me deixa tão confusa?

DIAS ATUAIS

 

Parece que eu estava vivendo em um mundo paralelo, revivendo todo meu passado de uma só vez, mas tudo fez mais sentido quando acordei sentindo alguém tocar meu ombro e ouvindo uma voz bem conhecida.

–Tia Gi, você tá bem? Você estava chorando? Acho que estava tendo pesadelo. -sentei na cama e me deparei com algumas lágrimas. Não era possível que chorava mesmo enquanto dormia.

–Desculpa Enzo, acho que te acordei. Mas eu tô bem sim. -disse sem convencer a mim mesma sobre isso.

–Você falava enquanto dormia, até chamou pela Pietra. Pedia para a sua mãe te perdoar e dizia estar com saudade dos seus pais. Tia, os seus pais morreram? -o menino indagou curioso.

–Não Enzo. Os meus pais estão vivinhos da silva, mas há alguns anos não temos mais contato. Esse é um assunto que não gosto de falar e vamos combinar… Você já é um rapazinho de nove anos. Acho que não vai insistir em um assunto que não quero, né?

–Claro tia Gi. Não vou perguntar mais nada. -fez um gesto de boca de siri e achei muito engraçado.

–Vamos fazer mais um trato. Não pergunte absolutamente mais nada sobre o que a Débora disser, muito menos se esse assunto tiver o nome Pietra e Bianca.

–O problema tia Gi é que já sei que você e a Pietra namoraram por muito tempo, até sonhou com essa moça essa noite. Você vai largar a tia Ágatha pra ficar com ela? Você ama a Pietra? -por essas perguntas não esperava, apenas ri de nervoso.

–Claro que não meu lindo, não vou largar a Ágatha, nós namoramos, entenda que a Pietra faz parte do meu passado. -tentava convencer a mim própria do que dizia.

–Você não respondeu a minha outra pergunta. Ainda ama a Pietra? -Enzo insistiu e agora era eu que me controlava para não perder a paciência com o menino.

–Enzo, por favor, não me faça perguntas que nem eu mesma sei as respostas, e essa conversa já tá me cansando. -falei sentindo minha cabeça doer.

–Só não magoa a minha tia se não vou ficar muito bravo com você. -Enzo disse seriamente.

–Não tenho a menor intenção de magoar ninguém, muito menos a Ágatha. Agora promete esquecer esse assunto? -o que mais queria era colocar um ponto final naquela conversa.

–Prometo tia Gi. Palavra de escoteiro. -disse me abraçando fortemente.

Consultei o meu celular e percebi que ainda era muito cedo, não era nem cinco horas da manhã.

–Enzo, não quer dormir mais um pouco? Ainda tá cedo pra se preparar pra escola.

–Tô sem sono. A tia Ágatha me fez dormir sem jantar. Tô morrendo de fome.

–Então vamos lá preparar o nosso café.

No final das contas não sabia quem estava com mais fome, se era o Enzo ou eu, estávamos disputando para ver quem comia mais.

–Tia Gi, não desiste da tia Ágatha. Eu sei que ela tem uma personalidade muito forte, um gênio muito difícil, mas ela te ama. -confesso que por esse assunto eu não esperava.

–De onde tirou essa ideia de que vou desistir da ruivinha?! -ria nervosamente tentando esconder meu embaraço. -Nós acabamos de nos acertar e estamos bem.

–Já disse várias vezes que sou criança, mas não sou burro. Pra você ter ido dormir comigo é porque não estão bem.

–Mas foi uma briga boba Enzo, confia em mim…

Tratei logo de terminar aquele assunto. Não estava a fim de debater sobre a complexidade dos meus sentimentos, muito menos com uma criança.

–Bom dia meus amores. Já começaram a tomar café mesmo sem mim? -por que essa mulher tinha o poder de acelerar meu coração apenas ouvindo sua voz?

–Bom dia tia. Estávamos sem sono e com fome, então viemos comer. Você nunca acorda cedo, achei melhor não te chamarmos. -Enzo disse correndo para abraçar a tia. Mesmo com os cabelos desarrumados, carinha de sono e usando apenas robe, a Ágatha era uma das mulheres mais lindas desse mundo, sexy era pouco para descrever.

–Adoro acordar tarde, mas sempre que for pra tomar café com meu sobrinho e com o amor da minha vida, podem me acordar bem cedinho. Bom dia amor! -Ágatha cumprimentou me dando um selinho.

–Bom dia! -limitei-me a responder. Ainda estava um pouco chateada.

A próxima atitude da Ágatha me surpreendeu positivamente, ela pediu desculpas para o Enzo e para mim enquanto comíamos. A ruiva era tão orgulhosa que nunca tinha feito algo assim antes.

Posteriormente Ágatha nos deixou na escola. O clima ainda estava pesado, mas a alegria do Enzo sempre era contagiante e nos deixava a vontade. Infelizmente minha namorada estava com muitos clientes agendados para aquele dia e eu também tinha muitas turmas, logo não foi possível almoçarmos juntas.

Estava na sala dos professores descansando enquanto esperava começar o turno da tarde quando a servente me informa que havia uma mulher querendo falar comigo. A funcionária me diz de quem se trata e eu sinto que minha cabeça não pode ficar mais confusa, mesmo assim resolvo ir até a forca.

–Que petulância vir até ao meu local de trabalho. O que você quer? -perguntei olhando para todos os lados querendo me certificar de que ninguém conhecido estava nos vendo.

–Em outras ocasiões você sempre ficava muito feliz quando me via e me recebia com beijos calorosos e apaixonados. -ela disse levantando os óculos escuros e me fazendo encarar os azuis piscinas. Mesmo com raiva, não posso negar o quanto aquela desgraçada era bonita e balançava minhas estruturas. -Nas boates você fazia questão de mostrar pra todo mundo que era minha namorada, minha ciumentinha.

–Sim, eu era a namorada corna, diga algo que ainda não saiba! Você ficava com tanto medo de ser chifruda, perturbando que te trocaria por qualquer homem, que enjoaria da vida de sapatão, mas eu é que fui a corna mansa. Pietra, o que você quer? Veio só para me provocar, torrar minha paciência e querer ferrar com a minha vida?! -a sacana estava com uma calça jeans justa, all star e uma camiseta, exibindo todo aquele corpo musculoso com suas tatuagens e piercings. Estava mais “feminina” digamos assim.

–Você não me dava atenção, era muito grosseira, só ficava no seu canto ignorando minha existência, me tratava como uma completa estranha e não queria transar… Achava que pensaria o que? No mínimo que estava interessada em outro homem e havia enjoado de mim, mas esse assunto não importa agora, seria tão bom se pudéssemos nos resolver logo. -nessa hora não pude negar que meu coração acelerou. -Vim me certificar se você e a Ágatha estão mesmo namorando. Sua namoradinha é tão soberba e ignorante que na boate ameaçou falar com o povo da administração para me demitirem, achou que aquele disfarce de loira me enganaria, você só caiu porque estava porre pra caramba. Tenho certeza absoluta de que a mimadinha não faz a menor ideia que eu sou filha do Damon Failen, e o melhor amigo da minha mãe é o sócio principal daquela boate. A Ágatha poderia até ir falar com a administração, mas é ela que seria expulsa de lá, não eu. -Pietra comentava rindo com a sua calma costumeira.

–Olha só, Pietra… Creio que você não veio até aqui apenas para falar sobre o tio Damon e sobre toda a reputação da sua família, sei de todo esse assunto desde que começamos a namorar. Há algo que queira acrescentar? Já te falei mais de mil vezes que nosso namoro é passado, você me traiu, não tem mais volta, as traições não serão apagadas e nem esquecidas. The End! -o jeito era ouvir tudo o que a morena tinha a falar, não porque era obrigada, mas era a única forma de saber o que realmente motivou a ida dela até ali.

–Giovanna, você está namorando com uma pessoa extremamente infantil e que julga os outros pela aparência, tem certeza de que quer alguém assim ao seu lado? -Pietra indagou sentando no banco que havia no pátio.

–A Ágatha não é assim, ela nunca agiria dessa forma. -falei defendendo minha namorada.

–Tem certeza? Sabe por que a Ágatha me trata de uma maneira tão desprezível e humilhante quando me ver? -a morena indagou o óbvio. -E por que ela te trata tão bem e tenta ser a melhor namorada do mundo?

–Claro que sim. Porque ela morre de ciúmes de você e é muito insegura, pensei que soubesse. Se ela me trata bem é porque me ama, sentimento que você não sabe o significado. -falei morrendo de raiva.

–Não seja tão ingênua, Giovanna. A Ágatha me trata como um lixo porque acha que sou apenas uma DJ de araque como ela mesma faz questão de mencionar e que “sobrevive” da música e é toda endividada, filha de gente pobre. Quando ocorreu aquele maldito dia que levei a mimadinha pra minha casa, fiz ela acreditar que não passava de uma diarista naquela casa, não a dona, a besta acreditou. -Pietra já comentava mais próxima de mim e foi impossível não respirar aquele perfume cítrico. -Ela deve gostar de você porque seu pai e seus tios são políticos, sua família é importante.

–Acho que você deveria parar de falar tantas bobagens, Pietra. Insista na carreira de telenovelas, seu talento não será desperdiçado. -disse lhe interrompendo sem acreditar no que ouvia. -Não queira estragar o meu namoro com mentiras.

–Sempre tive faro pra pessoas interesseiras e essa ruiva não me engana. Posso te garantir que se ela soubesse que sou a Pietra, filha da Marcela Gonçalves, uma das maiores médicas do Sudeste, irmã da Bianca que é uma brilhante procuradora, e filha do Damon Failen, um arquiteto reconhecido no exterior, ela seria um amorzinho comigo e agiria de maneira diferente. -será que Pietra estava certa? Não, é claro que não.

–Pietra, acha mesmo que vou acreditar nas suas mentiras e no seu teatrinho? Nos poupe! Já vi que você vai querer estragar qualquer namoro que eu tenha, independente de ser com a Ágatha ou com outra pessoa. Você não é capaz de aceitar que nosso namoro acabou e que estou seguindo com minha própria vida. Você não queria pegar todas as menininhas enquanto eu era um estorvo na relação? Agora você está solteira, não sou mais um obstáculo. -falei de uma vez tudo o que pensava.

–Não vou mentir, ainda me dói mesmo saber que não é mais comigo que você namora, parece que nossos cinco anos de namoro não tem mais volta, mas esperava que pelo menos estivesse com alguém melhor do que eu, não pior, sem falar que você disse na boate que me amava e que merecíamos uma segunda chance. Quis se divertir comigo e me fazer de palhaça brincando com os meus sentimentos, com o meu amor? -algo que detestava na Pietra era o seu temperamento tranquilo, ela era capaz de ter uma fala extremamente calma mesmo no meio de um assunto acalorado.

–Pietra, você me diverte muito… -disse começando a rir de nervoso, mas sem conseguir lhe tirar do sério. -Você brincou comigo por anos e tá toda irritadinha só porque me diverti com a sua cara por minutos?! Só por causa disso vai querer fuder com a minha vida novamente? -indaguei pensando sobre que rumo aquela conversa iria tomar.

–Você sabe perfeitamente que fui fiel na maior parte do nosso namoro e te respeitei, se disse certas coisas foi porque estava morrendo de raiva de você e da Ágatha juntas naquela vez, mas respondendo sua pergunta… Não quero fuder sua vida, quero fuder você. Beijando todo seu corpo, da cabeça aos pés e parando na sua bucetinha. Lembra como você adorava gemer como uma gata, me arranhava todinha até gozar na minha boca e nos meus dedos, me olhando com cara de safada?! -não vou mentir. Nessa hora vários pensamentos safados vieram na minha cabeça e não pude esconder o quanto fiquei envergonhada.

–Para de falar nessas coisas. Você é muito cafajeste…

–A cafajeste que te fazia gozar horrores. -sussurrou no meu ouvido e me odiei por sentir meu sexo pulsar.

Nesse exato momento chegou quem eu não esperava, o meu sobrinho. Não era possível que minha maré de azar recomeçaria.

–Tia Gi, quem é essa moça? Ela é muito bonita, parece uma modelo.

–Enzo, seus pais ainda não vieram te buscar? Pensei que não estivesse mais na escola. -disse tentando me recompor e dar aquele assunto por encerrado.

–A mamãe tá no trabalho e o papai disse que vai se atrasar…

–Então te faço companhia até seu pai chegar . Vamos andando…

–Espera tia! Não vai me apresentar a sua amiga?

–O menino tem razão, Giovanna. Não precisa sair fugindo desse jeito. Meu nome é Pietra. Você é o Enzo, né? -a DJ disse se aproximando mais ainda da criança.

–Nunca pensei que conheceria a famosa Pietra pessoalmente. Você é tão linda quanto a minha tia.

–Quer dizer que sou famosa? -a descarada perguntou interessada. -Como sabe de mim?

–A tia Ágatha morre de ciúmes de você. Ela e a tia Gi já brigaram muito por sua causa, a tia Ágatha é muito ciumenta e tem medo de perder a tia Gi pra você. Nessa noite a tia Gi ficou no meu quarto e chamou pelo seu nome enquanto dormia. -percebi a expressão surpresa no rosto da morena e eu não sabia onde enfiar minha cara.

–Por essa eu não esperava… -Pietra não conseguiu esconder a satisfação diante do que tinha ouvido. -Enzo, você é uma criança adorável, adorei te conhecer, um amor de menino. Sua tia terá sorte se tiver um filho como você. -aquela conversa já estava tomando um rumo que eu não ia gostar, mas como ia sair dessa sem chamar atenção das outras pessoas?

–A tia Ágatha não tem muita paciência com crianças, ela não quer ter filhos, vou ter que me contentar com primos dos meus outros tios… -o menino já estava gostando da Pietra, para meu completo azar.

–Impossível alguém não gostar de crianças. A Gi mesmo sempre quis ser mãe…

–Já chega Pietra. Enzo, seu pai chegou. -disse cumprimentando o homem que já se aproximava de nós. -Por favor, não conte nada do que aconteceu aqui para a Ágatha. -disse lhe implorando.

–Quer que eu minta para a minha tia? -o menino perguntou chateado.

–É muito feio mentir, Gi…

–Cala boca Pietra! -respondi já sem paciência. -Não é mentir, mas deixa que eu mesma falo.

–Tá bom. Tchau tia Gi! Tchau Pietra. -o menino disse correndo indo em direção ao pai.

–Cara, juro que não entendo. A Ágatha é tão ranzinza. Como consegue ter um sobrinho tão maravilhoso?! Difícil de acreditar. O Enzo e o Mateus seriam ótimos amigos, a diferença deve ser de dois anos no máximo. Por falar nisso, o Mateusinho e a Natalie sentem muito a sua falta.

–Pietra, já mandei você calar a porra dessa boca… -disse sem forças.

–Lembra que você sempre calava a minha boca com beijos? E essa parte de mandar era comigo, adorava o seu papel de submissa. Lembra quando transamos no cinema? Chupei tanto seu pescoço que a marca demorou a sumir. Desde aquele dia você passou a me chamar de vampira, até hoje lembro desse apelido quente e dos seus gemidos.

–Vai embora! Eu não quero mais te ver. -disse baixando o olhar e odiei porque minha voz saiu fraca. -Caso ainda tenha algum respeito por mim, esqueça que existo! -pedi novamente.

–Se a sua namoradinha chata não gosta de crianças, como você vai fazer pra ser mãe? Não me diz que vai abrir mão de um sonho por causa daquela advogada mimada. -ela questionou ignorando completamente meu pedido anterior.

–Essas decisões pessoais dizem respeito apenas à Ágatha e eu. Escuta bem o que vou te dizer: Não vou deixar que se intrometa na minha vida. Se seu plano é estragar o meu namoro, você não vai conseguir. -disse lhe lançando um olhar furioso.

–Não vou estragar o seu namoro, Pinguim. -disse fazendo referência ao apelido da época em que namorávamos. -Mas o tempo se encarregará de mostrar que você e essa ruiva são muito opostas e não darão certo…

–Tá jogando praga porque não quero ficar com você? -indaguei de forma irônica.

–Não é praga, apenas estou constatando os fatos. Ela não dará conta de um mulherão como você.

–Pietra, já basta! Com qual intuito você veio me procurar hoje? Foi para infernizar minha vida? -indaguei elevando o meu tom de voz.

–Vim te dar uma notícia, finalmente vou começar minha pós graduação em projetos estruturais, aquela que você sempre me incentivou a fazer. -óbvio que ela queria chamar atenção.

–Bom pra você e pro seu currículo. Agora me diz o que tenho haver com isso? Nada na sua vida me diz mais respeito. -notei que Pietra empalideceu diante da minha fala.

–Pelo visto essa notícia não amoleceu seu coração de pedra, então vou direto ao ponto.  Meu pai vai passar um tempo no Rio antes de voltar para Nova York, ele gostaria de marcar um almoço contigo ou algo do gênero, tá com saudades, sabe que você sempre será como uma filha para os meus pais mesmo que não seja mais minha namorada. -Pietra comentou de maneira triste, e eu tive que esconder o fato de que não me importava.

–Vou pensar, mas não posso prometer nada. Acabei de me reconciliar com a Ágatha, ela é insegura, não quero ter um problema a mais para interferir na nossa relação, quero que possamos ficar bem. -fui sincera.

–Independente da Ágatha ou qualquer outra pessoa, você sempre será meu Pinguim, a minha Moranguinho, e eu sempre serei a sua Diabinha e a Sua Pandinha. Preciso te dizer uma última coisa antes de ir…

Sem esperar alguma resposta de minha parte, minha ex-namorada entrelaçou nossas mãos, foi até ao meu ouvido e começou a cantar no seu inglês perfeito de sempre.

My love,  Meu amor

There’s only you in my life   Há somente você na minha vida

The only thing that’s right       A única coisa que é certa

 My first love            Meu primeiro amor

You’re every breath that I take         Você é “tudo que respiro”

You’re every step I make                    Você é cada passo que dou

And I                                           E eu

I-I-I-I-I                                           Eu Eu Eu Eu

I want to share                                Eu quero dividir

All my love with you                          Eu quero dividir meu amor com você

No one else will do                             Ninguém mais o fará

Ao final de escutar esse trecho da nossa música preferida, cantada pelo inglês perfeito de Pietra, não pude impedir que algumas lágrimas escorressem pelo meu rosto. A morena piorou ainda mais minha mente depois dessa atitude, mas ainda me restava um pouco de discernimento.

–Eu te peço humildemente, imploro que você vá embora. Não quero ter mais problemas na minha vida. -disse limpando meu rosto que estava nublado por algumas lágrimas.

–Eu vou embora sim, mas a gente ainda se esbarra por aí. Não esqueça da nossa música, você sempre será o meu primeiro e único amor. Até breve, Giovanna! -Pietra disse beijando minha mão e partindo.

 Durante a tarde trabalhei no piloto automático e estava muito dispersa por causa do encontro com a Pietra. O que mais me assustava era ter que contar para a Ágatha sobre o nosso “encontro”. Se eu não falasse nada, o Enzo se encarregaria de dar a notícia, e obviamente essa não seria uma decisão inteligente.

Além de ficar balançada com esse reencontro, a linda morena acabou me alertando para pontos importantes. Ágatha e eu éramos muito divergentes, desde assuntos mais simples até decisões mais complexas como o fato de ter ou não filhos, pelo menos com a Pietra, nossas opiniões não eram tão contrárias. Sem falar na insegurança da ruiva de achar que eu poderia trocá-la pela Pietra ou por qualquer outra pessoa.

 

 

 

 

Gostaram desse capítulo, meninas? Confesso que a própria autora está com dúvidas sobre quem vai ganhar o coração da Gi ou se ela merece ficar sozinha (que maldade!)

Para quem gosta de música, sugiro que deem uma olhada no tema do casal GiPie rs

https://www.youtube.com/watch?v=HTfVUFjr4

Até o próximo capítulo.

Beijos 🙂



Notas:



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