Capítulo 12

Aquele foi um dos poucos momentos que eu não sabia o que fazer e logo com uma mulher belíssima, e ainda por cima minha namorada, ao meu lado. Definitivamente eu tinha desaprendido a namorar.

Se fosse em outra época, certamente saberia exatamente o que fazer, mas naquele momento não. Clara mais uma vez me surpreendeu lendo meus pensamentos e pediu para subirmos. Aceitei prontamente. Quando nós entramos no elevador eu estava tensa, não conseguia mexer nenhum músculo sequer, Clara novamente tomou conta da situação e tentou me fazer relaxar me abraçando e fazendo leves carícias em minhas costas sem dizer nada. Consegui corresponder aos toques, ficar tranquila eu não conseguia ainda, mas estava tentando.

Paramos no nono andar e ela me puxou pela mão para fora do elevador me levando para a porta de seu apartamento, entramos e ela me pediu para sentar no sofá e enquanto isso sumiu no corredor. Quando ela reapareceu, eu nem tinha me mexido, estava de olhos fechados, encostada no recosto do sofá tentando me acalmar, difícil, mas precisava.

Percebi que Clara sentou ao meu lado, abri os olhos e ela estava com um lindo sorriso nos lábios, não era aquele safado que eu adorava, mas um que sabia o que eu tinha e tentava me ajudar a ficar tranquila:

– Beba um pouco – ela me entregou uma taça com vinho.

– Obrigada e desculpa – disse num fio de voz.

Clara mais uma vez demonstrou que era uma pessoa que parecia não existir. Colocou um dedo em meus lábios para que eu parasse de falar, me abraçou, ficou fazendo cafuné em mim e ficamos ali sem nada falar por alguns minutos. Senti que meus músculos começavam a me obedecer, levantei a cabeça:

– Está melhor?

– Um pouco… Desculpa, é nervosismo… Nunca, durante todo esse tempo, estive na casa de alguém que eu estivesse ficando, desde que terminei com minha primeira namorada e isso já tem mais de dois anos.

– Fica calma. Olha, eu moro sozinha e não precisa ter receios – fez uma breve pausa – e além do mais, não sou uma mera ficante sua, sou sua namorada, esqueceu? – sorriu docemente.

– Claro que não, impossível esquecer – fiz uma pausa também e retribuí o sorriso – só estou um pouquinho nervosa, preciso que você tenha um pouco de paciência comigo. Prometo que compenso o tempo perdido – sorri maliciosamente.

– Toda a paciência do mundo, mas quero você ainda essa noite.

– E quem disse que vou demorar tanto tempo para me recuperar? – sorri.

– Acho bom mesmo – depositou um leve beijo em meus lábios e continuou – quer comer alguma coisa? Você só fez beber Coca-Cola a noite toda e isso dá fome.

– Estou com fome sim, mas nem tanto. Fome mesmo tenho certeza que terei mais tarde quando uma certa pessoa tirar todas as minhas energias.

– Humm, então vem comigo, vamos preparar algum lanche, afinal de contas, não quero você fraquinha.

Comemos, conversamos, brincamos. Clara estava fazendo de tudo para que eu relaxasse e realmente ela estava conseguindo. Sinceramente não estava entendendo o que estava acontecendo comigo, nunca tive uma reação dessas. Queria muito ter a Clara novamente em meus braços, mas eu estava muito tensa, não conseguia mexer um músculo sequer nessa intenção. Minha namorada tomou conta da situação e estava conseguindo reverter o jogo com maestria. Algum tempo depois, voltamos para o sofá e continuamos com o papo, com o carinho. Até que eu estava bem mais a vontade tanto pela Clara ter me ajudado quanto pelo vinho que estávamos bebendo.

Estávamos deitas no sofá; Clara no canto e de lado e eu na ponta, obviamente, e de frente para ela.

Repentinamente paramos de conversar um pouco e ficamos no já conhecido duelo de olhares, eu adorava aqueles olhos negros tentando me intimidar, mas eu ficava ainda mais encantada por eles e pela dona também.

Aproximei-me ainda mais dela ao ponto da Clara ficar imprensada entre meu corpo e o encosto do sofá, segurei seu rosto e lentamente toquei seus lábios com os meus. Continuei de olhos abertos, queria ver sua reação e não podia ter sido melhor: seu corpo estremeceu junto com o meu e ela suspirou profundamente alheia a minha observação. O beijo que se seguiu era doce, delicado, carinhoso. Ficamos ali nos curtindo por vários minutos, queria sentir sua língua, sua boca, seu corpo daquele jeito mesmo, sem pretensão de sexo. Pelo menos naquele momento, queria curtir seu gosto, seu cheiro, a textura de sua pele e Clara parecia querer o mesmo, mas nosso beijo se tornou urgente, intenso, ardente, apaixonado.

Minha mão direita que estava percorrendo o seu corpo, a essa altura já estava entre suas pernas, ela queria tocar mais intimamente aquela mulher que estava ansiando por esse momento, queria satisfazê-la e com esse intuito nem me dei o trabalho de tirar suas roupas, levantei sua saia, puxei sua calcinha de lado e penetrei-a vagarosamente arrancando-lhe um longo e sonoro gemido. Ela movimentava o quadril buscando um contato maior com meus dedos:

– Du… Não…me…tor…tura – Clara pediu entre gemidos

– Oxe linda, não estou fazendo nada – sorri.

– É justamente por isso – disse abrindo os olhos, segurou minha não direita e ditou o ritmo que queria –

é assim que eu gosto – voltou a me beijar.

– Mas, assim você vai gozar muito rápido – tentei diminuir a intensidade e sorri com a cara que fez.

Clara parou de se movimentar, achei que ela tivesse se chateado comigo, mas para minha surpresa ela me fez deitar e sentou na região do meu ventre. Entendi o que ela queria quando me olhou do jeitinho que eu gostava. Deixei dois de meus dedos firmes na altura de meu sexo e Clara se encaixou neles, abaixou seu tronco para encostar-se em mim e sussurrar deliciosamente em meu ouvido:

– Posso até gozar rápido – mordeu minha orelha – mas, só você me faz gozar tanto – mordeu meu pescoço, continuava rebolando em meus dedos e arranhando minha barriga – é assim que eu gosto, – mordeu meu lábio inferior – é assim que eu quero.

Dizendo isso, Clara aumentou a intensidade dos movimentos e mesmo eu ainda estando de calça, percebi que ia gozar junto com ela. Tentei puxá-la para outro beijo, mas ela interrompeu e voltou a sentar-se:

– Nada disso, agora quem manda sou eu.

Sabem o que ela fez? Terminou de me enlouquecer: levantou rapidamente e tirou a saia e a calcinha, voltou para o lugarzinho dela e rebolava em meus dedos como ninguém nunca havia feito.

Ainda na mesma posição, tirou a blusa lentamente, tentei pegar seus seios, mas Clara não deixou. Ela me puxou e tirou também minha blusa e meu sutiã, saiu mais uma vez da posição e tirou minha calça junto com minha calcinha, me jogou de volta ao sofá e sentou no meu sexo. Fez intenção de me beijar, mas quando chegou bem perto, levantou o tronco de novo sorrindo da minha cara de frustração. Pegou minha mão direita novamente e encaixou em seu sexo, a mulher rebolava e gemia gostosamente, aquela visão estava me tirando do sério.

Agi mais rápido do que a Clara e consegui deitá-la no outro lado do sofá. Penetrei-a novamente e me encaixei entre suas pernas, ela as transpassou em minhas costas ajudando o movimento, fiz da forma que ela queria e tanto gostava: com força, brutalidade, sem pensar se iria machucar ou não. Chupei, lambi, mordi seus seios, seu pescoço, sua boca.

Beijávamo-nos desesperadamente, parecia que havia muito tempo que não nos víamos, que não nos tocávamos. Meu corpo começou a estremecer junto com o dela, nossos gozos estavam muito próximos. Clara já arranhava minhas costas, bagunçava meus cabelos:

– O…lha…pra…mim.

Clara abriu os olhos com muito sacrifício, eu estava apoiada no meu cotovelo esquerdo e observando tudo o que nossos corpos faziam sem que precisássemos enviar mensagem alguma ao cérebro. Até que explodimos em espasmos violentos. Não consegui mais manter meus olhos abertos. Não sabíamos qual corpo tremia mais, não sabíamos distinguir os gemidos, os líquidos, os suores. Naquele instante éramos uma só, os corpos estavam encaixados perfeitamente tentando nos recompor do mais intenso e delicioso orgasmo juntas.

– Uau, o que foi isso? – estava ainda com a respiração alterada.

– O melhor orgasmo da minha vida – Clara ainda estava em estado de transe.

Levantei e sentei no sofá mesmo, mas de uma forma que minhas costas recostassem no mesmo. Clara também se sentou, mas no meu colo e de frente para mim, depositou um suave beijo em meus lábios e encostou sua testa na minha:

– É só falar que você vai sair do comando que fica logo nervosa, não é? Sua boca, suas mãos, todo o seu corpo fica nervoso e quer mostrar serviço. Acho que vou fazer isso sempre que você inventar de me pirraçar.

-E quem disse que sou pirracenta? – sorri

– Ninguém precisa me falar, Du, seus atos te denunciam – depositou mais um beijo – hoje sua intenção foi me torturar, mas consegui reverter o jogo e mais uma vez, você foi perfeita.

– É… Não consegui lhe ver rebolando para mim e não fazer nada. Isso foi crueldade, sabia?

– Vai dizer que não gostou? Você pode ser mais forte fisicamente, mas em matéria de provocação, sou especialista – sorriu maliciosamente.

Não tinha melhor resposta para dar do que beijá-la e levá-la naquela posição mesmo para o quarto e ali continuamos nossa maratona prazerosa que foi noite adentro de muitos beijos, carinhos, arranhões, apertos, mordidas, suspiros, gemidos, orgasmos. A cada dia que passávamos juntas, nossa sintonia na cama melhorava ainda mais.

A cada ponto que chegávamos, eu achava que ali era o máximo, mas Clara sempre tinha uma carta escondida na manga e vinha com uma surpresa que resultava em um delicioso gozo que estava se tornando normal nós duas desfrutarmos ao mesmo tempo. Nossos corpos já se conheciam, sabiam o que o outro queria, onde e como queria e precisava ser tocado.

Depois de varias horas nesse maravilhoso momento, nossos corpos pediam repouso.

Acordei com o telefone tocando insistentemente, tendei abrir os olhos, mas não conseguia. O pouco que enxerguei, percebi que não estava em casa e que Clara estava ali ao meu lado atendendo aquele aparelho chato, resmunguei que era para ela não atender, mas pela sua risada, acho que ela não entendeu, fazer o que, não é verdade? Quase ninguém consegue decifrar o que digo quando estou acordando. Aconcheguei-me mais no corpo dela e enterrei meu nariz em seu pescoço, ouvi alguns pedaços da conversa bem de longe:

– Não sei… Você acabou de nos acordar… Tá… Tá bom… Certo… Vou falar com ela e te ligo… Beijo.

Clara me abraçou e ficou ali fazendo cafuné em mim, acabei dormindo de novo e acordei com seus beijos e uma bandeja com nosso café da manhã.

– Bom dia, dorminhoca.

– Bom dia – disse me espreguiçando.

– Dormiu bem? – depositou mais um beijo em meus lábios.

– Até o momento que fui acordada por um aparelho muito chato que você tem ali – apontei para o telefone – fora isso, dormi perfeitamente bem e você?

– Eu também dormi muito bem, graças a sua energia que acabou comigo e seu corpo para eu me aconchegar – sorriu e continuou – e quanto ao telefone, foi Dani nos chamando para darmos um pulo na Aruba, o que acha?

– É para estarmos lá que horas? – Olhei para o relógio e percebi que já eram 12h.

– Ela disse que estará lá a partir das 14:30h

– Então tá, nós vamos.

Como agradecimento, recebi vários, longos e deliciosos, beijos da minha namorada. Tomamos nosso café da “manhã”, mas nem comemos muito porque Clara me intimou a experimentar a lasanha que ela preparou. Eu não podia fugir por dois motivos: adoro lasanha e ela estava fazendo com tanto carinho que não podia e nem queria resistir.

As 14h nós fomos para minha casa porque tinha que trocar de roupas, afinal de contas estava na rua desde a noite anterior e estava indo à praia. Ah, já estava esquecendo: a Aruba é uma barraca de praia Gay, na realidade são três barracas – Aruba, República e Bahamas – próximas uma da outra e todas muito frequentadas, mas o nome mais famoso delas é a primeira e a que vou é a última.

A praia estava muito cheia. Acho que o problema é comigo que detesto lugares cheios. Dani já tinha nos ligado diversas vezes para saber onde estávamos, êta mulher apressada! Logo que chegamos, fomos avistadas pela ex da Clara e nos puxou até sua mesa. Ficamos ali, conversando, rindo.

Eu e a Dani conversávamos como velhas amigas, eu achava aquilo muito estranho, mas eu estava adorando nosso papo, estava muito agradável. Minha namorada não parava de fazer um carinho em mim. Me dar um beijo, ajeitar uma mecha do meu cabelo que o vento fazia o favor de tirar do seu lugar e jogar em meus olhos. Só não estava incomodando tanto porque eu estava com óculos de sol e Clara estava toda solícita em colocá-los no lugar. Ela levantou para ir ao banheiro e continuamos ali conversando amigavelmente:

– Pelo visto já oficializaram o namoro.

– Pois é, não tive como resistir.

– Vocês formam um casal tão lindo, são muito parecidas em várias coisas, mas ao mesmo tempo são o oposto da outra. Clara é extremamente carinhosa, romântica, você é mais contida, mas mostra que gosta; ela é a emoção, você a razão apesar de ser mais nova.

– A parte da razão, eu não era assim, fiquei depois que conheci a Clara, não sei o motivo.

– Eu sei.

Mais uma vez a Dani estava falando de alguma coisa enigmática e novamente quando tentei perguntar qualquer coisa para tirar minha dúvida, não consigo.

-Tem uma menina ali te chamando – Dani disse.

Olhei e disse que iria falar com ela e não demoraria. Ela concordou e disse que quando Clara retornasse, daria o recado a ela. Sorri.

Fui ver minha amiga, aliás, meus amigos: Carina e Pc. Nossa, que saudade que estava daqueles dois amigos loucos que tanto amo. Abraçamo-nos saudosamente.

– Que milagre é esse você por aqui, Duda? Você nunca foi muito fã daqui.

– A Clara que me chamou.

– Clara?

Sorri, fiz certo mistério e finalizei.

– Tá bom, você venceram… – pausa – estou namorando.

– Mentira!!! – os dois falaram em uníssono

– Já menti para vocês?

– Não, mas também nunca nos disse que estava namorando alguém, preciso conhecê-la, tenho que saber qual foi a mulher que conseguiu essa proeza – disse PC debochando.

– Vou pensar em seu caso. Vocês acabarão com minha imagem – ri.

– É aquela grandona e muito linda que por sinal que estava conversando com você? – foi a vez de Carina perguntar.

– Não Carina, ela é a ex da Clara e minha namorada estava no banheiro.

– Como assim, ex?

– Xii, longa história, depois te conto – disse virando para olhar em direção a que as meninas estavam e acenei para Clara vir ao meu encontro.

– Clara, esses são PC e Carina. Pessoas chatas, essa é minha namorada.

Fizeram os cumprimentos formais e claro que PC tinha que soltar uma piadinha, não é verdade? Isso era característico dos meus amigos:

– Então enfim alguém conseguiu deixar minha amiga quieta. Clara, virei seu fã, nunca achei que conseguiriam – sorriu piscando para minha namorada.

– Tenho meus métodos – Clara entrou na brincadeira.

– Então me diga quais são porque demoraram muito para descobrirem.

– E você acha que vou entregar o ouro assim tão facilmente?

– Hei, vocês podem parar um pouquinho, se não for pedir muito? Ah, continuo por aqui, tá legal?

– Deixa de ciúmes Duda, a Clara será toda sua mais tarde, eu deixo – Carina disse rindo e foi acompanhada pela minha namorada e por Pc.

Ficamos mais algum tempo conversando e voltamos para a mesa:

– Pensei que nos abandonariam aqui.

– Deixa de drama, Dani – disse rindo de sua cara de falso ciúme.

– Vou à água, vamos? – nos convidou.

– Vou não, detesto areia grudando em meu corpo.

– Também não vou.

– Tudo bem, vou namorar um pouquinho – Dani saiu levando sua namorada.

Ficamos ali, bebendo, conversando, namorando. Estava fazendo um calor insuportável, tirei minha blusa e fiquei somente de short e biquíni, percebi pelo olhar que Clara lançou que aprovou:

– Está querendo seduzir quem? – sussurrou em meu ouvido.

– Uma mulher que não para de olhar sedutoramente para mim e estou dando o maior mole. Ela é linda.

– Achei que ela já estivesse seduzida.

– Nunca é demais certificar – disse já com meus lábios colados ao seu.

Que tarde gostosa que passamos, viu? Chegamos em sua casa por volta das 17h, a Aruba funciona também a noite com uma boate improvisada na parte superior das barracas. Se dependesse de Clara e CIA, continuaríamos ali por mais tempo. Queria ir embora, minha namorada foi junto, mas as meninas continuaram por lá. Para variar eu estava com muita fome e assim que entramos, pedi uma pizza, enquanto aguardávamos fomos para o banho e se o entregador não aparecesse 30 minutos depois, teríamos demorado muito mais. Que mulher fogosa e gostosa que fui arrumar. Sorri com esse pensamento enquanto fui buscar nosso jantar vestida com o roupão que usei anteriormente.

– Du?

– Hum – resmunguei com um pedaço de pizza na boca.

– Amanhã estarei indo com Bruna para São Paulo para resolver assuntos pendentes lá da empresa – ela disse receosa – sei que esse não é um bom momento para isso já que começamos a namorar e queria te dar atenção, mas já tinha marcado essa viagem há duas semanas – Clara lançou um olhar preocupado – não queria…

– Hei, calma! – segurei suas mãos – quando você volta?

– Quinta ou sexta-feira.

– Tudo isso?

– É necessário.

– Que horas vocês embarcam amanhã?

– 10:20h

– Poxa – disse com voz decepcionada – queria te acompanhar até o aeroporto, mas nesse horário estarei no trabalho, é meu primeiro dia amanhã.

– Eu sei Du, também queria que você fosse não só ao aeroporto, mas à SP comigo.

– Promete que me liga assim que chegar?

– Não só quando chegar, mas sempre que tiver um minutinho livre te ligo, envio um SMS ou qualquer coisa que me aproxime um pouco de você.

– Bom, como ainda não sei o ritmo da empresa, se quando você ligar, eu não atender, é porque não posso, tá? Mas, mesmo assim, me liga pra dizer que chegou e bem.

– Mas, que namorada mais preocupada que fui arrumar – disse beijando meu rosto.

– Cuido do que é meu, mas dessa vez não está sob meu controle, tenho que me preocupar – puxei-a para sentar em meu colo.

– É? Amanhã não estarei sob seu controle, mas hoje ainda estou e quero que você prove que gosta de estar mesmo no comando.

– Provar mais uma vez, linda? Com todo o prazer – disse acariciando a parte interna de suas coxas e beijando-lhe a boca.

– Assim, não! – afastou minha mão.

– Me diz o que quer que eu faça.

– Espera só um pouco.

Clara se levantou do meu colo e foi para o quarto, demorou um pouco e voltou com algo nas mãos que não conseguia identificar, pois estava dentro de uma caixa. A essa altura eu já estava no sofá sentada, ela sentou-se em meu colo de frente para mim:

– Quero que use isso em mim.

– O que é isso?

– Abra, oras! – sorriu.



Notas:



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