Ana Paula estava se arrumando para a festa de formatura de Camila, o vestido era frente única, azul turquesa realçava intensamente os seus olhos azuis, o comprimento pouco abaixo dos joelhos dava um tom sóbrio, mas uma abertura na lateral que ia até metade da coxa o deixava extremamente sensual. Os cabelos presos em um coque e nos pés ela usava sandálias douradas combinando com os acessórios.

Olhou-se no espelho e gostou do que viu. Sorriu para si mesma, ela estava mais confiante e tentava seguir com a vida mesmo sem Adriana.

Camila chegou à porta do quarto da irmã e assobiou, Ana a olhou pelo espelho e riu para a garota. Camila também estava particularmente linda, em um vestido preto, cor escolhida pelos formandos para ficarem padronizados, Camila tinha os cabelos soltos, o vestido na altura dos joelhos e sandália alta preta, os acessórios eram prata.

— Uau, mas minha irmã está linda! – Camila assobiou –

— E você hein! A formanda mais linda de todas! – virou para a irmã –

— Vamos? Eu estou muito nervosa! Quero chegar logo no auditório! – batia palmas –

— Vamos sim, já estão todos prontos? – se referia aos pais e a irmã caçula –

— Sim. Esperando na sala.

Ana pegou sua bolsa e saiu com Camila, seus pais estavam no Brasil para prestigiar a filha e passar as férias em casa, Alana também viera para passar o verão no Brasil, estava crescida, já era uma mulher muito bonita também.

A família deixou a casa em direção ao auditório da Universidade, estavam todos muito animados, Ana estava pensando em conversar com os pais nesse período que estariam em casa, ela já havia feito os concursos e esperava a divulgação do resultado.
*************

Adriana estava no apartamento de Felipe ajudando o irmão a se arrumar para ir a formatura de Luana. Ela e Mariana receberam convites da cunhada, as duas já estavam prontas. Mariana usava um black jeans justo com uma blusa de botão prata, um cinto grosso estava disposto sobre a blusa marcando sua cintura, um scarpin preto compunha o visual, cabelos soltos e a franja caindo sobre os olhos, maquiagem leve.

Adriana estava com um vestido vermelho de alças grossas, desfilava com um decote ousado nos seios, o que irritou um pouco Mariana, mas a morena sempre gostou de exaltar suas melhores qualidades. Nos pés sandálias pratas e os acessórios de mesma cor terminavam a composição.

Felipe usava uma camisa branca de botão com mangas longas, e calças sociais cinza grafite, ele estava feliz, pois voltara com Luana, a menina veio do quarto do rapaz em seu vestido tubinho preto e os cabelos soltos. Ela tentava se equilibrar sobre os saltos, não era seu costume usar sapatos de salto alto.

O rapaz ficou maravilhado com a visão que teve, os quatro deixaram o apartamento rumo ao auditório da Universidade.

O destino se encarrega de unir o que os homens teimam em separar, a formatura era para todas as turmas de engenharia da Universidade, isso incluía Camila e Luana no mesmo tablado, consequentemente, Ana e Adriana no mesmo auditório e festa depois da solenidade.

Chegando ao local, os formandos seguiam para a parte de trás do auditório e os convidados se acomodavam nas cadeiras livres para aguardar a cerimonia da colação de grau começar.

O auditório é grande, acomodaria muito bem quinhentas pessoas com folga, e as pessoas chegavam aos poucos, os pais de Luana já estavam sentados com a família e seguravam os lugares de Felipe, Adriana e Mariana, que estavam na entrada pegando um pouco de ar, o calor de dezembro não deixava o ar condicionado refrescar o ambiente por completo.

Os três conversavam animados, quando Felipe parou de falar, e fixou os olhos em um ponto da rampa de acesso, Mariana olhou na mesma direção e também mudou a expressão, Adriana sem entender nada olhou para trás e procurava o que os deixou tão impressionados.

— O que foi?
Seus olhos se encontraram com os de Ana Paula que chegava com a família, as duas se olharam ao mesmo tempo, e aquele contato visual foi suficiente para prender as atenções em um duelo sem vencedoras.

Ana sentiu o corpo tremer inteiro e viu Adriana linda, como sempre, dentro daquele vestido que deixava os seios mais exaltados, nossa que decote! A morena estava maravilhosa sobre aquele salto alto.

Adriana mergulhou no azul daqueles olhos que estavam ainda mais lindos por causa do vestido que a loira usava, uma correnteza de sentimentos inundou o coração de Drica, ela se sentiu perdida mais uma vez, e pensava: — Quando eu vou parar de me sentir assim perto dela? –

Mariana ao perceber esse clima tenso entre as duas segurou a cintura de Adriana e a puxou para si, mostrando que Adriana não estava ali sozinha e que não daria chances de Ana Paula tentar alguma aproximação mais intima.

Drica sentiu o abraço da namorada e saiu daquele contato visual, quebrou o elo que as unia mais uma vez. Olhou para Mariana sem graça e sorriu para a namorada.

Ana viu a atitude da índia e ficou com raiva, como ela podia interferir naquele momento tão sublime que acontecia entre ela e Drica? Sua morena estava ali, linda e maravilhosa, mas nos braços de outra.

Quando Ana passou por Adriana fez questão de parar e cumprimentar a morena, que ficou sem saber o que fazer.

— Boa noite. – Ana cumprimentou a todos –

— Boa noite. – os três responderam –

— Tudo bem Drica? – seu tom de voz era quase sensual –

— Sim, tudo bem e você, como está? – desviava o olhar –

— Eu estou bem, que surpresa encontrar você por aqui. – era sincera –

— Luana se forma hoje também, a namorada do Felipe. – apontou para o irmão –

— Ah é verdade, a Luana amiga de Camila. – olhou para Mariana – Eu acabei esquecendo que vocês namoram. – fazia um gesto com a mão –

Mariana puxava mais ainda Adriana para junto de si e envolveu a cintura de Drica com a outra mão abraçando a morena, Ana olhou para aquele abraço e resolveu sair para não causar problemas para a morena.

— Bom, foi realmente um prazer reencontrar você. – foi enfática ao falar no singular –

— Dê lembranças à Camila. – desconversou –

— Obrigada, darei sim, você sabe que ela gosta muito de você não é. – uma pausa — Eu vou entrar. Até mais. – abriu o sorriso mais lindo que Adriana já tinha visto –

— Tchau Ana. – se limitou a responder –

Ana Paula se afastou e Mariana irritada soltou a cintura da namorada e a encarou.

— Adriana, você pode me explicar o que foi isso? – cruzou os braços –

— Ih, eu já vi que isso ainda vai sobrar para mim, eu vou lá dentro. – Felipe saiu de mansinho –

— Isso o que Mari? Não aconteceu nada demais aqui, ela veio nos cumprimentar e ponto.

— Adriana você pensa que eu não percebi como ela te comia com os olhos? Eu te falei que esse vestido estava muito decotado! – tentava ajeitar o vestido de Drica –

— Mariana para de bobeira! – segurava as alças do vestido – Eu estou aqui com você não é? Então esquece a Ana, eu fiz minha escolha, não adianta ficar ciumenta assim não hein. – cruzou os braços –

— Adriana, como você quer que eu fique? Na primeira aparição dela lá em Boston você foi parar na cama dela, imagina aqui, que vocês estão perto uma da outra?

— Você disse que ia esquecer isso Mariana. – apontou o indicador — Não adianta me dizer que me perdoou e ficar jogando isso na minha cara toda vez que a gente brigar! – começou a andar deixando a namorada para trás –

Mariana se desesperou e segurou o braço de Adriana, a trouxe para perto de si e a abraçou.

— Desculpa meu amor, é que eu fico insegura com essa mulher tão perto de você. Eu perdi a cabeça. – beijou o rosto da morena –

Adriana sentiu vontade de chorar, se sentiu humilhada com a declaração da arquiteta, ela sabia que tinha errado, mas contou para a namorada e ela optou por continuar com ela, percebeu que isso seria o calcanhar de Aquiles daquela relação.

— Mariana, eu acho melhor irmos embora. – disse abafada pelo abraço –

— Não Drica, eu sinto muito, vamos ficar, eu prometo que não vou falar mais nada, me desculpa.

— Tem certeza? – olhou para Mariana –

— Sim, seu irmão vai ficar chateado se você sair assim, por causa de uma besteira dessas. Vamos entrar.

Adriana assentiu com a cabeça e as duas entraram no auditório, sentaram ao lado de Felipe para esperar o inicio da Colação de grau, Adriana disfarçava mas tentava encontrar aqueles olhos azuis que lhe faziam perder a razão, sabia que não poderia tocar em Ana Paula, mas queria pelo menos contemplar aquela beleza vinda de Afrodite que a advogada emanava.

Depois de muito procurar, encontrou Ana sentada duas fileiras à sua frente do seu lado direito, do outro lado do corredor, ela podia ver a silhueta delicada daquele rosto angelical, e ficou admirando sua amada, percebeu que Ana também procurava alguém na multidão, mas não encontrava.

Depois de algum tempo, Ana ainda procurava o rosto de Adriana, mas eram muitas pessoas dentro do auditório, ver Drica naquele vestido fez Ana viajar em suas fantasias, imaginava-se encontrando com a morena no banheiro e segurando sua cintura, daria um beijo quente e ardente, não seguraria a vontade de levantar aquele vestido e alcançar aquele sexo molhado e macio, imaginava seus dedos percorrendo a pele alva da coxa de Adriana enquanto levantada a barra do vestido.

Já estava molhada só de pensar, ponderou que estava a muito tempo sem sexo, e já estava subindo pelas paredes, balançou a cabeça para limpar os pensamentos e voltou a procurar aqueles olhos castanhos na multidão.

Adriana estava inquieta, a simples presença de Ana Paula no mesmo ambiente mexia com seus hormônios, sentia o corpo dar sinal, olhava aquela nuca desnuda pelo coque que a advogada usava e a deixou tão sexy, os fios de cabelo caindo soltos dava um ar casual. O decote nas costas que ela podia ver muito bem.
— Adriana! – Mariana chamava –

— Oi.

— Eles vão entrar, olha lá.

O orador apresenta as turmas de engenharia que se formavam naquele dia e os formandos entravam por todos os lados, rindo e brincando, passavam pelo meio dos familiares, e nesse momento que Ana olhava para o corredor encontrou os olhos castanhos que lhe fazem perder o chão.

Adriana sentiu o olhar de Ana sobre si e se arrepiou inteira, era incrível o poder que a loira exercia sobre ela. Desviou o olhar para não despertar os ciúmes de Mariana que ria das brincadeiras dos amigos de Luana.

A solenidade começou e as duas não conseguiam prestar atenção no que era dito, Adriana e Ana não riam das piadas no timing certo, elas estavam sempre perdidas em seus pensamentos e olhares.

Ao final da cerimônia as pessoas deixavam o salão do auditório, calmamente todos seguiriam em direção a uma casa noturna que fora fechada para aquela ocasião, a festa de formatura era a grande atração da noite, teriam shows e muita música com bebida e comida liberada.

— Mari, você quer ir direto para casa? – Adriana segurou sua mão –

— Não minha linda, vamos nos divertir. – sorriu –

Adriana ficou com medo de esbarrar em Ana Paula e acabar acontecendo alguma confusão por causa de ciúmes. Mas acabou indo para a festa com Felipe e Luana.

Chegando à boate, a entrada também era lenta, já existia uma fila na porta onde os convidados recebiam uma fita colorida no pulso para dar livre acesso às instalações. já passava da meia noite e o local estava lotado de formandos e convidados.

Uma banda tocava no palco, os jovens estavam abusando das bebidas alcóolicas, com a desculpa da celebração dessa fase concluída, Luana estava aos beijos com Felipe, como se quisesse recuperar o tempo que ficaram longe.

Adriana e Mariana estavam perto do bar, as duas tomavam cerveja e estavam conversando alheias aos olhares de Ana Paula para as duas.

— Só olhar não vai trazê-la de volta! – Camila lhe deu um susto –

— Nossa Camila, que susto! – colocou a mão no peito –

— Toma, eu trouxe para você. – entregou um copo com um drink –

— O que é isso? – pegou o copo e olhou para o líquido colorido –

— Ah é vodca com morango e leite condensado. – falava alto por causa da música –

Ana provou e gostou da bebida, Camila tinha uma igual nas mãos, as duas estavam conversando em uma mesa, os pais delas e Alana não quiseram acompanha-las na balada. Pegariam um taxi para voltar para casa.

— Ana tem várias mulheres solteiras ai hoje que eu sei que são do babado, não quer que eu te apresente alguém?

— Qual é Camila? Está querendo me desencalhar? – ria –

— Não, só quero que você se divirta um pouco, desde que você terminou com Lívia eu não vi você ficar com mais ninguém, logo você que não para sozinha. – bebeu um gole da batida –

— Poxa Camila, eu estou em uma fase de me encontrar, para isso funcionar eu preciso estar sozinha. – olhou para Adriana novamente –

— Mas alguns beijinhos, não vão te fazer mal nenhum. – se chocou contra o ombro da irmã –

— Quem sabe, me traz mais umas cinco dessa – apontou para o copo – que eu penso no assunto. – riu –

— É pra já. – Camila saiu rindo –

Do lado do bar, Adriana beijava Mariana enquanto dançavam ao som de uma música eletrônica. Felipe estava com Luana ao lado delas. As duas estavam se divertindo para valer. As vezes Adriana procurava pelo par de olhos que lhe remetia ao mar que se oferecia para que ela mergulhasse de cabeça. E em algumas ocasiões ela os encontrava.

Já era madrugada e a festa não tinha movimentação para acabar, Ana já estava alta por causa da bebida e Adriana e Mariana também já estavam fora do seu normal. A morena deixou a namorada para ir ao banheiro, e Ana percebeu essa movimentação, saiu atrás de sua amada espreitando seus passos dentro da boate lotada.

A banda começou a cantar um sucesso da Elis Regina com um ritmo mais acelerado levando a multidão à loucura, quando Ana alcançou Adriana no banheiro.https://www.youtube.com/embed/x7g8YMW2nYY?feature=oembed&wmode=transparent

Só Tinha De Ser Com Você – Elis Regina
É,
Só eu sei
Quanto amor
Eu guardei
Sem saber
Que era só
Pra você.
É, só tinha de ser com você,
Havia de ser pra você,
Senão era mais uma dor,
Senão não seria o amor,
Aquele que a gente não vê,
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonita demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.

Foi uma batalha de Titãs, Ana sem ao menos falar nada segurou o braço de Adriana sem que a morena visse que ela tinha se aproximado e a puxou contra seu corpo, Drica ficou sem reação com o susto e se aproveitando disso, Ana tentou beijá-la

Adriana foi rápida e se esquivou, olhou para ela com aqueles olhos azuis brilhando intensamente, realmente ela era feita de azul, Ana estava linda dentro daquele vestido decotado, mas ela não podia fazer isso com Mariana.

— Ana, você enlouqueceu? – empurrou a loira para longe –

— Eu te amo! – era só o que precisava ser dito –

— Não podemos. – soltou a mão de Ana que lhe segurava —

Adriana virou as costas e entrou no banheiro para sair daquela zona de desconforto. Mais um minuto ali e ela faria uma loucura, quando saiu não viu mais Ana Paula do lado de fora. A loira resolveu sair da boate para tomar um ar, estava bêbada e começou a se sentir mal.

Adriana voltou para a namorada e não queria mais ficar ali para evitar novos excessos da advogada.

— Mari, podemos ir? Eu estou muito cansada. – segurou o braço da namorada –

— Sim, minha linda, eu também estou. – entrelaçou os dedos com os de Drica – Vamos falar com o seu irmão.

Adriana se despediu de Felipe e Luana que ainda ficariam até o final. Quando estavam saindo da boate, Adriana reconheceu parte do vestido de Ana Paula que estava abaixada atrás de um carro vomitando.

— Mari, acho que tem alguém ali passando mal. – apontou para a loira –

— Deixa para lá Drica, bebeu demais porque quis, daqui a pouco aparece alguém e resgata essa ai. – não percebeu que era Ana Paula –

— Não, meu amor, vamos ajudar. – deixou Mariana e correu até o carro –

Chegando lá, viu Ana Paula tentando se escorar no carro, ela estava pálida e suando frio. Estava passando muito mal, Drica ficou com pena e chamou Mariana que ao ver de quem se tratava já mudou o olhar.

— Ah não Adriana, jura que é essa mulher? – cruzou os braços –

— Ai Mari, ela está passando mal, me ajuda vai. – segurava a cabeça de Ana Paula –

— O que você quer que eu faça Adriana? – dizia contrariada—não vai querer que eu a carregue no colo não é?

— Você conhece a irmã dela, entra lá e acha Camila! – continuava segurando a advogada – Por favor. – fez um olhar de pidona —

Mariana saiu contrariada e reclamando para si mesma, ficou zangada com a preocupação extrema de Drica com a loira que estava passando tão mal do lado de fora. Mas sabia que se ela não fosse procurar Camila, Adriana não sairia dali.

Drica estava preocupada com o estado da amada.

— Ana, você consegue se levantar? – dizia ao ouvido da loira –

— Drica? – Ana estava desnorteada –

— Sim, sou eu Ana, você está passando tão mal, consegue ir até o carro comigo? – levantava a advogada –

— Acho que eu consigo. – tentava se equilibrar no salto –

Ana trocava os passos, abraçou o pescoço de Adriana que tentava guia-la até o carro, no meio do caminho Drica retirou os sapatos da advogada e os carregou nas mãos, chegou ao carro e abriu o veículo deixando Ana sentada no banco do carona.

A loira não estava conseguindo mais ficar acordada e falava coisas desconexas. Adriana a abanava com uma revista.

— Ana o que você bebeu? – deitou um pouco o banco do carro –

— Vodca com alguma coisa. – falava enrolado –

— Você exagerou Ana, por que você fez isso?

— Eu te amo Adriana, eu te quero. – abriu os olhos devagar –

Ana segurou a perna de Adriana e subia pela coxa da morena levantando o vestido, tentando alcançar seu sexo, mas estava fraca demais e Drica a segurou, impedindo que ela avançasse mais.

— Não Ana, por favor. – segurou a mão da loira –

— Deixa vai, eu estou morrendo de saudade.

Adriana estava se controlando para não colocar a advogada no colo e cuidar dela até o porre passar, mas sabia que não poderia fazer isso.

Ana voltou a se inclinar para fora do carro e Drica segurava sua cabeça para vomitar novamente, Mariana chegava com Camila e mais dois amigos da garota.

— Ana! Oi Drica.

— Oi Camila, ela está passando muito mal, ela precisa ir para casa. – Drica ainda segurava Ana –

— Eu vou embora com ela agora mesmo. – Camila se aproximou e segurou o braço da irmã – Obrigada Drica .

As duas tiraram Ana de dentro do carro e um dos amigos de Camila a pegou no colo para levar para o carro delas, Adriana sentiu um ciúme indescritível ao ver as mãos daquele rapaz tocando aquele corpo que tanto foi seu.

Mariana olhava para a morena insatisfeita, tinha cara de poucos amigos e se dirigiu ao volante do automóvel. Adriana entrou no carro com cara de criança que fez artimanhas.

— Satisfeita agora? – foi sarcástica enquanto manobrava o carro –

— Obrigada Mari, mas eu não podia deixa-la ali do jeito que ela estava, ela não ia conseguir voltar sozinha, poderia até ter acontecido algo pior aqui fora. – colocou a mão na coxa da arquiteta – Desculpa.

Mariana estava chateada com a atenção que Drica dera para Ana, que infortúnio encontrar logo a advogada nessa festa, ela percebeu que Ana não tirava os olhos de Adriana, e viu algumas vezes Adriana respondendo àquele olhar.

Estava com ciúmes, cansada, já era madrugada, ela estava dirigindo para o apartamento de Adriana. Não respondeu ao chamado da namorada.

— Mari, você vai ficar de mal comigo? – fez beicinho –

Mariana a olhou de rabo de olho e acabou rindo da feição de criança que estava vendo em Adriana. Balançou a cabeça e olhou na direção da morena rapidamente, voltando sua atenção para o trânsito.

— Ai Adriana, você me tira do sério! Mas também não me deixa ficar zangada com você. Essa sua cara de criança me encanta, sabia? – fez carinho no queixo da morena –

— Estamos de bem então?

— Sim, estamos de bem. – sorriu –

— Que bom, porque eu quero chegar em casa e ainda te comer todinha. – disse ao pé do ouvido da arquiteta sussurrando –

Mariana sentiu o corpo responder com um arrepio da cabeça aos pés, e a calcinha molhou na mesma hora.

Adriana foi se aproximando de Mariana e beijou sua orelha, tentava beijar o seu pescoço e a índia dobrou a cabeça para o lado para dar mais espaço para a investida da morena, ela tentava prestar atenção no volante, a sorte das duas é que já era madrugada e as ruas estavam vazias.

— Para Adriana, eu estou dirigindo! – advertiu a morena –

— Eu te quero agora!

Adriana desceu com uma das mãos até a calça da índia e abriu o botão, Mariana a encarou com os olhos arregalados, pensando se Drica teria coragem de continuar com aquela investida. Adriana abriu o zíper e Mariana já sentia o pé falhar no acelerador.

Adriana abriu um sorriso abafado em seu pescoço e este foi percebido por Mari, a contadora desceu a mão dentro da calça da índia que se esticou no banco do carro. Drica passou pela calcinha e alcançou o sexo encharcado de Mariana que ainda estava ao volante.

— Adriana, você é louca. – disse sussurrando –

— Eu sou. – começou a estimular o clitóris da namorada – Por você. Você está excitada!

— Ah. – Mariana gemeu –

Mariana tentava se manter firme ao volante, agradecia aos deuses por ter comprado um carro automático, se precisasse trocar de marcha o carro já estaria morto a muito tempo. Adriana continuava com o seu joguinho de sedução, beijava o pescoço da namorada, e continuava estimulando o sexo de Mariana, a índia conseguiu chegar na garagem do prédio de Adriana e depois de estacionar o carro relaxou e abriu mais as pernas para facilitar o contato.

Adriana aumentou o ritmo e fez Mariana gozar enlouquecidamente em seus dedos.

A arquiteta não se conteve e saiu do carro junto com Adriana, ainda tinha as calças abertas, deu a volta e segurou Adriana na porta do carro a beijou com voracidade. Drica até se assustou com a reação da namorada. Mas aquele beijo a deixou louca, ela já estava incendiada por causa do orgasmo de Mariana ao volante e recebeu aquela investida de bom grado.

Mariana segurou a cintura de Adriana e a levantou do chão, a morena envolveu com as pernas o quadril da arquiteta e se pendurou em seu pescoço. Mariana abriu a porta traseira do carro e deitou Drica no banco de trás. Suas mãos já exploravam as coxas de Adriana debaixo do vestido decotado, subia os dedos pela pele da morena e beijava o colo desnudo dela.

Adriana gemia de tesão, a índia levantou o vestido da morena e afastou a calcinha de renda minúscula para o lado, alcançou o sexo encharcado de Drica com a boca gulosa, se prendeu no clitóris da morena que se retorcia de prazer, Mariana chupava com voracidade o sexo da outra que segurava os cabelos da índia com força.

Sem penetrar o sexo de Adriana, Mariana continuava com o estímulo naquele ponto entumecido, com uma das mãos estimulava um dos seios de Drica sobre o vestido, Adriana gemia mais alto, deixando Mariana louca de prazer.

Aumentando o ritmo da língua feroz, Mariana circulava o sexo de Drica que se debatia no banco do carro, se retorcendo de prazer, até que gozou explosivamente na boca da namorada. Mariana continuava estimulando Drica que reclamava com a namorada, mas ela não interrompeu a investida, fazendo com que Adriana recebesse outro orgasmo enlouquecido.

Finalmente Adriana estava se recuperando enquanto Mariana se levantava. Drica abriu os olhos e encarou o olhar negro da índia que ainda estava ofegante.

Mariana estendeu a mão para Adriana que a segurou e foi erguida. Parecia que estava bêbada, tamanha a sensação de relaxamento.

— O que foi isso Mariana? – ajeitava os cabelos –

— Isso foi para você aprender a não me provocar ao volante! – bateu com o indicador em seu nariz —

— Vou fazer isso todo dia. – disse melosa beijando a outra –

As duas trancaram o carro e finalmente subiram para o apartamento. Adriana ainda se perguntava como estava Ana Paula, sabia que a loira acordaria com uma dor de cabeça daquelas. Será que Ana Paula nunca sairia de seu coração?

Mariana estava ali disposta a conquistar o seu coração e ela ainda o sentia batendo mais forte pela advogada. Estava apaixonada por Mariana, ou pelos mimos que a arquiteta lhe dava? Estava começando a questionar o relacionamento que estava tendo e pensava se estava agindo corretamente. Esse pensamento se esvaiu quando entrou de baixo do chuveiro para depois dormir.



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