Vontade Ferrenha.

Capítulo 31

Enquanto o elevador avançava pelos andares, Layse e Valentina mantinham os olhos entrelaçados. Assim que o mesmo parou, Valentina saiu na frente sendo seguida por Layse. Destrancou a porta do apartamento entrando. Valentina se voltou esperando Layse passar. Fechou a porta puxando-a contra seu corpo. A boca caiu na de Layse ansiosa. Seus corpos colaram-se à porta enquanto os lábios se perdiam em um beijo apaixonado. Os desejos adormecidos explodiram sem que elas conseguissem se controlar. A boca de Valentina deslizou até a orelha de Layse confessando sedutoramente:

– Desde que fui te ver no quarto que estou me controlando para não te beijar.

– Eu me segurei muito quando te abracei lá. Não faz ideia como estava louca para te beijar.

– Mesmo sabendo que eu tinha uma namorada?

Seus olhos se encontraram. Layse roçou a boca na dela, sussurrando:

– Mesmo sabendo. A verdade é que não consigo ver ninguém entre nós.

– Ai, Layse! Nem eu.

– Acho que isso é um bom presságio.

Layse sorriu beijando-a. O beijo ousado fez o corpo de Valentina estremecer inteiro enquanto sua língua era deliciosamente chupada pelos lábios de Layse. As mãos de Valentina acariciaram os seios dela por cima da camisa. Sentiu os mamilos eriçados excitando-se ainda mais. Com os dedos trêmulos passou a desabotoar os botões da camisa com urgência. Abriu-os vendo os seios surgindo nus diante dos seus olhos encantados. Valentina inclinou o corpo levando os lábios a um dos seios beijando-o sem conseguir se controlar.

– A… Aiiiii…

Layse fechou os olhos relaxando o corpo. Seus dedos enfiaram-se pelos cabelos de Valentina enquanto sentia a boca deliciosa indo de um seio ao outro chupando os mamilos com um desejo alucinador.

– Oh, ah!

A voz de Irene chegou até elas, pois entrou na sala de repente sem saber que já estavam de volta ao apartamento. Cobriu a boca com uma mão e os olhos com a outra totalmente surpreendida.

– Desculpa atrapalhar, patroa! Só vinha colocar a mesa para o jantar.

Valentina afastou-se na mesma hora de Layse encontrando seus olhos reluzindo ainda o prazer que esteve sentindo enquanto a acariciava. Layse tratou de abotoar a camisa recompondo-se rapidamente. Enquanto Valentina se refez da mesma forma voltando-se para a criada.

Viu Irene de olhos e boca ainda cobertos. Estava imóvel no meio da sala.

– Não tem problema Irene. Pode colocar a mesa, por favor. Vou pegar duas cervejas e você pode servir o jantar.

Valentina deu alguns passos, mas parou fitando Irene que descobriu os olhos neste momento com uma cara de culpa de quem foi pega em uma situação delicada.

– O seu amigo deu notícias se deixou Denise na casa dela bem?

– Deu sim. Mandou um SAP contando que ela voltou a si no meio do caminho. Disse que a deixou furiosa, mas segura em casa.

– Problema dela. Ninguém mandou fazer à louca. Obrigada!

Valentina seguiu para a cozinha enquanto Irene caminhou até a mesa. De lá lançou um olhar na direção de Layse, que estava sentada em uma poltrona, silenciosa. Irene deu uma cubada na porta da cozinha para ver se Valentina vinha vindo, falando baixo:

– Você hein, não perdeu tempo! Deixou a patroa alucinadinha. Gostei de ver. Ela não é mulher de agir assim não. Se me contassem morria era duvidando. Tô é besta!

Layse a fitou percebendo que Irene estava rindo a valer.

– Bem feito para aquela insuportável. Vocês duas são fogo! Meu pai, fiquei passada!

Layse não abriu a boca, mas sorriu intimamente.

Valentina voltou à sala passando uma cerveja para Layse. Deu um sorriso iluminado, comentando num tom mais baixo:

– Acontece. Fique tranquila, está tudo bem.

– Ela já te flagrou antes?

– Oh, não! Nunca!

Dando uma piscadinha para Layse, Valentina acrescentou baixinho:

– Você é a única que me faz perder a cabeça. 

Irene deixou a sala discretamente. Valentina começou a rir explanando mais à vontade:

– A cara que a Irene fez foi inacreditável. E os olhos tapados? Tive tanta vontade de rir quando olhei para a cara dela hahahahahaha…

– Eu vi hahahahahahaha…

– De fato ela nunca me pegou em um momento tão íntimo. Sou sempre cuidadosa. Ela não desmaiou, ainda bem.

– Eu também nunca fui pega antes. No caso da Irene, sinto que ela é bem discreta.

– É sim! Confio plenamente nela. Você vai conseguir jantar um pouco?

– Claro que vou! Comida de verdade é diferente de porção.

– Sim, tem toda razão. E…

– O que foi?

– Gostou de me beijar?

– Que pergunta. Amei, Valentina! Não percebe o desejo que sinto nos meus olhos?

– Ui, os seus olhos dizem tantas coisas. Fico até meio tonta.

– Não fique, eu te quero muito.

– Ouvir isto parece um sonho. Imaginei tantas vezes que você poderia estar apaixonada por uma daquelas…

– Não sou o tipo de pessoa que se apaixona por mais de uma mulher. Sempre fui apaixonada por você.

– Sempre? Mas se é apaixonada por mim porque fica com outras mulheres?

– Acha que eu deveria ficar quietinha à sua espera? Como se eu pensava que você estava vivendo feliz da vida com a sua namorada? Por favor, você é uma mulher inteligente.

– Tanto quanto você é.

– Eu não tenho o que te cobrar.

– Desculpa, nem eu tenho o direito de te cobrar nada.

– Não mesmo, nós não assumimos um compromisso. O que fizemos no passado foi maravilhoso e eu nunca me esqueci.

– Ah, nem eu! Isto talvez seja a causa de ter ficado desorientada quando soube que você viria para a minha casa.

– Por ainda me desejar?

– Sim, exatamente. Por nunca ter conseguido parar de te querer. Cada dia, cada segundo eu recordei dos seus beijos, do prazer que nos demos, dos nossos beijos, dos…

– Orgasmos?

– Também, muito.

– Teve orgasmos como os que eu te dei?

– Não seja boba, imagina! Nem toda mulher é uma Layse Cardoso!

– Hahahahaha, amei ouvir isto.

Layse segurou a mão dela fazendo com que sustentasse seus olhos.

– Estou falando muito sério.

– Eu também estou. Você acha que é uma mulher fácil de ser esquecida?

– Bem, não sei responder a isto.

– Sabe sim. Aquelas mulheres de Cielo que vivem dando para você respondem a isso muito bem.

– Valentina, por favor! Falta de opção é um negócio muito sério. Acho que você sabe bem disso agora. O que aconteceu aqui, aquela mulher enlouquecida a ponto de te agredir. De agredir até a mim, ela foi a sua falta de opção. Consegue perceber?

– Exato! Concordo plenamente. Se eu vivesse em Cielo você não iria para cama com nenhuma mulher além de mim.

– Olha, as nuvens no céu dançaram todas agora.

Layse comentou dando um sorriso iluminado.

– Não brinque, estou dizendo a pura verdade.

– Você está dizendo tudo que eu sonhava ouvir dos seus lábios. Desta sua boca linda que me enlouquece só de vê-la. Se você vivesse em Cielo, só iria namorar comigo.

– Aposto que sim. Penso que estamos no lugar errado. Devíamos estar na cama. Não te parece que estamos perdendo um tempo enorme aqui falando coisas que até em silêncio os nossos olhos revelam?

Irene entrou na sala anunciando o jantar.

– Estou servindo o jantar. Depois vou sair, patroa! Vai precisar de mim ainda hoje?

Valentina se ergueu sem conseguir afastar os olhos de Layse.

– Não, obrigada Irene! Pode tirar a noite de folga. E amanhã me deixe dormir até tarde, sim?

– Oh, claro! Não vai ouvir nem o meu rádio.

– Acho ótimo! Obrigada!

– Vou só buscar a carne e a salada e já saio fora.

Valentina estendeu a mão para Layse convidando:

– Vamos para a mesa?

– Sim. Na sua companhia vou onde você quiser.

– Depois do jantar quero que vá para a cama comigo.

– Estou a ponto de dispensar o jantar.

– Nem pensar, sei que precisa comer melhor. Além disto, quero você cheia de energia para fazermos amor.

– Não se preocupe, tenho energia suficiente armazenada para te amar.

Valentina estava sorrindo enquanto sentavam. Layse pegou o guardanapo usando-o corretamente. Percebeu os olhos de Valentina observando seus movimentos atentamente.

– Clarice tem me ensinado muitas coisas.

– Estou vendo.

– Está vendo o colo dos meus seios?

– Você é muito esperta, sempre foi.

– E você sempre me come com olhos. É verdade que se puder acaba negando. Não me importo, não sou cega. Adoro seus olhos percorrendo o meu corpo. Fico pegando fogo.

– Se as palavras queimassem. Ui, meu Deus!

Valentina respondeu rindo com ela.

Irene entrou, serviu o que faltava saindo de fininho. De fato as duas nem perceberam sua presença por ali. Valentina ergueu-se aproximando de Layse. Passou a servir o prato dela. Seu corpo roçava no braço de Layse levemente. Havia uma sensualidade nos movimentos dela, que Layse sussurrou baixo:

– Você está me matando deste jeito.

– Estou te mantendo acesa para mim. Vou te dar tão gostoso na cama que não vai ter do que se queixar.

– Bem que estou precisando ser muito bem servida.

Valentina se afastou voltando a sentar. Serviu o próprio prato pensativa. Depois pegou os talheres fitando Layse.

– Vamos comer?

– Sim, só estava te esperando para comermos juntas.

– Eu sei. Bom apetite!

– Bom apetite para você também.

Começaram a comer e Valentina perguntou o que a estava remoendo por dentro.

– Transou com algumas mulheres e nenhuma te serviu bem?

Layse prendeu o riso por alguns segundos. Seus olhos buscaram os dela quando respondeu num tom íntimo e sedutor.

– Você tem de convir que nenhuma delas era Valentina Lemos.

Valentina sorriu. Um sorriso altamente sensual. Sua boca bonita atraia o olhar de Layse enquanto ela continuava comendo. Os olhos de ambas já não se desprendiam mais. Valentina terminou de comer o último pedaço de carne, limpando a boca com o guardanapo. Seus olhos percorreram o rosto de Layse. Desviaram para o colo dos seios voltando a devorar a boca apetitosa.

– Nenhuma mulher nunca foi capaz de me molhar apenas com um olhar.

– Não foi quando nos beijamos que você se molhou?

– Boba.

– Já sei. Foi quando chupei a sua língua.

Elas estavam rindo enquanto se levantavam das cadeiras. Layse chegou até ela primeiro. Segurou seu rosto revelando excitada:

– Você é a mulher da minha vida.

– A Layse, que delícia ouvir isso. Tentei… Juro que tentei me convencer de que não somos almas gêmeas, mas só podemos ser.

– Existe?

– O quê?

– Almas gêmeas. Duas mulheres que se gostam como nós nos gostamos. Duas mulheres as quais as almas se fundiram na infância e se perderam.

– Não, não nos perdemos. Nunca perdi você, Layse! Eu te busco mesmo à distância. Não sabe e nem percebe o quanto necessito de você nos meus dias.

– É? Quero você na sua cama. Me leve até lá.

– Tudo que você diz me enlouquece. Você é…

– Agora sou sua. Quero ser sua inteira.

– Ah. Venha.

O caminho até o quarto ficou curto para elas. Chegaram até lá em questão de segundos. Entraram e Valentina a puxou para seus braços beijando-a longamente. Layse correspondia ao beijo ao mesmo tempo em que tentava se livrar da camisa. Valentina afastou a boca da dela, sussurrando:

– Não tome este trabalho. Quero te despir. Quero deixar o seu corpo lindo sem uma única peça. O seu corpo é tentador sim. É a minha maior tentação, a minha loucura, é tudo. Você é tudo que eu desejei para mim.

Valentina tirou a camisa deslizando as mãos pelos seios dela. Os dedos rodearam os mamilos brincando em seguida sobre eles.

– Ahaaaa…

– Gosta?

– De você gosto de tudo.

– Diz.

– Adoro os seus dedos acariciando os meus seios.

Valentina ajoelhou no chão diante dela abrindo o fecho do cinto. Depois abriu a calça deslizando-a pelas pernas. Enquanto o fazia aproveitava para beijar a pele com imenso desejo. Por último deslizou a calcinha olhando-a nos olhos enquanto o fazia.

– Assim que eu te queria. Nua e minha.

– Também te quero nua.

– Vou ficar, espera.

Uma mão de Valentina subiu deslizando pela coxa até chegar a buceta. Passou os dedos por ela gemendo deliciada.

– Você me mata. Vem, deita comigo.

Valentina a puxou para a cama. Parou diante dela livrando-se das roupas tendo os olhos de Layse fixos em todos os seus movimentos. Totalmente nua deitou sobre Layse beijando-a deliciosamente. Seus lábios devoravam-se em febre. As línguas misturavam-se entre seus lábios cada vez mais gulosos.

Valentina interrompeu o beijo começando a percorrer o corpo de Layse com a boca macia. Em cada parte que tocava, beijava, lambia, chupava, até mordiscava a pele fazendo o corpo de Layse arquear tamanho o prazer que sentia com aqueles carinhos ousados. Continuou descendo até chegar às pernas, seguindo até os pés que beijou também prazerosamente. Voltou a subir roçando o corpo sedutoramente pelo de Layse. Subiu mergulhando a boca na dela. Trocaram um beijo intenso e mais outro. Então Valentina voltou a descer até aninhar-se entre as pernas dela. A língua chegou na buceta encharcada deslizando afoita por ela. Os dedos de Layse estavam de volta enroscando-se entre os fios de cabelos dela. Layse a sentia mais próxima assim.

– Aiiiii… Chupa meu amor, faz… Vou te dar muito gostoso.

Layse prometeu rebolando contra a língua dela, provocando-a deliberadamente. Quanto mais se mexia mais rápido e gostoso Valentina a chupava. O clitóris estava sendo devorado com tamanha fome que Layse sentiu que não podia mais aguentar. Assim gozou intensamente.

– Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii…

Valentina devorou todo o líquido morno que Layse lhe ofereceu com aquele orgasmo. Em seguida deitou sobre ela procurando sua boca. Aquele beijo foi mais íntimo e saboroso. Valentina sorriu revelando entre os lábios dela:

– Não resisto ao gosto da sua buceta. Simplesmente amo o sabor dela. Não me aguento mais de vontade de sentir sua língua dentro de mim. Vai ser bem servida, prometo.

– Não aguento mais de vontade de te chupar. Deita aqui.

Valentina deitou. Foi a vez de Layse cobrir o corpo dela de carinhos. Com a boca e as mãos excitou-a ainda mais. Chupou os mamilos enquanto passava os dedos pela buceta para deixá-la com mais vontade. A boca continuou descendo, passando pela barriga foi escorrendo até virilha. Desviou para as coxas que encheu de beijos sensuais. Até escorregar até a buceta. Valentina entreabriu mais as pernas para recebê-la como tanto ansiava.

– Aiiiii… Que delícia… Ahaa…

A língua de Layse perdeu-se ali lambendo e chupando cada vez mais eufórica. Aquele desejo que sentia já não podia ser medido. Era uma loucura o quanto amava aquela mulher. Layse sentia exatamente a força daquele amor enquanto sugava o clitóris incansável.

– Aiiii… Amor… Ooooo… Vou gozarrrr…

O gozo explodiu levando todo o corpo de Valentina a um tremor intenso.

– Uuuuuuuuuuu… Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii…

Layse não soltou a cintura dela. Manteve Valentina bem segura enquanto se deliciava bebendo todo o gozo.

Voltou para o lado de Valentina. Afastou os cabelos do rosto dela beijando-a apaixonada.

Valentina acariciou o rosto dela sussurrando carinhosa:

– Você é uma delícia, sabia?

– Bem, se sou…

– Ah, não! Já até sei o que vai falar. Nem precisa. Eu sei que você é, tudo bem.

– Só ia fazer uma brincadeirinha. Coisa pouca.

Layse respondeu começando a rir da cara dela.

– Conheço muito bem essa sua história de coisa pouca. Boba.

– Me diz uma coisa, que buceta que é essa que você tem? É minha perdição. Juro.

– Você é muito danada.

– Sou nada, eu sou é bastante sincera. Sinceridade é afrodisíaco, sabia não?

– Ah, é? Essa é nova. Hahahaha. Você inventa cada uma, mas eu adoro este seu jeito espontâneo. Adoro a forma como você me ama. Como toca meu corpo. O modo como me beija e como me dá prazer. Tudo que você faz é tão especial. É tão seu. Não sou boa com as palavras, nunca fui. 

– É boa com a língua, está perdoada.

– Mas que safada. Hahahahaha. Está vendo o que você consegue fazer comigo? Me faz rir o tempo todo. A sua presença me deixa toda abestalhada. Não acredito nisto.

– Acredite, é melhor. Pense que se eu te fizesse chorar seria terrível.

– Não, nem pensar. Prefiro ficar rindo como uma bobona nos seus braços. Você vai dormir comigo. Nem pense em me deixar sozinha.

– Que isto? Já quer dormir? Da uma é já quer cair para o lado? Eu hein, que fracasso!

– Hahahahahahahahahaha. Acha? Nem pensar. Só estou te intimando a passar a noite comigo. Não apenas essa noite, todas.

– É claro que quero dormir com você. É o meu sonho. Dormir e acordar do seu lado. Te amar antes de dormir, acordar e te amar de novo. Mais ou menos assim.

– Gostei demais deste seu sonho. Tenho um parecido.

– Qual é o seu?

– Fazer amor com você e dormir de conchinha. Quando acordar, fazer amor de novo e voltar a dormir de conchinha.

– Não é que dá no mesmo? Hahahahahaha.

– Dá sim. Hahahahahaha.

Continua…



Notas:



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