Catarina arrumava suas malas enquanto Antero ajudava a empacotar algumas coisas. Ela estava receosa, ao mesmo tempo em que estava tirando um peso das costas ao não ter mais que guardar segredos, estava se divorciando do marido, sua imagem estava ruindo nos ambientes que ela frequentava, pelo menos era isso que ela pensava.

Marina mora na Barra da Tijuca, em uma cobertura espaçosa, está sozinha depois que as duas filhas casaram e foram viver suas vidas, a mulher de Catarina tem uma empresa herdada do pai, e tem uma ótima condição financeira, poderia oferecer o mesmo estilo de vida a qual Catarina estava acostumada.

Felipe chegou para ajudar com as bolsas, Adriana foi buscar algumas coisas que ainda tinha naquele lugar.

— Drica, minha filha! – Antero abraçou a morena –

— Oi papai. – beijou o rosto do senhor grisalho – seus cabelos estão crescendo rápido!

— Mais um pouco e eu estarei novo em folha. – bateu no peito –

Catarina olhava para Drica com nojo, agora que o segredo foi revelado ela não fazia o menor esforço em esconder isso de todos. Adriana por sua vez, respondia com o desprezo, não falava mais com a mãe e evitava olhar para a mulher que lhe deu a vida, isso a fazia sofrer, mas preferia a distância para evitar problemas.

— Adriana, sua caixa está no quarto. – Felipe avisou – Não tem muita coisa sua aqui não.

— Eu sei, quando eu me mudei, fizeram questão de levar tudo pra meu apartamento para não correr o risco de eu voltar. – se referia a Catarina –

— Eu já coloquei o apartamento para alugar e já vou para Búzios esse fim de semana para procurar uma casa, eu me mudo assim que conseguir resolver tudo. – dizia animado –

Catarina observava a interação dos três em silêncio. Quando terminou com tudo, Felipe levou as bolsas para o carro, Marina a aguardava na frente do prédio, a mulher olhou para a fachada do lugar onde morou por mais de trinta anos e sentiu que sua vida fora de uma grande mentira, manteve um casamento sem amor por puro capricho, pensou no tempo que perdeu, se ela tivesse tido coragem de enfrentar a sociedade e denunciar o seu agressor ela não teria desperdiçado tanto tempo.

Mas isso implicaria muitos problemas em uma época que liberdade não era a palavra de ordem. Entrou no carro e ali ela dava um adeus para sua vida padronizada, agora ela finalmente começaria a viver em sua real plenitude, pensava se voltaria a ver Adriana, por mais dor que ela sentia, em um lugar escondido existia a consciência de que a menina é sua filha, mas o orgulho não deixava esse sentimento se manifestar.

Catarina e Marina seguiram para o seu novo destino, sua nova vida, para sua vida real.

Adriana assistia a essa partida da janela do apartamento, mesmo com toda decepção e rejeição, ela chorou, chorou a perda daquilo que ela sempre teve esperanças de conquistar, o amor de sua mãe, chorou a dor do abandono mais uma vez, de tantas outras.

Simplesmente chorou.
**************
Os meses passaram rápido, ao final dos seis meses de estágio, Ana Paula estava de malas prontas para voltar para o Rio, Fernando levou a amiga ao aeroporto, junto com Arthur. Os dois se abraçavam.

— Ai mona, eu vou sentir saudades!

— Fernandinho, é só você me ligar e ir me visitar no Rio, você fica lá em casa.

— Eu vou ver e te falo, de repente nas minhas férias eu vou. – deu um beijo no rosto de Ana –

— Tchau Arthur. Você vai direto para o céu meu querido, por aturar esse ai. – apontou para o amigo —

— Tchau Ana. – riu do comentário –

Fernando fez uma careta e a advogada embarcou de volta para casa, não falou mais com Adriana depois do encontro no aeroporto, pensava em como a morena estaria depois daquele tempo todo.

Chegando ao rio, Camila estava no aeroporto para recepciona-la e deu um abraço apertado na irmã.

— Ai que saudades minha irmã. – beijou a advogada –

— Eu também senti muito a sua falta.

— E ai, como foi lá no estágio?

— Ah, foi pauleira Camila, casos e mais casos parados, o atraso no agendamento das audiências é muito grande, tem casos para ir pra julgamento que os presos já cumpriram mais do que a pena mínima que o delito iria ocasionar.

— Que isso Ana, então isso significa que o cara quando for para o julgamento já vai ter cumprido a pena inteira?

— Isso mesmo, até mais do que deveria. – caminhavam pelo estacionamento –

— Mas que coisa desorganizada.

— Pois é, o sistema judiciário brasileiro é muito arcaico ainda, enquanto eu estava do lado de lá, como advogada meu trabalho só dependia de mim, agora que eu estou do lado de cá, e meu trabalho depende de uma série de fatores, ficou muito mais difícil.

— Imagino, mas você já sabe em qual região você vai atuar?

— Ainda não, eu vou me apresentar no gabinete do promotor na segunda-feira, e só então vou saber em qual repartição eu vou trabalhar.

— Isso é tão ruim, você não sabe se vai trabalhar em um departamento tranquilo ou se vai pegar pedreira.

— Ah minha irmã, na promotoria não tem departamento tranquilo, é tudo pedreira. E as novidades por aqui?

— Ana eu fui efetivada lá na construtora. – entravam no carro –

— Que bom Camila! Parabéns!

— E você não sabe, mas eu estou namorando um arquiteto de lá. – começou a dirigir saindo do aeroporto —

— Hum, Camila está namorando! Que milagre é esse?

— Ah Ana, já está na hora de sossegar um pouco, eu já curti bastante, vou namorar um pouquinho. – ria –

— Isso ai, você está certa.

— E você? Não encontrou nenhuma paulista que te fizesse suspirar? – prestava atenção no trânsito –

— Que nada, não tive tempo pra isso. – tentou desconversar –

— Ah sei, não teve tempo ou não teve Adriana em São Paulo?

— As duas coisas. Tem noticias dela?

— Nunca mais a vi. Vocês não se falaram mais? – parava em um sinal —

— Desde o meu embarque.

— Espera ai, seu embarque? – disse pensativa – Eu achei que você tinha visto a Drica naquele dia no hospital e só.

— Ela foi ao aeroporto antes de eu viajar. – sorriu – Levou um pen drive para mim.

— Sério? O que tinha nele?

— Em casa eu te mostro.

— Ai que eu estou curiosa. – se ajeitou no banco do carro –

As irmãs chegaram em casa animadas, o inverno ainda marcava presença na cidade, o tempo estava nublado com uma ameaça de chuva. Ana Paula foi recebida pelos pais com um abraço apertado e muito carinho, seu pai orgulhoso levantou a filha no colo.

— Minha filha, quantas saudades! – devolveu a advogada ao chão –

— Eu também papai. Oi mãe.

— Agora você voltou para ficar não é?

— Sim, eu vou segunda-feira descobrir para onde eu vou.

— Eu tenho certeza que você se sairá muito bem onde quer que seja. – sua mãe dizia orgulhosa –

— Bom, eu vou subir e tomar um banho, eu estou exausta. Daqui a pouco eu desço e nós conversamos.

Camila foi atrás da irmã e entrou no quarto com ela ajudando com as malas.

— Ana, enquanto você toma o seu banho, me mostra o que Adriana te deu. – se jogou na cama –

— Pega o notebook ai na bolsa.

Camila fez o que a irmã pediu, e Ana entregou o pen drive que ela plugou no aparelho e esperava ligar.

Ana entrou no banho e Camila ficou assistindo ao arquivo que Adriana fez, a garota chegou a se emocionar ao final do vídeo.

Ana saía do banheiro e Camila estava ouvindo o set list que Adriana preparou, ela olhou para a advogada e sorriu.

— Ana, ela te ama demais viu.

— Eu vi, só que não é o momento certo para esse amor ser vivido. – deu de ombros —

— Minha irmã, o momento certo somos nós que fazemos. – levantou e deixou o quarto – Pensa nisso.

Ana ficou pensativa no quarto, tinha uma toalha enrolada na cabeça e sentou na cama, a música que Camila estava ouvindo era a mesma que ela cantou no ouvido da contadora no banheiro do avião, sorriu ao lembrar do prazer que sentiu naquela noite.

— Talvez Camila tenha razão.

Pegou o telefone e ligou para a amiga Isadora, estava morrendo de saudades.

— Ana! Que bom que ligou, já chegou? – estava no escritório –

— Sim, eu já estou em casa, você está bem? – tirou a toalha da cabeça –

— Tudo ótimo. – escrevia no computador – Como foi em Sampa?

— Muito trabalho, você pode sair comigo hoje à noite? Vamos jantar, e eu te conto tudo.

— Claro, eu vou sim, eu só preciso avisar a Vivi que não vou lá hoje.

— Você colou nela mesmo hein! – penteava os cabelos –

— É menina, eu estou amando. Ela é um doce, acho que dessa eu não me separo mais.

— Ih, gamou mesmo. Que bom que você está feliz Isa, eu te pego em casa então, oito está bom?

— Sim, está ótimo.

— Isa, você sabe de Adriana?

— Sei sim, ela está bem. O escritório delas ampliou, Drica e Viviane estão só trabalhando com consultoria agora e as meninas estão bem mesmo.

— Que bom, ela ainda está com a Caiapó? – jogou a toalha no banheiro –

— Caiapó? – Isa riu – Ana, ela ainda está com a Mariana sim.

— Sei. Aquela sem graça.

— Ana, você procurou por isso, agora não adianta chorar pelo leite derramado.

— Eu sei, mas é inevitável.

— Amiga eu preciso desligar. Eu te espero às oito. Beijo.

— Beijo.

*************
Adriana chegava em casa cansada de mais um dia de trabalho, encontrou Mariana em sua cozinha, ela estava preparando algo.

— Ué, saiu mais cedo? — deixava as chaves no aparador – Quando eu senti o cheiro de comida, logo imaginei que tinha visita, — beijou a namorada que estava no fogão –

— Oi meu amor. Eu saí um pouco mais cedo e vim direto pra cá. Resolvi fazer uma comidinha pra gente.

— Perfeito.

As duas conseguiram se entender por um tempo, Adriana conseguiu controlar o ímpeto dos ciúmes de Mariana e estavam vivendo um namoro tranquilo.

— Drica, eu vou tirar férias em Novembro, você não consegue tirar uns dias para nós viajarmos? – provava o molho –

— Eu posso ver com as meninas. – gritava do quarto –

— Eu estava pensando em ir pra Porto Seguro ou Noronha.

Adriana voltava do quarto com as roupas e uma toalha pendurada no ombro.

— Noronha? Eu sou louca para viajar para lá, tem vários esportes para praticar. Eu estou louca para pegar uma trilha de novo.

— Eu tinha esquecido que você gosta de trilha. Lá dá pra mergulhar e fazer algumas coisas assim. O que você acha? – foi até Drica e deu um beijo –

— Acho maravilhoso. Eu vou falar com as meninas. Falando em trilha, você não quer ir comigo em uma trilha no sábado?

— Mas não está muito frio?

— Assim que é bom, dá mais emoção.

— Eu sei, imagino a emoção. Ai, eu não estou com muito ânimo para encarar lama nesse frio não meu amor.

— Ah mas a roupa protege do frio.

— Vai tomar o seu banho e depois discutimos isso, ok?

— Ok, senhora mandona. A criança aqui obedece.

— Boba. – ria –

As duas estavam abraçadas no sofá com a televisão ligada depois de jantar, mas não prestavam atenção no que estava passando. Namoravam e faziam carinhos. Adriana voltou ao assunto da trilha, mas Mariana não quis acompanhar a morena.

— Poxa você não quer ir mesmo comigo? – fazia carinho no rosto da índia –

— Não meu amor, vai você, eu não tenho pique nenhum para uma trilha. – estava com os olhos fechados –

— Tudo bem, eu vou ver com os meninos.

— Eu estou com vontade de tomar sorvete, não quer ir lá embaixo comigo?

— Poxa Mari, eu estou muito cansada.

— Ah, vamos! Tem um tempão que a gente não desce para caminhar na praia a noite. Vamos aproveitar que está fazendo um calorzinho e vamos sair um pouco.

— Eu queria tanto ficar aqui abraçada a você. Te curtir um pouco, foi tão bom te encontrar aqui. – beijou a namorada –

— Eu sei, eu estava com saudades. Você só ia lá para casa no fim de semana, eu resolvi vir hoje te fazer uma surpresa. – mordeu o nariz da morena – Mas vem comigo, vamos lá embaixo.

— Ai, mas você é tão teimosa! Eu vou comprar um pote de dois litros e deixar ai no freezer só para você. – foi levantada por Mariana –

Mariana acabou convencendo Adriana de descer e ir tomar sorvete na beira da praia.
*************

Ana Paula estacionou o carro em frente ao prédio da amiga, Isadora já estava esperando a advogada na calçada, ela entrou no veículo e beijou o rosto de Ana que saiu dirigindo até o bar que iriam parar.

— E ai amiga? Eu quero saber tudo! – Isadora questionou – Beijou muitas paulistas?

— Que nada, o negócio é tão brabo que só arrancaram o meu couro. – Ana desconversava –

— Ah, Ana Paula, não vem com essa, que eu sei que você saiu com Fernandinho e ele não ia sossegar enquanto não arrumasse alguém para você pelo menos beijar.

— Eu sei, mas eu consegui controlar esse ímpeto dele. Enfim, eu não beijei ninguém Isa, acredita? – fazia uma curva –

— Eu não acredito, Ana Paula Arantes solteira e sozinha! O mundo vai acabar mesmo.

— Quer dizer.

— Eu sabia! Conta logo!

— Ah teve um dia que Fernando me levou em uma boate e eu beijei uma mulher, mas eu nem lembro como ela é, eu estava muito bêbada.

— E foi só isso? – fez careta —

— Ah para de bobeira. – estacionou o carro – Aqui está bom? Ou quer ir para outro lugar?

— Está ótimo.

As amigas escolheram o bar que sempre param, na praia de Icarai, perto do prédio da mulata e por consequência perto do prédio de Drica. As duas sentaram em uma mesa no varandão perto da janela e já pediram um chope.

— Não bebe muito porque você vai dirigir até Itaipú. – levantou a tulipa –

— Eu sei, se ficar ruim eu caio no seu apartamento mesmo. – riu e tocou a sua tulipa com a da amiga –

As duas conversavam animadas e lá pelo quinto chope, Ana teve uma visão dos céus, olhou para o calçadão e viu Adriana caminhando com um sorvete na mão, ela conversava com Mariana e as duas sentaram no calçadão com as pernas na areia para conversar sem saber que estavam sendo observadas de longe.

Ana Paula fixou os olhos na morena e Isadora achou isso estranho, quando ela virou na direção que a amiga estava olhando, viu o objeto de desejo da loira.

— Oh Ana, mas que azar hein! Tinha que encontrar a Drica logo aqui?

— Azar não minha amiga, oh sorte! Eu estava com saudades dela, pelo menos eu mato um pouco.

— De longe?

— É com isso que eu posso me contentar. – bebeu um gole de chope —

E assim o destino mostrava suas garras novamente, o acaso insistia em unir aquelas mulheres mesmo que à distância e esse encontro unilateral serviu de acalanto para o coração saudoso da advogada que passou tanto tempo longe de seu amor.

**********************
As meninas estavam no escritório, Adriana chegava com Viviane de um cliente e encontrou Paula e Alessandra discutindo sobre o apartamento.

— Paula, eu quero mudar os móveis da sala, aquele sofá está com o buraco certinho da minha bunda.

— Alessandra, eu até concordo que o sofá precisa ser trocado, mas não tente me convencer que o resto dos móveis também precisam ser novos. O home theater é novinho, não tem nem um ano.

— O que houve aqui? – Viviane colocava a bolsa no armário – Vocês estão discutindo?

— É essa cabeça dura que eu casei, cismou que tem que trocar todos os móveis da sala até o Natal. – Paula balançava a cabeça –

— Porque isso Ale? – Drica sentou em sua cadeira –

— Olha aqui Drica. – virou a tela do computador – Olha essa sala! Não ia ficar lindo lá em casa?

— Ia, se você não tivesse trocado tudo a menos de um ano. Eu diria que você tem razão.

— É o que eu estou tentando falar para ela Drica, mas ela não entende que é um gasto desnecessário. – bateu com a mão na mesa –

— Mas Paula, meu amor, eu fiquei apaixonada por essa sala.

— Eu sei meu bem, mas nós só precisamos trocar o sofá. – Paula era enfática –

— Alessandra, sossega essa bunda, todo ano você quer inventar alguma coisa nova para a casa. – Adriana ralhava com a amiga –

— Alessandra esquece isso, eu não vou gastar dinheiro com móveis de novo, eu acho até que eu vou suspender temporariamente o sofá novo também.

— Ah não Paula! Pelo menos o sofá. – reclamou –

— Eu vou ver Ale, agora deixa a Drica falar, ela acabou de chegar lá do Pão de Açúcar.

— Mas não andei de bondinho. – ria –

— Mas desde quando tem bondinho lá, Drica? – Alessandra perguntou inocente –

— Não tem Ale, ela estava só brincando. – Viviane completou —

— Ah tá, eu sabia disso!

As meninas riam e Adriana começou a dividir as partes importantes da reunião com as garotas, Viviane e Adriana estavam fazendo apenas as auditorias e Paula e Alessandra faziam a contabilidade, em algumas ocasiões Drica e Vivi ajudava, mas o volume de consultoria e auditorias aumentou muito com a volta de Adriana.
***************

Ana Paula arrumava sua sala no prédio do Ministério Público Estadual no Centro do Rio, estava radiante, começava uma nova etapa em sua vida, e era para muito melhor.

Profissionalmente estava firmando o seu nome e começando uma boa carreira, mas ainda faltava uma coisa, faltava Adriana, o seu amor. Estava distraída quando ouviu uma voz rouca na porta lhe dando as boas vindas.

— Bom dia.

Ana olhou na direção da porta e viu uma mulher parada, encostada no portal com metade do corpo para dentro da sala e um sorriso encantador. Ana ficou sem saber como reagir, há muito tempo uma mulher não chamava a sua atenção.

— Bom dia. – segurava um livro –

— Você é nova aqui não é?

— Sim, eu começo hoje.

— Que cabeça a minha. – entrou na sala e esticou a mão – Muito prazer, eu sou Eduarda.

— Muito prazer, meu nome é Ana Paula. – apertou a mão da moça –

Eduarda tem um aperto de mão decidido, Ana não deixou de reparar como a moça é bonita, estava vestindo um terninho de saia e blazer de risca de giz, na cor grafite, o sapato alto preto e os cabelos pretos presos em um coque feito com uma caneta. Casual, mas muito elegante.

A moça não tirava os olhos de Ana Paula que parecia estar hipnotizada com a visão da moça de pele morena e olhos azuis como os seus.

— Seja bem vinda, o pessoal aqui da repartição não é muito amigável não, mas eu gosto de conhecer o pessoal novo, é sangue fresco para renovar o lugar. – sorria –

— Que bom que você pensa assim.

— Seja bem vinda novata. – caminhou para sair –

— Obrigada.

Ana ficou observando o rebolado da promotora que caminhava lentamente como se estivesse em um desfile, ficou boquiaberta com a abordagem da moça, concluiu pelo instinto e pelo gaydar que a nova colega de trabalho é lésbica, mas ela ainda precisaria de mais um tempo de convivência para descobrir isso.



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