Descortinando Do(lo)res

O dia amanheceu nublado em mim.

Uma nuvem carregada de energias negativas estacionou sobre nossas cabeças. Por mais que tentássemos, não conseguimos fragmentá-la, a fim de evitarmos uma rusga. O mal entendimento nos atingiu.

O motivo era irrelevante e medíocre. Não precisávamos nos machucar. E, ainda assim, nós magoamos. As palavras que tu disseste cravaram fundo em meu peito. A recíproca também ocorreu.

Agora estamos aqui.

Eu olhando a densa e intensa chuva a desaguar. Você dormindo após tanto chorar. E o silêncio perturbador entre nós. Ah! Se arrependimento ceifasse vidas.

Me pergunto o porquê das bocas e olhos alheios serem tão ácidos. O veneno amargo na ponta da língua não lhes prejudica? As garras afiadas não lhes sangram a carne ao se tocarem? Qual o prazer em concentrar energias negativas em cima de pessoas que nada lhes fizeram?

É como dizem: Escolha bem a quem revelar-se, pois o mal está à espreita.

O dia amanheceu nublado em mim. Entretanto, não deixarei que essa negativa nuvem permaneça em meu céu. O sol sempre encontra um jeito de ultrapassá-la.

Meu sol acabou de encostar-se em mim, num pedido mudo de revisão do silêncio. E iremos. Aquilo que não nos pertence, só consegue se instalar em nosso ser quando o equilíbrio dos pilares de uma relação não está bem solidificado.

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