Carmem sentiu o corpo relaxando deliciosamente no colchão enquanto recobrava o ritmo da respiração. Com os olhos cobertos, sentia-se incomodada por ter correspondido a Marcela com tamanha intensidade. Não era nenhuma virgenzinha para se chocar com palavras faladas na hora do sexo, mas também não queria dar aquele tipo de confiança para ela. Daria tudo para não ter ficado tão excitada. Marcela não tinha nem o direito de chamá-la de puta.

– Tudo bem, Carmem?

Perguntou percebendo o quanto ela estava quieta.

Carmem respondeu baixo.

– Sim, tudo.

Marcela ficou calada por alguns segundos. Em seguida comentou:

– Não é o que parece, você emudeceu.

– Estava recuperando o fôlego.

– Só para que saiba, o tapa que me deu, doeu. Não precisava ter me batido tão forte.

– Foi uma pena ter dado apenas um, você merecia vários!

– Hum.

Constatou neste momento que Marcela não era de perder a cabeça facilmente. Sentia uma calma nela que até admirava.

– Na hora do sexo acontece isto mesmo, as palavras fluem, não dá para controlar. É o mesmo que tentar deter um orgasmo. Não conseguimos, apenas gozamos.

Carmem estava ouvindo com atenção, mas optou por continuar silenciosa.

– A palavra puta não é um ultraje, te garanto que não é. Não falei no sentido de te afrontar. Nunca te chamaram de puta na cama?

– É claro que não! Vê lá se eu ia deixar alguma mulher me desrespeitar desta forma.

– Nunca? Que tédio que devia ser a sua vida sexual, meu Deus! Sempre existe uma primeira vez e não te desrespeitei, não tenho culpa se transou apenas com mulheres recatadas.

Dadas da autora: Mulheres recatadas, eu tive que rir. Posso até ver a expressão da Marcela falando isso. 

– Vindo de você preferia nunca ter ouvido.

– Estou explicando que não penso que você seja uma puta…

– Você me chamou de puta porque pensa exatamente que eu sou uma!

– Ledo engano seu…

– Ledo engano os cambau! Vai insistir nesta conversa? Não estou te pedindo nenhuma explicação! Pode chamar de puta quem bem entender, mas se me chamar novamente já sabe qual será a minha reação! 

– Isto não está indo nada bem, Carmem. Você quer fazer uma lista das palavras que eu posso usar na hora que estivermos transando? Pode escrever que eu prometo avaliar com muita atenção. 

– Não seja ridícula!

Carmem respondeu começando a rir sem querer. A pergunta soou tão sem sentido que não aguentou refrear.

– Opa! Te fiz sorrir. Você economiza sorrisos, deve ser cansativo ficar se reprimindo.

Carmem ignorou o comentário e Marcela voltou a perguntar:

– O que você gosta que sussurre no seu ouvido na hora do sexo?

– Para quê isto?

– Para eu saber, oras! Estou aqui para ficar tomando tapa na cara?

Carmem não sorriu alto desta vez, só por dentro. Foi um daqueles sorrisos que se dá sem querer que a pessoa perceba. Amou dar aquele tapa. Pelo atrevimento e principalmente por tudo que ouvia dela fora da cama.

– Devia perceber que eu tenho tantas perguntas, tantos questionamentos meus, e, já agora faltava você começar a me encher de perguntas também. Tenha dó, Marcela!

Carmem respondeu ouvindo-a suspirar ao seu lado.

– Se não pergunto como que eu vou saber, Carmem?

– Você não tem que saber de nada sobre mim!

– Sabe o que a minha tia diz?

– Não sei não, mas imagino que deve ser mais interessante do que as coisas que você diz.

– “Aquele que pergunta é um tolo por cinco minutos. Aquele que não pergunta será um tolo para o resto da vida.”

– Isto só mostra que você não é nem um pouco perspicaz. Já a sua tia, deve ser e muito.  

– Você é meio azeda, não é não?

Marcela perguntou começando a rir dela.

– Não sabe ficar calada?

– Acho que você não gosta de falar na hora do sexo, por isto que não quer me contar.

Carmem voltou-se perguntando sufocada:

– Sou a sua namorada por acaso? Não sou, então não me azucrina porque não vou contar nada.  

– Só namoradas conversam sobre sexo? Essa é nova.

– Não seja sonsa, só namoradas contam certas intimidades.

– Ah, sem essa, de onde que você tirou essa ideia? Aposto que foi naquelas histórias de cordel.

– Você sabe ser antipática, simplesmente não leio histórias de cordel.

Carmem respondeu deitando de novo, vencida pela resistência dela.

– Só estava querendo te ouvir sorrindo. Já prestou atenção no seu sorriso?

– Não, Marcela, eu não prestei, mas não preciso ficar te explicando porque não tenho vontade de sorrir quando estou com você ou preciso?

– Já sei, você ficou chateada comigo porque falei que quero que more comigo. Não fique, amanhã você explica para a sua mãe.

– Ah, meu Deus! Não liguei para avisar que vou dormir aqui.

Carmem comentou sentando na cama preocupada.

– Quer ligar?

– Que horas são agora?

Marcela pegou o relógio que estava na cômoda acendendo a luz para ver as horas.

– Meia noite.

– Deixa, está muito tarde. Amanhã eu explico.

– Acho melhor. Você não é uma menininha também, concorda? Passou anos morando longe do Brasil e agora quer ficar dando satisfações? Não faz sentido.

– Isto não é da sua conta!

– Se eu for contar quantas torradas você já me deu desde que chegou teria que anotar.

– Não acha que mereceu cada uma delas?

– Eu não, faço tanto bem para você…

– Seu cinismo chega a extrapolar.

– Esqueceu o dinheiro que meu advogado te levou…

– Não nego o bem que me fez emprestando aquele dinheiro. Só poderia parar de jogar na minha cara o tempo todo. Na hora certa vou te pagar!

– Você não gosta de conversar, essa que é a verdade!

– Não muito. Que bom que percebeu.

– Sabe que eu até tinha curiosidade de saber como é a vida a dois?

A própria Marcela surpreendeu-se após terminar de falar aquilo.

– Vida a dois? É isto que acha que vai ter comigo?

– É o que parece.

– Não confunda as coisas, se eu gostasse de brincar de casinha com você é que não seria.

– Brincar de casinha? Hum! Esquece o que eu acabei de falar.

Marcela respondeu ofendendo-se com a resposta fria.

– Já esqueci. No minuto que falou imaginei se iria querer que eu ligasse para alguém te internar num hospício. 

– Quando te faço gozar você não acha que eu sou louca.

– Ah, isto te irrita? Foi bom saber! Está tarde, quero dormir!

Carmem respondeu fechando os olhos.

– Como assim? Já brochou?

Carmem abriu os olhos sentindo-se sufocada.

– Você dispara a falar e eu é que brochei? Se ainda falasse alguma coisa que prestasse.

– É difícil conviver com uma intelectual. Deus me ajude!

Marcela respondeu sem se alterar disfarçando o sorriso.

– Não acredito! Você conhece Deus?

– Pode apostar! Pai, filho e espírito santo.

– Quer saber? Vou dormir mesmo! Se for para ficar aqui discutindo e batendo boca prefiro estar na minha casa. Que coisa mais custosa!

Carmem perdeu a paciência fechando os olhos disposta a dormir. O que a incomodou foi constatar que Marcela não se deixava vencer. Se falava casa, ela retrucava porta. Não aceitou permanecer ali para ficar conversando na cama. Quando cedeu na sala concordando com a nova imposição pensou em duas coisas, na família e no prazer. Se quisesse conversar iria para o clube ou ligaria para suas colegas. Agora estar na cama, nua, tão próxima dela sem poder beijar e ainda ficar naquela falação? De jeito nenhum!

Marcela inclinou o corpo chegando a boca até o ouvido de Carmem sussurrando.

– Se dormirmos sem fazer um 69 vou ter sonhos eróticos a noite toda e a culpa será sua.  

Carmem sorriu respondendo:

– Adoro ter sonhos eróticos. Não iria me queixar se os tivesse.

– Nem eu, mas prefiro praticar meu lado erótico com você. Garanto que acabo com o seu sono.

Carmem virou o corpo ficando de frente para ela admitindo.

– Não estou com sono.

– Nem eu. Vem cá.

Como sentir sono deitada ao lado dela? Carmem se perguntou adorando a boca deslizando pelo seu pescoço. Sentiu a língua de Marcela entrando em sua orelha sensualmente.

– Quero dar para você, Carmem. Dar gostoso, você quer me chupar?

– Ai, meu Deus! Eu quero muito.

Carmem gemeu sentindo o corpo todo vibrando. A vontade louca que sentia de beijar a dominou. Virou o rosto tentando beijá-la, mas só conseguiu roçar os lábios nos dela.

– Vem.

Marcela pediu deitando sobre ela, virando a buceta para sua boca. Passou a língua na buceta de Carmem gemendo ao senti-la chupando-a.

– Aiiii… Adoro sua língua atrevida…

– Não fale, só me chupe, Marcela.

Carmem pediu porque amava chupar junto. Gostava de 69, mas era chata com aquilo, só tinha feito com duas mulheres. Já com Marcela não entendia porque não sentiu nenhum receio, e, passou a adorar fazer sexo oral com ela.

– Sente como estou… Vou gozar…

Marcela contou rebolando mais excitada a buceta contra a língua dela. Ficaram assim por alguns momentos, deixando as línguas trabalharem adorando o prazer que sentiam.

– Goza comigo Carmem… Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii…

– Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa…

Marcela deitou sorrindo contente.

– Foi delicioso. Quando se irrita você chupa mais gostoso.

– Você tem cada uma. Não tem nada disto.

– Não seja ranzinza, Carmem.

– Você está falando tolices. Tem água aqui, por favor?

– Sim. Tenho sempre uma garrafa.

Marcela respondeu passando para ela sorridente.

– Obrigada. Estou vendo que adora fazer gracinha.

– Se você ouviu dizer que sou mal humorada te enganaram hahahaha…

– Hum. Não estou vendo graça nenhuma.

– Não precisa achar graça. Deita, quero te abraçar. Vou começar a treinar a nossa a vida a dois.

– Deixa de bobagens.

– Mulher reclamona na cama é triste.

Carmem deitou fechando os olhos. Marcela abraçou o corpo dela falando:

– Boa noite.

– Boa noite.

O sol estava intenso quando abriu os olhos às sete da manhã. Olhou em volta confusa, lembrando-se da razão de estar ali. Estava sozinha na cama. Será que Marcela tinha saído sem acordá-la? Sentou observando o quarto atentamente. Havia duas janelas grandes bem à sua frente. As cortinas eram vermelhas e vinham até o chão. Aquelas cortinas imensas deviam acumular muita poeira, pensou rapidamente. O quarto era enorme, com móveis de bom gosto e suntuosos. Colocou os pés para fora se lembrando de colocar primeiro o pé direito no chão. Virou-se pegando a calcinha entre as cobertas.

Voltou-se com o ruído da porta do banheiro sendo aberta. Seus olhos se arregalaram admirados. Era ela, a mulher do restaurante! A aparência rude lhe chamou atenção no primeiro minuto. Tinham trocado olhares naquela noite, mas não a viu cara a cara como via agora. Os cabelos grandes eram pretos. Pode ver alguns fios brancos perdidos entre eles. A expressão do rosto era triste, e os olhos, pretos, profundamente melancólicos. Melancólicos? Que estranho, e ainda assim aqueles olhos eram lindíssimos. Os lábios cheios e carnudos, tão perfeitos que lhe deram água na boca na hora. Aquela boca que ansiou beijar era muito mais desejável do que imaginou.

Era alta, um pouco mais do que ela e muito charmosa. O corpo surpreendeu-a, ela era uma coisa de louco. Seu coração disparou tal a emoção que sentia naquele momento. Estava toda de preto. Vestia uma calça de couro bem justa que marcava seu corpo deixando-a desnecessariamente mais sexy. Usava uma blusa de fecho que estava aberta até o início dos seios. Calçava uma bota magnífica, de bico fino e… Italiana. Teve vontade de rir. Uma vampira? Imagine, ela era uma deusa, uma rainha, uma perdição na sua vida. Ergueu os olhos até encontrar os dela. Os olhos pretos enfiaram dentro dos seus como a desafiando a lembrar-se. Olhava-a de forma superior e com certo ar de zombaria. Um sorriso malicioso brilhou em seus lábios neste instante. Teve que admitir que os dentes dela eram lindos de morrer.

– Bom dia, Carmem!

– Bom dia!

– Gostou ou está decepcionada por eu não ser um monstro? Uma vampira, uma bruxa quem sabe. 

Marcela falou analisando o rosto de Carmem tentando perceber se ela tinha se lembrado dela.

Carmem sorriu disfarçando o efeito devastador que ainda sentia. Todo o seu corpo estava reagindo à visão dela. Suas entranhas estavam encharcadas. Precisava recompor-se longe dos olhos dela. Por isto fingiu descaso olhando-a ao responder.

– Não seja desnecessária, eu nunca acreditei nas bobagens que falam sobre você. Mas, se é o que queria me provar, está comprovado que não é nenhum monstro. Vou ao banheiro.  

Ergueu-se da cama praticamente correndo para o banheiro. Fechou a porta mirando-se no espelho ainda em choque. Ela percebeu que a reconheceu. Claro que percebeu, pela maneira como a olhou não deixou dúvidas. Pensou que nunca mais iria vê-la na vida. Era o jantar de aniversário da sua mãe, ela estava sentada numa mesa bem à sua frente. O lugar estava lotado. Tinha sido numa sexta-feira. Passou o tempo todo tomando vinho comendo-a com os olhos. Tinha flertado descaradamente com ela. Não conseguiu esquecer-se daqueles olhos. Não pensava com regularidade, mas a imagem dela sempre voltava a sua mente. Era ela! Então era verdade que ninguém nunca a tinha visto. Esteve naquele restaurante cheio de gente da alta sociedade e da imprensa sem que soubessem que era Marcela Alvarez. Seria por isto que se escondia? Para ter privacidade? Para poder ir e vir sem ser reconhecida ou incomodada? Seria realmente para ter liberdade?

Quando desceu já refeita da surpresa, Marcela lia o jornal na mesa do café. A criada se aproximou servindo suco num copo à sua frente.

– Bom dia! Obrigada!

Carmem agradeceu fitando a criada, mas ela não a olhou de volta, apenas respondeu ao seu bom dia.

– Bom dia! Disponha!

Giana inclinou a cabeça deixando a sala. Naquele momento Carmem olhou em volta analisando a sala com interesse. Os móveis, a mesa, as cadeiras, os quadros nas paredes, o lustre lindo e imponente no teto, os tapetes no chão, a toalha de mesa, os talheres e toda a louça, sentiu vontade de sorrir por enfim poder ver. Tudo que existia ali eram coisas normais como existiam em todas as casas. Lógico que tudo era mais sofisticado e suntuoso. Marcela gostava de objetos caros e de luxo. Pelo prédio imponente da companhia dela já tinha imaginado que a casa devia ser parecida.

Marcela continuou lendo por mais algum tempo. Sem tirar os olhos do jornal comentou com ela:

– As ações da sua empresa estão começando a reagir. Parabéns!

– Vejo que acompanha tudo bem de perto.

– Sim. Não aprecio perder dinheiro.

Tomando metade do suco, Carmem sorriu pegando um pedaço de bolo.

– Quanto a isto não tenho dúvidas. Fala sobre dinheiro até nas horas mais impróprias.

– Você se lembrou de mim, não foi?

Marcela perguntou pegando-a de surpresa.

Carmem estremeceu abaixando os olhos agitada.

– Era aniversário da sua mãe, você estava linda e radiante. Sempre que percebia meu olhar ficava excitada. Ficou flertando comigo o tempo todo e estava vestida de preto como está agora. 

Carmem suspirou continuando de olhos baixos. Estava usando um vestido preto. Não sabia por que se deixava afetar tanto pelas palavras dela. Não queria falar daquele assunto. Tinha olhado para ela porque a achou linda. Ficou excitada e bastante curiosa. Imaginou se seria nova na cidade e se voltariam a se encontrar outras vezes. Tantas coisas passaram por sua cabeça naquela noite, inclusive achou a boca dela terrivelmente tentadora e sentiu uma vontade absurda de beijá-la. Não apenas beijar; desejou transar com ela, essa era a grande verdade. Jamais supôs que voltaria a encontrá-la na circunstância em que se reencontraram. Não pensou que seria quase sua escrava sexual. Não era assim que a tratava, como um objeto sexual? Por sinal admitia que não estava sendo tão ruim quanto imaginou inicialmente.

– Imagino que esteja pensando algumas asneiras. Você não vai viver presa aqui. Poderá ir e vir todos os dias. Apenas quero que viva comigo sem queixas e mau humor. Ontem, te achei meio azeda, entretanto, compreendi que pode ter sido pelo impacto da primeira noite. Você não esperava que eu te pedisse para morar comigo.

– É evidente que eu não esperava. A verdade é que eu não tenho escolha, tenho?

– Não, claro que não tem. Muito menos pense em fechar as pernas. Isto seria desgastante e nós duas sabemos que você quer abri-las para mim, como eu quero abrir as minhas para você.

Carmem fez uma careta comentando para provocá-la:

– Vai ser uma vida adorável baseada no abrir de nossas pernas.

– Vai mesmo e, Carmem? Não se oponha a mim, por favor.

– Por quê? Se eu me opuser você vai me bater, Marcela?

– Bater? Quer saber se vou te agredir fisicamente? Não seja pueril comigo, eu só vou te dar prazer. As surras que está imaginando serão todas da minha língua.

– Oh!

Carmem desviou olhos fugindo dos dela enrubescendo na hora.

– Apenas entenda que isto não é uma luta de espadas, não tem que se instaurar uma guerra entre nós. Poderemos conviver bem, é isto que eu quero.

– Quer mesmo?

– Quero, já deixei claro que quero.

– Acontece que eu não sou um bichinho de estimação que você trouxe para a sua casa. Não pense que vai me moldar como a sua tia faz contigo! Não gosto da ideia de ficar a sua disposição, e, muito menos quero que me impeça de fazer o que eu quiser. Você até me ameaçou quando percebeu que eu iria jantar com uma amiga…

– Porque você não iria apenas jantar, nós duas sabemos.

– Muito bem, e se acontecesse algo mais? Eu não sou obrigada a ser fiel ou sou?

Marcela tomou o resto do café sustentando o olhar dela.

– O que você acha?

– Eu acho que não! Acho que não sou obrigada a nada!

– Eu não te entendo, o que acabou de afirmar é uma contradição porque você vai morar aqui obrigada! Eu não perguntei se queria. O que não é de estranhar, porque você se negaria a viver aqui até mesmo para me desafiar.

– Não sei, talvez.

– Quanto à fidelidade, esteja ciente que ela pode ser merecida. Se eu pretendo estar somente com você, não vejo porque gastaria suas energias com outra mulher. Eu não te quero esgotada na minha cama. Eu te quero descansada, excitada, alucinada, doida para gozar e para me fazer gozar. Fui clara?

– Muito clara, não se incomode, não sou burra…

– Não faça isto, poupe-me desta coisa de burra, você é mais esperta do que demonstra.

– Não me importo com o que pensa.   

– Ótimo, não é mesmo obrigada a se importar! Bom, eu não estou com tempo para estar aqui ouvindo este tipo de provocações. Não se preocupe porque os cães estão presos. Vejo você à noite. Tenha um bom dia de trabalho. Até logo!

– Até logo!

Ficou olhando-a deixando a sala apressadamente. Terminou de tomar o café saindo em seguida. Os cães deviam estar mesmo presos porque não os viu. Só alguns seguranças estavam espalhados pelo pátio. Por que tinha tantos seguranças? Que pergunta idiota, ela era Marcela Alvarez, uma das mulheres mais ricas e poderosas na área industrial. Ademais aquilo não era da sua conta. Balançou a cabeça seguindo para o carro.

Continua…



Notas:



O que achou deste história?

4 Respostas para Capítulo 7

    • Sim, a Marcela não é horrorosa. Kkkk
      Olha, Anes, você é das minhas, lê e comenta os capítulos.
      Achei legal demais da sua parte. Continue assim.
      Muito obrigada!

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