Nosso Estranho Amor

53. De volta ao Brasil

Depois de tantos anos, era a primeira vez que reencontraria a Dani, estava morrendo de saudades da minha melhor amiga e doida para que ela me inteirasse das novidades. Marcamos de nos encontrar em um shopping depois que realizei a minha entrevista para a empresa de turismo. Pietra havia levado nossa filha para conhecer um pouco dos pontos turísticos do Rio, então teria um momento de paz, pelo menos por enquanto.

–Minha amiga, você continua linda e maravilhosa como sempre. Qual é o segredo pra ter mais de trinta e manter o rosto e o corpo na casa dos vinte? Ainda não caiu a ficha de que você vai ficar de vez no Rio. Promete que não vai viajar novamente e me largar nesse país? –Dani continuava abraçada a mim enquanto escolhíamos uma mesa na praça de alimentação.

–Apenas dieta e exercício físico quase todo dia fazem milagres. –dei um sorriso fraco. –Dessa vez voltei para ficar, inclusive voltei de uma entrevista de emprego e já tenho o resultado. –respondi tentando esconder minha decepção.

–E por que essa cara de enterro? Não me diz que não foi contratada. Sinto muito!

–Não Dani, não é nada disso. Eu fui contratada sim, na próxima semana já começo a trabalhar. –disse pensativa.

–Então realmente não consigo entender porque você tá triste. O que foi? –Dani perguntou sem entender porque estava daquele jeito.

–Só agora caiu a ficha de que estou de volta no Brasil. Lutei tanto para ficar longe daqui, mas parece que nada adiantou… Muitas lembranças foram na minha mente e eu precisei voltar de qualquer forma. –desabafei com um suspiro de angústia.

–Nós nunca podemos fugir do nosso destino, apenas adiar certas coisas que no fundo são inevitáveis. Te falei que não era uma boa ideia ir embora daqui.

–Já entendi, Daniela. Só que infelizmente não posso mudar o passado. Agora quero que me fale de você e dos gêmeos. Como vocês estão? –indaguei querendo mudar de assunto.

–Amiga, meu casamento anda um inferno, e a culpa é toda do seu ex-sogro. Achava que você exagerava quando dizia que o Sr. Gustavo era a versão materializada do capeta, mas você estava certa. Acredita que o velho quer meter o bedelho na educação dos meus filhos?! Indiretamente fica dizendo que sou uma péssima mãe e uma péssima esposa. Odeio esse homem! –minha amiga falava em tom de revolta.

–Você tá experimentando tudo o que já vivenciei ao lado dessa figura. –respondi com um sorriso forçado. –Pensei que com o nascimento dos seus filhos, o Seu Gustavo talvez se tornasse uma pessoa menos chata.

–Nada vai amolecer o coração desse velho, nem mesmo os cinco netinhos conseguiram essa proeza. Ele é tão ruim que nem a morte quer! –achei engraçada a colocação da minha amiga sobre o sogro, mas esse assunto acendeu alerta para uma dúvida importante.

–Como assim cinco netinhos? –indaguei sem entender. –Que eu saiba o Sr Gustavo só tinha o Enzo que morro de saudades e os seus filhos como netos. De onde vieram as outras duas crianças?

–Ih Gigi! Enquanto você esteve morando em Nova York esqueci de te contar algumas novidades…

–Então conta logo! Não atiça ainda mais minha curiosidade. –respondi rindo.

–Os pais do Enzo se separaram nesse ínterim, acho que o Geraldo não aguentou o mal humor da minha cunhada. –Dani comentou rindo. –A Alana se casou novamente e teve outro filho, o Enrico fez um aninho por esses dias e é a coisa mais linda. –Dani disse me mostrando a foto de um lindo bebê que possuía traços muito parecidos com o do Enzo.

–O Enzo deve ter ficado muito feliz, ele sempre quis ter um irmãozinho. Não vejo a hora de ver esse garotinho, ele deve tá lindo. –respondi sorrindo.

–Só que com a separação o Enzo foi morar com o pai e não é sempre que vê o irmão… E o Enzo tá bem longe de ser um garotinho, ele já tá com quinze anos, é um rapaz lindo e doce. –Dani disse sorrindo.

–Sabia que o Enzo nunca ia perder a doçura mesmo depois de grande… Mas voltando ao assunto Dani, você me falou que o chatinho do Seu Gustavo tem cinco netos, só que agora sei da existência apenas de quatro deles. Tem o Enzo, o Pedrinho, a Paulinha e o Enrico. Não tá faltando um neto no meio dessa conta? –perguntei rindo do esquecimento da minha melhor amiga.

–É mesmo, Gi! Não sei como fui esquecer da lindinha da Iara. Ela é a neta que faltava na lista, agora tenho certeza de que não falta mais ninguém. –Dani riu e me fez rir também.

–Aposto que essa Iara deve ser filha do Alexandre, ele faltava na listagem dos que ainda não tinham filhos. –falei rindo, mas na mesma hora percebi o semblante fechado da Dani e me assustei. –O que foi, Dani? Disse algo de errado?

–Digamos que o Alexandre continua solteiro como sempre foi e não sei quando ele terá filhos. A Iara é filha da Ágatha. –Dani jogou a bomba de uma vez e me esforcei para não engasgar com tamanha informação.

–Como assim…? A Ágatha é mãe? –perguntei em estado de choque. –A Ágatha sempre deixou claro pra todo mundo que não tinha paciência com crianças e que não queria ter filhos. –continuava perplexa com tal informação.

–Pois é Giovanna… Podemos dizer que o tempo passa e certas coisas mudam, a decisão da Ágatha mudou.

–Percebi! –foi a única coisa que consegui sussurrar e me controlando para não deixar transparecer o quanto essa notícia havia me abalado.

–Você e a Pietra também se casaram, tem uma filha linda que é modelo e atriz mirim. Pensa que nunca ouvi falar na famosa Kathleen Farley? Acompanho os vídeos que vocês divulgam e sei que tem milhares de seguidores pelo mundo. Como é ser mãe de uma criança famosa? –Dani indagou mudando estrategicamente de assunto. É óbvio que ela havia notado o meu abalo emocional diante da notícia de que a Ágatha tinha uma filha.

–A Kat é uma criança bastante inteligente e amorosa com quem quer, mas essa parte da fama trouxe consequências ruins… Digamos que ela não é muito sociável com outras crianças, tem uma personalidade forte e não gosta de obedecer regras. Espero que ela possa se tonar mais sociável quando começar a frequentar a escola. Nos EUA ela estudava em casa. –disse sem me aprofundar muito no assunto.

–Os gêmeos têm curiosidade de conhecer a sua filha. Não sei se lembra, mas semana que vem é o aniversário dos meus pimpolhos, eles vão fazer sete aninhos. Leva a Kathleen pra festa! Ela vai fazer seis anos, né? Talvez seja uma boa oportunidade pra ela ir fazendo amiguinhos.

–Não sei se é uma boa ideia, Dani. No momento as únicas amizades da minha filha é com as primas, a Natalie e a Rafa. Tenho medo de levar a Kathleen no aniversário dos gêmeos e ela se comportar mal, será uma vergonha.

–É um risco que me proponho a correr, se for deixar a Kathleen feliz leva as primas dela, assim ela não se sente deslocada. Não esquece que meus filhos te adoram e a Pietra é madrinha deles, a saudade vai tá grande, então não vejo motivo para não irem.

–Vou conversar com a Pietra, mas não garanto que vamos ao aniversário dos gêmeos. A Ágatha vai estar lá? –era óbvia a resposta, mas mesmo assim fiz essa pergunta besta.

–Claro que sim, Giovanna. Ela é a tia dos meus filhos. Espero que esse fator não pese na sua decisão, mais cedo ou mais tarde vocês se encontrarão. Não pode passar a vida toda fugindo da Ágatha.

Ainda passei mais algum tempo conversando com a Dani até que fui para a minha casa. Naquela mesma noite conversei com a Pietra sobre o aniversário dos gêmeos e se ela achava que seria uma boa ideia irmos, para o meu azar ela concordou. Claro que a Kathleen não queria ir de jeito nenhum ao aniversário de crianças desconhecidas, mas foi só saber que a Natalie iria com a gente, minha filha ficou feliz da vida e também resolveu ir, eu era voto vencido e precisava me preparar para o que estava por vir.

Não tive coragem de perguntar para a Dani sobre como a Ágatha que sempre foi tão impaciente com crianças agora tinha uma filha que se chamava Iara, a única coisa que sabia dessa criança. Só que com o passar dos dias o amor que ainda sentia pela ruiva creio que se transformou em chateação e raiva. Entendi perfeitamente tudo o que havia acontecido. Enquanto minha mãe estava lutando entre a vida e a morte naquele hospital, a advogada resolveu inventar uma viagem profissional que nunca existiu e uma doença para o avô, no mesmo período em que a Débora também estava fora da cidade… Mas é claro! Como não pensei nisso antes?! Nos dias que antecederam minha viagem para Nova York fui ao apartamento da minha ex-noiva e a Débora estava lá. Obviamente as duas se casaram depois que fui morar nos Estados Unidos e tiveram uma filha, sim, agora tudo fazia sentido. Adoraria odiar a Ágatha na mesma intensidade em que a amava. Os dias foram transcorrendo e meu cérebro ia se preparando para a chegada do aniversário dos filhos da Dani, um dia que não tardou a chegar.

–Mãezinha, você tá tão linda! Parece uma princesa. –Kat disse me abraçando pela cintura. Eu estava com um vestido acima dos joelhos, um pouco decotado na altura dos seios, mas nada vulgar, um salto que combinava com o vestido. Meus cabelos estavam escovados e no rosto possuía uma maquiagem que realçava meus olhos verdes e meus lábios carnudos.

–A princesa que é mãe de uma princesinha. –disse pegando minha filha no colo e lhe enchendo de cócegas. A Kathleen cada dia que passava também ia se tornando uma criança muito linda e ia ficando com a altura de uma criança mais velha.

–Falando desse jeito sinto que tô sobrando na história. Duas moças tão lindas… Será que tô feia? –Pietra indagou fingindo uma chateação enquanto se aproximava de nós.

–Gatinha, você é a mulher mais linda desse mundo e com um coração enorme. –disse olhando para a minha esposa. A morena havia mudado e muito o estilo nos últimos anos… Ela usava uma calça jeans, blusa de alcinhas, maquiagem leve, os cabelos estavam mais longos do que os meus, mas Pietra não perdia o sorriso doce e aquele ar pacífico.

–Tias, a gente ainda não vai? Tô começando a não querer mais a ir nessa festa. –Natalie entrou no quarto com a cara emburrada e começando a reclamar.

–Se a Natalie não for, eu também não vou. –minha filha começou a reclamar também. Pronto, era só o que me faltava!

–As duas vão ao aniversário. Natalie, não esqueça que sua mãe te deixou sobre a nossa responsabilidade, você não tem escolha. –Pietra respondeu simplesmente.

–Que droga! Eu mesma sou a dona da minha vida e não quero ir. –a menina ainda resmungou.

–Só que você é apenas uma criança de quase nove anos e ainda não manda em si própria. –respondi um pouco impaciente com o comportamento da minha afilhada.

–Vamos logo que tá ficando tarde. –Pietra cortou um assunto que poderia render uma discussão. –Espero que vocês duas mostrem que são boas crianças e se comportem.

O trajeto até a casa da minha melhor amiga não foi marcado de maneira tão legal. A cara emburrada de Natalie já havia “contagiado” a Kathleen, Pietra chamava a atenção do comportamento das duas. E eu? Bom, eu apenas tentava controlar meus batimentos descompassados e todo meu nervosismo por saber que depois de tantos anos estaria novamente na frente do amor da minha vida. Se algum dia tive dúvidas se amava a Pietra ou a Ágatha, o período que passei longe do Brasil trataram de esclarecer minhas dúvidas.

No início da rua em que Dani residia era possível avistar crianças de várias faixas etárias chegando com seus pais e responsáveis e ouvir músicas infantis de artistas que marcaram gerações.

–Giovanna, Pietra, tô muito feliz por saber que vocês vieram. –Dani nos cumprimentava alegremente enquanto uma parte de mim observava a cara fechada da minha filha e da Nat. –Não vão me apresentar essas duas crianças lindas?

–Sabe que não perderíamos por nada o aniversário dos gêmeos. Amiga, essa é a minha princesinha Kat, e a criança emburrada é a Natalie, filha da Bianca. Meninas, digam oi pra Daniela. Ela é nossa amiga de longa data. –Pietra ia falando com um sorriso amarelo. Com certeza ela estava com medo que as meninas nos fizessem morrer de vergonha.

–Olá! –Natalie falou simplesmente sem esconder o seu desagrado por estar ali.

O clima ficou ainda pior porque a minha filha repetia todo o comportamento da prima. Vendo a cara fechada de Nat, minha filha não quis falar com ninguém.

–Filha, você não vai falar com a Dani? Ela vai achar que não te damos educação. Seja mais simpática! –praticamente estava suplicando para Kat tentar ser gentil, por sorte funcionou.

–Muito prazer em lhe conhecer, Daniela. Sou Kathleen Farley! –minha filha disse estendendo a mão com o vocabulário perfeito que parece ter impressionado a Dani.

–O prazer é meu Kat, mas pode me chamar de tia Dani se preferir. –minha amiga disse ainda apertando a mão pequena da minha filha.

–Prefiro chamar de Daniela, você não é minha tia. Não me chame de Kat, não temos intimidade.

–Filha, pelo amor de Deus! –exclamei sem conseguir esconder minha frustração com o comentário de Kat.

–Tá tudo bem, Giovanna. –minha amiga respondeu visivelmente sem graça. –Vocês não querem ver os gêmeos? –indagou mudando de assunto.

–Tô muito ansiosa pra ver meus afilhados depois de tanto tempo. Vamos meninas! Vocês vão gostar deles. –Pietra disse pegando Kat pela mão, mas ela se afastou bruscamente.

–Não quero conhecer ninguém! –Kat gritou revoltada.

–Eu também não! –Natalie apoiou a prima.

–Amor, vai lá com a Dani e me deixa conversar com as meninas. Depois vou ver os gêmeos.

Pietra e Dani entraram enquanto fiquei responsável por cuidar das duas crianças rebeldes. Enquanto Kat e Nat reclamavam o quanto as crianças da festa eram barulhentas, meus pensamentos sumiram dali e meus olhos iam a busca de certa figura. Por sorte ou azar, ainda não havia encontrado quem eu tanto procurava. Em um ato involuntário, levantei-me do sofá e ia para o lado externo da casa, mas minha mente voltou ao lugar quando notei que tanto Kathleen quanto Natalie iam me seguindo, as duas grudadas na minha cintura quase nem me permitiam respirar.

–Meninas, o que estão fazendo? Não podem ficar coladas em mim o tempo todo. –falei tentando conter minha irritação. Por nada elas podiam saber quais eram minhas intenções.

–Mãe, a gente não conhece ninguém daqui, essa festa tá chata. Quero ir embora. –minha filha não parava de reclamar.

–A Kat tá certa, essas crianças são muito barulhentas. Cadê a minha tia? –uma já era difícil de aguentar, imagina as duas juntas.

–Vocês falam parecendo duas velhas mal humoradas, mas não esqueçam que também são crianças. Não me digam que acham que são adultas?! –indaguei irônica.

–Só que a gente tem bons modos, somos melhores do que o restante dessas crianças. –Natalie já começava o velho discurso para torrar a paciência. –Sou uma grande pianista e minha prima é artista.

–Natalie, não começa com esse ar de superioridade! Vocês prometeram que iam se comportar. O que querem pra cumprir essa promessa?

–Mãe, empresta seu celular. Ele tem uns joguinhos muito legais, vamos ter com o que brincar. –Kat deu a mirabolante ideia. Mesmo não gostando muito da ideia, mas era a única solução para ter um pouco de paz.

–Está bem! Agora vou deixar as duas sozinhas por um tempo enquanto procuro a Pietra. Eu imploro que não aprontem nada enquanto estiver longe. –falei entregando o aparelho nas mãos das duas crianças que logo me agradeceram felizes da vida.

Aos poucos fui me dirigindo para o quintal da casa, lugar onde estava presente a maioria das pessoas. Há um velho ditado que diz o seguinte: Quem procura, acha. Estava que nem uma louca procurando pela Ágatha, é claro que encontrei minha ex-noiva, mas não do jeito que queria. Para melhorar meu campo de visão, me afastei um pouco de algumas pessoas e tive uma visão privilegiada, a ruivinha continuava mais gata do que nunca e meu coração parecia uma sinfonia de escola de samba, tive medo de que ele saísse pela minha boca a qualquer momento. Seus cabelos vermelhos estavam maiores e mais bem cuidados, a maquiagem no rosto realçava o castanho-claro daqueles olhos, o amor da minha vida vestia um macacão curto e florido, nos pés estava com uma elegante sapatilha. Aí na mente vem aquela música: Vai dizer que o tempo não parou naquele momento?

Observava o grande amor da minha vida conversar alegremente com algumas pessoas até então desconhecidas para mim, a parte pior e que destroçou meu coração foi ver uma moça branca de olhos verdes e baixinha sentada no colo que antes era apenas meu. A troca de sorrisos e cumplicidade entre Ágatha e a desconhecida não passava despercebida para ninguém, muito menos para mim, as duas eram extremamente carinhosas, óbvio que aquela mulher deveria ser namorada/esposa do amor da minha vida e eram mães de Iara. Eu deveria ser extremamente masoquista se continuasse a presenciar tal cena romântica. Ia retornar para dentro da casa, mas tal como um ímã, Ágatha percebeu que era observada, virou a cabeça e nossos olhares se cruzaram. Não sei se aquela troca de olhares durou segundos ou minutos, apesar do olhar da ruiva ser quase indecifrável para mim, fui capaz de ler dois sentimentos: mágoa e rejeição, o amor, zelo e carinho não estavam mais presentes, a ruiva foi a primeira a quebrar nossa troca de olhares me deixando morta de ciúmes e vontade de jogar na piscina a mulher que estava no seu colo.

 

 

Oi meninas, Recebi e-mails e vi que algumas leitoras estão descontentes com o rumo da história. Peçam apenas que tenham um pouco de paciência e prometo que tudo vai se arrumar. Beijos 🙂

 

 

 



Notas:



O que achou deste história?

Uma resposta para 53. De volta ao Brasil

  1. Estou feliz demais pela continuação da história!!!

    Nossa como a Giovana é infeliz ao lado da Pietra. Isso só nos mostra que não devemos tomar decisões pensando somente no lado racional da coisa.

    Esse é o preço q ela tá pagando por essa escolha: ver o amor da vida dela ao lado de uma outra pessoa, seguindo a vida…

    Gio errou muito com a Ágata, quero vê-la se rastejando atrás da ruivinha pra reconquista-la.

    Espero que logo em breve essas duas conversem e se resolvam de uma vez.

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