SOMENTE ESSA NOITE

Somente essa noite

“Em seu desejo, apenas essa noite” – Kah Ferreira

Agora…

Estávamos frente à frente, apenas um palmo de sua boca. Vejo o desejo transbordando em seus olhos. Abro suavemente a minha boca próxima a sua narina, vejo ela abrindo, aspirando o meu hálito cálido. Por mais que me deseje não iria me tocar sem o meu consentimento, sorrio diante disso. Eu havia acabado de tomar um banho longo e relaxante. Os seus olhos descem, imaginando que não havia nada ali que impedisse o seu toque, o único obstáculo era o tecido de algodão que marcava a minha silhueta. Avanço um passo te fazendo recuar. Em meu olhar deixo claro a sua submissão. Seus olhos eram suplicantes, desejando-me mais e mais. Aproveito que estava encostada na beirada da cama e em um movimento te empurro, fazendo suas costas tocarem o colchão. Subo e fico por cima de seu vente, sem tocar, a sua respiração descompassa ao ver a minha curta pelagem entre o vão do roupão.

– Tire a blusa! – mandei.
Não me movi, ela levantou o tronco aproximando a sua face em meu decote, retirando a blusa ao mesmo tempo que aspirava o cheiro do meu colo. A fiz deitar novamente. As suas mãos contornavam as minhas coxas sem tocar-me, sentia o calor vindo delas. Dei um sorriso contido quando a vi engolir seco, puxei lentamente a amarra do roupão sem abri-lo, a fiz por suas mãos em minha frente e usei o cordão para amarrá-las. Suspirou pelo nó apertado, o meu sorriso aumentou. Mordisquei o meu lábio inferior, descendo devagar o seu corpo retirando a sua calça e calcinha. A minha boca apenas ameaçava tocar a sua pele.

– Vire-se! – olhou-me em súplica, os meus seios estavam parcialmente expostos – Não irei repetir! – falei rispidamente.
Virou-se devagar, a sua respiração estava alterada. Os meus olhos percorreram aquele corpo, suspirei baixinho pelas ideias que surgiram somente de olhá-la. Sentei novamente sobre o seu corpo, aquecendo as minhas mãos. Gemeu pelo contato de minhas mãos em sua pele iniciando uma massagem. Espalhei óleo por toda extensão das costas, massageando-a com perícia. Dei atenção em seus ombros e pescoço, depois segui a linha da coluna até o quadril. O seu corpo estava relaxado e arrepiava a cada toque meu. Espalhei óleo por todo o seu corpo, massageando-o. A fiz virar, sentando-me novamente em seu ventre. Passou a língua em seus lábios em gula, o meu corpo estava exposto. Ignorei o seu olhar. Deixei as palmas de minhas mãos tocarem os seus seios, sentindo seus mamilos duros implorando por minha boca. O som do tapa ecoou pelo quarto quando ela tentou dizer algo, olhava-me assustada. O meu rosto estava imparcial. Arfou com o contato de minha boca em seu bico, as suas mãos tentaram empurrar-me, usei de minha força para mantê-las presas acima de sua cabeça. Iniciei um rebolado lento e torturante. Ela puxava o ar com dificuldade quase choramingando por minha boca em seu bico. Soltei devagar sorrindo e passando a ponta da minha língua nele que agora estava sensível. Sentia o quão aquilo estava excitando-a, repeti o gesto com o outro, e vi suas lágrimas silenciosas. Deixei os meus longos dedos tocarem o seu interior quente e molhado. Enfiei um dedo, mexendo-o lentamente. Abriu mais as suas pernas, rebolando em meu dedo. A minha boca explora a sua boca, marcando-a com os meus dentes, havia gula e um desejo de devorá-la. Enfiei mais um dedo, aumentando o ritmo das estocadas. Rocei o meu nariz em seu pescoço, lambendo da base da garganta até a orelha. Ri suavemente em seu ouvido, masturbando-a e penetrando cada vez mais fundo. Esfregava a minha própria excitação em sua perna. Não deixei que gozasse, retirei os meus dedos e enfiei em sua boca, foram sugados com fome. Deitei sobre o seu corpo esfregando os nossos clitóris inchados. Levantei as suas pernas para dar mais contato, a minha língua contornava os seus lábios, provocando, e sempre que buscava a minha boca recebia um sorriso irônico. Montei em seu ventre rebolando sem parar até que o gozo viesse para ela. Buscou ar, jogando a cabeça para trás. Apenas um momento, retirei o meu roupão expondo toda a minha nudez. Não me importei se ainda estava recuperando o fôlego, sentei em sua boca pressionando a minha entrada em sua língua. As suas mãos seguravam-me pelas nádegas forçando mais contato, a sua língua bebia o meu mel sedenta. Havia uma sede insaciável enquanto ela mamava o meu grelo inchado. Com uma mão apoiei na parede com a outra segurava a sua cabeça. Olhei para baixo encontrando o seu olhar, o seu pedido foi aceito por um meio sorriso, gemi gostoso com a penetração por trás, o seu polegar pressionava a minha entrada apertada e sua língua explorava-me mais e mais. Ela bebia o meu gozo prazerosamente. Mordi o meu lábio sufocando a risada, toquei o meu corpo arrepiando-me gostoso. O seu rosto estava melado, ela respirou com dificuldade ao mesmo tempo que apertava as suas pernas, tamanho tesão que havia sentido. Abaixei o suficiente para o meu seio ficar na altura de sua boca, deixei que sua língua brincasse com o meu bico. Olhava para o seu corpo, desejando satisfazer-me completamente. A fiz virar sem muita delicadeza, e desferi um tapa forte em sua bunda. O seu grito abafado me deixou mais excitada. O seu rosto corava pela exposição, posicionei atrás fazendo sua cabeça colar no colchão e empinar a sua bunda. Passei os meus dedos em sua buceta melada, ela assistia tudo assim, completamente submissa enquanto me via levá-los até a minha boca e chupá-los demoradamente, dei um sorriso travesso. Ajoelhei e minha mãos apertavam com força a sua bunda, abrindo-a mais; expondo-a mais. Mordi com vontade arrancando dela um grito de prazer e dor. Não queria marcar somente a sua pele, mas a sua alma. A minha língua explorou fundo a sua fenda, chupando e lambendo. Chupei com vontade o seu clitóris, mas não deixei que gozasse. Sorri explorando o seu ânus, brinquei pressionando o meu dedo nele quando senti ela ficar tensa. Aquilo me atiçou. Levantei e fui até o meu armário, destrancando-o. Os seus olhos que até então demonstravam tesão, foram substituídos por uma expressão quase de pavor ao se deparar com a variedade de brinquedos que eu tinha. Avaliei com esmero cada um, sorri com a recusa em seu olhar pelo o que escolhi. Peguei também um líquido, assim que aproximei ela tentou sair da posição. Coloquei os objetos na cama e parei o seu movimento. Ficamos de joelhos sobre a cama de um jeito que nos encaixássemos.

– Onde você pensa que vai? – puxei pelos cabelos para que me olhasse.
– NÃO VAI USAR ESSA PORRA EM MIM!! – tentou sair do abraço.
– VOCÊ É MINHA! FAREI O QUE EU QUISER, ENTENDEU?? – deixei as minhas unhas arranharem o seu corpo, enquanto engolia a sua língua em um beijo completamente selvagem.

Ao sentir que relaxou a imobilizei, fazendo voltar pra posição. Peguei o objeto posicionando e liguei o vibrador. Seu grito de prazer ecoou pelo quarto, ao mesmo tempo que implorava para não usar aquilo nela. A sua boca falava uma coisa, mas o seu corpo implorava para ser saciado. Melei a sua bunda e o brinquedo com o líquido encaixando-me nela, a fiz rebolar gostoso até senti-lá menos tensa. O líquido não era só lubrificante como anestésico também. Gemeu baixo quando forcei a entrada, a minha boca explorou as suas costas com beijos molhados. Empinei a sua bunda metendo devagar, saboreando as suas expressões de prazer assim que liguei o vibrador. Quando tive certeza que o anestésico fazia efeito, encaixei a outra metade dele em mim, envolvendo-a em um abraço, iniciando um vai e vem gostoso. Já não implorava para não penetrá-la, mas para eu não parar! Estava enlouquecida para gozar para mim. Sentia a minha excitação escorrendo, a fiz levantar aprofundando mais o brinquedo em nós. O gozo veio violento. O seu corpo tombou na cama, gemeu quando retirei de seu interior. Ficou de barriga para cima, não dei tempo para que respirasse, sentei em sua boca e abri as suas pernas, chupando-a e sentindo ela mamando o meu grelo. A minha respiração está alterada, sentia a minha garganta secar. Deixei que me bebesse até se saciar, levantei e abri o frigobar pegando uma garrafa de vinho. Olhei novamente para o meu vasto “arsenal” de entretenimento, escolhendo o próximo.

– Você… você é uma… diaba! – Disse após recuperar o fôlego.

Em meus lábios que tocavam o cálice de vinho, bebericando-o, surge um sorriso quase que diabólico. Aproximo da cama e seu corpo reage a minha presença, o que me faz rir deliciada, falo em um timbre baixo, apenas um sussurro:

– Me chame apenas de… Paola! – havia um brilho em meu olhar, mantive em meus lábios o sorriso triunfante.

Fim, ou apenas um começo?

 



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