Adriana estava procurando vaga para estacionar em Copacabana, estava se preparando para visitar um novo cliente que pediu consultoria.

Caminhava na Av. Nossa Senhora de Copacabana e avistou o prédio onde Mariana tem seu escritório de arquitetura, a morena sorriu nostálgica lembrando-se da índia, Mariana é uma pessoa maravilhosa, e só trouxe coisas boas para sua vida, sentia saudade de conversar com a arquiteta, elas eram muito companheiras, mas infelizmente não conseguiu amá-la como ela merecia.

Depois de atender o novo cliente, Adriana resolveu almoçar antes de voltar para o centro da cidade, já passava de duas horas da tarde, ela entrou em um pequeno restaurante de esquina para comer.

Sentou-se em uma mesa e recebeu o cardápio de uma atendente, enquanto lia as opções que poderia escolher, ouviu uma voz conhecida chamando por seu nome.

— Adriana?

A morena olhou assustada para trás e viu Mariana chegando ao restaurante. Na mesma hora Adriana levantou e a abraçou, as duas se cumprimentaram e a saudade deu espaço a oportunidade do reencontro.

— Mari! Mas que coincidência! Que bom te encontrar por aqui. – sorria –

— Sim, mas o que você está fazendo aqui a essa hora?

— Eu vim visitar um cliente, estava em reunião até agora, quando terminei resolvi almoçar antes de voltar pro Centro.

— Você se incomoda se eu sentar com você?

— Claro que não!, você está sozinha também? – olhou ao redor –

— Estou, eu demorei em uma apresentação, acabei ficando por último para almoçar. – sorriu –

— E como você está? Continua linda como sempre!

— Obrigada, você também não fica atrás não é. Eu estou bem, trabalhando muito.

— As vezes eu encontro com Marcos lá no prédio.

— Ele me fala, e sempre você me manda lembranças. – pegou o cardápio — Ele sempre dá o seu recado. – riu –

— Mari, eu senti saudades de você. – segurou a mão da índia —

— Eu também senti minha linda, eu também. – olhou para a morena –

As duas fizeram seus pedidos e continuaram conversando, o almoço foi agradável, conversaram sobre muitas coisas, a relação das duas sempre foi muito boa, a amizade era o ponto alto do relacionamento.

Adriana ria muito – Ai Mari, jura que o seu cliente pediu isso?

— Drica, eu juro. – ria também – O projeto dele estava lindo, a casa é espaçosa, deu para fazer muitas mudanças legais, quando o sujeito chegou para ver, disse que não era nada daquilo que ele queria, e mudou tudo, menina, o homem fez do quarto dele um quarto de motel.

— Minha nossa! Com direito a hidromassagem e tudo?

— Com direito a hidro dentro do quarto, não é no banheiro não, é dentro do quarto. – ria —

— Ai eu não aguento essas coisas. – chorava de rir –

— Imagina a minha cara quando tive que refazer o projeto inteiro e colocar essa hidro, eu fiquei louca. – ajeitou os cabelos – Teve que colocar encanamento dentro do quarto.

— Ai Mari, muito bom. – continuava rindo – Bom, o papo está maravilhoso, mas olha só a hora! – olhou no relógio — Eu vou pegar um mega engarrafamento para voltar para Niterói. – pegava dinheiro para pagar a conta –

— Pior que vai mesmo. – pegou a bolsa na cadeira — Quanto deu ai?

— Não, é por minha conta. Deixa comigo. – pegou a comanda –

— Claro que não Drica! Não tem nem graça, me fala quanto foi.

— O almoço é por minha conta, e não reclame comigo.

— Caramba, mas você é muito teimosa!

Depois de pagar a conta, as duas saíram do restaurante e ganharam a rua, Adriana e Mariana caminhavam na calçada, em frente ao prédio de Mariana as duas pararam para se despedir.

— Mari, foi muito bom te reencontrar. Eu passei aqui na frente hoje cedo e lembrei tanto de você!

— Ah minha linda, eu também adorei te ver. Eu confesso que eu estava com saudades também, ainda não te esqueci, as vezes me pego pensando em você, querendo saber como você está, mas eu sei que não posso te ligar, você está bem com sua namorada. – seu olhar baixou –

— Mari, eu nunca vou me negar a atender uma ligação sua, quando quiser saber de mim, pode me ligar, eu não te ligo para respeitar o espaço que você precisa para superar tudo o que aconteceu, eu não quero ser inconveniente.

— Você nunca será inconveniente. – sorriu –

— É melhor eu ir embora.

Adriana abraçou a arquiteta e as duas se despediram, Mariana beijou o rosto da contadora com muito carinho e amor, sentia falta daquele contato, sentia saudade da companhia de Drica, das brincadeiras, dos passeios, mas precisava superar aquele sentimento que era unilateral.

— Tchau, Mari. Se cuida.

— Tchau Drica, vai com Deus.

Adriana caminhou mais um quarteirão até pegar o carro. Lembrando dos momentos bons que viveu com a arquiteta, ficou feliz de saber que ela está bem.

*********
A noite, Ana Paula ligou para Drica depois das aulas na pós.

— Oi Meu amor. – Drica atendeu –

— Acabei de chegar em casa.—tirou o sapato — A aula hoje foi puxada. – jogou a bolsa sobre a poltrona –

— Tadinha do meu amor. Se passasse aqui eu te faria uma massagem para você relaxar e depois faria você dormir bem abraçadinha a você. – dizia dengosa –

— Ai, não fala assim não que eu pego o carro e vou parar ai. –abriu a calça e a deixou cair no chão –

— Eu adoraria. – escorregou no sofá –

— E então, como foi o seu dia? – sentou-se na cama –

— Hoje eu fui em um cliente em Copacabana, levar a proposta para uma consultoria, ele ficou de me ligar até o fim da semana—Pitty subiu no sofá e deitou junto com Adriana – Você não vai acreditar, eu encontrei Mariana no mesmo restaurante que eu fui almoçar.

— Mariana? A sua ex namorada? — Ana ficou com um pouco de ciúmes –

— Ela mesma, acabamos almoçando juntas. – fazia carinho na cachorrinha –

— E como ela está?

— Ela está bem, continua no mesmo escritório, conversamos bastante, e depois eu vim direto pra casa. – uma pausa – Meu amor não precisa ficar com ciúmes, não aconteceu nada demais.

— Eu não estou com ciúmes, quem disse que eu estou com ciúmes? – se jogou no colchão —

— Eu estou dizendo, eu te conheço Ana Paula, já mudou logo o tom de voz.

— Eu não consigo te enganar. Eu fiquei com ciúmes sim, mas não me sinto ameaçada, pode ficar tranquila que eu não vou te pedir para não conversar com ela. – mexia nos cabelos –

— Que bom, eu fico feliz que você esteja tão bem resolvida, e você não precisa mesmo me pedir isso, não tem motivos para ter ciúmes assim.

— Eu sei, não se preocupe. E as meninas, estão bem?

— Sim, Paula e Alessandra superaram a visita devastadora de Nathalia, está tudo bem com elas.

— Muito bom, eu espero que elas consigam viver em paz agora.

— Vão sim. – sorria –

— E você tem consulta com Martha amanhã não tem? – levantou e foi para o banheiro –

— Sim. – Drica ficou tensa –

— Você quer que eu vá com você? – começou a abrir os botões da camisa– Eu vou mais tarde para o escritório.

— Não precisa, eu não quero ficar tirando você do seu trabalho toda hora, eu vou ter que me acostumar a essa terapia não é.

— Não me incomoda meu amor, minha prioridade é você. Mas se prefere assim, tudo bem.

— Não se preocupe, eu vou ficar bem.

As duas namoradas ainda conversaram mais um pouco e despediram –se para descansar.

**********

No dia seguinte, Adriana trabalhou durante o dia e saiu mais cedo para encontrar com Martha, a morena estacionou o carro no shopping e respirou fundo, sentiu-se nervosa novamente com a proximidade da conversa.

Subiu e chegou ao local, Mirella a aguardava e sorriu cordialmente ao ver Adriana entrando na recepção. Avisou a Martha que Adriana estava a sua espera e autorizou a entrada da morena.

— Olá Adriana, como vai?

— Tudo bem.

— Sente-se onde você se sentir mais confortável. — ofereceu a sala para Adriana se decidir —

Adriana sentou-se no mesmo sofá que Ana Paula escolheu em seu primeiro dia de terapia. Martha lembrou-se desse detalhe e deu um meio sorriso.

— Então você está bem? – ajeitou os óculos—

— Sim, eu estou bem.

— Fale sobre você.

— Eu? Falar o que? – ajeitou-se no sofá —

— O que você acha que eu devo saber, o que te incomoda?

Adriana ficou muda, não sabia por onde começar.

— Minha mãe.

— O que sua mãe faz que te incomoda?

— Eu que incomodo. – pausou –

— Por que diz isso?

— Ai, é um assunto que eu não gosto nem de falar. – ajeitou-se no sofá novamente –

— Eu só posso te ajudar se você me disser o que acontece. Mas tudo no seu tempo, se não está preparada para isso agora, me diga sobre outra coisa.

— Eu sou fruto de um estupro. – encarou Martha – Minha mãe me culpa até hoje como se eu fosse culpada. Ela faz questão de me humilhar, de pisar em mim. – lágrimas surgiram em seus olhos – Ela sempre joga na minha cara que não sente nenhum amor por mim e o preferido dela é o meu irmão. – falou mais exaltada —

Não conseguiu segurar as lágrimas teimosas que escorriam pelo seu rosto. Martha silenciosamente, pegou a caixa de lenços disposta na mesinha ao lado e estendeu para Drica. A morena pegou um lenço e enxugou o rosto.

— Você sabe que você não tem culpa no que aconteceu não sabe? Que você não fez nada errado e essa é uma projeção que ela fez para encontrar motivos para esse trauma que ela tem e não tratou.

— Você falando assim até parece que é fácil.

— Mas é fácil, eu sei que pra você não é. E isso será um processo demorado. Fale mais sobre a relação de vocês.

— Sempre foi quase nula, lembro-me muito pouco da minha infância, mas o que lembro é tudo com o meu pai e Felipe.

— Felipe é o seu irmão.

— Sim. Eles sempre cuidaram de mim, minha mãe sempre fez muito pouco, quase nada. – deu de ombros –

— E você se sente abandonada por ela.

— Eu sinto. Muito. – olhou para o chão –

— Adriana, abandono é uma violência muito cruel quando praticada por uma mãe ao seu filho. Mas o que você tem que entender hoje, é que esse abandono ocorreu por um trauma sofrido e não tratado. O que você tem que entender hoje é que você não é culpada por isso. Mesmo que ela tente fazer você pensar o contrário.

— Ela fala isso o tempo todo.

— O que ela fala com você?

— Que eu sou fruto de ódio, não de amor. – olhou tristonha para a psicóloga – Ela diz que me odeia e que não quer me ver.

Martha anotava algumas considerações em um bloquinho.

— Ela teve a audácia de falar para o meu irmão que se eu estiver no casamento dele ela não entra na igreja com ele. – novamente uma lagrima escorreu –

— E o que o seu irmão falou sobre isso?

— Não falou muita coisa, ela é mãe dele, e ele sempre foi bem tratado por ela, com certeza ele vai querer que ela esteja no casamento dele, como não?

— Ela colocou o seu irmão em uma situação difícil mesmo. Mas ele pode surpreender a todos.

— Duvido. Não acredito que Felipe tenha coragem de enfrentar mamãe. – balançou a cabeça negativamente—

— Eu não o conheço, mas não se surpreenda com nada.

As duas ainda conversaram mais um pouco e a sessão foi encerrada. Adriana foi para casa de Ana Paula fazer uma surpresa para a namorada. Ana não teria aula na Pós essa noite.

Chegando no condomínio, estacionou o carro longe para Ana não ver que ela estava a sua espera, e foi muito bem recebida por Regina e Luiz que a abraçaram e fizeram questão que ela experimentasse o bolo de cenoura de dona Joana.

A morena estava na cozinha conversando com a sogra e bebendo o finalzinho do seu suco quando escutou a voz doce de Ana Paula chamando por sua mãe. Na mesma hora um sorriso bobo se fez em seu rosto e esperava para ver a expressão de surpresa que Ana faria, mas o destino é cruel e quem se surpreendeu foi a própria Adriana.

— Mãe! – Ana gritou ao entrar em casa –

— Eu estou na cozinha Ana! – Regina respondeu –

— Ela chegou cedo. – Adriana pensou consigo –

Escutaram uma voz feminina junto com Ana Paula mas não era Camila, quando chegou na cozinha, Drica sentiu um calafrio subir em sua espinha, Lívia chegava de mãos dadas com Ana Paula.

— Mãe olha quem eu encontrei no Fórum do Rio hoje! – Ana entrou segurando a mão de Lívia –

Viu Adriana sentada em um banco ao lado do balcão e ficou sem graça, sua mãe desfez o sorriso que tinha no rosto e sentiu o clima chato que ficou,

Lívia também vinha sorridente e ao ver Adriana perdeu a empolgação, soltou a mão de Ana para não dar motivos para uma cena de ciúmes.

— Drica, que surpresa! Não esperava você aqui hoje. – caminhou até a morena e a beijou – Está tudo bem?

— Sim, Ana, está tudo bem. Eu estava com Martha, e resolvi passar para te esperar. Foi isso.

— Ah eu entendi. – olhava para os lados – Lembra-se de Lívia? – apontou para a professora –

— Sim, eu me lembro, tudo bem? – foi cordial –

— Tudo bem Adriana, e você?

— Eu estou bem.

Regina veio para falar com Lívia.

— Oi Lívia, há quanto tempo! – abraçou a professora –

— Sim Regina, bastante tempo mesmo, já se acostumou com a vida mais calma?

— Já sim, com certeza, eu adoro ficar em casa com minhas filhas, só Alana que ficou mesmo no Canadá, aquela ali tem horror a sentir calor, prefere o frio, vai entender. – revirou os olhos –

— Imagino. – Lívia estava incomodada com a saia justa —

— Senta ai menina, puxa uma cadeira e janta conosco. – Regina ofereceu –

— Não Regina, obrigada, eu só vim porque Ana insistiu muito, eu estou indo para Búzios agora. Senão nem teria vindo aqui hoje.

— Então vai alimentada ué. – colocou as mãos na cintura –

— Não, eu não quero incomodar. – olhou desconfiada para Adriana –

A morena não falou nada, não estava em casa, não seria ela a reclamar da presença de Lívia. Ana Paula ficou em pé ao seu lado com a mão em sua cintura, parecia querer mostrar para Drica que ela não precisava ficar insegura.

— Mas você não incomoda menina! – Regina insistia — Adriana vai ficar também não vai? – olhou para a morena –

— Eu não pensei em jantar, ia voltar para casa cedo. – dizia envergonhada –

— Nada disso, você fica de qualquer maneira, mas Lívia tem que decidir.

— Claro que ela fica, você disse que ia me ajudar com o meu trabalho para a pós. – Ana enfatizou –

— Eu falei, mas me referia a outro dia. eu só passei porque você me disse que sua mãe estava aqui, e tinha muito tempo que nós não nos víamos, eu realmente preciso ir, tem uma pessoa me esperando.

— Hum, namorada? – Regina ajudava Joana a arrumar a mesa —

— Mamãe não seja indiscreta. – Ana ralhou –

— Desculpe. – Regina respondeu sem graça –

— Tudo bem, é uma pessoa que eu conheci e estou encantada por ela sim, vamos ver o que acontece, ela tem uma casa lá e chamou alguns amigos em comum e me convidou também, já me ligou para saber onde eu estou. – mostrou o celular –

— Ah Lívia então vai, não deixa a moça esperando não.

Adriana ficou feliz em saber que a professora estava interessada em outra pessoa, a tensão inicial se desfez e a morena ficou mais tranquila.

— Eu vou mesmo, mas eu prometo voltar com calma e te ajudar com o trabalho, me liga que eu vejo o que consigo.

— Tudo bem.

Lívia se despediu de todas e Ana foi acompanha-la até a porta, Drica continuou na cozinha com Regina, as duas não comentaram a visita surpresa da ex namorada de Ana.

A loira voltou com um sorriso no rosto e beijou a nuca de Drica que sentiu o corpo arrepiar.

— Não faz isso. – Drica sussurrou—

— Por que? Não gostou? – riu –

— Você sabe que eu gostei. – olhava de lado –

— Meninas a mesa está posta. – dona Joana avisou –

— Mãe, Ana? – Camila chegava da rua –

— Estamos na cozinha. – Regina avisou –

— Gente, eu estou tendo visões ou Lívia saiu daqui agora? – entrou falando e deu de cara com Adriana – Drica, que surpresa? – olhou para Ana Paula sem entender nada –

— Eu encontrei com Lívia no fórum hoje e a trouxe para ver mamãe. Quando eu cheguei Drica estava aqui me esperando. – Ana explicou –

— Ah entendi. É que eu achei estranho, nunca mais tinha visto Lívia.

— Senta ai Camila, vamos jantar. – Regina chamou –

— Eu vou mesmo, depois eu tomo banho, eu estou morrendo de fome. – sentou na mesa –

Ana puxou Adriana pela mão e logo Luiz chegou e se juntou ao grupo, depois do jantar, Adriana e Ana foram para o quarto da loira e Drica estava deitada na cama da namorada enquanto ela tomava banho.

Ana saiu do banheiro enrolada em uma toalha, viu a namorada deitada em sua cama mexendo no celular distraída. Sentou-se ao seu lado, Adriana despertou desse devaneio ao sentir o cheiro doce do creme de Ana.

— Cheirosa!

— Quer tomar um banho também? – disse maliciosa –

— Ai Ana, eu acho que eu vou embora, eu não vou conseguir fazer nada sabendo que seus pais estão no quarto ao lado.
— Meu amor, não se preocupe, eles não estão no quarto ao lado, esse é o de Camila e ela tem um sono de pedra. – sorriu –

— Ai mas eu tenho vergonha Ana, seus pais sabendo que eu estou aqui, imaginando o que estamos fazendo. – dizia sem graça –

— Eu acho que não tem problemas, mas se isso te incomoda, tudo bem. – levantou da cama –

Ana caminhava sensualmente pelo quarto, deixou a toalha cair de propósito deixando seu corpo nu a mostra para provocar Adriana, a morena olhava a namorada se exibindo e levantou sentando na cama, acompanhava os movimentos de Ana e começou a pensar na proposta que recebeu da promotora.

Ana olhou de rabo de olho e viu Adriana inquieta, pensou que sua provocação estava no caminho certo, entrou no closet e saiu com a camisola de seda vermelha que estava usando em Boston no dia que Adriana bateu em sua porta.

A visão da namorada atiçou os sentidos de Adriana, lembrou-se daquela noite, a forma como fizeram amor, e ficou tentada a repetir o ato com a mesma intensidade.

Ana andava pelo quarto e Adriana a acompanhava, ela colocou um perfume e Drica levantou, caminhou até ela, a abraçou por trás e beijou o pescoço, Ana arrepiou inteira.

— Acho que eu vou aceitar sua proposta e tomar um banho para te acompanhar. – sussurrou no ouvido da loira –

— Tem toalha no armário. – disse de olhos fechados –

Adriana beijou novamente o mesmo lugar e saiu para o banheiro. Minutos depois, voltou com os cabelos ainda molhados, Ana que estava distraída no notebook, foi pega de surpresa ao ver Adriana enrolada na toalha cheirando a banho se aproximando.

— Você pode me emprestar uma camisola, ou algo do tipo? – Adriana pediu sedutoramente –

— Empresto com o maior prazer. Depois que eu tirar essa sua toalha molhada.

Ana levantou da poltrona e foi até sua namorada, segurou a ponta da toalha e puxou lentamente, uma ponta e depois a outra, deixando a morena totalmente despida. Segurou o rosto dela com uma das mãos e admirava sua beleza, o rosto forte, os seios fartos com os mamilos rosados, a pele alva e fresca pelo banho recém-tomado, algumas gotas de água escorriam pelo colo, caíam dos cabelos molhados.

Adriana delicadamente segurou a camisola de Ana e retirou de seu corpo, aqueles olhos azuis a deixavam quente, aquele olhar a convidava para entrar em um mar de prazer, amor e desejo se misturavam em uma conversa sem palavras, um discurso sem frases.

As bocas se buscavam, sedentas de prazer, foi um encontro de línguas que se perdem e se encontram em um lindo bailado delicado. Um beijo calmo, mas intenso, despertando o mais intimo de cada uma.

Corpos colados, pele com pele, mãos mapeando o território da outra que já é conhecido, mas cada dia mais desejado.

Ana empurrou Adriana contra a parede e a prendeu com seu corpo, pressionava o sexo da morena com a coxa e recebia o mesmo de Adriana. Beijavam-se em um devaneio louco, Ana virou Adriana de forma que a morena ficou de frente para a parede e de costas para ela, imprensou a morena e segurou suas mãos, espalmou-as na parede e levantou os braços de Adriana deixando-os na altura de sua cabeça como se estivesse sendo revistada e começou uma exploração intensa.

— Você tem sido uma mulher muito má Adriana Ferreira, é necessária uma revista completa para saber o que você tem feito. – sussurrava no ouvido da morena –

— Eu não escondo nada meu amor. – Drica falava baixinho –

— E não fale nada, a autoridade aqui sou eu. – separou as pernas da morena –

— Sim senhora! – Adriana entrou no clima –

Ana veio tateando os braços da morena enquanto beijava seu pescoço, chegando nas costas, desceu pela lateral de seu corpo, encostando de leve nos seios que estavam colados na parede, Adriana gemia, a promotora seguia com sua revista, chegou nos quadris da outra e começou a abaixar, beijando suas costas, seguindo a coluna até o final, Adriana delirava de desejo, a respiração estava alterada, Ana continuava sua tortura, apalpou suas coxas, e subiu novamente fazendo o caminho inverso.

Suas mãos alcançaram os seios de Drica que gemeu com mais intensidade, apertou com delicadeza enquanto beijava a pele de Adriana, a morena sentia o calor da excitação entre suas pernas.

Adriana virou o rosto e encontrou a boca de Ana, que lhe beijou os lábios, segurando os cabelos de Adriana, inclinava a cabeça da morena para melhorar o acesso.

Ana pressionava seu sexo contra a bunda de Drica e também estava com desejo, manteve uma das mãos no seio de Adriana e a outra tomou o caminho do sexo de Drica e sentiu a excitação de sua namorada, sorriu. Adriana gemeu.

Ana estimulava o sexo de Adriana que ofegava e fechava os olhos, gemia e deixava a cabeça cair para trás, enlouquecida de prazer.

— Ana, por favor. – suplicava por sua redenção –

— Ainda não, você não pode falar, sabe que vai ter um castigo. – retirou a mão do sexo de Drica –

— Ai que tortura, não faz isso Ana. – suplicava –

— Quanto mais você falar, pior será. – sussurrava –

— Entendi.

— Entendeu?

— Sim, eu entendi.

— Então vira para mim. – Ana se afastou –

Adriana obedeceu e virou-se de frente para a namorada, Ana a encarava, Drica estava sem fôlego, sentia a alma invadida pelo olhar da loira.

Ana beijou Adriana com volúpia, com intensidade, mudou totalmente a abordagem, abraçou o corpo da morena e o trazia contra o seu. Adriana segurou seu pescoço e retribuía o beijo com total entrega.

Novamente encostou a morena na parede e pressionava seu corpo contra o dela como se fossem se fundir em uma única matéria. Os seios se encontravam, o quarto cheirava a prazer, era o auge do amor, do desejo, da paixão.

As duas caminharam abraçadas e se beijando até a cama e Ana fez a contadora deitar-se de barriga pra cima, deitou sobre seu corpo e sua mão alcançou o sexo da morena. Adriana gemeu mais alto.

Com movimentos firmes a loira levou a namorada rapidamente ao orgasmo, deixando Drica entregue em seus braços, ofegante, e delirando pelo prazer recebido.

Adriana sorria ainda de olhos fechados, a promotora beijava seu rosto e seu pescoço fazendo um carinho gostoso.

— Você é maravilhosa, sabe me deixar louca. – Adriana comentou –

— Tudo culpa sua, quem manda ser tão gostosa? – dizia entre beijos –

— Agora é a sua vez.

Adriana inverteu as posições e mergulhou com sua língua ardente no sexo da loira, Ana gemeu, segurou os cabelos da morena dando permissão para prosseguir. A língua ágil de Adriana proporcionou um orgasmo intenso.

As duas namoradas estavam deitadas de frente uma para a outra, mãos entrelaçadas, se admirando, uma conversa silenciosa, velada, sorrisos leves e troca de olhares declarando um amor que evolui dia a dia, um amor que cuida e protege e se deixa viver.



Notas:



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