Capítulo 21

Quando cheguei no meu apartamento, vi o carro da Clara, bati no vidro e ela saiu:

-Acho que preciso te dar copias das chaves daqui – disse abraçando-a e beijando-a levemente nos lábios.

A Clara sorriu, envolveu meu pescoço com seus braços:

-Não precisa, Du…

-Claro que precisa, linda! Não acho justo minha namorada ficar aqui em baixo me esperando. Está decidido: assim que subirmos, colocarei em seu chaveiro as minhas chaves reserva.

E foi o que fiz assim que entramos. Tomamos banho, comemos e ficamos conversando abraçadas no sofá.

-Amanhã você dorme lá em casa, certo? Vou preparar alguma coisa gostosa para nós jantarmos.

-Humm… Você cozinhando? Não posso perder – me fingi de desentendida.

-Nem pense em recusar.

Pronto, ela estava preparando alguma coisa e eu ainda não tinha a mínima ideia do que comprar para lhe dar de presente. Sempre fui péssima para isso, até para presentear a minha mãe, sempre tive muito trabalho.

Na terça-feira foi a minha vez de passar o dia na rua. Primeiro fui resolver algumas coisas sobre a ONG, em seguida me reuni com o pessoal da minha turma da faculdade e resolvemos os últimos detalhes da solenidade da minha formatura que seria no sábado e como ainda sobrou um tempinho, infelizmente, fui ao shopping.

Detesto esse monte de gente aglomerada não sabendo para onde anda, fica se batendo em todo mundo e nem ao menos pede desculpas. É bem capaz de eu pedir e eles ainda me olharem de cara feia.

Nesse dia eu e a Clara nos falamos muito pouco. Eu tinha certeza que ela estava aprontando alguma coisa, nenhuma de nós duas comentamos sobre nosso aniversário. Ela me ligava para pedir ou perguntar alguma coisa, mandava SMS dizendo que estava com saudade e que não era para me cansar muito porque me queria inteira aquela noite.

Na realidade, minha dificuldade em encontrar algum presente era que eu não queria nada tradicional, mas a princípio decidi ser assim já que percebi que a Clara era muito romântica: passei na Kopenhagen e comprei uma caixa de chocolates. Logo em seguida, fui a uma floricultura e mandei entregar em seu apartamento uma dúzia de rosas vermelhas, no cartão tinha só duas palavras: AMO VOCÊ! E enviei os chocolates junto. Agora era só ir a uma última loja, passar em casa para tomar banho e seguir para ver minha namorada.

-Boa noite, minha caixinha de surpresas – foi a primeira coisa que a Clara me disse quando entrei em seu apartamento.

Entreguei o embrulho a Clara: era a primeira foto que tiramos juntas no dia que fomos à praia depois do episódio que começamos a namorar. Pedi para uma pessoa reproduzir a foto rabiscada em caneta preta e coloquei em uma moldura, ficou ainda mais linda.

Clara pegou o presente das minhas mãos e só nesse momento que percebi que ela estava mais linda do que nunca: estava com uma calcinha minúscula e um sutiã meia taça, ambas as peças pretas e ainda vestia uma meia fina até a coxa com cinta-liga. Ao fundo eu escutava bem baixinho as músicas do Nando Reis que eu mais gostava. Minha morena percebeu que eu não me movia e puxou-me palas mãos:

-Vem, entra. Você não quer que os vizinhos me vejam assim, não é?

Não consegui falar nada, balancei a cabeça em sentido negativo, entrei e Clara me fez sentar e logo em seguida sumiu no corredor. Quando voltou me chamou para jantarmos e durante o mesmo, ela não me deixava quieta. Não que eu não quisesse, muito pelo contrário.

A Clara passava a mão em minhas pernas e ficava um tempo ali, me desconcentrando. No fim da refeição, ela me levou de volta ao sofá e sentou-se em meu colo:

-Adorei a caixa de bombons, o quadro, as flores e o cartão – mordeu a ponta da minha orelha – achei que você tivesse esquecido.

-Você acha mesmo que eu ia esquecer o dia que conheci uma mulher que me tornou uma romântica, que me faz ainda mais feliz a cada dia que passa?

-Você acha tudo isso de mim, é? – disse desabotoando minha blusa

-Não! Acho você uma mulher linda, inteligente, atenciosa, carinhosa, fogosa, gostosa, uma delícia.

-É? E essa mulher existe mesmo?

-Claro que sim, inclusive essa mulher está aqui no meu colo tentando me seduzir.

-Jura? E o que você vai fazer com ela?

Deitei-a no sofá e comecei a beijar seu pescoço.

-Vou comer essa mulher até ela não aguentar mais e pedir para parar.

Desci pelo colo e parei para admirar seus seios ainda por cima do sutiã.

-Humm ela me disse que está com muito tesão por você e que dificilmente essa noite termine cedo.

Mordi o bico enrijecido da minha namorada por cima do sutiã mesmo e desci para sua barriga distribuindo muitos beijos e dando leves mordidas:

-E quem disse que eu deixarei essa noite terminar cedo?

Beijei sua virilha, suas coxas.

-E por que você não quer que essa noite termine cedo? – disse entre gemidos baixinhos.

Voltei a beijar sua barriga, seus seios, colo, pescoço e sussurrei em seu ouvido:

-Porque eu estou tão excitada quanto ela.

Encaixei meu corpo entre suas pernas e ela as prendeu em minhas costas. Passei minhas mãos por trás da Clara e a levantei comigo levando-a até o quarto. Sentei-a em uma cômoda, tirei as meias e a cinta-liga que ela usava, tudo em câmera lenta, logo em seguida tirei seu sutiã e fiquei admirando a beleza daqueles montes gêmeos. Estava hipnotizada, toquei-os com a ponta dos meus dedos para logo em seguida encaixá-los em minhas mãos e massageá-los.

Minha namorada me puxou mais para si com suas pernas gemendo e cravando suas unhas em meu ombro, beijei-a com paixão, fúria, tesão.

Parecia que nós não nos víamos há dias, que não fazíamos amor há meses. Com a Clara era sempre assim, uma saudade inexplicável sempre nos atingia.

Desci minha boca até seus seios e passei a lamber, morder, chupar com a mesma ânsia que a beijei anteriormente. Toquei seu sexo ainda por cima da calcinha, estava encharcada, queria um contato maior, mas quando fiz que ia tirá-la do caminho, minha morena me segurou:

-Quero entrega total desde o primeiro orgasmo, amor. Vem, deixa eu te ajudar a se livrar dessas roupas.

A Clara desceu da cômoda e ficou me olhando de frente para ela, segurou minha cintura, desabotoou minha calça e ajudei-a a tirar. Minha namorada pegou uma tesoura que estava na cômoda atrás dela e cortou minha calcinha pela lateral e logo depois as alças do meu sutiã, olhei seus movimentos e sorri. A Clara só me deixou com a blusa que ela mesma desabotoou. Voltou a me beijar ardentemente:

-Quero que você faça tudo o que eu mandar hoje – disse sedutoramente.

-Estou à sua disposição – sorri maliciosamente.

Clara me empurrou contra a cama e bati minhas costas no colchão. Ela voltou para a cômoda e pegou nosso objeto de prazer, me mostrou sorrindo, sorri de volta já percebendo suas intenções. Ela voltou para cama e me ajudou a vestir o “brinquedo”.

-Você vai usar isso a noite inteira, estamos entendidas? – mordeu meu pescoço.

-S…sim – meu corpo arrepiou todo.

Deitou-se sobre mim e passou a explorar todo o meu corpo com suas mãos, sua boca. Me mordia, lambia, beijava. Ameaçava me tocar, mas quando chegava perto, parava quando percebia meu corpo se contorcer na ânsia do contato, tentava segurá-la, tocá-la, mas Clara não deixava. Ficamos um longo tempo nessa tortura até que percebi um momento de sua distração e inverti o jogo ficando entre suas pernas:

-Você pode estar por cima, mas eu continuo no comando.

-Pode deixar, farei tudo o que você mandar.

Beijei-a ardentemente na boca e fui descendo por todo o seu corpo, mas não a pirracei dessa vez, precisava senti-la, prová-la. Mergulhei minha língua em seu sexo, suguei, mordi seu clitóris. Estimulava seu centro de prazer até ser presenteada em minha boca com seu gozo, mas continuei a exploração e quando percebi que a Clara voltava a se contorcer parei o que estava fazendo e escalei seu corpo tocando toda a sua extensão, beijando.

Parei em seus seios por alguns instantes e fiquei admirando-os, mas qualquer movimento que eu fazia, deixava o brinquedo roçar em seu sexo para continuar a excitação da minha namorada.

Abri ainda mais suas pernas e me encaixei rápida e perfeitamente junto com nosso objeto de prazer. Clara arqueou o quadril e eu comecei a rebolar e fazer o movimento de vai e vem, minha namorada me apertou ainda mais contra seu corpo e rapidamente gozou mais uma vez.

Nossa noite não acabou por aí, fizemos amor no sofá da sala, no chão, na cozinha, na cômoda que ela tinha no quarto e quando terminamos, minha Clara me chamou para um banho e transamos muito no chuveiro, em várias formas, diversos orgasmos que tivemos ali.

Vesti nosso brinquedo mais uma vez e possuí seu corpo em várias posições: deitada sobre ela, ela sentada em mim de frente e de costas. Minha namorada mordia, arranhava meus ombros, meus braços, minhas costas. Gemia gostosamente, falava coisas excitantes em meu ouvido o que me deixava ainda mais louca de tesão por aquela mulher que era minha. Todas as vezes eu gozava junto com ela, nossa sintonia era perfeita.

Acabamos dormindo exaustas, mas esquecemos de deixar a janela aberta e nem ligamos o condicionador de ar. Acordei no meio da noite suada e com muita sede. Como ficamos na posição de concha, consegui sair da cama sem acordar a minha Clara, liguei o ar bem fraquinho do jeito que ela gostava e fui tomar um banho, porquê do jeito que eu estava, não ia conseguir dormir. Fui à cozinha e bebi muita água.

Quando retornei para o quarto, a Clara estava virada de bruços. Vi que nosso objeto de prazer continuava ali pertinho da gente e mais uma vez tive uma ideia que provava ainda mais a minha fama de ninfomaníaca: vesti o brinquedo e deitei por cima da minha namorada, ela mexeu um pouco o corpo ainda dormindo e resmungou alguma coisa que não compreendi, comecei a beijar, morder, passar o nariz em sua nuca:

-Humm, você não cansa nunca?

-Às vezes, mas agora já estou descansada – passei as mãos pela lateral do seu corpo.

-Du… A gente tem que acordar cedo – disse nem um pouco convincente.

-A gente acorda, amor. Mas agora eu quero você de novo.

-Humm, que fogo! – disse tentando ficar de frente para mim.

-Nada disso, quero você assim – disse louca de tesão – quero te comer assim, por trás – mordi sua orelha.

-Não, amor. Isso deve doer…

-Deixa, vai linda. Prometo que não lhe machuco. E além do mais, já fizemos com o dedo.

-Com o dedo é diferente, Du… – ela já estava ofegante – isso é muito mais grosso e maior.

-Confia em mim, vai. – continuei me esfregando – quero tanto saber como é. Ainda mais com você.

-Humm… Vai com cuidado – gemeu.

-Pode deixar amor, serei carinhosa – sorri com o que disse, mas ela não percebeu.

Estendi minha mão até a cômoda ao lado da cama e peguei uma camisinha. Vesti. Depois de provocá-la novamente, fui introduzindo nosso objeto de prazer no lugar que eu queria, minha namorada gemia intensamente. Comecei o movimento de vai e vem vagarosamente, ela levantou um pouco a bunda para aumentar o contato, apoiei todo o meu peso sobre os joelhos, segurei em sua cintura e puxava seu corpo para mim lentamente. Seus gemidos aumentavam de acordo com meus movimentos. Eu queria ser mais rápida, mas como era nossa primeira vez, decidi esperar mais para fazer isso. Ficamos assim nessas leves estocadas e eu com a mão direita, estimulava-lhe o sexo. A Clara rebolando sua linda bundinha em mim até que explodimos juntamente num gozo perfeito e com gemidos altos da minha morena.

Desencaixei-me de seu corpo logo em seguida, levei o brinquedo para o banheiro e voltei para a cama. A Clara estava de barriga para cima e de olhos fechados, beijei-lhe e fiquei fazendo carinho em seu rosto até sua respiração se restabelecer:

-Machuquei você? – perguntei num sussurro.

-Não. Isso foi muito bom. Não imaginava que fosse gostar tanto… Deveria ter feito isso há muito tempo, com você, é claro – abriu os olhos e sorriu para mim.

-Quer dizer então que iremos repetir?

-Muitas vezes… – sorriu – Ah! Esqueci de lhe dar seu presente – levantou da cama e pegou   um pacote em uma das gavetas dos guarda roupas.

Abri o embrulho e dentro tinha um relógio lindo que eu estava pretendendo comprar e comentei uma vez com ela, ia fazer isso antes da minha formatura.

-Linda, não precisava fazer isso. É caro, eu ia comprar.

-Não posso presentear minha namorada?

-Claro que pode, mas não precisa exagerar.

-Não é exagero nenhum, amor. Só estava querendo te agradar – disse fazendo biquinho.

-Que biquinho mais lindo… vem cá, vem… deixa-me desfazer esse biquinho. Adorei o presente.



Notas:



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